quinta-feira, 29 de junho de 2017

Greve Geral: Bancos, metrô e Correios param

29/06/2017
Folha PE

Assim como no último dia 28 de abril, várias categorias de trabalhadores pretendem cruzar os braços por 24 horas, nesta sexta-feira (30), numa greve nacional contra as reformas trabalhista e da Previdência e o projeto das terceirizações, todas propostas pelo Governo Federal. Na quarta (28), os detalhes do ato foram divulgados em entrevista coletiva com a participação de 12 entidades, entre centrais sindicais e movimentos sociais. Entre os que devem parar, estão os bancários e metroviários, além dos professores das redes estadual e municipal do Recife.

O movimento terá como ponto alto a concentração no bairro do Derby, área central da Capital, às 15h. Lá, haverá o “Arraial da Greve Geral”. “Vários atos públicos estão sendo planejados, com ocupações nas rua. É uma mobilização em defesa dos direitos da classe trabalhadora”, explicou o presidente da Central Única dos Trabalhadores em Pernambuco (CUT-PE), Carlos Veras. Ainda participaram representantes da CSP-Conlutas, da União Geral dos Trabalhadores (UGT), da Força Sindical, da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), da Intersindical e das frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo.

Ao longo desta semana, algumas categorias anunciaram a adesão ao movimento nacional. Os metroviários, que não participaram do ato do dia 28 de abril, resolveram parar desta vez. Na quarta, a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) anunciou que os trens do metrô do Recife funcionarão apenas nos horários de pico, com prioridade para a Linha Centro, que transporta mais da metade dos 350 mil passageiros diários do sistema. Os detalhes do esquema emergencial de operação, no entanto, só serão definidos numa reunião da superintendência regional da empresa prevista para hoje.

Os rodoviários, que fariam uma assembleia ontem, deixaram a decisão para hoje, às 16h, na sede do seu sindicato, em Santo Amaro, área central do Recife. O tema principal é a campanha salarial da categoria, mas, conforme o presidente da entidade, Benilson Custódio, uma eventual paralisação amanhã também deve ser discutida. No dia 28 de abril, os motoristas e cobradores de ônibus aderiram em massa à greve geral, deixando o Grande Recife sem nenhum coletivo circulando.

Paralisação
Nos bancos, só funcionarão os caixas eletrônicos. De acordo com o Sindicato dos Bancários, a categoria não vai trabalhar amanhã e promoverá piquetes em frente às agências de maior movimento. Os policiais civis também pretendem aderir ao movimento, mantendo operação padrão em unidades policiais e no Instituto de Medicina Legal (IML) do Recife. Também não deve haver atendimento nas unidades do Departamento Estadual de Trânsito (Detran-PE), já que os servidores da autarquia também vão cruzar os braços por 24 horas. 


Também se juntarão às categorias paralisadas os funcionários dos Correios, que interromperão as atividades às 22h de hoje e ficarão parados por toda a sexta-feira. Já os professores da rede estadual de ensino de Pernambuco pretendem aproveitar o dia de greve geral para discutir o reajuste salarial da classe. Os docentes das escolas públicas da Prefeitura do Recife também não devem trabalhar nesta sexta-feira. A lista ainda os funcionários federais da Previdência Social.
Correios fala sobre demissões e privatização

TECSTUDIO
28/6/17

Segundo o Correios, o fim do e-SEDEX é benéfico ao consumidor. Na segunda-feira (26), publicamos um artigo sobre os atrasos no recebimento de encomendas dos Correios. No artigo, ressaltamos os problemas que a estatal enfrenta diante de uma de suas piores crises. Em contra partida, o Correios procurou nossa equipe e detalhou algumas informações sobre cada tópico listado no artigo. O TecStudio abre seu espaço para a resposta do Correios, reafirmando algumas coisas ditas, no entanto, pedindo desculpas por informações avariadas, publicadas por diversos meios de comunicação de forma distorcida, como a demissão de funcionários concursados – o que de fato não aconteceu do jeito que pensávamos, e foi utilizado como base para desenvolvimento do texto.

Fim do e-Sedex No artigo, argumentamos sobre o fim do e-SEDEX. Segundo o Correios, o fim do serviço “é resultado de uma reorganização do portfólio de serviços dos Correios voltados para o comércio eletrônico. Como parceira do e-commerce brasileiro, a empresa nunca tomaria uma decisão que pudesse prejudicar vendedores e compradores do segmento.”


O e-SEDEX era um serviço com abrangência limitada para postagem e entrega em apenas 250 cidades. Agora as lojas virtuais contam com pacotes de serviços SEDEX, PAC e Logística Reversa para o comércio eletrônico, que chegam a todos os 5.570 municípios do país, e oferecem benefícios que vão desde redutores de preços até a possibilidade de um pós-venda dedicado. O que se pretende é focar não apenas um único serviço dedicado, mas pacotes de serviços específicos para o e-commerce. Portanto, não houve redução da qualidade e eficiência no atendimento e na entrega ao comércio eletrônico.

Questionados sobre à qualidade dos serviços O TecStudio questionou a qualidade do serviços dos Correios, visto que nossas últimas experiências foram diferentes do que já havíamos acostumado. Em resposta, o Correios afirmou que; “Assim como todas as empresas no mercado, os Correios traçaram as estratégias de atuação dos serviços por preço ou por prazo, buscando melhor atender às necessidades dos clientes de maneira sustentável. Com a Política Comercial, os Correios definiram novos preços e prazos de acordo com a localidade e o perfil de consumo do cliente. Com relação aos serviços, não procede a informação de “mudanças estruturais e de logística”. Os serviços citados permanecem com as mesmas plataformas operacionais.”

Atrasos e prazos do PAC
Sobre a afirmação de que o PAC se mostra hoje uma opção pouco viável para os consumidores, cabe ressaltar que o serviço mantém os 7 dias úteis de prazo para a maior parte do país, como de São Paulo a Belo Horizonte, diferentemente do informado no artigo. O prazo citado, de 24 dias úteis, aplica-se somente a localidades mais longínquas ou com maior dificuldade de acesso logístico, como de Curitiba a Macapá, por exemplo. Trata-se de excepcionalidades, e não regra. No caso de uma encomenda de até 1kg, como um smartphone, de São Paulo a Belo Horizonte, o valor fica em R$18,30 por PAC e R$29,00 por SEDEX. De

CORREIOS
Curitiba a Macapá, os valores alternam entre R$37,60 e R$86,90, para PAC e SEDEX, respectivamente.

