quinta-feira, 29 de março de 2018

POSTAL SAÚDE - COBRANÇA DE
MENSALIDADE E COMPARTILHAMENTO


Considerando a divulgação realizada pelos Correios no primeira hora dos dias 23 e 28/03/2018 e a divulgação no site do POSTAL SAÚDE relativo ao início da cobrança de mensalidade e mudança no sistema de compartilhamento, temos o seguinte a informar:

1. PROCESSO NO TST

A decisão do TST no julgamento da alteração da Cláusula 28 do atual Acordo Coletivo de Trabalho somente terá vigência após a publicação do respectivo Acórdão. 

Após a publicação do Acórdão do TST, as partes representantes dos trabalhadores poderão apresentar Recurso ao Pleno do Tribunal, solicitando efeito suspensivo do julgamento, que poderá ser acolhido ou não.

A ADCAP NACIONAL segue avaliando junto aos seu corpo jurídico quais as medidas que melhor atenderão aos interesses dos seus associados.

2. IMPLEMENTAÇÃO DA COBRANÇA

Independentemente das medidas jurídicas a serem adotadas no processo junto ao TST, informamos que para a implantação da cobrança de mensalidade e mudança no sistema de compartilhamento, há a necessidade de aprovação do Regulamento do novo Plano junto ao Conselho Deliberativo da POSTAL SAÚDE, e posteriormente, junto à ANS.

Há necessidade também da manifestação de cada beneficiário, por escrito, quanto ao seu interesse ou  não em continuar no plano da Postal Saúde, dentro dessa nova modalidade.

A ADCAP NACIONAL está monitorando o andamento do assunto junto aos Conselheiros Eleitos representantes dos participantes. 

3. OUTRAS MEDIDAS 

Paralelamente, a ADCAP NACIONAL também está identificando fornecedores alternativos, em planos empresariais, objetivando apresentar possíveis opções aos seus associados.

Alguns Núcleos Regionais tomaram a iniciativa de já buscar no mercado e avaliar propostas de planos de saúde locais. 

Salientamos que esse encaminhamento está sendo construído com cuidado, segurança, visando garantir uma opção que realmente proporcione não somente vantagem financeira, mas um atendimento pleno com os mais completos serviços para nossos associados e dependentes. 

Informamos que, tão logo tenhamos novas notícias sobre o assunto, iremos divulgar. 


Direção Nacional da ADCAP.

terça-feira, 27 de março de 2018

Imposto de Renda sobre Taxa do Equacionamento
do Postalis


Prezado Associado,

Informamos que os efeitos da liminar conseguida pela ADCAP em 14/03/2018, no processo contra a Receita Federal  referente a  incidência de imposto de renda sobre a taxa de equacionamento, ocorrerão a partir do pagamento dos benefícios processados pelo POSTALIS no mês de abril/18. 

Não foi possível a implantação das orientações da liminar em março, pois o POSTALIS foi notificado após o processamento da folha de benefícios. 

Esclarecemos que estão contemplados nesta decisão os associados que se filiaram até setembro/2017, quando foi protocolada a ação. 

Direção Nacional da ADCAP.

quinta-feira, 22 de março de 2018


Presidência dos Correios se cala sobre patrocínios esportivos

O Antagonista
20/03/2018

A Associação dos Profissionais dos Correios (Adcap) resolveu pedir uma explicação da Presidência da pré-falimentar estatal sobre os patrocínios para esportes como squash e rugby.

“A empresa segue produzindo déficits bilionários em seu balanço e penaliza sua própria área operacional com falta de recursos. Nenhum sentido faz efetuar novos patrocínios esportivos”, diz a Adcap, em nota.

A associação propôs que os Correios cancelem os patrocínios vigentes e só voltem a cogitar novos quando produzir pelo menos 1 real de lucro.

Não houve resposta, por enquanto.


Postalis desiste de ação bilionária nos EUA

O Globo
22/03/2018

Nomeado pela Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc) para intervir no fundo de pensão dos carteiros, Walter de Carvalho Parente, já pediu a renovação da intervenção no Postalis e mandou suspender uma ação bilionária que poderia resolver a maior parte dos problemas da instituição, segundo fontes e documentos aos quais O GLOBO teve acesso. Ele ordenou aos advogados do fundo nos Estados Unidos que não seguissem adiante com um processo determinado pela diretoria que foi destituída no ano passado, depois da intervenção.

Tudo estava pronto para pedir um ressarcimento de US$ 1,5 bilhão na Justiça americana ao banco BNY Mellon por perdas causadas por fraude e má gestão no Postalis. Procurado, o presidente dos Correios, Guilherme Campos, afirmou que, se o fundo de previdência não reivindicar esse dinheiro, a própria estatal o fará.

- Tem de perguntar para a Previc o motivo de abrir mão de US$ 1,5 bilhão. Nossa obrigação é ir atrás desse dinheiro - disse o presidente dos Correios.

Ao ser questionado, Parente informou, por meio da assessoria de imprensa do Postalis que nunca tratou sobre a suspensão do processo com os advogados. No entanto, após O GLOBO afirmar que teve acesso a um e-mail de um funcionário endereçado ao escritório de advocacia encarregado da cobrança nos EUA e com cópia para o interventor, ele voltou atrás.

O e-mail diz que “por ordem do Sr. Walter Parente, informamos que a Previc não aprovou o encaminhamento da carta de autorização do Postalis para o seu escritório”. E fala ainda que “por ordem do Sr. Walter Parente, nenhum processo pode ser aberto nos Estados Unidos sem a autorização expressa do Postalis”.

Após negar oficialmente, por e-mail, que a decisão não tinha sido tomada e depois informar que o assunto nunca tinha sido tratado, o Postalis enviou ao GLOBO outra resposta. Disse que os advogados americanos fizeram uma exigência de assinatura de um aditivo ao contrato já pactuado de US$ 1 milhão para ingressar com a ação, o que não teria sido aceito pelo interventor. Disse que “o ingresso ou não” de ação contra o BNY Mellon ainda está em “processo de análise”.

O Postalis já pagou pelos serviços do escritório americano, que entraria no próximo mês com a ação na Justiça. Nos bastidores, o interventor tem dito a interlocutores que tem suspeitas em relação ao escritório. No entanto, em vez de trocar de advogados, decidiu que não deve tocar o processo com uma outra firma.

De acordo com fontes da Previc, a orientação é focar apenas numa disputa na Justiça brasileira. Ele quer entrar como parte numa ação do Ministério Público de São Paulo que pede R$ 9 bilhões de indenização ao banco americano.

Em dezembro o interventor chegou a contar numa reunião do Conselho de Administração dos Correios que recebeu oferta de propina do banco americano para fechar um acordo com a instituição. Como a revelação foi considerada bombástica, os executivos da estatal resolveram deixar a denúncia registrada na ata do encontro.

“(O interventor) menciona gravidade da situação enfrentada, citando inclusive ter recebido uma oferta de pagamento de R$ 6 milhões, por parte de advogados representantes do fundo BNY Mellon, para aceitar proposta de fechamento de acordo com aquela instituição, no valor de R$ 1,2 bilhão, fato este comunicado de imediato à Previc”, diz o documento assinado por todo o conselho de administração dos Correios.

Na ocasião, o BNY Mellon negou veementemente a história. Por meio de nota, disse que a instituição jamais tratou assuntos relacionados a um potencial acordo com o interventor e nem seus advogados.

Em seguida, o interventor do Postalis pediu uma retificação da ata do conselho dos Correios. Parente pediu que se registrasse que “de fato, foi procurado por advogado, que se dizia negociador da dívida daquela instituição (Banco Mellon), mas que não se identificou como representante do BNY Mellon.”. De acordo com um comunicado na página do fundos dos carteiros na internet, o objetivo da solicitação foi corrigir a informação anterior. A instituição afirma a notícia tinha “interpretações equivocadas sobre o fato relatado”.

“Walter Parente reafirma a ocorrência do fato e esclarece que, em momento algum, disse que o advogado que lhe oferecera vantagem indevida era representante do Banco BNY Mellon. O que ele relatou foi que o advogado se dizia pertencente a um escritório que intermediaria a negociação entre o Postalis e o banco americano”, disse o fundo numa nota na época.

Há um mês, os advogados americanos estiveram com Walter Parente. De acordo com uma fonte ouvida pelo GLOBO, a ordem de não seguir com o processo foi dada sem nenhuma explicação adicional. Ele teria ainda pedido um relatório de tudo o que o escritório já fez. - Não há argumento para desistir dessa ação - disse uma fonte do Postalis a par dos bastidores.

Antes da intervenção da Previc, o fundo de pensão dos carteiros já havia conseguido bloquear na Justiça mais de R$ 300 milhões por causa de uma ação sobre fraudes em aplicações em títulos da Venezuela. A instituição financeira é acusada de gerir de forma ruinosa o dinheiro dos aposentados dos Correios.

A Justiça entendeu, na ocasião, que a instituição teria condições de evitar a fraude. Num dos casos, o fundo de investimento Brasil Sovereing II _ do Postalis _ tinha de aplicar 80% dos recursos em títulos da dívida externa brasileira. Em 2011, entretanto, esses papéis foram trocados por bônus argentinos e venezuelanos. O negócio resultou numa perda de R$ 190 milhões.

Essa troca foi _segundo os investigadores _ feita pela ex-gestora Atlântica. O BNY Mellon, que administra o fundo, negou qualquer envolvimento e alegou que as decisões de investimento cabem à gestora, não à administradora.

O GLOBO procurou a Previc, órgão que nomeou Parente como interventor, que não quis se manifestar. O BNY Mellon também não se pronunciou.


Justiça condena administrador por fraude em plano de saúde dos Correios

InfoMoney
21 MAR, 2018

SÃO PAULO - A Justiça Federal condenou Luís Henrique Barcelos Martins de Oliveira a 11 anos, 1 mês e 22 dias de reclusão em regime fechado, além do ressarcimento do dano causado aos Correios e Telégrafo no valor de R$ 840 mil, pelos crimes de peculato e lavagem de ativos O caso é parte de um esquema criminoso na gerência de saúde dos Correios do Rio de Janeiro, que desviou mais de R$ 7 milhões e foi desarticulado com a deflagração da Operação Titanium. A operação foi deflagrada em 2013 pelo Ministério Público Federal e pela Polícia Federal, revelando o esquema criminoso que operou entre agosto de 2011 e abril de 2013.

