Crise nos correios
não afeta setor de e-commerce
Exame.com
18 abr 2017
18 abr 2017
No último mês os Correios anunciaram o
fechamento de 250 agências, como parte de sua estratégia de redução de gastos,
que deverá ser implementada ao longo do ano. A estatal passa por uma séria
crise financeira, chegando a ter cerca de R$ 2 bilhões de prejuízo em 2016.
Ao fim do último ano, os Correios anunciaram
um plano de demissões voluntárias, visando economizar até R$ 1 bilhão por ano
com folha salarial. Com a redução de pessoal o serviço de entrega de
correspondências não deverá ser mais diário em grande parte do país. Mesmo
assim ainda não estão descartadas as hipóteses de aumento de taxa e, em último
caso, privatização.
No final de 2016 os Correios haviam anunciado
que o serviço de e-Sedex seria extinto. Esse modelo de entrega, exclusivo para
o setor de e-commerce, tem um valor abaixo do Sedex convencional, fazendo com
que o valor de frete seja menor que os oferecidos pelas transportadoras
particulares. Porém, graças a um mandado de segurança, o serviço permanece
ativo.
A manutenção do e-Sedex foi um grande alívio
para o setor, principalmente as lojas pequenas que não possuem uma grande
demanda para negociar preços melhores com empresas de logística. Assim é
possível realizar a entrega rápida de seu produto, mantendo o valor de frete
competitivo com as grandes varejistas”, explica Ricardo Frotté, analista de
logística do site Office Total Shop , e-commerce do setor de artigos para
impressão.
O
serviço de entrega rápida (Sedex) é hoje o principal produto dos Correios e,
até o momento, não sofrerá qualquer mudança quanto às condições e prazos de
entrega. Mesmo possuindo a marca referência em entrega de encomendas, a
participação dos Correios no setor está abaixo de 40% atualmente. Além da já
citada crise na estatal, o aumento da concorrência vindo do setor privado está
entre as principais causas da queda.
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