Demissão de funcionários concursados Em relação à informação de que houve demissão de funcionários concursados nos Correios, a empresa esclarece que não procede. No início do ano, foi lançado um programa de demissão incentivada (PDI), como uma das medidas que visam o ajuste financeiro da empresa. Vale esclarecer que a adesão ao plano foi voluntária e contemplou apenas empregados aposentados pelo INSS, com idade acima de 55 anos e mais de 15 anos de serviços prestados aos Correios. Indenização por atraso nas entregas.

A respeito das indenizações por atraso nas entregas, pela lei postal, somente o remetente tem esse direito. De qualquer forma, o cliente deve formalizar um pedido de informação por meio dos canais oficiais de atendimento da empresa, que não incluem as agências. No site dos Correios, www.correios.com.br, estão disponíveis os contatos. O domínio do Correios no Brasil Em resposta à afirmação de que “o grande problema é que o Correios domina ‘a parada toda’ – isto é, o Correios é o único presente em praticamente todos os municípios brasileiros. Com todo esse império no mercado de fretamento de encomendas no país, o Correios segue como o principal, ou talvez a única opção para várias cidades do interior”, ao contrário do que muitos pensam, ter a obrigatoriedade da universalização postal envolve não apenas bônus, mas também ônus para a empresa. Atender as regiões com menor demanda acaba onerando os cofres da estatal, pois, em alguns casos, os preços não cobrem os custos da operação.

Privatização Por fim, o Correios esclarece que “a privatização da empresa não está nos planos da atual diretoria. O objetivo do presidente Guilherme Campos é revitalizar os Correios, fazendo com que a estatal continue a prestar serviços da mais alta qualidade e com a excelência que os clientes merecem.”
Greve dia 30: Empresa pede bom senso aos empregados, mas esquece de ter bom senso

CORREIOS DO BRASIL FUNCIONÁRIOS
28/6/17


A empresa orienta que mesmo não tendo transporte, os trabalhadores devem se apresentar nas unidades próximas de suas casas. Além disso, ameaça com desconto o dia 30 e o fim de semana.

No seu informativo Primeira Hora deste dia 27, a empresa traz uma matéria sobre a greve geral chamada pelas centrais sindicais e movimentos sociais para o dia 30 de junho. A empresa orienta que mesmo não tendo transporte, os trabalhadores devem se apresentar nas unidades próximas de suas casas. Além disso, ameaça com desconto o dia 30 e o fim de semana.

Esclarecemos aos trabalhadores que a assembleia irá deliberar apenas para o dia 30 e não inclui greve no fim de semana.

Com relação a comparecer em outra unidade de trabalho, o Sindicato esclarece que não existe nenhuma previsão na CLT respaldando esta medida, e que se trata de uma posição unilateral da empresa. Também não há nenhuma orientação prevista em acordo coletivo e ou nos manuais da empresa que respalde a medida. Inclusive os cartões de pontos para registro de horário estão nas unidades de lotação de cada um. Além disso, a empresa fala em locais “próximos” de casa, mas esquece que ainda que seja relativamente próximo, pode depender de transporte de qualquer forma.

NOTÍCIAS SINDICAIS

Retaliação
A empresa repete suas tentativas de intimidação que faz a cada movimento dos trabalhadores. É necessário acrescentar que este tipo de ameaça, como o de desconto que ela trouxe no primeira Hora, já feito em relação a paralisação greve geral de 28 de abril, quando acabou se configurando o desconto único e exclusivo do dia 28.

No Brasil existe legislação que garante o direito de greve para o trabalhador brasileiro e não é a vontade da empresa que determina se vai haver desconto do final de semana em relação a greve da sexta-feira, dia 30, que foi deliberada em assembleia geral dos trabalhadores na terça (27). O que tem que ser levado em conta é a legislação trabalhista, que está em vigor no país, mesmo com toda a discussão de reforma que tramita no Congresso.

Também é fundamental os trabalhadores atentarem para a correlação de forças. Se tem uma paralisação maior, com maior adesão dos trabalhadores, a possibilidade de retaliação por parte da empresa é menor.

Neste sentido, o discurso da empresa no Primeira Hora não passa de uma intenção da empresa de retaliar o trabalhador antecipadamente. Trata-se de uma ameaça e não da questão de possibilidade ou não de desconto no final de semana.

Reiteramos que o Sindicato tomou todas as providências legais no caso de paralisação no dia 30 e que tomará todas as providências cabíveis no caso de desconto, assim como tem feito nas greves anteriores, para evitar descontos indevidos e prejuízos aos trabalhadores.

Importância da participação no movimento Destacamos aos trabalhadores de Correios, a importância da participação no movimento do dia 30. Lembramos que o mesmo bom senso que a empresa pede aos trabalhadores, ela mesmo não tem quando precariza as condições de trabalho, cria programas de demissão, impõe regras de trabalho inviáveis, mas gasta milhões em patrocínios questionáveis, alguns com valores triplicados.

Esta paralisação do dia 30 tem a ver com a resistência a direitos históricos dos trabalhadores, como a legislação trabalhista e a nossa aposentadoria. Se com a legislação a empresa já faz tudo que faz, imagina se não tivermos a proteção legal.

Portanto, esta é uma luta de todos os trabalhadores e com a configuração do Congresso, que tem aprovado todas as medidas de ataques aos trabalhadores, será somente com uma forte mobilização, com milhares de pessoas nas ruas que poderemos frear as reformas de Temer e exigir diretas já, para evitar que o Congresso eleja o presidente, caso Temer saia.
Especialista afirma que fim do e-Sedex não prejudica o comércio eletrônico

TECMUNDO
28/6/17

O anúncio do fim do e-Sedex, a modalidade de entrega dos Correios mais barata e exclusiva para vendas feitas pela internet, deixou muita gente irritada. Para muitos consumidores, a extinção dessa categoria resultaria em fretes mais caros e, em última instância, poderia causar prejuízos também às lojas virtuais.

Apesar dessa ideia quase generalizada, ela não representa a opinião de um especialista no assunto. Para Bruno de Oliveira, criador do blog Ecommerce na Prática, que oferece dicas sobre comércio eletrônico, o fim do e-Sedex não resultará em problemas para o varejo online brasileiro.

“Apesar do receio, não haverá impacto, pois os Correios se prepararam para essa mudança”, comenta Oliveira. “Existe uma nova modalidade de Sedex em funcionamento para o e-commerce, com três tabelas. Hoje, os preços são até melhores.”

