sexta-feira, 27 de novembro de 2020

Desmontando Fake News nº 21 - Colunista cita Correios de formada errada e desrespeitosa

 

Como estamos numa luta desigual, em que a mídia reproduz informações distorcidas provenientes de órgãos do governo federal a respeito dos Correios e a própria empresa não se defende, emudecida por um direção subserviente e comprometida com o desmonte da organização, a ADCAP passará a oferecer por esse canal seu posicionamento sobre matérias que tratarem dos Correios.

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A Revista IstoÉ trouxe nessa sexta-feira, numa de suas colunas, uma nota sobre o presidente do BNDES onde cita os Correios.

De forma desrespeitosa e sem o menor fundamento, o colunista se refere aos Correios como falido e erra ao afirmar que a estatal tem 370 mil funcionários, quando, na verdade, são cerca de 100 mil. Não bastando, a nota ainda informa que os funcionários dos Correios ganham, em média, R$ 20 mil, sendo que a estatal consta como a que paga os menores salários aos seus trabalhadores, algo em torno de R$4 mil.
 

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Os brasileiros merecem receber melhores informações e os devidos contrapontos ao discurso falacioso do governo. A ADCAP estará atenta às matérias que tratem dos Correios e divulgará amplamente sua opinião e suas observações a respeito. 

 

Direção Nacional da ADCAP.

quarta-feira, 25 de novembro de 2020

Adcap Net 25/11/2020 - Correios devem ter lucro bilionário no ano - Veja mais!

Correios devem ter lucro bilionário no ano

Antes de privatização, números projetam melhor resultado da estatal pelo menos desde 2012

Valor
25/11/2020

Com sua privatização apontada como prioridade pela equipe econômica, a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) caminha para um lucro bilionário neste ano e deve ter seu melhor resultado pelo menos desde 2012.

O balanço preliminar de janeiro a setembro está positivo em R$ 836,5 milhões, segundo dados internos da estatal obtidos pelo Valor. A chegada do último trimestre, quando o faturamento dos Correios tradicionalmente aumenta por causa das encomendas relacionadas à Black Friday e ao Natal, aumenta as chances de um lucro superior a R$ 1 bilhão.

“Tudo caminha para isso. Tivemos anos em que o resultado estava negativo até setembro e, quando se pega o desempenho do último trimestre, registra-se lucro na casa de dezenas ou centenas de milhões de reais”, afirma o vice-presidente da Associação dos Profissionais dos Correios (ADCAP), Marcos César Silva, que integrou o conselho de administração da estatal por cinco anos.

Em 2012, o lucro alcançou R$ 1,113 bilhão. Depois, foram quatro anos seguidos de prejuízo. O resultado só voltou ao azul em 2017, mas graças a uma virada contábil de última hora. Naquele ano, o déficit operacional estava perto de R$ 2 bilhões.

O que houve foi uma mudança das premissas atuariais no registro conhecido como “benefício pós-emprego”, com uma redução de gastos meramente contábil, por causa de alterações no plano de saúde dos empregados. Mesmo sem refletir equilíbrio entre receitas e despesas, a ECT registrou R$ 667 milhões de lucro.

O resultado parcial de 2020, entre janeiro e setembro, já elimina boa parte das perdas verificadas com a greve de 35 dias dos funcionários dos Correios. A paralisação terminou no dia 22 de setembro.

Quase metade de suas receitas atuais provém de encomendas expressas. A companhia postal detém 44% do mercado brasileiro, que já é aberto à concorrência nesse segmento, e a pandemia de covid-19 gerou uma explosão do e-commerce. A Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (Abcomm) projeta crescimento em torno de 30% para este ano.

Para o ex-conselheiro Marcos César, a perspectiva de lucro bilionário neste ano demonstra que os Correios têm capacidade de enfrentar o desafio de modernização e enfraquece o discurso de que a estatal corre o risco de tornar-se dependente do Tesouro Nacional. Um dos requisitos para que isso ocorra é a repetição de prejuízo por dois anos seguidos.

Em setembro, o secretário especial de Desestatização do Ministério da Economia, Diogo Mac Cord, disse temer que os Correios se transformem numa empresa dependente no futuro próximo.

“Mostra que a alternativa à privatização é caminhar na beira de um vulcão”, afirmou Mac Cord na ocasião. “De imediato, a consequência de virar dependente é concorrer no orçamento com todo o resto da administração pública. As despesas dos Correios somam R$ 20 bilhões ao ano. Se esse valor entrar no Orçamento Geral da União, alguém perde cifra igual.”

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) contratou um consórcio - formado pela Accenture e pelo escritório Machado, Meyer, Sendacz, Opice e Falcão Advogados - para fazer os estudos prepatórios de privatização.

A intenção do governo é concretizar a venda até 2022. Procurada, a atual direção dos Correios evitou confirmar os números. “Os resultados financeiros de 2020 serão divulgados tão logo sejam contabilizados e auditados internamente. Dessa forma, quaisquer valores informados antecipadamente não têm caráter oficial, configurando mera especulação”, afirmou a assessoria da empresa.

“É fato que a atual administração tem trabalhado em prol da recuperação do equilíbrio financeiro da instituição. Em razão das diversas medidas de racionalização de gastos e aumento de receita, é natural que os indicadores financeiros demonstrem melhora.”


 

Direção Nacional da ADCAP.

terça-feira, 24 de novembro de 2020

Cumprimento da liminar - 2ª ação IR sobre taxa extra do Postalis

Nº 116 – 24/11/2020 

Temos recebido informações/consultas de associados, especialmente dos que se encontram na ativa, sobre os Correios não estarem cumprindo a decisão relativa à Contribuição Extra Postalis BD - Código 54606.