Na sentença, também foi condenado o ex-gerente dos Correios Marcos da Silva Esteves a 3 anos, 10 meses e 15 dias de reclusão por lavagem de dinheiro . No entanto, em sentença proferida em fevereiro do ano passado, ele já havia sido condenado por peculato a 14 anos, 9 meses e 27 dias de reclusão, em regime inicial fechado, bem como ao pagamento de multa e ressarcimento do valor subtraído.

No caso de Luís Henrique, ele teria desviado valores da empresa pública, por meio de pagamentos ilícitos, que teriam beneficiado o Hospital Prontocor, integrante da rede credenciada do plano de saúde.

Os pagamentos foram por meio de três notas fiscais, com datas de junho de 2011, setembro de 2011 e fevereiro de 2012, e teriam totalizados cerca de R$ 840 mil. O condenado emitiu ainda notas fraudulentas que sabiam não corresponder a serviços prestados, além de ter prometido vantagens indevidas ao então gerente dos Correios Marcos da Silva. As partes envolvidas ainda podem recorrer da sentença.

Correios propõem acordo inédito direcionado a 1,2 mil devedores

JCNET
21/03/2018

Os Correios recebem, até o dia 28 de março, propostas de renegociação de dívidas de clientes por meio do Programa de Realização de Acordos (Praect). Somente em Bauru e região, a empresa acumula mais de 1.200 processos judiciais passíveis de serem abrangidos pelo Praect, envolvendo um valor superior a R$ 71 milhões. 

O saldo devedor também poderá ser pago em até 60 vezes, com desconto de 50% nos juros; ou em até 120 vezes, com 25% de desconto nos juros. No entanto, continua a incidir a correção monetária sobre o valor principal, acrescido dos honorários advocatícios, conforme nota divulgada pela empresa.

O texto destaca ainda que é a primeira vez que os Correios propõem esse tipo de acordo e a expectativa é de que haja muitas adesões devido às condições oferecidas. Inspirado no Refis do governo federal e com base na Lei n.º 9.469/97, o programa visa oferecer condições vantajosas tanto para pessoas físicas quanto jurídicas.

VANTAGENS

Entre as vantagens do acordo estão a possibilidade de refazer contratos comerciais com os Correios, a reutilização serviços à crédito e reabilitação para participar de licitações. "O maior benefício é o desconto de até 90%, relativo aos juros de mora de 1% por mês, que será oferecido aos clientes que optarem pelo pagamento à vista", diz a nota.

A empresa está encaminhando telegramas aos clientes que se enquadram nessa situação. O cliente que ainda não foi contatado e tem interesse em participar do Praect pode obter informações no site dos Correios em http://www.correios.com.br/para-voce/noticias/programa-de-realizacao-de-acordos-da-empresa-brasileira-de-correios-e-telegrafos.

PRAECT

O Praect destina-se a clientes que respondem a processos judiciais abertos pelos Correios, sejam decorrentes de contratos administrativos, comerciais ou títulos executivos, se ainda não judicializados. A dívida não pode ter ultrapassado R$ 5 milhões até 6 de abril de 2017.

Os devedores somam 11 mil processos que podem se encaixar nesse tipo de acordo e cujo saldo equivale, apenas com correção monetária, a quase R$ 1,2 bilhão devidos à empresa.

Saiba quais são seus direitos caso tenha problemas com os Correios

Economia iG
21/03/2018

Desde o último dia 6, uma taxa de R$ 3 passou a ser cobrada para encomendas no Rio de Janeiro. Segundo os Correios, esta cobrança adicional foi aplicada porque a cidade tem passado por problemas de segurança pública.

No dia seguinte, o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro concedeu liminar impedindo, provisoriamente, o repasse desse gasto ao consumidor, devido à ausência de fatos “convincentes”, segundo a 5ª vara Cível da cidade. Este, no entanto, é só mais um dos inúmeros problemas que os consumidores estão enfrentando com os Correios . Os atrasos, em geral, têm sido o principal deles. 

Mesmo depois de encerrada a greve da última semana, os atrasos persistem. Enquanto isso, crescem os valores indenizados pela estatal por demora nas entregas , o que resulta em mais de R$ 200 milhões em prejuízo a cada ano.

Por conta disso, a Proteste - Associação de Consumidores, listou algumas dicas para que todos possam ficar atentos às atitudes abusivas, conseguindo, assim, assegurar seus direitos em relação aos serviços prestados pela estatal. Confira:  

1) Boleto atrasado

Com eventuais greves e atrasos no recebimento das correspondências, as contas podem vencer sem que o consumidor tenham recebido. Isso gera multas e juros pelo atraso no pagamento. A fim de evitá-las, o ideal é estar atento às datas e solicitar online a 2ª via, se possível.