Ainda na avaliação do especialista, nem mesmo os pequenos lojistas que atuam na internet brasileira devem ter grandes problemas. Apesar de eles sentirem mais o impacto dessas mudanças, elas “não representam o  fim para o pequeno empreendedor, pelo contrário”, fazendo referência às políticas de reorganização do portfólio de produtos anunciada pelos Correios. 
Correios no Acre tiveram prejuízo de R$500 mil em quase 2 anos com roubos e furtos, diz sindicato

G1
28/06/2017


Dados do Sindicato dos Trabalhadores da Empresa de Correios e Telégrafos do Acre (Sintect-AC) apontam que os Correios tiveram um prejuízo de R$ 500 mil com furtos, roubos e arrombamentos em agências do estado. Ao todo, foram contabilizados 29 crimes entre os anos de 2015 e 2017. O sindicato diz que o principal alvo dos criminosos é o dinheiro, mas acabam levando as encomendas também.

Por meio de nota, os Correios informaram que "investem permanentemente em medidas de segurança para as agências". A empresa lembra ainda que mantém parcerias com órgãos federais e estaduais e depende da atuação direta desses órgãos. "Os Correios têm um monitoramento fechado de TV, cofre de retardo e sistema de alarme nas unidades de atendimento".

Na nota diz ainda que para coibir os crimes dentro das agências, "a empresa mantém um acordo de cooperação técnica com a Polícia Federal para a implantação de ações integradas para prevenção e repressão de roubos a agências em todo o Brasil. Os Correios também mantêm parcerias com órgãos estaduais de segurança. São realizadas visitas a esses órgãos pela área de segurança da empresa e acompanhamento sistemático das investigações.

Criminosos invadem centro de distribuição dos Correios na capital

"Praticamente todos os municípios foram alvos de assaltos e arrombamentos. A empresa não divulga, mas a gente sabe dos valores subtraídos e fazemos uma estimativa de quase R$ 500 mil, isso fora o assalto que teve na Via Verde", explicou Cleyton Nogueira, do Sintect-AC.

O sindicalista contou ainda que no último final de semana uma das agências do Centro de Rio Branco foi arrombada. Na ocasião, os criminosos levaram encomendas e reviraram tudo tentando encontrar dinheiro. Nogueira reclama ainda do sistema de vigilância instalado dentro das agências.

"Olham [bandidos] nas encomendas, levam o que acham interessante, mas o alvo é o dinheiro das agências. A empresa faz um investimento muito fraco. Os equipamentos não são os melhores para identificar a imagem [dos assaltantes]. O meliante vai lá e desliga o contador de energia e o alarme não funciona. O que a gente reivindica é que tenha a vigilância patrimonial armada dentro das agências. O principal alvo deles [criminosos] é a noite porque não tem vigilância nenhuma. Só o sistema de alarme e câmeras", criticou.
Correios sedia evento que visa trazer mais transparência à gestão do esporte nacional

Futebol Interior
28/06/17


Foi apresentada, nesta terça-feira (27), no Centro Cultural dos Correios em São Paulo, uma iniciativa que garantirá mais segurança a potenciais patrocinadores do esporte nacional. O evento para assinatura do “Termo de Parceria do Rating das Entidades Esportivas” contou com a presença de representantes de diversas entidades do esporte, que se comprometeram a aderir à plataforma “Rating” – em desenvolvimento pelo Instituto Ethos com consultoria da Ernst Young e colaboração de comitês, confederações e clubes, do Pacto pelo Esporte e do Atletas pelo Brasil para avaliar quais confederações e clubes seguem boas práticas de governança corporativa, transparência e gestão.O termo de parceria, que firma o compromisso de adesão à ferramenta, foi assinado pelo presidente do Instituto Ethos, Caio Magri, pelo vice-presidente do Comitê Olímpico Brasileiro, Paulo Wanderley, pelo vice-presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro, Ivaldo Brandão, pelo superintendente executivo do Comitê Brasileiro de Clubes, Edson Garcia, e pelo diretor da Atletas pelo Brasil, Raí Oliveira.

Responsável pela abertura do encontro, o presidente dos Correios, Guilherme Campos, destacou que o Pacto pelo Esporte foi elaborado pelas principais empresas patrocinadoras do esporte no Brasil. “Os Correios tiveram a honra de participar dessa ação, que busca contribuir para a melhoria do esporte de alto rendimento no país. Para nós, a criação do Rating é de extrema importância, uma vez que pretende fomentar, a longo prazo, um ambiente seguro e transparente para os investimentos, ampliando o número de patrocinadores e o volume de recursos para as entidades que ajudam a desenvolver o esporte nacional”, destacou.

O Pacto pelo Esporte é um acordo voluntário entre empresas patrocinadoras do esporte nacional, que define regras e mecanismos na relações entre patrocinadores e entidades esportivas.

terça-feira, 27 de junho de 2017

Em crise, Correios aumenta preços e diminui eficiência

TECSTUDIO
26/6/17 

Encomendas podem ter prazos de até 24 dias úteis para chegar. Antes, o prazo máximo era de até 9 dias úteis.

O Correios é uma das estatais que mais sofre com a crise econômica vivenciada no Brasil desde 2015. Desde que começou, a crise já afetou vários serviços importantes do Correios, como o e-Sedex, que já não existe mais. Além disso, preços elevados, aumento no prazo de entrega das encomendas e demissão de funcionários concursados, está dando dor de cabeça para muita gente.

Nos últimos meses, percebemos um aumento absurdo nos prazos estabelecidos para entrega de encomendas pelo Correios nas modalidades mais baratas. Por isso, decidimos criar este artigo para demonstrar o quanto o serviço entrou em decadência devido aos efeitos da crise da estatal.

PAC: O serviço mais prejudicado O PAC, serviço de envio econômico do Correios, sofreu diversas mudanças estruturais e de logística nos últimos meses – a começar pelo preço, que foi de “barato” para caro, muito caro.

Uma vez considerado vantajoso e econômico, o PAC se mostra hoje uma opção pouco viável para os consumidores. Antes de iniciar cortes e mudanças, os Correios trabalhavam com o prazo de até 7 dias úteis para entrega de encomendas via PAC.

Posteriormente, o prazo foi modificado para até 9 dias úteis para entregas em todo o país. Agora, em meio às mudanças realizadas para corte de gastos, o PAC pode chegar aos absurdos 24 dias úteis – e, segundo um atendente do Correios em que procuramos para esta notícia, em algumas regiões, o PAC não tem mesmo nem prazo.

Se você já se acostumou em pagar fretes com preços acessíveis na internet, é hora de se preocupar. O Correios decretou o fim do e-Sedex, a modalidade do Sedex especial para e-commerce. O e-Sedex reduzia bastante o valor do frete. Com isso, você poderia comprar produtos sem se preocupar que o frete possa ser maior do que eles mesmos.
A diferença é tão grande, que ao analisar o preço de um smartphone qualquer no Mercado Livre, o frete via Sedex antes do fim do e-Sedex, ficava em torno de R$ 18,00 saindo da capital Paulista para Belo Horizonte.