Neste sentido, esclarecemos o seguinte:

  • a) A ADCAP possui duas ações coletivas referentes à incidência do Imposto de Renda na cobrança extraordinária do Postalis - Plano BD Saldado. Nas duas ações há decisão favorável aos associados quanto à isenção do IR sobre as contribuições adicionais, limitada a 12% da renda bruta.
  • b) Instado a se manifestar nos autos, os Correios informaram que estão cumprindo a decisão conforme pode ser verificado no contracheque dos associados e de acordo com o método de exclusão da Taxa Extra da base de cálculo do IR, nos termos do demonstrativo abaixo:

No demonstrativo, fica evidenciado que a taxa extra do Postalis é deduzida da base de cálculo do IRRF, atendendo a determinação judicial.

Assim, solicitamos que os associados confiram seus contracheques e confirmem tal medida. Do mesmo modo, os associados aposentados devem conferir o cumprimento pelo Postalis da decisão determinada pela Justiça.

Em caso de não cumprimento da decisão, pedimos informar-nos pelo e-mail apoiojuridico@adcap.org.br, enviando os comprovantes para conferirmos e informarmos ao juízo.


Direção Nacional da ADCAP.  


Desmontando Fake News nº 20 - As meias verdades do Ministério da Economia e os comentários dos ávidos garotos propaganda do governo

Como estamos numa luta desigual, em que a mídia reproduz informações distorcidas provenientes de órgãos do governo federal a respeito dos Correios e a própria empresa não se defende, emudecida por um direção subserviente e comprometida com o desmonte da organização, a ADCAP passará a oferecer por esse canal seu posicionamento sobre matérias que tratarem dos Correios.

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AS MEIAS VERDADES DO MISTÉRIO DA ECONOMIA E OS COMENTÁRIOS DOS ÁVIDOS GAROTOS PROPAGANDA DO GOVERNO


O relatório produzido pelo Ministério da Economia para lançar questionamentos sobre as estatais continua produzindo efeitos, com a repercussão dada por comentaristas ávidos por apoiar o governo.

Sem se aprofundar no assunto, comentaristas como Samy Dana, da Joven Pan, emissora declaradamente adesista ao governo de plantão, repetem, como papagaios, os argumentos oficiais, tentando dar-lhes credibilidade. Infelizmente, em vez de analisar em profundidade as informações que são produzidas pelo governo, o comentarista se limita a repetir as meias verdades que lhe são oferecidas.

Primeiramente, o comentarista deveria saber que os Correios produziram lucros de mais de R$ 900 milhões nos últimos três anos. Se se esforçasse um pouco e ligasse para os Correios e perguntasse a respeito dos resultados neste ano, saberia que os lucros acumulados pela empresa até outubro já superam os R$ 800 milhões de reais, o que coloca a estatal certamente entre as empresas brasileiras mais lucrativas depois dos bancos, abrangendo as organizações públicas e privadas.

Uma análise minimamente aprofundada lhe mostraria que os R$ 750 milhões que os Correios buscaram emprestado no Banco do Brasil destinaram-se a cobrir uma devolução de recursos decorrente do distrato do Banco Postal.

Sobre a pequena injeção de recursos que o Tesouro fez nos Correios em 2018, é importante destacar que essa destinou-se a investimentos e não ao pagamento de gastos correntes. E também que é um valor insignificante diante dos bilhões de reais que o mesmo Tesouro levou dos Correios em dividendos extorsivos nos últimos dez anos.

A verdade é que os Correios não oneram o Estado. Ao contrário, representam um contraponto forte às teses ultraliberais, que pregam a ineficiência do Estado como gestor empresarial. É uma empresa lucrativa, que presta um relevante serviço público e tem sobrevivido até mesmo aos constantes ataques do próprio governo e da mídia adesista.

O caso mencionado pelo comentarista sobre a conta feita por outro economista para demonstrar que mesmo que os Correios custassem algo ao Estado ainda valeria a pena que cada cidadão pagasse pelo serviço que recebe foi apenas um exercício hipotético, pois, na verdade, uma conta muito simples pode mostrar que os brasileiros receberam recursos dos Correios, por meio dos dividendos pagos ao Tesouro, e não o contrário. Isso, apesar de a Empresa ter cuidado sozinha de manter a universalização postal, ou seja, sua presença nacional, em todos os municípios brasileiros.

Assim, a verdade é que os brasileiros não pagam nada para ter seu correio público e ainda usufruem dos dividendos pagos pela Empresa, diferentemente do que ocorre na maioria dos países, incluindo aqueles onde os correios são privados, mas recebem verbas públicas, originadas em impostos, para cobrir a universalização. As considerações do comentarista sobre isso são, portanto, descabidas.

Quanto aos custos dos Correios, a conclusão de que esses são altos se baseia em que? Foram comparados com os custos de outros correios? Certamente não. E não dá para comparar organizações tão distintas como as estatais brasileiras e tirar conclusões rasas assim, o que o comentarista deveria saber, por força de ofício.

Como os Correios não têm dependido de recursos públicos, uma tese que o Ministério da Economia encontra para tentar justificar suas intenções é um suposto risco de a União ter que bancar a Empresa. E o comentarista segue repetindo esse argumento e outros já desgastados e sabidamente inconsistentes.

Trabalhos subservientes como esses infelizes comentários de Samy Dana sobre os Correios só servem para agradar os banqueiros, ávidos por embolsar polpudas comissões, o governo e os ativistas ultraliberais de direita que querem acabar com o Estado, em prejuízo de toda a população brasileira, que tem podido contar com um serviço postal de qualidade e com uma das menores tarifas do mundo.

O governo federal deveria se preocupar com o que não vai bem, com o que precisa de atenção e deixar que os Correios sigam seu caminho, sem interferências que só prejudicam a Empresa e a sociedade brasileira. O Congresso Nacional e sociedade precisam ficar muito atentos a esses argumentos falaciosos do governo, para rechaçá-los, pois não podemos ter no Brasil um apagão postal. 

 

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Os brasileiros merecem receber melhores informações e os devidos contrapontos ao discurso falacioso do governo. A ADCAP estará atenta às matérias que tratem dos Correios e divulgará amplamente sua opinião e suas observações a respeito. 