2) Encomenda fora do prazo de entrega

Atrasos na entrega de produtos podem causar problemas para os consumidores. Nestas situações é possível até mesmo solicitar o cancelamento da compra. Caso o consumidor não consiga fazer isso, a loja online e os Correios devem arcar com os prejuízos sofridos.

3) Ressarcimento

Se você contratou um serviço que não foi prestado da maneira prometida, terá o direito de buscar ressarcimento ou, no mínimo, um desconto no valor pago. Caso não seja possível achar uma solução, procure um órgão de defesa do consumidor para prestar auxílio. Os próprios Correios oferecem também uma opção de seguro para as encomendas, que pode ser útil, visto o grande número de atrasos que tem sido observado.


Lucro das estatais triplicou em 2017

Valor Econômico
20/03/2018

Após prejuízo de R$ 32 bi em 2015, lucro havia somado R$ 4,6 bi em 2016 e subiu no ano passado 

O lucro líquido do conjunto das empresas estatais em 2017 mais que triplicou ante os R$ 4,596 bilhões verificados em 2016. A informação foi dada ao Valor pelo secretário de Coordenação e Governança das Empresas Estatais do Ministério do Planejamento, Fernando Soares. Os dados são preliminares e estão sendo finalizados para o boletim do fechamento do ano sobre as estatais, previsto para sair ainda este mês. Ele lembrou que em 2015 as empresas tiveram prejuízo de R$ 32 bilhões. 

Soares explicou que a forte redução do prejuízo da Petrobras em 2017 e os resultados mais fortes de Banco do Brasil e BNDESPar, além da Caixa Econômica Federal, foram os principais motores desse desempenho melhor do conjunto das companhias federais. O resultado a ser divulgado neste mês considera uma amostragem que representa 95% do patrimônio líquido das estatais e os cinco principais grandes grupos estatais. 

O secretário destacou o esforço de ajuste que o governo vem realizando em suas empresas, buscando não só recompor margens de rentabilidade perdida por alguns anos, mas também de aumento na produtividade. Questionado se ao fazer esse tipo de ajuste na administração das empresas o governo não foi longe demais, gerando problemas como as crescentes reclamações sobre o custo da gasolina, vendida pela Petrobras, ou do crédito, fornecido pelo BB, Soares defendeu a necessidade de fazer um movimento mais intenso de ajustamento a partir de 2016 para recuperar a saúde das empresas. 

Mesmo assim, o técnico do governo não nega a necessidade de empresas públicas em alguns casos. Nesse sentido, ele destaca o papel dos bancos federais no aumento da concorrência do mercado, mesmo hoje praticando taxas próximas das dos concorrentes. "Como seria o mercado sem esses dois bancos? A situação seria mais grave", disse. "Mas a experiência recente disse que segurar preços, margens, tarifas, não adiantou e levamos algumas dessas estatais, como Petrobras e Eletrobras, para situação muito grave". 

"Acredito que houve ajuste necessário e com o tempo isso vai se equilibrando. É a natureza da economia. Se você está em situação muito grave, toma medidas muito amargas no primeiro momento até confluir para uma situação estável", disse. "Você ainda está na necessidade de alocação melhor e economia de recursos. Em um segundo momento pode haver uma flexibilização desses elementos", completou, ponderando que o país vive uma situação na qual o Estado tem que ser repensado. 

"O Estado-empresário tem que ser uma exceção", defende, ao ressaltar que o processo de privatização e concessão tem como objetivo também reforçar o cenário de crescimento econômico e fazer frente à óbvia "escassez fiscal", em um ambiente de elevados déficits primários e não há espaço para ficar aplicando recursos públicos. 

Para ele, a privatização da Eletrobras é um caso no qual esse entendimento se aplica, dado que, ao invés de colocar dinheiro do orçamento no setor de energia, o dinheiro pode ser direcionado para outras áreas mais urgentes do setor público. "O setor de energia é maduro e extremamente bem regulado pela Aneel, então a gente acredita que o Estado brasileiro pode dar um passo à frente", disse. "A visão de governo é que estávamos preparados para passar a Eletrobras ao setor privado". 

Ele lembrou que a empresa ainda é bastante endividada e tem dificuldade de investir, situação que deve ser revertida com o processo de privatização e as iniciativas em curso como venda de distribuidores e sociedades de propósito específico detidas pela estatal. "Contrariamente ao que estão dizendo por aí, esse movimento vai a médio e longo prazo reduzir as tarifas e os preços de energia", disse. "Porque está aumentando investimento e oferta, que leva a redução de preço", argumentou, indicando que em cerca de cinco anos esse impacto será visto nos preços. 

Recentemente a Sest autorizou a Eletrobras a fazer um novo PDV. O secretário ressalta a importância desse tipo de iniciativa de enxugamento de quadro de pessoal no desempenho das estatais. Ele explica que no curto prazo essas medidas até geram despesa para as companhias, uma vez que implicam pagamentos de bônus e salários extras para quem aceita se demitir ou se aposentar, mas a longo prazo tende não só a reduzir o custo do quadro de funcionários, mas também a elevar a produtividade do pessoal remanescente. 

