segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

MOVIMENTO PRORROGAÇÃO DA CPI DOS FUNDOS DE 

PENSÃO - URGENTE!!






Abaixo clique nos links para ter acesso aos e-mails dos Deputados Federais e sugestão de texto para que você solicite a prorrogação da CPI dos Fundos de Pensão.


·         E-mails dos Deputados Federais.
http://www.adcap.org.br/wp-content/uploads/email_deputados.xlsx


·         Sugestão de texto para prorrogação da CPI.
http://www.adcap.org.br/wp-content/uploads/modelo_texto_email.docx



Faça a sua parte!


Direção Nacional da ADCAP
ELEIÇÕES DA ADCAP NACIONAL
TRIÊNIO 2016 - 2019


Vem aí mais um período eleitoral da Associação. Conforme as disposições estatutárias, serão promovidas eleições para todos os cargos eletivos da ADCAP Nacional, Diretoria Executiva e Conselho Fiscal Nacional.

De forma resumida, o processo eleitoral tem o seguinte cronograma:

Publicação Edital
18 a 21/01/16
Designação da Junta Eleitoral
Até 22/02/16
Divulgação do Regulamento Eleitoral
25/02/16
Registro de candidaturas
18 a 23/03/16
Campanha Eleitoral (Via ADCAP)
01/04/16 a 27/04/16
Impugnação da Junta Eleitoral
Até 01/04/16
Impugnação de candidaturas
Até 07/04/16
Votação
22  a  29/04/16
Resultado da Eleição
29/04/2016
Impugnação de Resultado
Até 16/05/16
Posse dos eleitos
20/05/16

             
Os Núcleos Regionais da ADCAP deverão ajustar seus procedimentos para o processo eleitoral de acordo com as instruções emanadas da Junta Eleitoral (membros informados abaixo), designada pelo Presidente conforme Art. 61 do Estatuto.

Membros da Junta Eleitoral - ADCAP Nacional:

·        ANTÔNIO CARLOS FRANÇA KRUEL (Presidente)
·        LUIS FERNANDO CASTILHO LAVOYER (1º Secretário)
·        MARCELO BAUMANN MENDES (2º Secretário)

Lembramos que as demais informações sobre as eleições deverão ser acompanhadas pelos associados por meio dos comunicados enviados via e-mail e no portal da ADCAP: www.adcap.org.br

Solicitamos manter seus dados atualizados junto ao cadastro da ADCAP Nacional, através do e-mail: adcapnacional@outlook.com



PROCEDIMENTOS DETALHADOS E CRONOGRAMA


ATENÇÃO - Abaixo todo o Cronograma e procedimentos detalhados em conformidade com o ESTATUTO da ADCAP (Cap. VIII–Das Eleições), considerando a realização da votação para o período de 22 a 29/04/2016, que necessitam ser divulgados ao associado:

1 – PÉRIODO ELEITORAL - 21/01/2016 à 30/04/2016

2 – VOTAÇÃO - 22/04/2016 à 29/04/2016 (A votação será realizada por meio do Portal da ADCAP na internet)

3 – JUNTA ELEITORAL - Designada até 22/02/2016, divulgada através dos meios de comunicação da ADCAP.
3.1 – FORMAÇÃO – Por no mínimo três (3) associados que não exerçam cargo na ADCAP, nem sejam candidatos, ou parentes de candidatos, consanguíneos ou afins.
3.2 – POSSE - Logo que designada
3.3 – IMPUGNAÇÃO DE MEMBROS DA JUNTA ELEITORAL – Até 01/04/2016 
3.4 – RECURSO
- Em caso de não acolhimento do pedido de impugnação por parte do Presidente, cabe recurso ao Conselho Nacional da ADCAP.
3.5 – SUBSTITUIÇÃO DE MEMBRO - Havendo acolhimento do pedido de impugnação, o Presidente ou o Conselho Nacional da ADCAP escolherá, no ato, associado que substitua o afastado.
Observação: o afastamento de membro da junta não invalidará os atos por ele praticados.
3.6 – DISSOLUÇÃO DA JUNTA - Com a posse dos eleitos

4 – RGISTRO DE CANDIDATURA – período de 18 a 23/03/2016
4.1 – DIRETORIA EXECUTIVA - Chapa com os nomes de todos os candidatos aos cargos efetivos:

Presidente;
Vice-Presidente;
Secretário Geral
Diretor Administrativo e Financeiro;
Diretor de Comunicação e Desenvolvimento;
Diretor de Relações Funcionais;
Diretor de Relações Externas;
Diretor Jurídico; e
Diretor de Aposentados e Previdência.