 

Direção Nacional da ADCAP.


Adcap Net 24/11/2020 - Operação da PF no CTE Benfica - Veja mais!

PF investiga esquema de fraudes e de desvio de encomendas nos Correios

Operação Replicante estima que o valor desviado pode chegar a R$ 1 milhão

Polícia Federal
24/11/2020

Rio de Janeiro/RJ - A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira (24/11) a Operação Replicante, que visa desarticular esquema de fraudes e de desvios de encomendas nos Correios, no Rio de Janeiro.

A ação de hoje conta com a participação de aproximadamente 50 policiais federais que cumprem nove mandados de busca e apreensão na cidade do Rio de Janeiro. Os mandados foram expedidos pela 10ª Vara Federal Criminal e estão sendo cumpridos nos bairros de Bento Ribeiro, Campinho, Coelho Neto, Engenho da Rainha, Madureira, Piedade e Tomás Coelho, além do próprio Centro de Distribuição dos Correios em Benfica.

As investigações, iniciadas em janeiro de 2019, e que contaram com apoio dos Correios, apontaram que funcionários do CTE Benfica, maior centro de distribuição de encomendas do Rio de Janeiro, selecionavam encomendas de alto valor, tais como celulares e eletrônicos em geral e as desviavam para terceiros.

O esquema criminoso envolvia a substituição de etiquetas verdadeiras - que continham os dados da entrega - por etiquetas falsas. O grupo usava números de postagens já utilizados para elaborar as falsas etiquetas para que empregados da empresa pudessem colocar tais membros como destinatários de encomendas pré-escolhidas dentro da unidade postal, fazendo com que as encomendas aparentemente desaparecessem do fluxo postal.

Dessa forma, os produtos eram direcionados para os membros da organização criminosa, que mantinham um grupo em um aplicativo de mensagem intitulado empresas e negócios, onde tratavam as fraudes e as vendas dos artigos desviados.No final, as encomendas eram entregues de forma normal pelos carteiros que, aparentemente, não participavam do esquema criminoso.

O valor total desviado pelo esquema criminoso pode chegar a R$ 1 milhão.

Os investigados responderão pelos crimes de organização criminosa e peculato, além de outros que possam surgir no decorrer das investigações.

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Posição da ADCAP a respeito da operação da PF nos Correios do RJ – CTE Benfica

Grandes empresas de logística estão constantemente expostas a riscos de eventuais desvios de objetos nos processos operacionais. Assim, vez por outra, temos ocorrências como a que aconteceu hoje no Centro de Tratamento de Encomendas dos Correios em Benfica ou há pouco mais de uma semana no Centro Logístico da Amazon em San Fernando de Henares, nos arredores de Madrid.

O crescimento do volume de objetos tratados nos centros logísticos traz desafios de controle significativos para as empresas que operam essas grandes plantas industriais e, por mais que se avance no uso de tecnologia e na melhoria dos processos, trabalhadores de má índole acabam encontrando ainda maneiras de burlar os controles e cometer delitos. Isso acontece no Brasil, na Europa, nos Estados Unidos, em empresas públicas e privadas, ou seja, não é privilégio de ninguém.

Constatada a ocorrência, o que resta às companhias afetadas, sejam elas uma pequena operadora de entregas ou uma gigante multinacional, é revisar seus processos e investir na melhoria do controle. A polícia e a justiça se encarregam de cuidar dos criminosos.


 

Direção Nacional da ADCAP.

 

segunda-feira, 23 de novembro de 2020

Adcap Net 23/11/2020 - Ação da ADCAP - Justiça garante licença-maternidade de 6 meses a funcionários dos Correios - Veja mais!

Justiça garante licença-maternidade de 6 meses a funcionárias dos Correios

Veja
23/11/2020

Apesar de contratos serem CLT, que prevê 4 meses de afastamento, regra interna permite prorrogação do período duas decisões judiciais, uma do TRT da 10ª Região e outra do TRT da 3ª Região, garantiram a prorrogação da licença-maternidade para trabalhadoras dos Correios.

Em razão do fim da vigência do último acordo coletivo, que se extinguiu em 31 de julho deste ano, a empresa resolveu voltar atrás em direitos adquiridos e aplicar somente a legislação que consta na CLT — regime que rege os contratos de trabalho dos funcionários e funcionárias dos Correios — e que determina que a licença maternidade é de apenas quatro meses, ou seja, 120 dias.

Em uma das decisões, a juíza Mary Rossi de Oliveira, do TRT da 10ª Região, levou em consideração as regras que constam no “Manual de Pessoal” dos Correios. Na parte do documento que trata sobre o período de licença-maternidade, a empresa diz que “a empregada poderá solicitar à sua unidade de lotação, até o prazo de 30 dias antes do término da licença maternidade de 120 dias, a prorrogação da licença por mais 60 dias”.

As funcionárias foram representadas pela banca Cezar Britto & Advogados Associados. Com informações da Veja.

 


 

Direção Nacional da ADCAP.

Desmontando Fake News nº 19 - Relatório Agregado das Empresas estatais Federais

Como estamos numa luta desigual, em que a mídia reproduz informações distorcidas provenientes de órgãos do governo federal a respeito dos Correios e a própria empresa não se defende, emudecida por um direção subserviente e comprometida com o desmonte da organização, a ADCAP passará a oferecer por esse canal seu posicionamento sobre matérias que tratarem dos Correios.

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A leitura do Relatório Agregado das Empresas estatais Federais, que pode ser acessado na íntegra AQUI, permitiria que um veículo de comunicação especializado em negócios produzisse manchetes assim, relacionadas aos Correios:

-  Correios registram EBTIDA positivo pelo terceiro ano consecutivo.

-  Correios acumulam lucros de mais de R$ 900 milhões em três anos.

- Maior estatal em quantidade de empregados continua registrando resultado positivo e permanece não dependente do Tesouro Nacional.