Agora, o valor foi para aproximadamente R$ 35,90 saindo de São Paulo. O mesmo valor cobrado pelo Sedex Comum. Em alguns casos, como a análise feita em um Galaxy S8, o frete pode chegar aos R$ 101,00, saindo do Paraná. Você sabia que é seu direito receber indenização do Correios por atraso na entrega das encomendas? Quando o Correios excede o prazo de entrega das encomendas (isso acontece com muita frequência na modalidade PAC), você pode e deve solicitar a indenização na agência mais próxima.

CORREIOS

Segundo o Correios, a indenização pode chegar em até 30% do valor total da encomenda e não é aplicada aos serviços adicionais e produtos eventualmente adquiridos. O cálculo é feito referente aos dias de atraso. Veja a tabela;

Devolução progressiva por dias de atraso, sobre os valores pagos na postagem da remessa:

a) 10% para 1 dia de atraso b) 20% para 2 dias de atraso c) 30% a partir 3 dias de atraso O que o consumidor diz sobre mudanças, atrasos e aumento nos preços dos Correios? Não é de se esperar um feedback positivo dos consumidores. Pessoas do Brasil inteiro dependem do Correios para envio e recebimento de remessas. O grande problema é que o Correios domina ‘a parada toda’ – isto é, o Correios é o único presente em praticamente todos os municípios Brasileiros. Com todo esse império no mercado de fretamento de encomendas no país, o Correios segue como o principal, ou talvez a única opção para várias cidades do interior.

Com isso, o consumidor segue calado sem muito o que fazer, apenas guardando cada vez mais rancor de uma empresa que iniciou suas operações em 1663. “Sou usuário do Correios e está ficando cada vez mais difícil depender da empresa para tentar agradar meus clientes. Antes, o prazo para receber peças para efetuar reparos era de no máximo 5 dias. hoje, estou aguardando um produto desde o dia 02 de junho. no dia 19, ele constava em minha cidade, mas continua sem sair para entrega. o mesmo acontece para uma encomenda que enviei. já está há três semanas sem status de entrega ou rota para entrega” – apela um dos entrevistados em agência de sete lagoas.

O Brasil não entrega a liberdade que o Estados Unidos e outros países dão às empresas de fretagem de remessas. Mesmo assim, existem várias desses empresas “courrier” operando no Brasil, e que trazem serviços de qualidade.

Vamos dar exemplos da DHL e Jadlog. Esta última, tem cobertura em diversos pontos do Brasil.

DHL
Tivemos muito prazer em utilizar a DHL. O preço não é muito diferente do praticado no Sedex. Fizemos o teste com uma encomenda expressa saindo do Rio de Janeiro, com destino à cidade de Sete Lagoas.

Para chegar até aqui, a encomenda foi postada em uma quinta-feira. Logo, seguiu no mesmo dia para Belo Horizonte. No domingo, já estava na capital, mas precisou de redespacho para seguir até o destino indicado.

A DHL até que consegue chegar até os principais centros do país, no entanto, em várias cidades do interior, as encomendas são entregues via “redespacho” – ou seja, quando chegam até a capital, são levadas até o Correios, ou outras empresas de fretagem, e de lá, seguem até as cidades do interior. Na nossa experiência com a DHL, o produto chegou na quarta-feira seguinte, sendo entregue pela Jadlog, na qual vamos falar daqui a pouco.
A DHL é uma companhia Alemã, e está investindo para operar de forma presente no Brasil.

JadLog
Com a Jadlog, optamos pelo frete normal, semelhante ao PAC. Ficamos felizes com o resultado!

Comprei uma bike na internet. Devido ao tamanho do produto e seu peso, foi necessário o envio via JadLog, para evitar o valor alto cobrado pelo Correios. Para inicio de conversa, o valor do frete ficou próximo de R$ 40,00. Para uma bicicleta com o peso bruto aproximado de 3 quilogramas, é um valor bastante expressivo para quem quer economizar.

Postado de São Paulo para Sete Lagoas, a bike saiu de São Paulo no mesmo dia do evento, 18/05. No dia 23/05 saiu para entrega ao destinatário.

Por R$ 40,00 e entrega em tempo hábil, a JadLog se torna uma das melhores opções para quem quer correr dos Correios. Outras companhias de fretamento de remessas.

Não fique somente nesta linha; existem diversas outras companhias de fretamento. Antes de escolher o Correios e a modalidade PAC, é saudável “dar um Google” e experimentar novas opções. O que esperar do Correios para os próximos anos? O Correios passa por uma grave crise, correndo riscos até mesmo de uma futura privatização. Não adianta esperar que o serviço continue com a mesma qualidade, sendo que continuará perdendo muito dinheiro. O ideal é mesmo uma reestruturação.

O único grande problema nisso, é que o cliente sempre vai pagar pelo preço para consertar uma má administração. A estatal está investindo em uma operadora de telefonia móvel – “Correios Celular” – que para surpresa de muitos, oferece planos bastante atrativos.

O mais barato deles custa R$ 30,00 por mês, englobando 100 minutos de ligações para qualquer operadora e telefone fixo do Brasil, Whatsapp à vontade enquanto estiver no plano e sem descontar na franquia (com exceção de envio e recebimento de vídeos), Roaming gratuito em todo o território nacional, e algumas outras vantagens.


A operadora pretende atingir a marca de 3 mil cidades com cobertura até o final de 2017. Vamos torcer para que o Correios consiga lucratividade com sua operadora, podendo balancear seus gastos no setor de fretamento. Assim, poderemos pelo menos sonhar com um Correios justo e mais rápido.
Receita Federal alerta para envio de falsas intimações pelos Correios

ISTO É ON-LINE
25/6/17

Os contribuintes que receberem uma correspondência pelos Correios em nome da Receita Federal devem ficar atentos. Criminosos estão enviando falsas intimações em nome do Fisco para a regularização de dados cadastrais.

Tradicionalmente aplicado por e-mail, esse tipo de golpe mescla correspondência tradicional e internet. Na falsa intimação, há um endereço eletrônico, sem relação com a Receita Federal, para acesso e atualização de dados bancários.

Ao clicar no link, o contribuinte cai numa página falsa que instala vírus e programas maliciosos que roubam dados pessoais, bancários e fiscais armazenados no computador.
O Fisco orienta o contribuinte a ignorar e destruir a correspondência – que tem o logotipo e o nome da Receita Federal – e jamais entrar no endereço eletrônico indicado. “A carta é uma tentativa de golpe e não é enviada pelo órgão nem tem sua aprovação”, informou a Receita por meio da assessoria de imprensa.

