Kassab diz que governo não discute Privatização dos Correios
Agência Brasil
10/01/2018
10/01/2018
O ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações
e Comunicações (MCTIC), Gilberto Kassab, disse hoje (10) que a privatização dos
Correios não é assunto em debate dentro do governo
federal. “Quanto ao futuro dos Correios, se será privatizado ou não, essa
discussão não existe na presente gestão. Na presente gestão, estamos
recuperando os Correios”, disse após participar do programa Por Dentro do
Governo, da TV NBR, emissora da Empresa Brasil de Comunicação (EBC).
De acordo com relatório do Ministério da
Transparência e Controladoria-Geral da União (CGU), divulgado em dezembro do
ano passado, em apenas cinco anos, de 2011 a 2016, o patrimônio líquido dos
Correios, ou seja, a diferença entre os ativos e o passivo, encolheu 92,63%.
Além da perda patrimonial, os resultados apontam a deterioração da capacidade
dos Correios saldarem dívidas no longo prazo; aumento do endividamento da
empresa e sua maior dependência de capitais de terceiros.O resultado da
avaliação do CGU enfatiza que, com prejuízos crescentes a partir de 2013, a
empresa vem se revelando menos rentável. E que, além do "aumento
exponencial" das despesas diretas, a sustentabilidade da empresa foi
impactada pela "transferência elevada de recursos para a União, o que
ocasionou" redução significativa na capacidade de investimentos na empresa
no curto prazo".
Segundo Kassab, a atual gestão encontrou os
Correios com uma administração desorganizada e com déficit de R$ 2 bilhões,
sendo R$ 1 bilhão empenhado para o plano de desligamento voluntário do quadro
de funcionários da empresa. “Impomos uma rigorosa recuperação e sua
administração financeira foi melhorada. A operação negativa está em R$ 1
bilhão, mas estamos em ajustes, como a venda de imóveis e o ajuste do plano de
saúde, o que nos permitirá chegar ao equilíbrio do Correios”, disse.
O ministro explicou que a função dos Correios
deve ser reestudada e que, naturalmente, algumas funções vão desaparecer, “seja
com privatização, parceria ou extinção”. “É natural que, com o passar do tempo,
foram mudando o seu objetivo. Há alguns séculos, eles entregavam cartas, hoje
ainda entregam muitas cartas, ainda é a principal fonte de receita dos
Correios, mas cada vez mais temos outras atividades importantes, como por
exemplo, a logística”, disse.
Com as pessoas cada vez mais realizando
compras pela internet, os Correios precisarão investir mais em planejamento e
logística. “E essa migração do seu perfil está sendo acompanhada com muita
atenção pela atuar gestão, o que permitirá aumentar a receita. E,
simultaneamente, trabalhando com redução de custos para que seja uma empresa
equilibrada e sadia”, disse Kassab.
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