- Remuneração média dos trabalhadores dos Correios é a menor dentre todas as estatais federais.

- Correios registra o 2º melhor RSPL dentre as estatais federais.

revista Exame, porém, mais uma vez, escolheu ignorar todas as informações positivas trazidas no relatório, já enviesado por natureza por ter sido feito por quem tem a missão de desestatizar, e, em matéria mentirosa, colocar ênfase apenas em pontos que lhe eram úteis na sua tentativa de apoiar o governo na desconstrução da boa imagem dos Correios. Interessa a banqueiros e a empresas de entrega concorrentes que ocorra a privatização dos Correios e, assim, vale tudo para tentar convencer a população de que os Correios não vão bem e que a privatização seria um bom caminho para resolver isso.

A verdade, porém, acaba se impondo. Os Correios caminham para registrar nesse ano um dos maiores senão o maior lucro de sua história. O pequeno repasse do Tesouro, ocorido em 2018, que se destinou a investimento e não ao pagamento de despesas correntes, utilizado pela revista para criar uma manchete sensacionalista acabará confrontado com o fato de que o mesmo Tesouro recolheu dividendos em excesso em anos anteriores, na casa dos bilhões de reais, contribuindo assim para colapsar na época as finanças da organização, como bem sabe a redação da revista.

A matéria também traz comentários sem base, como de que os custos dos serviços e produtos é elevado, por equivaler a 85,18% do total da venda líquida. Acaso a revista sabe como se comporta esse indicador na indústria postal?

Infelizmente, temos um contexto em que publicações se apressam a repetir o que diz o governo, sem aprofundar a análise e sem ouvir outras partes que poderiam oferecer entendimento diverso do apresentado em relatórios e declarações. No caso da Exame, a revista tenta ainda agravar os fatos criando manchetes sensacionalistas como esta usada na matéria.

Que a sociedade saiba buscar fontes confiáveis para formar sua opinião sobre questões que importam aos brasileiros, como é o caso de desestatizações. O caso do Amapá está aí para demonstrar como pode ser desastroso para a população ficar sem um serviço público essencial.  

 

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Os brasileiros merecem receber melhores informações e os devidos contrapontos ao discurso falacioso do governo. A ADCAP estará atenta às matérias que tratem dos Correios e divulgará amplamente sua opinião e suas observações a respeito. 

 

Direção Nacional da ADCAP.


Desmontando Fake News nº 18 - Fábio Faria: declarações ao programa "Opinião no Ar"

Como estamos numa luta desigual, em que a mídia reproduz informações distorcidas provenientes de órgãos do governo federal a respeito dos Correios e a própria empresa não se defende, emudecida por um direção subserviente e comprometida com o desmonte da organização, a ADCAP passará a oferecer por esse canal seu posicionamento sobre matérias que tratarem dos Correios.

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Em entrevista no último dia 20 no programa "Opinião No Ar", o Ministro das Comunicações fez alguns comentários que demandam abordagem hoje no "Desmontando Fake News".

Primeiramente, o ministro menciona uma pesquisa que, segundo ele, aponta que 77% da população seria favorável a mudanças relacionadas aos Correios, induzindo o entendimento de que esse percentual da população seria favorável à privatização. Como não se tem conhecimento público dessa pesquisa, pode-se inferir que se trata de trabalho encomendado pelo governo à consultoria, sabe-se lá em que bases. Não se sabe o que foi perguntado, para quem, quando e nem se os resultados obtidos podem ter algum valor estatístico. Ou seja, mais uma vez um representante do governo federal lança informações incompletas, procurando induzir conclusões que podem estar completamente equivocadas quando examinadas adequadamente.

Outro aspecto importante a ressaltar é que, em função da série de declarações injuriosas e falsas já apresentadas por membros do governo, tentando assim justificar sua intenção de privatizar os Correios, não seria surpresa que muitas pessoas tivessem sido influenciadas negativamente sobre a Empresa.

Sobre a greve, o Ministro alega que isso fez a população abrir os olhos sobre a necessidade de que um ente privado possa melhorar o serviço. O que o Ministro não diz é que a greve foi totalmente induzida pela Presidência dos Correios, que, seguindo orientação do governo federal, reduziu a remuneração dos trabalhadores dos Correios em plena pandemia e com a organização em pleno funcionamento. Os trabalhadores queriam apenas que suas condições de trabalho fossem mantidas, mas foram atropelados nisso e tiveram sua remuneração efetivamente reduzida. Além disso, a ideia de que o serviço privado é melhor que o público, apresentada como fato consumado, tem se mostrado equivocada, tanto no mundo postal, vide casos da Argentina e de Portugal, quanto em outro setores, como se está vendo neste momento no caso do apagão em curso no Amapá.

Os brasileiros não deveriam ser submetidos ao risco de um apagão postal. O governo deveria ter outras prioridades e deixar os Correios continuarem a fazer seu trabalho, como tem ocorrido há mais de 350 anos.

 

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Os brasileiros merecem receber melhores informações e os devidos contrapontos ao discurso falacioso do governo. A ADCAP estará atenta às matérias que tratem dos Correios e divulgará amplamente sua opinião e suas observações a respeito. 

 

Direção Nacional da ADCAP.


sexta-feira, 20 de novembro de 2020

Adcap Net 20/11/2020 - Privatização, Fundos de Pensão, Operação Greenfield e Cartas para Papai Noel - Veja mais!

Um dos melhores IPOs de 2020 pode entrar na disputa pelos Correios

Em entrevista à EXAME Invest, o CEO da Sequoia diz que a empresa, cujas ações subiram 34%, vai avaliar de perto a privatização e o modelo de venda

Exame
20/11/2020

Embora muito falado, o processo de privatização dos Correios ainda não foi costurado. Mas, dependendo dos moldes com que for desenhado, mais uma empresa pode aparecer na lista das interessadas, que já conta com nomes como Magazine Luiza (MGLU3), FedEx e DHL. Na disputa, surge uma das maiores companhias de logística de e-commerce do país, com presença em mais de 3.300 cidades, com 16% de participação do mercado de vendas online, e que ingressou na B3 há cerca de um mês e meio. Apesar de não ter feito muito barulho no início, vem conquistando o posto de um dos melhores IPOs da bolsa brasileira em 2020, com alta de 34%.