Dados apresentados por ele mostram que até agora, do público-alvo de 50 mil pessoas que os PDVs iniciados em 2016 tinham, quase 27 mil já haviam aderido e efetivado sua saída das empresas do governo federal. O número final, no entanto, será maior, porque há alguns programas do ano passado que ainda não foram concluídos, como os realizados pelos Correios (e que tinha alvo de mais de 5 mil pessoas), ou totalizados, e ainda há três grandes programas neste ano, que ainda não têm resultado final: Caixa e Eletrobrás, em curso, além da Embrapa, que está autorizado pela secretaria, mas ainda não foi finalizado.

quarta-feira, 21 de março de 2018

Prezado Associado,

A ADCAP fez mais uma parceria com a corretora Seguros do Brasil e conseguiu uma apólice exclusiva para associados no Seguro Residência, com até 35% de desconto, em relação a outras seguradoras.

Além disso, também podem usufruir dessas vantagens parentes dos associados (avós, pais, filhos, primos, irmãos, tios, netos, sobrinhos, sogros e cunhados).

Neste momento, de insegurança vivida na maiorias das grandes cidades brasileiras, onde a tendência dos seguros de automóveis e residências, é de aumento, aproveite essa oportunidade oferecida pela ADCAP e a Seguros do Brasil.

Abaixo as orientações de acesso e contato.



Direção Nacional da ADCAP.


Carta enviada ao Presidente da República, Michel Temer


Prezado Associado,


Para conhecimento, publicamos, abaixo, CT/ADCAP-020/2018 enviada ao Exmº. Sr. Presidente da República Michel Temer, cujo teor trata da importância da indicação de um profissional com a devida capacidade/conhecimento do negócio Correios para a condução da nossa Empresa, face a já anunciada saída do atual presidente Guilherme Campos para concorrer nas próximas eleições.


Direção Nacional da ADCAP.








Veja a carta também no link:
http://www.adcap.org.br/wp-content/uploads/CT-020-2018-Presidente-da-Republica.pdf

terça-feira, 20 de março de 2018


Com prejuízo bilionário, Correios patrocinam até squash

Coluna do Estadão
20 Março 2018 

Vale lembrar que o deputado Fábio Faria (PSD-RN), colega de partido do presidente dos Correios, ocupa a 12.ª posição no ranking Novo Squash Brasil

Mesmo acumulando prejuízos bilionários há cinco anos consecutivos e fechando 2017 no vermelho em mais de R$ 2 bilhões, os Correios acabam de aprovar patrocínio de R$ 700 mil para financiar a Confederação Brasileira de Squash, esporte pouco popular no Brasil.

A justificativa é que a modalidade pode ser incluída na Olimpíada de 2024. Os Correios também reservaram R$ 1,9 milhão para financiar até 2019 outra modalidade com poucos adeptos no País, o rugby. Justifica que o esporte “propicia a participação de diversos portes físicos”.

Mãozinha.

O deputado Fábio Faria (PSD-RN), que ocupa a 12.ª posição no ranking Novo Squash Brasil, diz que “sondou” o presidente dos Correios, Guilherme Campos, seu colega de partido, sobre o patrocínio, mas nega ter intermediado a liberação da verba.

Com a palavra.

O presidente dos Correios afirma que o pedido partiu da Confederação de Squash e que o valor do patrocínio é baixo e não vai afetar as contas da empresa. Esta é a primeira vez na história que os Correios patrocinam o squash.


Correios querem cobrar R$15 para cada encomenda internacional

Gazeta do Povo
19/03/2018

Mais uma mudança nos Correios pode pegar quem faz compras fora do Brasil desprevenido. A taxa de despacho postal, que desde 2014 era cobrada em importações tributadas, foi estendida a todas as importações, tributadas ou não, desde 22 de janeiro deste ano. Ela só não é cobrada em todas as encomendas, no momento, por falta de capacidade operacional.Na última semana, em matéria publicada no jornal Valor Econômico sobre os “camelôs digitais”, referindo-se ao e-commerce chinês, a companhia revelou que deve implementar, ainda em 2018, um sistema que levaria o comprador a pagar o custo operacional da entrega no momento em que recebe sua compra.

Essa taxa existe desde 2014, é chamada de taxa de despacho postal e, atualmente, é de R$15. Ela era cobrada apenas de encomendas tributadas pela Receita Federal e o valor, pago nas agências dos Correios no momento da retirada do pacote. Segundo a estatal, no dia 22 de janeiro ocorreu a ampliação da aplicação da taxa de despacho postal para todas as encomendas, e não apenas as tributadas.“Todas as encomendas internacionais cuja declaração de importação seja registrada na plataforma eletrônica Minhas Importações estão sujeitas à cobrança do serviço de despacho postal”, informam os Correios. O registro nesta plataforma é feito pelos Correios e compulsório, ou seja, não é uma escolha de quem está importando. No entanto, a maioria das encomendas que chegam ainda não é registrada, logo, chegam ao consumidor sem a incidência da taxa devido à capacidade operacional limitada da empresa. “Esta capacidade vem sendo ampliada gradativamente. Atualmente, a porcentagem de objetos que sofrem esta cobrança não ultrapassa 10%”, explica em nota.

