Ministro nega
privatização dos Correios, mas diz que governo não
transferirá recursos
Câmara Notícias
26/04/2017
26/04/2017
O ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações
e Comunicações, Gilberto Kassab, afirmou nesta quarta-feira (26), na Câmara dos
Deputados, que o governo é contra a privatização dos Correios e trabalha
para fortalecer a empresa.
Mas, segundo ele, não serão transferidos
recursos do Tesouro Nacional para os Correios, que devem resolver os problemas
financeiros a partir da gestão.
Kassab participou, juntamente com os
secretários do ministério e presidentes de órgãos do setor, de audiência
pública na Comissão de Ciência e Tecnologia Comunicação e Informática sobre as
prioridades do órgão para 2017.
O deputado Adelmo Carneiro Leão (PT-MG)
avaliou que o não investimento de recursos do governo nos Correios, neste
momento de situação financeira difícil, coloca a empresa em risco.
O presidente dos Correios, Guilherme Campos,
confirmou que, por conta da crise financeira, as férias dos trabalhadores da
empresa serão suspensas por um ano e disse que os funcionários planejam entrar
em greve ainda nesta semana, mas a direção da empresa ainda tenta uma
negociação.
Conforme Campos, os Correios tiveram prejuízo
de R$ 2,1 bilhões em 2015 e de ordem semelhante em 2016. Ele observou que a
maior parte dos gastos da empresa refere-se a custos com pessoal (salário e
benefícios), sendo o plano de saúde o maior ônus para o órgão.
Banda larga
O ministro Gilberto Kassab confirmou que o governo vai editar nos próximos dias uma medida provisória com regras para fazer a intervenção na empresa de telefonia e banda larga Oi, que está em recuperação judicial. Além disso, anunciou para 4 de maio o lançamento do primeiro satélite geoestacionário brasileiro, o que permitirá o aumento da cobertura de banda larga no território nacional.
O ministro Gilberto Kassab confirmou que o governo vai editar nos próximos dias uma medida provisória com regras para fazer a intervenção na empresa de telefonia e banda larga Oi, que está em recuperação judicial. Além disso, anunciou para 4 de maio o lançamento do primeiro satélite geoestacionário brasileiro, o que permitirá o aumento da cobertura de banda larga no território nacional.
Segundo o secretário de Telecomunicações do
ministério, André Muller Borges, com o satélite, “em poucos meses, não haverá uma
região do País que não possa ser atendida com banda larga, e em algumas
localidades até com competição”.
Muller defendeu a revisão das políticas
públicas do setor, para colocar a banda larga no centro das políticas
setoriais, no lugar da universalização da telefonia fixa. Uma das iniciativas
neste sentido, segundo ele, é o PLC 79 (PL 3453/15, na Câmara), que reformula o
modelo de telecomunicações. Entre outros pontos, a proposta transforma as
concessões de telefonia fixa em autorização (licença mais flexível) e admite
renovação perpétua de licenças.
A rápida tramitação e aprovação em poucos
dias da proposta pelo Senado é alvo de polêmica e de ação de parlamentares da
oposição no Supremo Tribunal Federal, a qual ainda aguarda julgamento. “A
proposta precisa de uma solução de continuidade”, defendeu o presidente da
Anatel, Juarez Quadros.
TV digital
Kassab também anunciou que deverá publicar portaria adiando, para o segundo semestre, o calendário de desligamento da TV analógica e implantação da TV digital.
Kassab também anunciou que deverá publicar portaria adiando, para o segundo semestre, o calendário de desligamento da TV analógica e implantação da TV digital.
O ministro disse concordar com a decisão
tomada pelo Grupo de Implantação do Processo de Distribuição e Digitalização de
Canais de TV e RTV (Gired), no último dia 19, que propôs o adiamento do
processo para quatro agrupamentos de municípios – Fortaleza (CE), Salvador
(BA), Belo Horizonte (MG) e no interior de São Paulo). Inicialmente o
desligamento do sinal analógico nestas cidades ocorreria até julho.
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