Com dinheiro em caixa, depois de ter levantado 1 bilhão de reais na sua oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) no começo de outubro, dos quais 348 milhões de reais com uma oferta primária (em que os recursos vão para o caixa), a Sequoia (SEQL3) vislumbra primeiro ganhar agilidade. A empresa está investindo cerca de metade do capital novo em tecnologia e automação no próximo ano, com a ideia de reduzir o seu tempo médio de entrega no interior (que hoje representa 70% do volume de pedidos), passando de 4 a 5 dias para no máximo 3 dias.

Nas regiões metropolitanas do país, onde estão os demais 30%, a empresa garante a entrega em até 48 horas. O restante do dinheiro a companhia vai direcionar para aquisições no setor de e-commerce, em que está seu expertise. A primeira delas já está em estágio bem avançado, próxima de sair, entre dezembro e janeiro. Além dessa, outras seis companhias estão sendo sondadas, mas com o objetivo de fechar negócio com mais duas até 2021. 

Nesse meio tempo, enquanto deixa a roda mais polida, a Sequoia mantém os olhos abertos para o assunto que deve “dominar” a pauta do segmento em 2021: a privatização dos Correios. “Tem uma série de questões que tornam difícil essa privatização. Até acredito que vai ser levada adiante pelo tanto que se fala, mas temos dúvida no formato. Agora, a Sequoia, naturalmente, como talvez o único player desse mercado com capital aberto, voltado para serviço express, de encomendas, vai avaliar isso de perto”, disse Armando Marchesan Neto, CEO e fundador da Sequoia, em entrevista à EXAME Invest.  

Segundo ele, pelo que tem se sondado no mercado, uma venda total dos Correios, com tudo dentro, parece um desafio grande. Mas um modelo de venda com área regionais ou por produtos, com separação do negócio de serviços de entregas express, por exemplo, pode tornar a estatal mais atraente. “Não temos nenhuma informação a respeito. Vamos avaliar ao passo que isso for divulgado. Vai depender do formato que vier, mas com certeza é um tema importante que vai dominar 2021, e até acho natural pela relevância da companhia”. 

Sinergias com os Correios 
A Sequoia visa as sinergias que pode ganhar com o negócio, principalmente se for oferecida a parte de serviço express, que poderia dar ainda mais capilaridade à sua operação, que já vem crescendo a passos largos. No início do ano, a companhia possuía cerca de 2.000 rotas. Hoje, esse número já ultrapassa 3.300, contando com 11 centros de distribuição automatizados e 47 bases operacionais. 

Só no terceiro trimestre, foram 11,8 milhões de entregas realizadas, avanço de 84% frente ao mesmo período do ano passado. A receita líquida chegou a 277,5 milhões de reais no período, expansão de 124%, enquanto o lucro líquido cresceu 192%, para 13,9 milhões de reais.

Com uma lista de clientes que inclui oito das dez maiores empresas de vendas online do país, entre elas, gigantes como Mercado Livre e Via Varejo (VVAR3), a companhia quer expandir ainda mais a participação do e-commerce em sua receita, que hoje representa cerca de 47% a 48% do faturamento da empresa — o restante é voltado para o varejo físico. A expectativa é que chegue a 55% a 57% nos próximos quatro a cinco anos, diz Marchesan. 

Além da pandemia que deu um impulso às vendas online, algo que, na visão do CEO, deve perdurar, a companhia também tem explorado novos terrenos para fazer frente a essa expansão. A última aquisição, da Direcional Transportes, foi para entrar em um novo segmento de e-commerce: a de entrega de produtos pesados, em que a empresa não atuava. 

“Estamos adicionando agora ao nosso portfólio o serviço de entrega de grandes produtos, como geladeiras, equipamentos de ginásticas, móveis. Era um segmento em que estávamos fora. Esperamos que tenha um papel relevante, assim como temos no de pacotes pequenos e médios (até 10 kilos)”. 

Juntamente a isso, a companhia prepara o lançamento de uma nova plataforma SFx, para operações ship from store e ship from mall, que deve ser divulgada oficialmente nos próximos dias. A plataforma visa as entregas a partir das lojas — tanto de rua quanto em shoppings — ou direto do aplicativo dos shoppings, nas situações em que essa venda já está integrada. Caberia à Sequoia prover toda a solução logística para as empresas. “O lançamento do SFx aumenta nossa penetração no omnichannel e também nos posiciona como um dos líderes de mercado”, comenta.  

IPO: alta acima de 30%
Da lista com cerca de 25 empresas que abriram capital na B3 neste ano, as ações da companhia aparecem entre as que acumulam as maiores valorizações, com alta de 34% frente ao preço fixado na oferta há cerca de um mês e meio. Se não causou alarde antes e logo depois da estreia como outras empresas — casos de Grupo Mateus e da Petz –, a Sequoia caiu nas graças de investidores aos poucos, acumulando boa parte dos ganhos neste mês de novembro.

Segundo Marchesan, essa demora é natural. “Não somos como uma empresa de varejo que está exposta ao consumidor, não temos viés de atendimento direto para as pessoas. Entregamos na casa de aproximadamente 3 milhões de consumidores por mês, mas não aparecemos.”

“Há outras duas empresas de logística na Bolsa, que são JSL e Tegma, completamente diferentes. Somos o primeiro operador logístico focado em entrega express, fracionada, em e-commerce. É um segmento desconhecido para a Bolsa. Vemos como um processo de evolução, mas estamos super felizes com o andamento”, afirma.

