14/01/2015 - Notícias sobre os Correios
BNDES reconhece dívida com fundo
14/01/2015
Valor
Valor
A
diretoria do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES)
aprovou, em 30 de dezembro, o reconhecimento de dívida com seu fundo de pensão,
a Fapes, de R$ 4 bilhões. O valor equivale a 40% do patrimônio da fundação.
Em
comunicado distribuído aos participantes, a Fapes ressalta que a
"formalização desse reconhecimento" está condicionada à manifestação
do Departamento de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (Dest), do
Ministério do Planejamento.
Na
reunião, a diretoria do banco reconheceu uma dívida de R$ 2,8 bilhões que,
adicionada ao reconhecimento já aprovado em maio do ano passado, de R$ 1,2
bilhão, totaliza os R$ 4 bilhões. Esse é o valor corrigido do passivo de R$ 3,6
bilhões cobrado pela Fapes desde 2013.
O
Valor apurou que o BNDES decidiu reconhecer a dívida com base em pareceres
jurídicos e que espera fazer o pagamento entre 10 e 30 anos, caso o plano seja
devidamente aprovado pelo Dest. Procurado, o banco não comentou. A Fapes
ressaltou, em nota, que a decisão do BNDES está "condicionada à necessária
e prévia manifestação do Dest" e que "todos os termos e condições
desse equacionamento (...) serão negociados somente após a obtenção da
manifestação favorável daquele órgão".
A
maior parte da dívida se refere a obrigações que o banco supostamente teria com
o plano de benefícios para cobrir déficits que deveriam ter sido resolvidos há
mais de 15 anos, mas que não foram cobrados à época. Os pareceres do BNDES
indicaram que os fatos que geraram a dívida não prescreveram.
A
Fapes desenvolveu um estudo para analisar o passivo atuarial do plano de
benefícios, que identificou eventos derivados de exclusiva decisão do banco que
aumentaram os compromissos do fundo de pensão, mas que não foram observados à
época. Como esses eventos ocorreram antes da lei que instituiu a paridade de
contribuição entre patrocinadores e participantes, a fundação argumenta que os
valores devem ser cobertos de forma unilateral pela patrocinadora.
Em
novembro, último dado disponível, a Fapes tinha um patrimônio de R$ 9,5 bilhões
e um déficit de R$ 1,3 bilhão. Se com o resultado de dezembro o saldo negativo
permanecer nesse nível - acima de 10% do patrimônio -, a fundação terá que
equacioná-lo já em 2015, como determinam as regras do setor. Ou seja, será
dividido entre participantes e o BNDES.
A
dívida cobrada pela Fapes é alvo de investigação de outros órgãos do governo.
Em agosto, o Ministério Público do Rio de Janeiro instaurou investigação
criminal para apurar os aportes feitos pelo BNDES no fundo de pensão, a partir
de uma denúncia anônima que questiona o pagamento da dívida apenas pelo BNDES.
No processo, o MP também apura a responsabilidade da Previc, órgão regulador do
setor, e do Dest no caso.
Em
outubro foi a vez da Previc se movimentar. O órgão abriu uma representação no
Tribunal de Contas da União (TCU) contra o BNDES para apurar possíveis aportes
irregulares da instituição no fundo de pensão de seus funcionários.
O
pagamento de dívidas com fundos de pensão de forma unilateral, porém, não é
consenso dentro do governo. Exemplo disso é a contestação de uma dívida que os Correios
reconheceram com o seu fundo de pensão, o Postalis, em 2008. O pagamento
das parcelas mensais foi suspenso em abril do no passado sob o entendimento do
Tesouro de que ela deveria ser dividida com os participantes.
MPF propõe ação contra responsáveis por prejuízo milionário ao erário
MPF propõe ação contra responsáveis por prejuízo milionário ao erário
Diário
do Poder
13 de janeiro de 2015
13 de janeiro de 2015
A
atuação de dois ex-diretores do Departamento Nacional de Infraestrutura de
Transportes (Dnit) e de três ex-dirigentes da Empresa Brasileira de Correios
e Telégrafos (ETC), que teriam causado prejuízo de R$ 126 milhões aos cofres
públicos, é objeto de ação civil pública protocolada pelo Ministério Público
Federal (MPF/DF). A investigação teve início em 2009, no Espírito Santo, a
partir da denúncia de que o Estado estaria deixando de cobrar multas
decorrentes da circulação de veículos com excesso de peso pelas rodovias
federais.
Segundo
as investigações, entre junho de 2007 e janeiro de 2010, os envolvidos no
esquema deixaram de enviar aos infratores mais de 350 mil Avisos de Ocorrência
por Excesso de Peso (AOEPs). Outra ação do MPF pede a indisponibilidade de bens
dos suspeitos, como forma de garantir o ressarcimento do erário.
