Presidente do Postalis era operador de Rogério Rosso, segundo delações
CORREIO BRAZILIENSE ON-LINE
31/5/17
As delações de executivos da Andrade Gutierrez trouxeram um novo personagem
para o escândalo do Estádio Nacional Mané Garrincha. De acordo com depoimentos,
o suposto operador de propina do deputado Rogério Rosso (PSD) no esquema seria
André Luís Carvalho da Motta e Silva, atual presidente do Postalis, instituto
de previdência complementar vinculado aos Correios. A
informação consta dos relatos de Rodrigo Ferreira Lopes da Silva, diretor da
Andrade Gutierrez.
Indicação do PSD
André chegou ao cargo por indicação do PSD, partido de Rosso. De acordo com a
delação, o atual parlamentar teria cobrado propina de R$ 12 milhões em 2010,
quando era governador do Distrito Federal, por intermédio de André. Segundo
Rodrigo, ele teria participado de uma reunião na casa de Rosso, no Lago Sul,
durante a qual houve a indicação de André como interlocutor. O pagamento de
propina no valor de R$ 500 mil em espécie teria sido entregue em mãos a André
Motta, ainda de acordo com Rodrigo Lopes. O repasse ocorreu depois que Rosso
deixou o cargo.
Pupilo do parlamentar Além da indicação para a presidência do Postalis, André
Motta ocupou vários cargos públicos no Distrito Federal graças à proximidade
com Rogério Rosso. Durante o governo tampão de Rosso, André comandou a área de
PPPs do governo. Graças à influência do padrinho, ele também comandou a
Codeplan, foi secretário-adjunto de Desenvolvimento Tecnológico, e da Agência
de Desenvolvimento Econômico e Comércio Exterior do DF. Em nota enviada pela
assessoria do Postalis, André Motta negou as acusações e informou que “já está
tomando as medidas judiciais cabíveis com relação ao caso”.
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