Com o resultado do terceiro trimestre robusto em termos de crescimento e rentabilidade e acima das expectativas dos analistas de mercado, Marchesan acredita que essa trajetória positiva pode continuar. “Temos um bom lugar para nos posicionarmos. Como alguns analistas comentaram: ‘somos uma derivada do e-commerce com múltiplo bem descontado’. Podemos ser um bom porto seguro para os investidores que estão entrando”, sustenta.

Segundo ele, a empresa nunca teve o grau atual de capacidade de investimento nos seus 10 anos de vida, estando em um novo patamar de recursos e caixa. “Estamos bastante entusiasmados com o que podemos construir pelos próximos dez anos”.

BlackFriday
Há grande expectativa também pela BlackFriday na próxima semana. A empresa espera crescer o volume em torno de 100% em relação ao registrado no ano passado. Para fazer frente ao avanço da demanda, a companhia contratou 800 pessoas para atuar nos dias do evento (no ano passado, foram cerca de 250 pessoas) e aumentou sua frota em 5.500 carros (ampliando em aproximadamente o dobro do que foi feito em 2019), dos quais 425 são caminhões para movimentação de cargas.

“É uma estimativa de crescimento perto de 100% com base em projeções, mas também nos preparamos com um excedente de capacidade para manutenção do nível do serviço. É normal para esse tipo de preparação colocarmos capacidade adicional para manter o nível do serviço e os prazos de entrega.” Segundo ele, a expectativa é que o e-commerce tenha penetração maior do que o varejo físico em relação ao visto em 2019, com as pessoas evitando aglomerações. “E como a Sequoia é um player relevante desse mercado, devemos nos beneficiar de alguma forma”.

Olhando para os números de outubro e novembro, Marchesan diz que a companhia continua notando a expansão do e-commerce como um todo. Havia uma percepção entre analistas de que, com a reabertura de lojas, as vendas online pudessem ter uma leve queda. Mas não é isso que se tem observado. “O volume tem se mantido, não temos visto essa queda nem em outubro nem em novembro. Estamos no mesmo ritmo, mesmo com a reabertura das lojas. 

Achamos que, de fato, os novos consumidores adotaram o e-commerce como compra recorrente e preferencial, atingindo um novo patamar de penetração em relação ao varejo físico.”

Perdas fiscais são vidas perdidas, analisa Rosa Pavanelli Há dinheiro para serviços públicos

Só que foi redirecionado para offshores Mundo perde US$ 427 bilhões por ano Motivo: abusos fiscais internacionais

Poder 360
20/11/2020

Cenas de alegria e euforia têm sido tão raras em 2020 que precisamos curtir cada uma delas, mesmo as que acontecem longe de nós. No sábado, 7 de novembro de 2020, quando, após dias de suspense, a mídia norte-americana anunciou a vitória de Joe Biden, em dezenas de cidades do país, as verdadeiras estrelas pareciam ser os funcionários dos correios, saudados por multidões felizes por seu papel crucial na entrega de cédulas de voto em estados-chave.

É claro, aplaudir está na moda. Desde o surto da epidemia de Covid-19, milhões de pessoas em todo o mundo têm aberto suas janelas à noite para celebrar os trabalhadores da saúde na linha de frente contra o coronavírus. Mas esta mostra de apoio público não se traduziu em mudanças. Enquanto o mundo enfrenta sucessivas ondas de infecções, as unidades de terapia intensiva e as alas de emergência estão submergidas. Médicos e enfermeiros, exaustos continuam implorando por mais equipamentos de proteção e reforços de pessoal.

Sejam eles funcionários dos correios, enfermeiros ou professores, trabalhadores do serviço público em todo o mundo querem mais do que aplausos. Precisamos acabar com a narrativa destrutiva que tem procurado minar o valor de nosso setor público por décadas. A raiva pública deve ser dirigida àqueles que perseguiram impiedosamente a austeridade e a privatização, enquanto alegavam que simplesmente não havia dinheiro suficiente para financiar serviços públicos de qualidade.

Chegou a hora de esclarecer: há dinheiro mais do que suficiente disponível. Só que foi redirecionado para longe de nossos serviços públicos e para as contas bancárias offshore das multinacionais e dos mega ricos. Com demasiada frequência, nossos políticos optam pela cegueira. E as somas envolvidas são gigantescas.

O Relatório sobre “O Estado da Justiça Tributária 2020”, publicado conjuntamente pela Internacional dos Serviços Públicos, Tax Justice Network e a Global Alliance for Tax Justice, revela que o mundo perde mais de US$ 427 bilhões em impostos por ano por conta dos abusos fiscais internacionais. Dessa quantia, quase US$ 245 bilhões são perdidos para empresas multinacionais que declaram grande parte de seus lucros em paraísos fiscais, a fim de subdeclarar seus ganhos em países onde as taxas de impostos são mais altas.  Quanto às mega ricos do mundo, eles são responsáveis pela perda dos US$182 bilhões restantes, ao esconderem ativos e rendimentos não declarados no exterior, além do alcance da lei.

O impacto destas perdas fiscais é devastador.  Em nível global, equivale a mais de 34 milhões de salários anuais de enfermeiros a cada ano, mas tem consequências muito maiores em países de baixa renda. Suas perdas representam quase 52% de seus orçamentos de saúde pública – em comparação com 8% para os países mais ricos. Por exemplo, as perdas anuais dos Estados Unidos para os paraísos fiscais representam 5,82% do que o país gasta com a saúde. Para o Brasil, elas representam mais de 20% do orçamento de saúde, o que permitiria pagar mais de 2 milhões de enfermeiros a cada ano.

Quando uma sociedade tolera o abuso fiscal por parte de corporações e indivíduos ricos, nossos serviços públicos são minados. Os orçamentos são cortados até que não sejam mais universais, acessíveis ou de alta qualidade. Em alguns casos, esta austeridade é utilizada para justificar a privatização.