4.2 – CONSELHO FISCAL - Registro individual, desvinculado de qualquer chapa concorrente.
4.3 – IMPUGNAÇÕES DE CANDIDATURAS - Até 07/04/2016.
Qualquer associado poderá solicitar a impugnação de candidatura.
4.4 – OBSERVAÇÕES:
   a) é vedado ao candidato disputar mais de um cargo ou figurar em mais de uma chapa; e
   b) é permitida uma só “reeleição” para o mesmo cargo em mandato consecutivo.

5 – PROCLAMAÇÃO – Após conclusão dos trabalhos da Junta – A partir das 18hs do dia 29/04/2016

5.1 - CONSELHO FISCAL – Serão proclamados eleitos os cinco (5) associados candidatos mais votados.
Em caso de empate, o critério de desempate será de acordo com o estabelecido no Parágrafo Único do Art. 63, tendo a preferência o associado mais antigo da ADCAP.
5.2 – DIRETORIA EXECUTIVA – Será proclamada eleita a chapa que obtiver maior votação.

Em caso de empate, o critério de desempate será de acordo com o estabelecido no Parágrafo Único do Art. 64, tendo a preferência o associado mais antigo da ADCAP.

5.3 – RECURSO - Até quinze (15) dias da proclamação dos resultados. Em havendo recurso contra a proclamação dos resultados que não possa ser desde logo decidido, o Presidente convocará AGE com esse fim específico.

6 – POSSE – 20/05/2016, ressalvada a hipótese de protelação/decisão de recurso interposto com relação aos trabalhos e/ou proclamação dos eleitos.


Direção da ADCAP Nacional.
MANIFESTAÇÃO NA SEDE do Banco
BNY MELLON


Na última sexta-feira (26/02), aconteceu uma grande manifestação em frente à sede do banco BNY Mellon, no Rio de Janeiro. O evento foi capitaneado pelo Sintect/RJ, em conjunto com a Adcap e todos os sindicatos que compõem a Findect (SPM, Bauru, Tocantins, Rio Grande do Norte e Rondônia).

Mais de trezentos empregados dos Correios e participantes/aposentados/pensionistas do Postalis se fizeram presentes, protestando contra o banco, que é responsável direto por mais de 3 bilhões de reais de prejuízo, que compõe o rombo em nosso fundo de pensão. Como se sabe, o BNY Mellon, apesar de ter contrato assinado com o Postalis assumindo total responsabilidade pelos valores investidos através do banco (e seus gestores), nega-se a assumir o pagamento do rombo (ou má-gestão e roubo, como os relatórios de auditoria da Previc e dos Correios apontam).

Usaram da palavra o anfitrião Ronaldão (presidente do Sintect/RJ), Gandara (presidente da Findect e do Sindicato de Bauru), Maria Inês Capelli (presidente em exercício da ADCAP Nacional), Diviza (presidente do Sintect/SPM), Guedes (presidente da ADCAP Rio) e Rufino (presidente do Sintect/TO), além dos presidentes cariocas das centrais UGT e CTB e de  diversos colegas participantes do Postalis.

Destacamos, também, aqueles Núcleos Regionais que aderiram ao movimento e, também à distância,  mobilizaram colegas em protesto ao prejuízo causado pelo BNY e a favor da prorrogação da CPI dos Fundos de Pensão. Parabéns aos Núcleos PE, SPI, MG e RS. Mais eventos desse tipo deverão ser realizados, até que consigamos recuperar o dinheiro das nossas aposentadorias, que foi subtraído de forma criminosa. Continuamos contando com o apoio e o engajamento de todos os participantes ativos e assistidos.

O Postalis é nosso!


A primeira divulgação sobre a manifestação pode ser visualizada no link http://www.adcap.org.br/index.php/manifestacao-no-bny-mellon/


Direção da ADCAP Nacional.