Reajustes e alternativa mais rápida

Em fevereiro, os Correios anunciaram o reajuste da taxa de despacho postal de R$ 12 para R$ 15, alegando que ela nunca havia tido aumento. A empresa ressalta que o Despacho Postal é cobrado em função das atividades aduaneiras e dos serviços relacionados a tais atividades desde a chegada do objetivo ao Brasil até a sua entrega. “Portanto, não deve ser confundido com uma taxa de entrega”, explicam.

Os Correios têm outro plano na tentativa de agilizarem o tempo de entrega de compras internacionais, dado o aumento no número de reclamações nos últimos meses. Só nos dois primeiros meses de 2018, o Procon do Paraná registrou 155% mais queixas de atrasos dos Correios.

Neste projeto, a empresa ofereceria um novo serviço ao destinatário com a possibilidade de contratação de uma plataforma mais adequada para o encaminhamento e entrega da encomenda após sua nacionalização, como, por exemplo, o PAC ou o Sedex. “O serviço não acabaria com o frete grátis, apenas proporcionaria a possibilidade ao destinatário de contratar um serviço mais qualificado, que agilizaria a entrega de seu produto”, esclarecem.


Crise dos Correios desagrada consumidores e funcionários desabafam: ‘A culpa não é do carteiro’

Extra
18/03/18

De goteiras a banheiros quebrados, passando por carros danificados, falta de pessoal, assaltos frequentes e sequestros rotineiros. Os problemas citados fazem parte do dia a dia de centenas de funcionários dos Correios no estado do Rio. Na última semana, o EXTRA ouviu as reclamações de dezenas de servidores que lidam com as correspondências e encomendas, que hoje penam para chegar às casas dos consumidores.

— O principal é dizer que a culpa da crise dos Correios não é do carteiro. Uma rotina de trabalho dura mais de 10 horas durante a semana. Ainda enfrentamos falta de segurança e de condições de trabalho — disse um carteiro que pediu para ser identificado como W, pelo medo de retaliação por parte da empresa.Nos Centros de Distribuição (CDDs) espalhados pelo estado, o retrato é de abandono. Na Tijuca, os últimos meses no espaço foram em meio a goteiras e poças nas salas de triagem. Na Barra da Tijuca e no Recreio, as caixas com cartas e encomendas ficam espalhadas em mesas e pelo chão, devido ao acúmulo de itens. Em Senador Camará, os funcionários convivem com carros e caminhões desativados, enquanto em Realengo, os banheiros estão interditados com problemas.

— Queremos condições justas de trabalho. A empresa está com uma política de incentivar a saída de funcionários. Enquanto isso, o acumulo de serviços é grande — disse Ronaldo Martins, presidente do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios do Rio de Janeiro (Sintect-RJ).

Indenizações disparam

Uma auditoria feita pela Controladoria Geral da União (CGU), no segundo semestre de 2017, mostrou o tamanho do problema logístico vivido pelos Correios. Os técnicos do órgão constataram que em seis anos, o volume de indenizações pagas pela empresa por atrasos, extravios e roubos aumentaram 1.054%. Para se ter uma ideia, o peso financeiro, em 2011, sobre essas indenizações foi de R$ 60 milhões. Já em 2016, o valor disparou a R$ 201,7 milhões. O aumento percentual foi de 236% no período.É o caso, por exemplo, da designer de joias Luciana Albuquerque, de 29. Ela depende dos Correios para enviar seus produtos. Várias vezes, porém, o serviço se torna uma grande dor de cabeça.
— Fiz uma postagem dia 8 de fevereiro e até agora não chegou. Já foram três reclamações sem resposta. Vou ter que postar outra produto e cobrar o que aconteceu com este — disse Luciana.

Outro dado encontrado pelo TCU aponta para o congelamento no corpo funcional. De 2011 a 2016, aumento de 0,43%. A empresa, porém, nega acumulo de trabalho, e aponta reestruturação diante da queda no número de postagens.

Assaltos são rotineiros

O acúmulo de serviço só não é pior que a insegurança para rodar com carros, caminhões ou até mesmo a pé. Entre os funcionários dos Correios, a “disputa” é para saber quem foi o mais assaltado nos últimos anos.

— Em quase 15 anos como carteiro no Rio de Janeiro, já fui assaltado mais de 25 vezes. Além das entregas, levam o dinheiro que temos, celular e o que for de valor. Já perdi três alianças. Só não largo o meu emprego por causa da minha família — lamentou o funcionário D, que preferiu o anonimato.

Segundo os servidores, os assaltos são comuns em bairros da Zona Norte e da Zona Oeste.

— É comum o mesmo grupo de assaltantes cometer o crime em mais de uma oportunidade. Alguns “reconhecem” o bando, mas nada é feito — reforçou D.
Procurados, os Correio informaram que analisam situações de entregas com escoltas ou recomenda a retirada do produto nos Centros de Distribuição. A empresa lembrou, porém, que o assunto é uma questão de Estado. A respeito da situação dos Centros de Distribuição, o órgão tem planos de investimentos em infraestrutura: “em função do tamanho da empresa, problemas pontuais podem existir em algumas unidades”.

Depoimentos

Gabriela Siqueira, de 41 anos. 