A Receita esclarece ainda que consultas, downloads de programas ou alterações de dados pessoais só podem ser feitos por meio do site oficial do órgão, no endereço www.receita.fazenda.gov.br. Dados bancários de pessoas físicas, como o número da conta bancária para a restituição do Imposto de Renda, somente podem ser alterados no Centro Virtual de Atendimento da Receita (e-CAC).


Nenhum outro site ou endereço na internet está habilitado a fazer procedimentos em nome da Receita Federal. Caso o contribuinte não consiga utilizar os serviços virtuais, ele deve ir a um centro de atendimento físico da Receita. A relação dos endereços das unidades está disponível na página http://idg.receita.fazenda.gov.br/contato.
Correios ignora crise e dobra a verba para festa do Boi de Parintins

BLOG CORREIOS DO BRASIL FUNCIONÁRIOS
25/6/17

A empresa de Correios sempre fez seu papel em ajudar financeiramente em vários patrocínios, seja ele cultural ou esportivo. Porém, nos últimos anos, a direção da estatal tem batido insistentemente na tecla de crise financeira, até mesmo divulgando que não haveria recursos para cumprir suas obrigações com salários caso não houvesse um corte drástico nos gastos e patrocínios. Afirmado tanto pelo presidente Guilherme Campos como também pelo Ministro Kassab. 

Nessa última ajuda disponibilizada à Festa do Boi de Parintins, o valor passou de 321 para 600 mil. Indicando claramente que as contas da empresa vão bem, obrigado. 

É inadmissível que, nesse momento de dificuldade financeira, o presidente dos Correios dobre o valor do repasse. Mesmo sendo um valor inferior aos que já divulgamos neste blog, temos a concepção que esse dinheiro poderia ser aplicado na melhora das condições de trabalho em várias unidades, e não direcionado a festa. Veja e compare os reajuste no patrocínio: http://correiosdobrasilfuncionarios.blogspot.com.br/2017/06/correios-ignora-crise-e-dobra-verba.html

O correto seria se fazer uma representação ao Ministério Público, SEST, Ministério da Comunicações, TST ou qualquer outro órgão um requerimento de informações à empresa sobre esse e outros patrocínios “tão  generosos”. 

Tudo indica que a bondade da empresa tende a aumentar, mas não significa que será revertida aos trabalhadores dos Correios. O acordo coletivo desse ano será um dos mais difíceis, ainda mais diante de um governo que nada fez e faz para o trabalhador.
Plano de Saúde: Direito dos Trabalhadores e Dever da Empresa

MUNDO SINDICAL CORREIOS
24/6/17

Se por um lado os atos ocorridos no passado não são responsabilidade do atual presidente dos Correios ou da atual direção do Postal Saúde, a conta também não pode ser repassada aos trabalhadores, que têm o plano como um benefício para si e seus familiares. Benefício este conquistado à custa da luta e união dos trabalhadores em prol de seus direitos e que é cláusula do Acordo Coletivo de Trabalho.

Um benefício não pode trazer prejuízo a quem o usufrui, já que trata-se justamente de um incentivo, uma forma de promover o bem-estar do empregado. Quem lutou para ter direito a uma saúde digna não pode pagar pelo ilícito de maus gestores que, inclusive, respondem à processos judiciais por irregularidades no plano. Estes valores têm que ser reavidos de quem de fato os retirou da empresa e não de trabalhadores honestos e suas famílias.

Do ponto de vista empresarial, os trabalhadores são o capital humano de uma organização, a força de trabalho que gera os resultados almejados em seu planejamento estratégico. Preocupar-se com a saúde dos empregados e suas famílias é, portanto, obrigação de gestores que administram a organização, pois visa o aumento da produtividade e a diminuição do absenteísmo, além de incentivar a retenção de talentos.

Na disputa entre forças sindicais e representantes da empresa, os trabalhadores é que sentirão o peso das decisões. Voltamos de uma greve recente em que um acordo, no mínimo polêmico, mostrou que a luta pela manutenção das atuais regras do Plano de Saúde e cláusulas do ACT será ainda mais árdua. Esperamos que os dirigentes sindicais ajam com responsabilidade na mesa de negociação e saibam aglutinar forças fazendo bem o trabalho de base tanto na área operacional quanto no administrativo, pois todos são empregados dos Correios e todos serão afetados por eventuais mudanças.

No mínimo que se tente um acordo no TST que seja menos lesivo aos trabalhadores do que o proposto atualmente.  Que se reveja os percentuais propostos que sobrecarregam os trabalhadores, especialmente os com muitos filhos, com uma barganha, quem sabe, pelo aumento do compartilhamento. Que se escute os trabalhadores e suas possibilidades de contribuir, já que a imposição do TST pelo pagamento é um fato. Fato é também que se houver cobrança de mensalidade muitos vão optar por deixar o plano. Isso certamente trará reflexos para quem optar por ficar e deve ser um ponto de análise nas discussões na mesa de negociação.

Tudo isso deve pesar também na decisão dos dirigentes e representantes da empresa que acabaram de aprovar a nova Estratégia Correios, em que se descreve como Valores a Integridade, o Respeito às Pessoas, o Orgulho em pertencer aos Correios e a Orientação para o futuro. A cultura organizacional não é algo que se cria por normas e memorandos e sim algo vivenciado no dia a dia das atividades de trabalho de cada um dos empregados. Se a empresa quer realmente engajar e motivar os trabalhadores para que eles se tornem “agentes da mudança” e incorporem os valores na prática da nova estratégia, deve se pautar em primeiro lugar pelas pessoas -ou na linguagem empresarial, por seus colaboradores-, não apenas pelo vil metal.


Michele Barros Jornalista concursada dos Correios Dirigente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo Colunista do Blog Mundo Sindical Correios
Da demissão DESmotivada nos Correios

BLOG CORREIOS DO BRASIL FUNCIONÁRIOS
23/6/17

Daniela Schweig Cichy, Advogada e Presidente da Apect, Associação dos Advogados dos Correios.

A aplicação da demissão motivada no âmbito dos Correios, decorre, segundo tese defendida pela diretoria executiva da estatal, de sua situação financeira que acumula prejuízos bilionários nos últimos dois anos e com sinalização de novo prejuízo no ano corrente.

Esse é o fato que justifica a sua aplicação, crise financeira.

Ocorre que, sob o ponto de vista jurídico, a situação não é tão simples e a aplicação de demissão motivada em massa em uma empresa pública federal, prestadora de serviços públicos monopolizados, de capital exclusivo da União, que paga suas contas judiciais através da sistemática de precatórios, tem seus bens impenhoráveis e possui imunidade tributária a impostos, merece um olhar mais acurado e atento.

Antes da questão jurídica que personifica a total incompatibilidade do instituto com a realidade experimentada pelos Correios, temos que verificar a questão fática apresentada e debater se a saída é mesmo a demissão em massa decorrente de fator econômico.