PE



RS



SPI


sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

EXIJA A PRORROGAÇÃO DA CPI DOS 

FUNDOS DE PENSÃO - FAÇA A SUA 

PARTE!




quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

PRORROGAÇÃO DA CPI: APOIE - FAÇA A SUA PARTE!




Prezados Associados,

Como todos sabem todas as fundações de previdência privada - Estatais – se encontram em déficit de mais de 500 bilhões segundo matéria publicada no jornal O GLOBO do último dia 21 deste mês que vai obrigar inevitavelmente aposentados, empregados ativos e pensionistas a um equacionamento para diminuir os impactos desses resultados negativos.

Esses resultados negativos estão sendo investigados em várias instâncias. Uma dessas instancia é a que envolve a Câmara dos Deputados, onde foi instalada a CPI dos Fundos de Pensão, cujo presidente é o Senhor Deputado Federal Efraim Filho e o seu relator o Senhor Deputado Federal Sérgio de Souza.

Essa CPI já foi prorrogada uma vez por 60 dias,  que redirecionou seu fim para o dia 09 de março deste ano. Ocorre que diante do extremo volume de informações já captadas e de outras já em apuração, uma nova prorrogação se faz necessária.

Assim, por meio de contato direto com a assessoria do Deputado Efraim, e também com as diversas entidades de outras fundações que estão trabalhando diretamente na defesa dos interesses de seus associados, conseguimos chegar ao consenso de que deveríamos apresentar um requerimento de pedido de prorrogação ao Presidente da CPI juntamente com um abaixo assinado, tudo para que possamos demonstrar nosso interesse nas apurações e responsabilizações devidas e, principalmente, na reversão desse grande pesadelo que vivenciamos.

Neste caso foi criada uma petição eletrônica (abaixo assinado) que está localizada no link abaixo.



Pedimos a atenção especial para o seguinte procedimento:

Acesse o link e faça a sua adesão. Logo após a efetivação da assinatura da petição o sistema envia um e-mail para o endereço de correio que foi informado. Acesse seu e-mail e abra o e-mail recebido e confirme a assinatura da petição. Somente após a resposta desse e-mail que a sua adesão será confirmada.

Lembramos que neste caso não há a necessidade de a adesão ser exclusivamente de participantes de fundos de pensão. Qualquer um pode aderir ao abaixo assinado, pois, a sociedade clama pela legalidade e transparência, notadamente nossos familiares que já sofrem as consequências desses desmandos  que estão sendo apurados.

Dissemine esse abaixo assinado para seus contatos, colegas, amigos, familiares.

Faça a sua parte!


Direção Nacional da ADCAP.
Eleições Prévias POSTALIS 2016 - Conheça os candidatos e faça a sua escolha 


Caro Associado da ADCAP,

Um dos temas mais relevantes dos últimos anos na atuação da ADCAP têm sido a Gestão do POSTALIS. A ADCAP definiu um conjunto de iniciativas e bandeiras, que foram divulgadas a todos os associados, no sentido de enfrentar os desvios de gestão e as perdas dos fundos administrados pelo Instituto.

Neste sentido, está promovendo prévias para escolher o candidato que será apoiado pela ADCAP e todos os seus associados no objetivo de modificar essa triste realidade.

Ter um representante dos participantes integrando a Diretoria Colegiada do POSTALIS representará grande avanço na mudança das praticas de gestão e na preservação do patrimônio da nossa coletividade.

Assim, participe das prévias!

Seu voto legitima, fortalece e engrandece a nossa Associação.

Nosso candidato será o futuro Diretor Administrativo-Financeiro do POSTALIS!
Conheça os candidatos e faça a sua escolha no site www.adcap.org.br

Vote de 29/02 a 04/03.


Comissão de Coordenação das Prévias.                                                                   
Eleições Prévias POSTALIS 2016 - Conheça os candidatos e faça a sua escolha 


Caro Associado da ADCAP,

Um dos temas mais relevantes dos últimos anos na atuação da ADCAP têm sido a Gestão do POSTALIS. A ADCAP definiu um conjunto de iniciativas e bandeiras, que foram divulgadas a todos os associados, no sentido de enfrentar os desvios de gestão e as perdas dos fundos administrados pelo Instituto.

Neste sentido, está promovendo prévias para escolher o candidato que será apoiado pela ADCAP e todos os seus associados no objetivo de modificar essa triste realidade.

Ter um representante dos participantes integrando a Diretoria Colegiada do POSTALIS representará grande avanço na mudança das praticas de gestão e na preservação do patrimônio da nossa coletividade.

Assim, participe das prévias!

Seu voto legitima, fortalece e engrandece a nossa Associação.

Nosso candidato será o futuro Diretor Administrativo-Financeiro do POSTALIS!
Conheça os candidatos e faça a sua escolha no site www.adcap.org.br

Vote de 29/02 a 04/03.


Comissão de Coordenação das Prévias.                                                                   

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

COMO VOTAR NAS PRÉVIAS

Está chegando ao final a campanha dos candidatos às prévias que a ADCAP está realizando para escolher quem apoiará na eleição para Diretor Administrativo-financeiro do POSTALIS.

No dia 28 de fevereiro (domingo) encerra-se o período de campanha. A partir de 0:01 horas do dia 29/02 até as 18:00 horas do dia 04/03, (horário de Brasília) você poderá votar pelo site da ADCAP www.adcap.org.br. Conforme Estatuto da ADCAP, estarão aptos a votar todos os associados que estiverem adimplentes, incluindo-se a mensalidade do mês de janeiro.

Você receberá pelo e-mail cadastrado na ADCAP até o dia 26/02/2016 uma senha que permitirá seu acesso, com segurança, ao site de votação. Fique atento a sua caixa de e-mails, verificando, também, na caixa de lixo. 

No período de votação, você deverá entrar no site da ADCAP, www.adcap.org.br, e clicar no banner “Eleições Prévias POSTALIS 2016”. Na área “VOTE AQUI”, você deverá digitar nos campos identificados a sua matrícula na ECT e a senha em seu poder. Os aposentados da ECT, associados à ADCAP, também poderão votar, devendo digitar a matrícula utilizada quando no serviço ativo, além da senha que receberam. A matrícula deverá ser digitada sem pontos, traços os espaços entre os algarismos, da seguinte forma: 80012345 (exemplo).

Caso não receba sua senha até 26/02/2016, você poderá solicitá-la enviando solicitação pelo endereço votacaopostalis@adcap.org.br. A nova senha será enviada para o endereço de e-mail que fez o pedido. Caso você esqueça a sua senha, no momento da votação poderá fazer solicitação de reenvio da senha para o e-mail cadastrado na base de dados da ADCAP, clicando no botão "solicitar senha". Neste caso, você receberá a senha no e-mail cadastrado na base de dados da ADCAP.

Em seguida, clique  no botão "ENTRAR" para acesso ao ambiente de votação na página “Efetivação de voto”. Ali, escolha seu candidato clicando sobre a foto e nome do candidato escolhido.

Para confirmar seu voto, clique no botão " VOTAR".

A mensagem “Seu voto foi efetuado com sucesso” indicará que seu voto foi confirmado.
O sistema não permite a repetição do voto para uma mesma matrícula / senha. Caso isto seja tentado aparecerá a mensagem “seu voto já foi efetuado”.
Participe! Escolha seu candidato e vote! 

  
O momento é este!
A participação dos empregados, ativos, aposentados e familiares é fundamental.
Compareça, faça a sua parte.


Direção Nacional da ADCAP.



segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

Participe da Campanha e vote nas prévias
do Postalis

A ADCAP ao longo dos últimos anos tem atuado fortemente em defesa dos interesses dos participantes e aposentados do POSTALIS: denunciando desmandos, pedindo intervenção da PREVIC no Instituto, obtendo decisão judicial suspendendo o equacionamento, dentre outras medidas.

Agora está no momento dos associados fazerem sua parte: exercendo seu direito e dever de escolher seu candidato nas prévias da ADCAP à eleição do POSTALIS. A campanha ocorrerá até dia 28/02 e a votação no período de 29/02 a 04/03.

Em breve publicaremos as informações do sistema de votação.

Participe, faça a sua escolha e vote
!


Comissão de Coordenação  das Prévias. 
Má gerência ajuda a explicar perdas dos fundos de pensão das estatais
Extra
22/02/2016

RIO — O verão de 2008 é inesquecível para Pedro Célio Arantes. Depois de três décadas nos Correios começou vida nova em Brasília, com a renda poupada em 27 anos de investimentos no fundo de pensão estatal Postalis. Como outros 212 mil sócios da fundação, não poderia imaginar que o seu patrimônio era subtraído em obscuras transações.

Em janeiro, por exemplo, quando Arantes se aposentou, o Postalis concentrara aplicações de R$ 100 milhões em uma dúzia de empresas privadas. Em março, R$ 73 milhões já estavam classificados como perdas irrecuperáveis.

Quatro verões depois, enquanto Arantes recebia um “desconto” de 12% no rendimento, imposto para cobrir o rombo nas contas do Postalis, um professor de ioga em Miami celebrava o maior negócio da sua vida.

O paraense Fabrizio Dulcetti Neves ganhou uma bolada de US$ 14 milhões (R$ 56 milhões) agenciando títulos no exterior para o fundo dos Correios.

O Postalis possuía uma reserva em dólares, lastreada em títulos da dívida externa brasileira. Dulcetti Neves trocou tudo por papéis emitidos pela Argentina e Venezuela, sem valor de mercado. Desapareceram R$ 380 milhões das contas do fundo de pensão no banco Mellon, de Nova York.

O órgão de fiscalização dos Estados Unidos (SEC, na sigla em inglês) alertou o governo brasileiro. Descobriu que o Postalis pagava até 67% de comissão ao corretor, parceiro de um “executivo de alto escalão” do fundo estatal.

Prevendo consequências judiciais, o banco Mellon seguiu a pista do dinheiro e identificou uma empresa no paraíso fiscal caribenho das Ilhas Virgens: Spectra unia Dulcetti Neves ao então presidente do Postalis, Alexej Predtechensky.

“Russo”, como ele é conhecido, chegara ao Postalis na esteira de um acordo do presidente Lula com a cúpula do PMDB na campanha da reeleição presidencial, em 2006. Por isso, o fundo dos Correios foi o único entre os maiores estatais a ficar fora do controle da burocracia sindical do Partido dos Trabalhadores.

Dilma Rousseff demitiu “Russo” em 2012, quando ele já acumulava 74 processos na fiscalização do Ministério da Previdência. E entregou a vaga ao PT.

Wagner Pinheiro, que chefiava os Correios, nomeou Antonio Carlos Conquista, seu antigo aliado de ativismo no Sindicato dos Bancários de São Paulo e na Central Única dos Trabalhadores.

Conquista chefiara o gabinete de Pinheiro na presidência do fundo de pensão da Petrobras, durante o governo Lula. Também passara pelo comando do Geap, fundação de saúde dos servidores federais, que deixou sob intervenção federal, com um déficit R$ 360 milhões.

Quando chegou ao Postalis teve a consultoria de João Vaccari Neto, ex-presidente do sindicato paulistano e tesoureiro do PT. Vaccari está preso, acusado de corrupção e lavagem de dinheiro em negócios da Petrobras.

— Eu ia ao PT — contou à CPI dos Fundos de Pensão. — Conversávamos sobre o que eu poderia fazer.

O resultado do loteamento político dos fundos estatais nos governos Lula e Dilma é um déficit superior a R$ 46 bilhões em 2015, na estimativa oficial.

Dois terços do rombo se concentram nas fundações dos Correios, Petrobras e Caixa. A conta será dividida entre os associados e as empresas patrocinadoras — ou seja, pela sociedade, porque elas são controladas pelo Tesouro.

No acervo de prejuízos são evidentes as rotinas de má gerência e os padrões de investimentos em negócios privados sem retorno. Com frequência, os fundos estatais somam prejuízos num mesmo empreendimento.

O estoque de perdas bilionárias motiva inquéritos sobre corrupção no Congresso e na Justiça Federal.

Também acirra conflitos: na Petros o conselho fiscal rejeita todas as contas há 12 anos seguidos.

O fundo da Petrobras já deu como perdidos R$ 730 milhões aplicados em sete dezenas de projetos dos grupos Morada, Cruzeiro do Sul, BVA, Trendbank, Galileo, Schahin, Eletrosom, Riviera, Celpa e Inepar, entre outros.

