quinta-feira, 9 de junho de 2016

Guilherme Campos vai para os Correios após
suspensão de nomeações

DCI
09/06/2016

O Diário Oficial da União publica nesta quinta-feira (9) a nomeação do ex-deputado federal Guilherme Campos, presidente interino do PSD, para o cargo de presidente da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT).

O ato é assinado pelo presidente interino Michel Temer e pelo ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab, que está licenciado da presidência do PSD, e a cuja pasta ficou vinculada a ECT.

No PSD desde a sua fundação, Campos assumiu a presidência do partido em janeiro de 2015, quando o então líder nacional da legenda, Kassab, foi para o Ministério das Cidades do governo Dilma Rousseff.

Guilherme Campos foi líder do PSD na Câmara de 2011 a 2014 e responsável por dar corpo ao partido, em Brasília e no interior paulista. Foi ele quem recrutou o pré-candidato a prefeitura de Campinas Artur Orsi, que era do PSDB.

No entanto, ele não conseguiu se reeleger no último pleito e ficou como suplente, com 69 mil votos. Foi deputado federal por dois mandatos (de 2007 a 2010 e de 2011 a 2014), além de vice-prefeito de Campinas entre 2005 e 2007, no governo do ex-prefeito cassado, Hélio de Oliveira Santos (PDT).

Na Câmara, integrou a Frente Parlamentar do Comércio Varejista e presidiu a Frente Parlamentar das Micro e Pequenas Empresas. Antes de ir para o PSD, Campos era filiado ao DEM.

Estatais e fundos

Na segunda-feira passada (6), o presidente em exercício, Michel Temer, havia anunciado a paralisação de todas as indicações para diretoria e presidência de estatais e fundos de pensão até que fossem aprovados dois projetos, em análise na Câmara dos Deputados: o que altera as regras para essas nomeações e o que estabelece regras de transparência e gerenciamento de empresas estatais.

Esses projetos já foram aprovados pelo Senado. O primeiro visa dificultar o aparelhamento dos fundos por partidos políticos. Uma das mudanças prevista por ele é que, para participar de conselhos, o indicado não poderá ter exercido atividade político-partidária nos dois anos anteriores à nomeação.

Já o segundo visa dar maior transparência às contas das estatais e impede que ministros, secretários estaduais, distritais e municipais ocupem cadeiras nos conselhos de administração dessas empresas.

"Mandamos paralisar toda e qualquer nomeação para diretoria e presidência de empresa estatal ou fundo de pensão enquanto não for aprovado projeto que está na Câmara dos Deputados que dispõe, de maneira muito objetiva, que só serão indicados ou nomeados pessoal com alta qualificação técnica", declarou Temer em pronunciamento no Palácio do Planalto, em Brasília.


Relator do projeto da Lei de Responsabilidade das Estatais, o deputado Arthur Maia (PPS-BA) está disposto a modificar o texto com a flexbilização das regras para a indicação de políticos e sindicalistas a cargos em empresas públicas. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário