Ministro diz que
segunda rodada de repatriação pode
superar R$ 10 bi
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8/3/17
BRASÍLIA - O ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, afirmou hoje durante evento em Brasília que o governo trabalha para que a segunda rodada de repatriação de recursos do exterior seja aprovada ainda nesta semana no Congresso.
Questionado sobre a estimativa de arrecadar mais R$ 10 bilhões com a medida, ele disse ser difícil prever, mas está otimista. “Sou mais otimista que isso. Acredito que podemos ter arrecadação muito superior a esses R$ 10 bilhões”, disse, para depois ponderar: “Mas estamos refinando as informações e isso deve estar presente no nosso relatório”, disse, referindo-se ao relatório bimestral de avaliação de receitas e despesas que tem que ser divulgado até o dia 22.
Também participam do evento o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, e o presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ).
Crise
Ainda durante o evento, Dyogo afirmou que, em termos de atividade econômica, o pior passou. “Quando se compara análises do início de 2016 com as de hoje, é praticamente um mundo diferente. Não era raro haver análises em janeiro de 2016 falando de hiperinflação, descontrole da dívida pública, etc. Isso hoje está fora da agenda. O pior já passou em termos de atividade econômica e, com a aprovação da reforma da Previdência, vamos ter um divisor de águas”, disse.
Segundo o ministro, o país está no inicio do processo de retomada da economia e a agenda do governo vai ampliar as condições para o crescimento.
“Já aprovamos uma série enorme de alterações, de marcos legais, que ampliam as condições para a retomada do crescimento. A começar pelas próprias estatais que estavam muito debilitadas e hoje já estão retomando a trajetória de crescimento e de ajuste”, afirmou, destacando os programas de redução do quadro de funcionários dos Correios, Banco do Brasil, Caixa e Eletrobras. “Isso já resultou em valorização Petrobras e também da Eletrobras”, disse.
Do lado fiscal, o ministro destacou o teto de gastos e a redução da despesa total do governo federal de 20,2% do PIB para 19,5% do PIB. “Estamos avançando na agenda de controle das despesas”.
Dyogo também enumerou a reformulação do crédito rotativo nos cartões, a liberação de contas inativas do FGTS, o fim do monopólio da Petrobras no pré-sal, mudanças nas regras de conteúdo legal para investimento em petróleo, e mecanismos de digitalização para melhorar o controle das despesas como pontos da agenda positiva do governo.
“O governo tem combinado a estabilização macroeconômica com uma ampla agenda de reformas microeconômicas, de marco legal, de melhoria da produtividade no país”, disse.
Outros pontos que estão sendo tratados, segundo o ministro, são uma nova lei de compras públicas, regras para alienação fiduciária e regras de contrato de cancelamento de compras de imóveis e um novo projeto de licenciamento ambiental. “Devemos em breve fazer um lançamento de um sistema de acesso aos serviços públicos por meio digital”, acrescentou.
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