Dona da loja online “Casa da Gabriela”

‘Enviei um item antes do Natal, mas ele chegou em fevereiro’

Tenho uma loja online de crochê e a maioria das encomendas é enviada pelos Correios. Dependo deles de certa forma. Um caso que aconteceu comigo no passado me chocou. Recebi uma encomenda em novembro, com certa antecedência, pois o cliente gostaria de dar de presente para o Natal. A encomenda era para fora do estado. Fiquei acompanhando o rastreamento, mas sem atualização. O Natal passou, a encomenda não chegou e a gente fica sem saber o que dizer para quem comprou o produto. O item só foi chegar em fevereiro, quase três meses depois da postagem.

Eu me coloquei à disposição da pessoa para enviar um novo produto, mas ela aceitou ficar com o que chegou. Mas é algo ruim. Eu não tenho outra opção se não mandar pelos Correios. Para tornar minha situação ainda mais delicada, meus produtos são feitos à mão, e possuem características próprias. Se já existe o temor quando o transporte é feito de maneira correta, imagina quando não temos ideia do que acontece no caminho até o cliente.

Luciana Albuquerque, de 29 anos.

Sócia do Studio Manual e designer de joias

‘Os problemas não são poucos, mas podem ser solucionados’

Como empresária, recorro diversas vezes ao serviço dos Correios e reconheço a importância da empresa enquanto empresa pública, porém o que mais tenho são histórias de problemas. Um caso, por exemplo, foi um pedido que recebemos no dia 6 de fevereiro e postado no dia 8. Já passamos da metade de março e até agora ele não chegou. O código de rastreamento fala que ele está a caminho, mas não diz exatamente em qual local. Já foram abertos três protocolos de reclamação, mas não tivemos retorno. Já liguei para o atendimento para tratar com algum responsável e não consigo. O jeito será enviar outro produto e resolver depois. Esse atraso já aconteceu outras vezes, às vezes somos informadas que o item foi roubado e recebemos o estorno.

Existem outras casos, mas a responsabilidade não é só dos Correios. Como a questão da Segurança, por exemplo. Os problemas não são poucos, mas podem ser solucionados se houvesse uma melhor gestão e vontade política. Uma pena é que parece haver um movimento do governo no sentido de sucatear o serviço.


CORREIOS: UMA HISTÓRIA QUE VALE A

PENA RECUPERAR


Hoje a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos completa 49 anos de existência. Sem dúvida, uma trajetória marcada por muito trabalho, dedicação e credibilidade. Infelizmente, essa história de sucesso, que vem sendo escrita há tanto tempo, não está tendo a continuidade esperada.

Decisões equivocadas, falta de profissionalização na gestão, escassez de investimentos, entre outros fatores, exaustivamente, já apontados por nós, estão drenando os recursos e levando a empresa a uma situação de dificuldades.

Mas hoje é dia de aniversário e aniversário é sinônimo de energia e revitalização. Por isso, a despeito de todos os percalços, mais do que nunca, precisamos lembrar quem somos, manter o foco e a atitude de coragem que, em muitas outros momentos, levaram a empresa a superar seus grandes desafios.

É certo que os Correios precisam, urgentemente, corrigir seu rumo, mas o jogo não está perdido. Existe um grande potencial de trabalho, de experiência, de comprometimento. A estrutura pode estar abalada, mas os Correios são feitos por gente. Sua alma são seus mais de 110 mil empregados e eles têm vigor, garra e esperança.

Se hoje não estamos numa situação muito confortável para comemorar, tenham certeza de  que estamos na hora e no momento ideal para nos unir e escrever novos capítulos de superação. E a ADCAP, que há 31 anos também participa dessa história, vai continuar ecoando a voz de seus representados, apoiando e reivindicando melhorias, tudo para devolver à empresa o lugar que sempre lhe pertenceu.

Parabéns aniversariante, parabéns, nossa empresa, parabéns, Correios do Brasil !!!


Direção Nacional da ADCAP.

quinta-feira, 15 de março de 2018


Os 5 erros que levaram os Correios à penúria

Exame
14/03/2018

A recente greve dos funcionários dos Correios, que terminou ontem na maioria dos Estados, é mais um capítulo da crise instalada há anos na estatal. Reclamações de usuários insatisfeitos brotam aos montes na internet, com relatos de atrasos e extravios de entregas.Junto a isso vem a briga com um de seus principais clientes, o Mercado Livre, que recentemente ganhou na Justiça uma liminar contra o aumento do preço do frete.

E, é claro, há ainda as perdas bilionárias: há cinco anos que empresa opera no vermelho; só em 2017 o prejuízo foi de 2 bilhões de reais.

Um cenário tão sombrio obviamente não surge da noite para o dia. E o fato é que os Correios têm tomado decisões ruins há muito tempo. Um relatório da CGU (Controladoria Geral da União) publicado no final do ano passado apontava que os Correios corriam o risco de se tornarem uma empresa dependente do Estado, caso não fizesse mudanças drásticas em sua administração.