A
ação pede que respondam por improbidade administrativa o ex-diretor-geral do
Dnit Antônio Pagot, o ex-coordenador-geral de operações rodoviárias do Dnit
Luiz Claudio dos Santos Varejão, o ex-presidente dos Correios Carlos Henrique
Almeida Custódio, o ex-diretor-regional dos Correios em Brasília Alberto Dias e
o ex-diretor-regional do Departamento de Vendas dos Correios no DF José Luiz
Martins Chinchila. Se o pedido do MPF for aceito pela Justiça Federal, os cinco
deverão se tornar réus e terão 15 dias para se manifestar sobre as denúncias.
Esquema
Os
envolvidos se omitiram para permitir que as empresas infratoras se livrassem da
obrigação de pagar multas e depois, ao serem descobertos, tentaram ainda
reduzir o problema a uma simples questão de falta de pagamento. Durante as investigações,
os suspeitos afirmaram que o Dnit ficou inadimplente e que, em consequência
desse atraso, os Correios suspenderam o envio das notificações aos infratores.
O procedimento está previsto no Código de Trânsito Brasileiro (Lei 9.503/97) e
deve ser feito em, no máximo, 30 dias, sob pena de a Administração perder o
direito à cobrança.
Funcionários dos Correios de Lorena paralisam atividades na terça (13)
Funcionários dos Correios de Lorena paralisam atividades na terça (13)
G1
13/01/2015
13/01/2015
Funcionários
do Centro de Distribuição dos Correios de Lorena (SP) paralisaram seus
trabalhos na terça-feira (13). O sindicato da classe pede melhores
condições de trabalho e segurança no prédio que fica na Rua Comendador
Custódio, no Centro.
Segundo
o sindicato, a paralisação comprometeu a distribuição de correspondências nesta
terça-feira. A unidade recebe entre 12 mil e 35 mil correspondências por dia.
Já a agência de postagem, que fica na Rua Dom Bosco, no Centro, funcionou
normalmente.
A
Direção Regional dos Correios informou que 60% dos empregados do centro de
distribuição trabalharam normalmente. “Ressaltamos que os Correios não foram
comunicados antecipadamente da paralisação, como prevê a lei de greve”, disse
em nota. De acordo com funcionários, o prédio que fica na Rua Comendador
Custódio apresenta problemas nas instalações elétricas e em toda estrutura. As
atividades foram paralisadas após curto-circuito, ocorrido nessa segunda-feira
(12), que queimou lâmpadas e os ventiladores.
“A
manutenção do prédio é precária. Esperamos que o problema fosse resolvido nesta
terça, como não foi, decidimos para as atividades”, disse o diretor sindical da
unidade, Ewerton Fernando Alves.
Quanto
às reivindicações alegadas, os Correios informaram que já estão tomando as
providências necessárias para sanar os problemas. As reclamações dos trabalhadores
foram protocoladas junto ao Ministério do Trabalho.
Funcionário dos Correios é preso por desvio de encomendas, no ES
Funcionário dos Correios é preso por desvio de encomendas, no ES
G1
13/01/2015
13/01/2015
Um
funcionário dos Correios foi preso, nesta terça-feira (13), por desviar
encomendas encaminhadas através da empresa. Segundo a Polícia Federal do
Espírito Santo, os produtos desviados, normalmente celulares e tablets, eram
vendidos a duas lojas de produtos eletrônicos de Vila Velha, na Grande Vitória.
Dois empresários também foram presos na operação. A polícia acredita que os
crimes vinham sendo praticados há aproximadamente seis meses. De acordo com os
Correios, os envolvidos responderão pelos atos por meio sindicância
interna.Segundo a Polícia Federal, a ação ilícita ocorria quando um funcionário
do serviço de triagem dos Correios, que funciona no município de Viana,
desviava encomendas adquiridas em lojas virtuais, antes que fossem remetidas
aos adquirentes. Os objetos desviados eram vendidos a duas lojas de produtos
eletrônicos, localizadas nos bairros Santa Inês e Aribiri, em Vila Velha.
Com
o funcionário, a polícia encontrou várias encomendas ainda embaladas com o
logotipo dos Correios. Com os empresários foram localizadas dezenas de
celulares oriundos da ação ilícita. Os envolvidos responderão pelos crimes de
peculato e receptação qualificada, com penas que podem chegar a 12 anos de
reclusão.
Correios
De
acordo com os Correios, a área de segurança detectou o ilícito em dezembro de
2014 e prontamente acionou a Polícia Federal. Os envolvidos responderão pelos
atos por meio sindicância interna.
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