O prejuízo da estatal é notório e fato incontroverso. Mas, qual a sua origem? É decorrente da crise financeira do mercado econômico brasileiro ou é um problema de gestão? Houve um crescimento exagerado das despesas? Houve um crescimento fora da curva da despesa com pessoal?

De outro lado, quais medidas ou caminhos foram percorridos pela diretoria da empresa para contornar a situação econômica desfavorável?

As respostas a essas indagações são de fundamental importância para legitimar ou não as ações futuras da empresa na implantação da demissão motivada em massa.

Nesse sentido podemos verificar que é fato notório, pois publicado em vários sites de notícias, que a Controladoria Geral da União, após auditoria efetuada nos Correios (Relatório nº. 201602617 disponível no site do Ministério da Transparência), responsabilizou o Conselho de Administração e a Diretoria Executiva da empresa, por não adotar medidas que evitassem a dilapidação do patrimônio da estatal.

Mas que dilapidação de patrimônio foi essa? A CGU apontou que os Correios pagaram à União dividendos acima do previsto na legislação, inclusive mandando dividendos em ano que não teve lucro, o que gerou um problema de falta de caixa para a empresa. Esse fato é o principal causador da crise financeira dos Correios.

Em uma avaliação histórica do desempenho econômico financeiro da estatal, pode-se verificar claramente que a empresa, embora tenha um faturamento alto (na casa dos bilhões), não é geradora de grande margem de lucro. Isso é claro e evidente por ser o serviço postal um serviço que toma muita mão-de-obra e também por registrar custos elevados para a prestação de serviço com qualidade uniforme em todo o território nacional.

É por isso que o Correios possui o monopólio da prestação de serviços de entrega de cartas. É por esse motivo que a empresa é a única estatal que paga suas contas judiciais pela sistemática do precatório e possui imunidade tributária. Essas prerrogativas justificam-se e foram reconhecidas pelo Supremo Tribunal Federal, justamente pelo aspecto econômico e social que permeiam a prestação do serviço postal. 

Lembrando que o serviço postal é público, de competência da União e que é, e sempre foi, historicamente deficitário. É importante destacar que o serviço não é deficitário por causa dos empregados, ele é deficitário pela matriz de prestação que foi concebida pela qual é prestado, com universalidade na prestação e pela modicidade tarifária.

Algum agente econômico privado pode garantir o custo de uma carta social? Não. Algum agente econômico privado pode garantir uma modicidade tarifária para o serviço monopolizado e um equacionamento tarifário para os serviços concorrenciais, como o serviço de encomendas, onde se garanta a entrega em regiões economicamente inviáveis, como o interior do país? Não.

Então uma empresa que presta um serviço que não é protagonista nacional na geração de lucros, quando é descapitalizada na proporção em que a empresa de Correios foi, não tem como não sentir os efeitos dessa ação de sua controladora, no caso a União Federal.

Os recursos acumulados foram retirados da empresa. Dinheiro que, em anos anteriores, foi preservado e utilizado para a manutenção dos Correios, evitando que a empresa precisasse ser socorrida pelo Tesouro Nacional. Ou seja, esse dinheiro sempre foi fundamental para o equilíbrio econômico da empresa, que embora não tivesse um lucro operacional, mantinha-se sem prejuízos e sem onerar o Tesouro, com uma política de aplicações financeiras adequada para suportar os períodos de baixa na atividade econômica.

Esse fato não é novidade e também é explorado por todas as empresas, seja no mercado público, seja no mercado privado, considerando que a economia é cíclica e sujeita a oscilações. As reservas econômicas das companhias são fundamentais para que as empresas possam atravessar períodos de crise, que podem ser decorrentes, entre outras coisas, da baixa atividade econômica e do constante processo de inovação tecnológica.
Assim, resta evidente que a causa fática da crise financeira dos Correios é a ação da própria União e dos órgãos de Administração dos Correios (Diretoria Executiva e Conselho de Administração), que propiciaram a descapitalização da empresa, sem adotar qualquer medida compensatória.

Ao contrário, a União trabalhou mais uma vez contra os interesses dos Correios ao manter inalteradas as tarifas postais por um período em que a inflação estava em alta, aumentando assim todos os custos da empresa, outro fato incontroverso e de conhecimento notório.

Nesse ponto é de chamar a atenção para o previsto na Lei 13.303/2016 que, em seu artigo 15, estabelece a responsabilidade do acionista controlador da empresa pública pelos atos praticados com abuso de poder. Então, fica a indagação, não poderiam os empregados da empresa, por intermédio de suas entidades representativas (Adcap, Fentect, Findect e outras), buscar junto ao Poder Judiciário a responsabilização da União por seus claros e evidentes atos praticados contra a empresa (descapitalização e retenção tarifária) e que causaram o seu desequilíbrio financeiro?

A resposta é positiva, considerando que o parágrafo primeiro do mesmo artigo estabelece que a ação de reparação poderá ser proposta pela sociedade, o que convenhamos não será feito, mas deveria, pelos demais sócios, o que não é aplicável no caso já que a União é a única controladora dos Correios e, também, pelo terceiro prejudicado. Nesse ponto, quem está sendo mais prejudicado do que o trabalhador dos Correios, que está sofrendo diariamente a ameaça de uma iminente demissão em massa, como forma de corte de custos da empresa estatal.

Neste mesmo sentido, voltando às questões inicialmente levantadas, vemos que uma análise das despesas com pessoal pode demonstrar claramente que durante os últimos cinco anos não houve um incremento fora do padrão inflacionário nessas despesas, excluída a questão do plano de saúde.

De outro lado, ao verificarmos as medidas adotadas até o presente momento, pela Diretoria Executiva, para o contorno na crise financeira da empresa, vemos que não existe nada de concreto que não seja um ataque aos seus trabalhadores, com a proposta de redução de benefícios, redução de orçamento de funções gratificadas,programa de demissão incentivada e agora a ameaça de demissão em massa.

Qual outra medida concreta adotada pela administração da empresa? Nenhuma. Houve a contratação, por R$ 30 milhões, de uma consultoria que está apresentando propostas idênticas a aquelas da consultoria passada, que custou R$ 3 milhões. Mudanças apontadas como novo modelo organizacional e nova estratégia, apesar de importantes, não diferem das proposições contratadas nos anos anteriores (Falconi e EY) e não trazem quantitativamente nenhuma perspectiva de melhorias no curto, médio e longo prazo. No curto prazo, só se praticam atos contra os empregados, como a suspensão das férias, corte de funções gratificadas e, agora, a demissão em massa.