No portfólio de fracassos reluzem casos como o da Lupatech, do setor de válvulas industriais, que recebeu R$ 60 milhões quando seu patrimônio já estava negativo. E o da Indústria de Metais do Vale, do falecido deputado do José Janene (PP-PR) e do doleiro Alberto Youssef, com suspeita de propina de R$ 500 mil para dois diretores da fundação. Segundo a Petros, os investimentos “estão sendo recuperados” e “nunca foi comprovada nenhuma atitude condenável” dos seus diretores.

O fundo da Caixa é referência em relatórios do órgão de fiscalização, a Previc, pela coletânea de decisões de investimentos de alto risco quase sempre tomadas contra as próprias avaliações técnicas e jurídicas.

Assim foi na aplicação de R$ 629 milhões em projetos de portos e logística; de R$ 75 milhões na Termelétrica de Pernambuco, e de R$ 187,7 milhões no FIP Multiner (segundo a Previc, três anos antes a fundação já diagnosticara “problemas estruturais e de governança” além de um endividamento de R$ 2 bilhões no Multiner). A Funcef ressalva que “não há direcionamento para quaisquer tipos de investimentos”.

Soluções para o déficit? Funcef calcula se reequilibrar “em 17,4 anos”. Petros estuda o que vai fazer a partir de janeiro do ano que vem. Postalis prevê zerar as contas a partir de 2037, quando o aposentado Pedro Célio Arantes completa 90 anos de vida.

Até lá, ele acha, sua renda será reduzida em 40%: — Fui enganado, porque diziam que o investimento era seguro.

Só resta uma saída, acredita: — Agora é apostar na CPI, no Ministério Público e na Polícia Federal como salvação, para recuperar o dinheiro perdido.
O PT pintou e bordou nos fundos de pensão de estatais, e o rombo passa de R$ 44 bilhões

Veja
22/02/2016

Os associados dos fundos de pensão receberão uma aposentadoria menor do que esperavam em razão da gestão desastrosa desses entes, levada a efeito pelos petistas. Quinhentas mil pessoas serão diretamente prejudicadas. Mas, como é sabido, o dinheiro também sairá dos cofres públicos, uma vez que o Tesouro acabará socorrendo as estataisaros, eu perdi a conta do número de vezes em que escrevi neste blog que o real poder do PT está nos fundos de pensão. E assim já era antes ainda de o partido chegar ao poder. Reportagem do Globo deste domingo informa a situação calamitosa a que os “companheiros” conduziram os fundos das estatais.

Em agosto do ano passado, na última medição oficial, o rombo na Petros (da Petrobras), Funcef (Caixa) e Postalis (Correios) chegava a R$ 29,6 bilhões. O balanço fechado do ano passado, a ser divulgado em abril, deve elevar esse número para espetaculares R$ 44,4 bilhões, sete vezes maior do que as perdas admitidas com as safadezas na Petrobras.

Peço licença para produzir trecho de um texto que publiquei aqui no dia 3 de fevereiro de 2009, há sete anos portanto. Prestem atenção:

“O PT TEM DOIS PODERES: O TEMPORÁRIO E O PERMANENTE. O PRIMEIRO DEPENDE DAS URNAS; O SEGUNDO É GARANTIDO PELO CIPOAL LEGAL QUE REGULA OS FUNDOS DE PENSÃO, QUE CONFERE AOS SINDICATOS O CONTROLE DE UM PATRIMÔNIO DE QUASE R$ 300 BILHÕES. E O PT COMANDA BOA PARTE DOS SINDICATOS, ESPECIALMENTE OS DE EMPRESAS ESTATAIS, O QUE LHE FACULTA O COMANDO DOS FUNDOS DE PENSÃO INDEPENDENTEMENTE DO QUE DIGAM AS URNAS.

POUCO IMPORTA QUEM SEJA O PRÓXIMO PRESIDENTE, JOSÉ SERRA OU DILMA ROUSSEFF, A, SEM TROCADILHO, REAL GRANDEZA DO PT SE MANTÉM PRATICAMENTE INALTERADA.