No entanto, nada disto é inevitável. O coronavírus tem lembrado a todos os governos, mesmo os conservadores, o quanto os serviços públicos são essenciais. E a reavaliação de nossos serviços públicos não é apenas possível, ela é extremamente popular. Na Alemanha, 83% votaram a favor da retomada dos serviços de energia de Berlim pelo setor público, enquanto na Grécia 98% votaram para impedir a privatização do abastecimento de água de Salônica. Desde 2000, mais de 2.400 cidades em 58 países devolveram os serviços ao controle público.

A única maneira de financiar a resposta e recuperação da Covid-19 é mudar as regras do jogo para que todos paguem sua parcela justa por serviços públicos de qualidade. Devemos exigir de nossos políticos que impeçam as corporações e os mais ricos do mundo de arrancar bilhões do nosso setor público. Isto exige uma forte colaboração internacional para acabar com a corrida dos impostos rumo ao fundo do poço, e por isso, precisamos de uma taxa mínima global de impostos corporativos. As multinacionais devem ser forçadas a declarar seus lucros (e pagar os impostos correspondentes) nos países onde operam, e não nos paraísos fiscais que lhes fornecem endereços convenientes.

Enquanto isso, os países podem avançar unilateralmente introduzindo impostos sobre os lucros excedentes de empresas que obtém ganhos pandêmicos enormes, incluindo os gigantes tecnológicos e farmacêuticos. Os Estados também podem introduzir impostos sobre a riqueza para financiar a resposta Covid-19 e combater as desigualdades de longo prazo que a pandemia exacerbou.

A riqueza existe para manter nossas sociedades prósperas e proteger nossas populações vulneráveis. Precisamos apenas impedir que ela flua para os paraísos fiscais.

Fundos de pensão têm déficit de R$ 20,6 bilhões

Ministério da Economia passou um pente-fino nas 24 instituições responsáveis pela aposentadoria complementar dos funcionários das estatais federais. Apenas metade delas estava com as contas no azul

O Globo
20/11/2020 

Os programas de previdência complementar das estatais federais acumulam um rombo de R$ 20,6 bilhões, quando somados os déficits e descontados os superávits, que existem em alguns casos. O dado faz parte de um levantamento do Ministério da Economia, obtido pelo GLOBO, e se refere à situação dos planos no encerramento de 2019.

Sem considerar o superávit registrado em algumas instituições, o déficit conjunto de 12 fundações de estatais chega a R$ 24 bilhões. E está concentrado nos fundos de BNDES, Caixa, Correios, Eletrobras e Petrobras.

A equipe do Ministério da Economia passou um pente-fino nos planos de previdência de todas as estatais. Há empresas que não têm fundos de pensão e outras que se juntaram para patrocinar um mesmo fundo. Os funcionários das companhias Docas, por exemplo, estão todos no fundo Portus.

Por isso, há 24 fundos analisados. Desses, metade está superavitária e a outra metade registra déficit. Ou seja, para 12 empresas, há uma diferença negativa entre os bens e direitos (ativos) e as obrigações (passivos) apurada ao fim do período.

Para técnicos que ajudaram na produção do levantamento, a situação precisa ser avaliada caso a caso, e o resultado depende do porte da empresa. O fundo de previdência complementar patrocinado pelos Correios, o Postalis, por exemplo, tinha em dezembro um rombo de R$ 6,9 bilhões para um universo de 175 mil participantes.

O Postalis passou mais de dois anos sob intervenção da Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc). A intervenção foi decretada após prejuízos e denúncias de fraudes em investimentos, em desacordo com a política interna do Postalis. Agora, o fundo passa por processo de equacionamento, com parte do rombo sendo coberto pelos participantes.

Com 4,8 mil participantes, o déficit no fundo do BNDES chega a R$ 1,4 bilhão. Outros prejuízos bilionários estão nos fundos da Caixa (R$ 5,4 bilhões), Petrobras (R$ 3,1 bilhões), e Eletrobras (R$ 1 bilhão), segundo o levantamento.

Há também casos em que as instituições de previdência das empresas públicas federais estão no azul. O maior superávit está na Telebras (R$ 1,7 bilhão), seguido por Valec (R$ 736 milhões) e Embrapa (R$ 379 milhões), de acordo com os dados do Ministério da Economia.

PGR quer encerrar Operação Greenfield

O Antagonista
19.11.20 

A Corregedoria-Geral do MPF instaurou uma correição para analisar o acervo da Operação Greenfield, que investiga fundos de pensão, informa Lauro Jardim em O Globo.

Há uma queda-de-braço entre a força-tarefa da Greenfield e a cúpula da PGR. A força-tarefa pede a prorrogação da operação até o fim de 2021. Já a cúpula da PGR anunciou que vai encerrá-los este ano.

A ideia agora é distribuir o acervo a outros procuradores. Assim, alega a PGR, estaria garantida a continuidade dos trabalhos.

Campanha das cartas do Papai Noel dos Correios será feita pela internet; veja detalhes

Cartinhas deverão ser preenchidas manualmente. Após isso, material pode ser fotografo ou digitalizado para então ser enviado ao blog do Papai Noel. Saiba na matéria como ser padrinho da ação.

G1 BA
19/11/2020

A campanha de Natal dos Correios, com adoção de cartinhas, será totalmente virtual neste ano. A mudança no formato ocorre por causa das medidas e protocolos recomendados pelas organizações de saúde como forma de combater a contaminação pela a Covid-19. A medida vale tanto para quem vai enviar as cartinhas como para quem irá fazer a adoção.

Podem participar da campanha crianças de até 10 anos de idade em situação de vulnerabilidade social. Alunos da rede pública (até o 5º ano do ensino fundamental) e crianças acolhidas em creches, abrigos e núcleos socioeducativos também podem enviar as cartinhas, que devem ser feitas à mão e, depois, fotografadas ou digitalizadas.

As imagens devem ser nítidas para que a mensagem seja compreendida por quem adotar a cartinha. O material deve ser enviado para o blog do Papai Noel.