As despesas com patrocínios continuam a ser executadas sem qualquer critério e sem qualquer metodologia de aferição real de atingimento de metas das contrapartidas. Quem está patrocinando diversas federações esportivas (ruby, tênis, natação e handebol) não pode demitir empregados concursados sob alegação de crise financeira. Quem está em crise não gasta com eventos patrocinando várias entidades de caráter duvidoso e com fins totalmente desconexos à atividade da empresa.

Uma empresa em crise não mantém uma subsidiária como a CorreiosPar, com três diretores que ganham remuneração superior a 30 mil reais por mês e não apresentam nenhuma resposta positiva. Não produz nada que seu objeto social determina. A CorreiosPar tem um capital social de 27 milhões de reais e não produz nada, só gasta com pagamento de salários e demais benefícios de seus diretores. Esse dinheiro poderia ser incorporado ao patrimônio dos Correios, que está em crise financeira. Disso decorreria a suspensão da atividade da subsidiária e a imediata dispensa de seus dirigentes.

Uma empresa em crise financeira não mantém 16 (dezesseis) assessores especiais,contratados sem concurso, e que também não estão trabalhando em qualquer processo especial ou estratégico que justifique salários mensais de 20 mil reais. Quais projetos esses assessores tão especiais tratam hoje? Nenhum.

Uma empresa em crise financeira não pode demitir empregados e ao mesmo tempo mão-de-obra temporária dos Correios é um escândalo que não se justifica. Se há, como diz a Diretoria Executiva, um excesso de empregados, como justificar a manutenção anual de contratos de fornecimento de mão-de-obra temporária, com cerca de 10 mil trabalhadores temporários. Ora, antes de demitir concursados, que seja extinta a utilização de mão de obra temporária na empresa; lembrando que o trabalhador temporário custa mais caro que o empregado concursado, considerando que os benefícios são os mesmos, mas para o temporário a empresa ainda paga a taxa de administração da empresa fornecedora de mão-de-obra.

Essas são as questões fáticas que por si, demonstram a inviabilidade de se adotar uma política de demissão motivada em massa com a alegação de crise financeira. Antes de demitir empregados concursados, que não têm nenhuma parcela de culpa pela crise financeira da empresa, a Administração da empresa deve fazer o dever de casa e olhar para os seus atos cotidianos de gestão, que podem ir desde a dispensa de carros com motoristas, redução de seus próprios vencimentos e desligamento dos assessores especiais.

As questões jurídicas, por sua vez, podem ser resumidas em alguns pontos centrais: Os Correios não são uma empresa de mercado qualquer. Trata-se de uma estatal federal que contrata seus empregados por concurso público, atua em uma área de reserva de mercado da União e detém privilégios típicos de uma autarquia pública.

Então, é correto dizer que se essa empresa é detentora de vários privilégios, também é detentora de várias obrigações que não são comuns às demais empresas que atuam no mercado privado.

Especificamente quanto a seus empregados, já decidiu o Supremo Tribunal Federal que as demissões somente podem ocorrer de forma motivada. Daí, deriva o fato de que o motivo para demissão não pode ser qualquer um, tem de ser um motivo verdadeiro e que tenha ligação de causa e efeito com o problema que se busca resolver; o que não se verifica no caso dos Correios já que os empregados não deram causa ao prejuízo experimentado pela empresa e tampouco a sua demissão é a solução para o problema, lembrando que a atividade postal exige mão-de-obra para sua execução. Não é uma atividade que se extingue ou troca da noite para o dia com a implementação de tecnologia.

Ora, se os Correios são uma empresa que se intitula “longa manus” da União Federal, e detém os privilégios da fazenda pública, também tem obrigações de fazenda pública, sendo esse o entendimento do STF, quando decidiu pela necessidade de motivação das demissões dos empregados dos Correios.

Seguindo essa linha de raciocínio, temos que não basta a empresa buscar uma negociação com os sindicatos e depois demitir os empregados; assim como não basta aos Correios buscar uma mediação ou dissídio junto ao TST, pois a Justiça do Trabalho não tem essa competência de demitir empregados. Ao contrário, a função dela é a proteção dos empregados dos abusos decorrentes da relação de emprego. A demissão em massa buscada pelos Correios no panorama atual, não se configura em outra coisa que não a inequívoca transferência do risco empresarial e da inabilidade da atual gestão em buscar junto à União os valores retirados indevidamente da empresa, para os trabalhadores (princípio da auteridade – artigo 2ª da CLT).

O TST tem firmado jurisprudência quanto à necessidade de negociação prévia com as entidades sindicais, isso é uma premissa básica da qual os Correios não poderão se furtar, além de demonstrar com fatos reais e não com suposições, os verdadeiros fatores que levaram à derrocada econômica da empresa e a impossibilidade de recuperação, ou que a demissão é único caminho disponível para a empresa. O que, diga-se de passagem, não se confirma, pois bastaria a União restituir o caixa da empresa que ela teria condições de suportar a crise e criar alternativas de menor impacto social para voltar a ser uma empresa equilibrada financeiramente.

De ressaltar, por fim, que outras estatais passam por dificuldades financeiras e com excesso de pessoal, o que não é o caso dos Correios, repita-se que conta com mais de 10 mil empregados temporários contratados. Uma dessas empresas é a Infraero, que para evitar um processo de demissão decorrente da privatização de parte dos aeroportos, optou por efetuar o processo de cessão de empregados com ônus, para vários órgãos da administração pública federal, que necessitam de pessoal.

Enfim, a demissão em massa não é o caminho adequado a se buscar para a solucionara crise dos Correios, seja por lhe faltar sustentação fática, seja por não possuir sustentação jurídica.


Texto de Daniela Schweig Cichy – Advogada Estatal dos Correios, Presidente da Associação dos Procuradores dos Correios – APECT, Secretária Geral da Associação dos Procuradores de Empresas Estatais – ANPEPF, Membro das Comissões de Advocacia Estatal da OAB/RJ e do Conselho Federal da OAB, Diretora da Federação Nacional dos Advogados – FENADV

sexta-feira, 23 de junho de 2017

 Desconto das mensalidades dos aposentados da ADCAP na folha de Benefício do Postalis



Prezado Associado,

Informamos que a ADCAP firmou convênio com o POSTALIS para a cobrança das mensalidades dos aposentados por meio da folha de benefícios.

Para tanto os aposentados deverão preencher o formulário, que poderá ser acessado pelo link: http://www.adcap.org.br/wp-content/uploads/autorizacao_postalis.doc imprimir, assinar e entrega no núcleo regional da ADCAP.

Os Núcleos Regionais deverão reunir os formulários recebidos e encaminhar para a ADCAP Nacional até o dia 05/07/2017, para possibilitar o desconto a partir da folha de JULHO/2017.