Se vocês procurarem no arquivo do blog, encontrarão centenas de textos em que sustento que o poder real do PT não está no controle das verbas do Orçamento. Sem dúvida, ali se encontra uma fonte imensa de recursos, mas o partido é obrigado a dividi-los com parceiros de igual ou maior apetite, a começar do PMDB – que é o que é, ou não estaria junto com o petismo. O dinheiro do Orçamento disponível para investimento, além de mais escasso, está sujeito a controles e a uma maior vigilância da imprensa. Já os fundos… Na prática, ninguém controla. Como boa parte da sua capitalização é feita com recursos públicos, eles representam uma apropriação do dinheiro público pela máquina sindical.

A própria história da privatização, vista pelo ângulo da participação dos fundos de pensão, nos revelaria que a economia brasileira é bem menos privada do que parece. Não! Escrevo de outro modo: os grandes beneficiários da privatização foram os sindicatos das empresas estatais – e isso quer dizer Central Única dos Trabalhadores.

Uma das maiores lambanças do governo Lula – a disputa entre o banqueiro Daniel Dantas e o petismo pelo controle da Brasil Telecom, finalmente vendida à Oi ao arrepio da lei então vigente, mudada só para possibilitar o negócio – teve os fundos como protagonistas. Os petistas mandaram, e eles romperam com Dantas, aliando-se a seus adversários. Alijado do controle da BrT, o banqueiro acabou concordando com a venda (…)

Retomo

Sabem quem vai pagar pelo rombo? Sim, em parte, os associados aos próprios fundos. Mas também vai entrar dinheiro das respectivas estatais. Vale dizer: nós todos arcaremos com as consequências dos investimentos feitos pelos “companheiros”.
Reproduzo um trecho da reportagem do Globo:

“A maioria dos responsáveis pelos déficits das fundações públicas tem em comum a origem no ativismo sindical. Nos últimos 12 anos, os principais gestores dos fundos de Petrobras, Banco do Brasil, Caixa e Correios saíram das fileiras do Sindicato dos Bancários de São Paulo.

É uma característica dos governos Lula e Dilma, e as razões têm mais a ver com perspectivas de poder e negócios do que com ideologias.

Os sindicalistas-gestores agem como força-tarefa alinhada ao governo. Compõem uma casta emergente na burocracia do PT. Agregam interesses pela capacidade de influir no acesso de grandes empresas ao Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), fonte principal de recursos subsidiados do BNDES. Onde não têm hegemonia, por efeito do loteamento administrativo, convivem em tensão permanente com indicados pelo PMDB e outros partidos, caso do Postalis.”

Os associados dos fundos de pensão receberão uma aposentadoria menor do que esperavam em razão da gestão desastrosa desses entes, levada a efeito pelos petistas. Quinhentas mil pessoas serão diretamente prejudicadas. Mas, como é sabido, o dinheiro também sairá dos cofres públicos, uma vez que o Tesouro acabará socorrendo as estatais.

Só na Sete Brasil, a empresa que deveria construir navios-sonda e só produziu escândalos, Petros e Funcef já perderam R$ 828 milhões, e Previ, R$ 161 milhões.


Quem acompanha de perto o caso dos fundos de pensão não tem dúvida: no dia em que se fizer a devida radiografia do estrago neles produzido pelo petismo, as lambanças do petrolão vão parecer coisa de bandido pé de chinelo.
Fundos apostam em negócios de alto risco, com apoio do governo

O Globo
21/02/2016

RIO — Fundador de uma empresa que recebeu R$ 3 bilhões em investimentos dos fundos de pensão da Petrobras, da Caixa Econômica Federal e do Banco do Brasil, João Carlos Ferraz inquietou-se na cadeira ao ouvir as perguntas:

— O senhor disse que num momento de fraqueza recebeu propina milionária no exterior? Também prometeu devolver uma parte e repatriar outra?

O antigo presidente da Sete Brasil respondeu quase sussurrando: — Gostaria de reafirmar que eu vou permanecer em silêncio.

Uma voz alta surgiu no plenário da CPI dos Fundos de Pensão, ironizando: — Se é verdade, vai tomar um baita prejuízo, porque levou propina com o dólar a dois reais e pouco e vai devolver a quatro e pouco... Talvez seja um dos bons investimentos que a Petrobras fez nos últimos tempos.