O site EXAME conversou com analistas para entender quais foram os principais erros da companhia que a levaram ladeira abaixo – e quais os caminhos de saída ainda restam para a empresa. Veja a seguir:

1- Aparelhamento político

O uso dos cargos de direção dos Correios como moeda de troca política é apontado como o principal nó causador de estragos na companhia ao longo dos anos. A indicação política de diretores, e até de cargos de escalões mais baixos, tem colocado a estatal nas mãos de pessoas com pouca experiência em gestão, avaliam os analistas.

Com mais de 100 mil funcionários e 6 mil agências espalhadas pelo país, a estatal tem uma estrutura complexa e precisa ser administrada por quem entenda sua operação.

“A politização cresceu na empresa. Hoje os políticos indicam, se brincar, até chefe da agencia. Isso comprometeu a qualidade da gestão. Essas pessoas adotam medidas que só pioram a situação, querem economizar cortando onde não pode cortar”, afirma Marcos César Alves Silva, representante dos funcionários no Conselho de Administração da empresa.

2 – Retirada de dividendos

Nos últimos anos, o governo federal retirou nada menos que 6 bilhões de reais do caixa dos Correios, segundo o presidente da estatal Guilherme Campos, o que comprometeu a saúde financeira da empresa.

O estatuto dos Correios determina um percentual mínimo de 25% do lucro líquido ajustado para pagamento de dividendos à União.

Porém, uma auditoria feita pela CGU (Controladoria Geral da União) mostrou que as retiradas nos últimos anos têm ficado bem acima desse montante, com “a destinação de dividendos na ordem de 50% do lucro, por determinação da União, desde o exercício de 2006”, diz o relatório.

3 – Tarifas congeladas e mais custos

Não bastassem as gordas retiradas, o governo federal também definiu o congelamento das tarifas no período entre 2012 e 2014, o que levou a uma perda de receita da ordem de 1,2 bilhão de reais na época, afirma Silva.

Somado a isso, em 2014 também entrou em vigor uma regra que obriga os Correios a considerarem em seu balanço os benefícios pós-emprego. Esses benefícios são destinados aos empregados aposentados e são compostos, basicamente, por serviços médicos para eles e seus dependentes e previdência complementar. Os custos do pós-emprego são altos e comeram os lucros.

4 – Cortes equivocados

As medidas relatadas acima deixaram a estatal com o caixa super apertado e uma solução foi reduzir a empresa. Só em 2017, os Correios fizeram três planos de demissão voluntária, com a meta de fechar 8.200 vagas. Outra estratégia foi fechar agências. No ano passado a empresa anunciou o fechamento de 250 unidades.

Porém, isso se refletiu numa queda na qualidade do serviço, sentida pelo usuário que demora mais tempo para receber a correspondência ou precisa ir mais longe para encontrar uma agêncial postal.

“O foco era diminuir custos da folha salarial, mas fizeram isso sem correlacionar com a qualidade do serviço prestado”, avalia Tadeu Gomes Teixeira, professor de administração na Universidade Federal do Maranhão e autor de um livro sobre os Correios.

“A empresa precisa redimensionar o tamanho dos distritos de distribuição e contratar mais carteiros, pois a população que não é atendida que percebe o quanto o serviço está ruim, além das atividades empresariais que precisam do serviço postal”, completa.

5 – Distância do e-commerce

Paradoxalmente, a crise dos Correios acontece num momento em que o mercado de encomendas cresce em todo o mundo, devido à expansão do e-commerce. Segundo a ABComm (Associação Brasileira de Comércio Eletrônico), esse mercado tem crescido a uma média  20% ao ano, alta que não tem sido acompanhada pela estatal.

“Eles têm perdido oportunidades, as lojas virtuais estão buscando transportadoras privadas, e a participação dos Correios nas entregas tem diminuído”, afirma Mauricio Salvador, presidente da entidade.

Salvador cita experiências internacionais que mostram caminhos possíveis aos Correios, como os serviços postais da França e da Alemanha. Segundo ele, um ponto crucial é o investimento em tecnologia.

“Há uma má gestão em relação ao uso do capital. Eles poderiam investir em integração de sistemas e automação dos centros de distribuição. A tendência lá fora é essa. A DHL é totalmente automatizada, isso reduz preço e aumenta o nível de qualidade e rapidez das entregas”, afirma.

Qual a saída?

Com tantos problemas, o governo federal já levantou a possibilidade de privatizar a ECT, ou ainda abrir o capital da empresa. Salvador, da ABComm, é uma das vozes favoráveis à privatização. “O governo não tem competência para administrar”, avalia.

Porém, há o temor de que, privatizada, a empresa deixe de atender lugares distantes, pouco lucrativos para a operação. Para Tadeu Teixeira, a privatização não deve ser a primeira opção, mas a abertura do capital da empresa. “No contexto da União Europeia, as privatizações conduziram a um rápido processo de formação de oligopólios. Além disso, o atendimento a áreas não rentáveis ficaria em risco”, avalia.

Já o conselheiro Marcos César Alves Silva, acredita que a discussão sobre a privatização surge de forma equivocada. “A solução é fazer a gestão profissional da empresa. Não tenho dúvidas de que com isso seríamos uma empresa lucrativa.”

Seja qual for o caminho escolhido, uma coisa é certa: algo precisa mudar.