O associado aposentado que não receber benefício do POSTALIS, continuará a realizar o pagamento da mensalidade por carnê.

Já o associado aposentado que receber o benefício do POSTALIS, deverá deixar de pagar a mensalidade por carnê a partir do vencimento de agosto.

As divergências, caso ocorram, serão acertadas pela ADCAP Nacional.

Qualquer dúvida entrar em contato com a Associação pelo fone: 0800.600.3650.


Direção Nacional da ADCAP.



quinta-feira, 22 de junho de 2017

Correios prorroga inscrições para vagas de estágio em São José

ClicRbs
22/06/2017

Os Correios prorrogaram até 28 de junho as inscrições para vagas de estágio de nível superior na Diretoria Regional de Santa Catarina. As vagas são para o Centro Operacional e Administrativo da empresa, localizado no bairro Nossa Senhora do Rosário, em São José. O processo será composto por análise curricular e de documentos. 

Para se candidatar, o estudante deverá estar matriculado com frequência efetiva em uma das instituições de ensino conveniadas com os Correios (listadas no edital); ter concluído, pelo menos, o 1º ano no sistema anual ou estar cursando a partir do 3º semestre no sistema semestral; e ter média mínima seis em cada disciplina cursada.  

O estágio terá duração de seis meses, podendo ser prorrogado por até dois anos. A jornada de trabalho será de quatro horas diárias e 20 semanais. O estagiário tem direito a bolsa mensal no valor de R$ 528,94, auxílio-transporte (R$ 92,84/mês), vale alimentação/refeição (R$ 197,11/mês) e assistência médica no ambulatório interno dos Correios em São José. 

No site dos Correios, os estudantes conferem o edital, com os requisitos para inscrição e o quantitativo de vagas por curso. Interessados em participar do processo deverão preencher a inscrição disponibilizada no site e enviá-la para o e-mail scrh@correios.com.br, juntamente com os documentos relacionados no edital, ou entregá-la pessoalmente, até 28 de junho, na Gerência de Recursos Humanos dos Correios em SC - Rua Romeu José Vieira, 90, 5º andar, Bloco B, bairro Nossa Senhora do Rosário, São José –, de segunda a sexta-feira, das 9h às 11h e das 14h às 16h. 

Confira as vagas:

- Arquitetura (turno matutino)
- Engenharia Elétrica (matutino)
- Engenharia Civil (vespertino)

- Administração (matutino e vespertino)
Presidente do Postalis, fundo de pensão dos Correios, renuncia

Extra
21/06/17

O presidente do Postalis, fundo de pensão dos Correios, André Motta, renunciou ao cargo, informou a fundação nesta terça-feira à noite. Ele entregou carta de renúncia à presidência dos Correios na sexta-feira. Segundo o Postalis, Motta já vinha negociando sua saída há três meses por motivos pessoais.

O executivo era diretor de investimentos da entidade e assumiu a presidência do fundo em julho do ano passado. Ligado ao PMDB, Motta já dirigiu empresas estatais do Distrito Federal, como a Terracap e o Banco de Brasília. O Postalis não respondeu imediatamente aos pedidos de comentários e não informou se já há um substituto para Motta.
Venda de chips dos Correios é 'pequena', mas serviço 'rejuvenesceu' a marca, diz presidente da estatal

G1
21/06/2017 

Apontado como a “marca do rejuvenescimento dos Correios”, o serviço de telefonia móvel da estatal ainda não deslanchou. Foram vendidos apenas 21 mil chips em três meses, informou nesta quarta-feira (21), o presidente dos Correios, Guilherme Campos Junior. Ele admite que o número é baixo, mas diz que está dentro das expectativas.

“Dentro do universo da telefonia celular, é um número pequeno. Mas, dentro daquilo que se propunha o projeto, é um crescimento muito criterioso sem afobamento, sem correr risco de colocar em xeque um projeto que demorou tanto para ser implementado”, disse Campos Junior, após participar de audiência pública na Comissão de Desenvolvimento Econômico da Câmara dos Deputados.Os Correios começaram a vender chips em março em São Paulo. No mês seguinte, o serviço foi lançado em Brasília. As regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Campinas também tem o serviço.

O presidente da estatal disse que a expansão da linha móvel será feita gradativamente. Segundo ele, até o fim do ano, todos os estados devem contar com o serviço, em mais de três mil municípios.

Ele mantém a previsão de que sejam vendidos 1 milhão de chips até março de 2018 e que o serviço chegue a 500 mil clientes.

“Não adianta querer abraçar o mundo. Seria um erro e uma ousadia até irresponsável querer fazer esse lançamento no Brasil inteiro do dia pra noite. Não temos perna para isso. Não temos capacidade de fazer isso de um dia pra noite”, afirmou.

Para o presidente da estatal, o novo serviço de telefonia móvel oferecido pela estatal desde março deste ano vai “dar uma rejuvenescida” da marca da empresa.“Esse produto que tem sido um grande sucesso principalmente para a marca e a imagem dos Correios.[O Correios Celular] deu uma rejuvenescida à sua imagem. Muito menos pelo que tem acontecido no âmbito comercial, mas de imagem, conceito e integração ao mundo digital”, disse.

Crise nos Correios
Por mais que o produto seja avaliado como “sucesso” pelo presidente da empresa, ele admite que as vendas de chip não serão suficientes para sanar a crise pela qual passa a estatal.

“Não há nenhum produto ou atividade que vá conseguir da noite pro dia resolver a vida dos Correios”, explica. “É um produto que com o tempo terá uma relevância muito significativa para a empresa, mas nesse momento é mais imagem do que financeiro”, continua.

Os Correios acumulam um prejuízo de R$ 4 bilhões nos últimos dois anos. Para sair da crise, o presidente da empresa tenta uma reestruturação, que inclui o fechamento de agências deficitárias e um programa de demissão incentivada.

O plano também prevê uma renovação dos serviços dos Correios – nessa linha está o lançamento de um serviço de telefonia móvel. A estratégia é usar a capilaridade das agências para vender outros produtos.

Estrutura
A estatal usa a infraestrutura da EUTV (empresa que venceu a licitação pública para operar o serviço). Desta forma, os Correios não precisaram investir em antenas e cabeamento, por exemplo. O contrato entre as duas empresas é de cinco anos.O Correios Celular oferece um plano mensal que custa R$ 30 e com franquia de internet de 1 GB. Sites dos Correios, do Governo Federal e o aplicativo de mensagens instantâneas Whatsapp não são cobrados na franquia.

O plano também oferece 100 minutos em ligações para qualquer telefone ou fixo do país de qualquer operadora. A compra de chips e recargas são feitas apenas nas agências dos Correios.