Profissionalização
da gestão CAIXA e BB - um exemplo a ser seguido
Sob
o título "Bancos Estatais mudam comando para buscar blindagem política", a Folha
traz hoje matéria que aponta uma tendência na visão do veículo
- a ocupação dos comandos dos bancos estatais por técnicos do setor.
Embora algumas das escolhas mencionadas na própria matéria não
sejam exatamente técnicas, como o exemplo mencionado para a CAIXA, é
importante se observar que o jornal enxerga no conjunto de indicações em curso
uma tendência importante - a profissionalização da gestão dessas entidades,
como forma de assegurar blindagem política.
A ADCAP
defende a profissionalização de gestão e condena a ocupação
política de funções na Empresa, pois entende que a politização da gestão só
traz problemas e atrasa o desenvolvimento dos Correios.
Bancos estatais mudam comando para buscar
blindagem política
Folha
de SP
08/01/2015
08/01/2015
O
ex-secretário-executivo do Ministério da Fazenda Paulo Rogério Caffarelli deve
ser o novo titular do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e
Social) em substituição ao professor Luciano Coutinho.
A
Folha apurou que o anúncio está previsto para sexta. A troca está sendo
articulada entre a Casa Civil e a nova equipe econômica chefiada pelo ministro
Joaquim Levy (Fazenda).
A
pressão para que ele aceite o cargo no BNDES aumentou desde o início da semana.
A preferência de Caffarelli é assumir o Banco do Brasil (BB), o que estava
praticamente acertado.Com a insistência da Casa Civil e da própria presidente
Dilma Rousseff, o ex-secretário de Mantega ficou desconfortável para negar o
pedido.
Caso
seu nome seja confirmado, será o fim da era desenvolvimentista no BNDES.
Com
carreira no BB, Caffarelli tem trânsito nos bancos privados, com quem o BNDES
deverá estreitar parcerias para estimular financiamentos de obras de
infraestrutura.
Caffarelli
chefiou a área de atacado do BB, além de cartões e internacional. O
financiamento de infraestrutura é o tema que ele mais se aprofundou nos últimos
anos.
Foi
ele quem negociou com o BNDES e com os bancos privados as participações nas
concessões, além dos socorros ao setor elétrico no ano passado.
O
atual presidente do BB, Aldemir Bendine, também participa do processo de
transição no banco.
Com
Caffarelli no BNDES, Alexandre Abreu, atual vice-presidente de crédito do BB,
deve assumir a presidência do banco. Ele ganhou a confiança da presidente Dilma
em 2012, quando montou a estratégia do corte dos juros do BB, forçando as
demais instituições privadas a também baixarem suas taxas, como queria o
governo.
Na
Caixa Econômica Federal (CEF), o comando deverá ficar com a ex-ministra Mirian
Belchior (Planejamento), que terá como prioridade a abertura de capital do
banco, como antecipou a Folha.
NOVO
RUMO
As
mudanças na Caixa estão alinhadas com uma nova diretriz em discussão no governo
para a gestão de bancos públicos, empresas estatais e até suas fundações.
A
ideia é criar um "código" de administração pública para dar mais
transparência que dificulte o uso político dessas instituições e escândalos de
corrupção, como o que consome a Petrobras.
Nas
fundações de estatais, como a Previ (dos funcionários do BB), a Petros (da
Petrobras) e a Funcef (da Caixa), o governo também procura nomes capazes de
conduzir essa nova política. A nova equipe econômica quer ter uma participação
mais técnica em empresas onde as fundações têm assento no conselho, como Vale e
Petrobras.
A matéria da Folha também pode ser lida em:
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Diretoria
Executiva da ADCAP Nacional.
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