Os fundos de previdência estatais ainda se encontram no lado menos visível das investigações sobre corrupção nos negócios da Petrobras. Mas as evidências dos enlaces em negócios suspeitos se espraiam por diferentes inquéritos. E são realçadas pelo acervo de prejuízos bilionários que as fundações acumularam nos últimos 12 anos.
O caso da Sete Brasil é exemplar. Criada no governo Lula, dentro de uma Petrobras eufórica com o pré-sal, previa construir 28 navios-sondas para a petroleira. Os fundos Petros e Funcef compraram 18% das cotas do empreendimento. A Previ se limitou a 3,5%.

PROPINAS PARA GERENTES DA PETROBRAS

Após meia década, empresa e sondas só existem no papel. O dinheiro das aposentadorias virou pó: Petros e Funcef já perderam R$ 828 milhões, e Previ, R$ 161 milhões. Os fundos justificam o fracasso indicando as “perspectivas favoráveis” do projeto em 2010, quando o barril de petróleo custava US$ 100 (fechou a semana a US$ 33).

Sobraram propinas, como as recebidas por João Carlos Ferraz e Pedro Barusco, ex-gerentes da Petrobras que montaram o projeto, se aposentaram na estatal e viraram executivos da Sete Brasil. Na Justiça fizeram acordos de delação, prometendo devolver os subornos: Barusco contabilizou US$ 97 milhões (R$ 388 milhões); Ferraz declarou US$ 1,9 milhão (R$ 7,6 milhões), e batalha para evitar o sequestro judicial dos bônus recebidos (R$ 11,5 milhões) na presidência da companhia.

Os déficits nas fundações públicas têm origem em atos típicos de gestão temerária, em negócios obscuros e nos frágeis sistemas de controle.

— É notável que os fundos de pensão estatais integrem um circuito bilionário de negócios sem controle efetivo — diz o deputado federal Raul Jugmann (PPS-PE). — Os dirigentes não respeitam as regras, a fiscalização faz vista grossa, a Comissão de Valores Mobiliários não tem poder para punir, e o Congresso não entende, só se interessa pelo assunto episodicamente.

Organismos de fiscalização recebem apelos constantes para intervenção nos fundos estatais deficitários. Responsável pela supervisão setorial, a Previc, do Ministério da Previdência, responde com a lembrança “dos limites legais de sua competência”, e a necessidade de “avaliar tecnicamente pressupostos, necessidade e consequências”.



O histórico recente dos investimentos desses fundos de previdência indica que apostas de alto risco, como a realizada na Sete Brasil, não foram acidentais. Havia um grupo de sindicalistas-gestores trabalhando de forma coordenada. Em agosto de 2003, eles se reuniram com Lula na sede da Petrobras, no Rio. Saíram convencidos de que deveriam apoiar integralmente todos os projetos governamentais de infraestrutura.

O alinhamento com o Palácio do Planalto, orientado pelo secretário de Comunicação Luiz Gushiken, intensificou-se a partir da autorização para confrontar parceiros privados — como o grupo Opportunity, do banqueiro Daniel Dantas—, considerados impeditivos à participação mais direta no controle de empresas de telefonia, privatizadas no governo anterior. Estabeleceram uma rotina de reuniões, uniram recursos e partiram para a batalha societária.

Venceram. Desde então, com respaldo do Planalto, houve uma escalada nas aplicações de alto risco com o dinheiro das aposentadorias, a despeito de contra-indicações jurídicas internas ou da oposição no conselho fiscal.

— Na Petros adotou-se um estilo extremamente autoritário, invertendo-se a lógica da governança— conta Fernando Siqueira, ex-representante eleito nos conselhos fiscal e deliberativo.

Apesar das perdas e danos, o legado do loteamento político é defendido pelos atuais diretores dessas fundações, também originários desse proceso. A Funcef, por exemplo, admite “resultados deficitários”, mas os atribui ao “fraco desempenho das economias nacional e internacional”. Acha que se constitui num “modelo" de governança. A Petros se afirma empenhada em “continuar reforçando” controles. No Postalis rejeita-se a palavra “déficit”. Diz-se apenas que “não há previsão de superávit”.

Para aposentados como Livaldo Pereira de Souza, sócio da Petros, Maria do Socorro Ramalho, da Funcef, e Jackson Mendes, do Postalis, resta uma certeza: sua renda será reduzida. Com sorte, talvez consigam recuperá-la antes do Carnaval de 2035.