Adoção e entrega dos presentes
Os padrinhos e madrinhas devem acessar o blog dos Correios para realizar a adoção dos pedidos. Uma triagem será feita com base na localidade das pessoas. Também será feita a sugestão de locais de entrega dos presentes.

Os Correios enviarão e-mail para os padrinhos e madrinhas para confirmar a adoção da cartinha. Outra opção é o acesso à seção “Minhas Cartas” no blog dos Correios.

As datas, locais e horários de funcionamento dos pontos de entrega podem variar. Para conferir essas informações, basta clicar aqui.

A entrega dos presentes será feita presencialmente, sempre com atenção especial aos protocolos de segurança, como o uso de máscaras, e evitando aglomerações. 


 

Direção Nacional da ADCAP.

quinta-feira, 19 de novembro de 2020

Adcap Net 19/11/2020 - Entregar cartas é atividade exclusiva dos Correios e Atendimento nos Correios para quitação de dívidas com desconto - Veja mais!

Entregar cartas é atividade exclusiva dos Correios, defende MPF

Manifestação veio após uma empresa privada começar a coletar e entregar cartas em Santa Catarina


MPF
19/11/2020

Após um imbróglio entre a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (EBCT) e a empresa privada Transmoto sobre coleta e entrega de cartas, o Ministério Público Federal (MPF) se manifestou perante o Supremo Tribunal Federal (STF).

A discussão teve início após os Correios denunciarem que a Transmoto estava coletando e entregando cartas. A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos disse que a atividade é competência exclusiva dela e está prevista na Constituição Federal.

Já a Transmoto afirmou em recurso que a livre concorrência, também disposta na Constituição, seria uma regra que permitiria a atividade. O objetivo da empresa era realizar serviços de entrega de títulos de crédito para aceite, títulos de cobrança, talões de cheque, cartões de crédito, tickets, panfletos e informativos publicitários.

Contudo, de acordo com o subprocurador-geral da República Wagner Natal Batista, a atividade é, de fato, exclusiva da União, devendo ser realizada unicamente pelos Correios. Com informações do MPF.

Íntegra da manifestação Agravo Regimental do RE 605556/SC

Mais de 60 milhões de consumidores inadimplentes podem quitar dívidas com desconto


Bom dia Brasil
19/11/2020

Negocie sua dívida nas agências dos Correios em todo o país.

Assista a matéria AQUI.

 


 

Direção Nacional da ADCAP.

quarta-feira, 18 de novembro de 2020

ADCAP ingressou com ação coletiva visando preservar direito dos associados aposentados

 Nº 115 – 18/11/2020 

Como já divulgado, a ADCAP ingressou, em 10/11/2020, com ação coletiva visando obstar que os Correios demitam os associados que se aposentaram utilizando o direito adquirido antes da reforma constitucional da previdência EC 103/2019.

Para acompanhamento por parte dos associados interessados, o processo foi distribuído sob o número 0000916-08.2020.5.10.0009 à nona vara do trabalho de Brasília.

Permanecemos atentos e atuantes em defesa dos direitos de todos os associados.

 

 

Direção Nacional da ADCAP.

segunda-feira, 16 de novembro de 2020

Adcap Net 16/11/2020 - O prejuízo que o Governo Federal causa aos Correios - Veja mais!

O prejuízo que o Governo Federal causa aos Correios

Monitor Mercantil
Por Marcos César
16/11/2020

Em situações normais, um título como o desse artigo não faria sentido, afinal ao Governo Federal deveria interessar a valorização das estruturas de Estado e não o contrário. No Brasil dos dias atuais, porém, o que se vê é um empenho sem precedentes do Governo Federal em atacar a reputação dos Correios e paralisar a organização, para tentar assim justificar, à sua maneira, a intenção de privatização.

A sistemática menção dos Correios como estatal a ser privatizada tem prejudicado muito a empresa e, por consequência, os brasileiros, que são seus legítimos donos. Parcerias que poderiam estar sendo estabelecidas não avançam, como é o caso do Banco Postal, cujo contrato foi finalizado em meados do ano e não se buscou novo parceiro. Só nesse negócio os Correios poderiam ter colocado uma cifra bilionária em caixa, pois, na última seleção de parceiro, o Banco do Brasil pagou R$ 2,8 bilhões pela exclusividade nessa parceria.

Além do Banco Postal, outros negócios poderiam ter sido desenvolvidos, aproveitando as possibilidades abertas pela Lei 12.490/11, notadamente sob a forma de parcerias com a iniciativa privada na constituição de coligadas. Nada disso aconteceu porque a empresa se encontra engessada e emudecida, aguardando o desfecho dessa questão da privatização. E essa inércia cobra seu preço.

Além disso, as declarações injuriosas proferidas por algumas autoridades do Governo Federal maculam a reputação da empresa, que deveria orgulhar os brasileiros e não o contrário. O efeito imediato disso é a desvalorização da estatal. Ou seja, nessa situação surreal que aqui vivenciamos, temos corretores fazendo de tudo para depreciar os ativos que querem vender. O resultado disso jamais será bom para os verdadeiros proprietários desse ativo – os brasileiros.

Os prejuízos causados pelo Governo Federal aos Correios e, por consequência, aos brasileiros, são, portanto, bem tangíveis e de relativamente fácil dimensionamento. Cabe à sociedade e ao Congresso Nacional cobrar a correção disso, evitando que esse prejuízo continue se agravando.

O Brasil tem um serviço postal sustentável e universalizado. Seria simples cuidar disso e desenvolver ainda mais os Correios. Mas o Governo Federal, por razão meramente ideológica, busca caminho diverso, que coloca isso em risco e suscita a possibilidade de termos no Brasil um apagão postal. É muita irresponsabilidade!

Marcos César Alves Silva
Vice-presidente da Associação dos Profissionais dos Correios (Adcap).


 

Direção Nacional da ADCAP.