Presidente eleito precisará seguir com cortes nos Correios e na Infraero, diz governo
Estadão
1 OUT
1 OUT
O presidente eleito deve dar continuidade às
medidas de corte de pessoal e reestruturação dos Correios e
da Infraero para evitar que as duas estatais se tornem dependentes de recursos
do Tesouro Nacional em momento de forte restrição fiscal. O risco à
sustentabilidade econômico-financeira dessas empresas é um dos pontos de alerta
feitos pelo Ministério do Planejamento em documento preparado para a transição
de governo.
No caso dos Correios, a atual equipe propõe
que seja mantida a redução do quadro de funcionários por meio de incentivos à
demissão voluntária. Os recentes PDVs lançados pela estatal tiveram baixa
adesão. O governo também destaca a necessidade de acelerar o estabelecimento de
parcerias estratégicas com atores do setor privado em algumas áreas de negócio,
como de logística e encomendas.
Já no caso do Infraero, o documento ressalta que o excesso de funcionários e o comprometimento da geração de receitas após a privatização dos aeroportos mais rentáveis acabou ameaçando a sustentabilidade econômico-financeira da empresa. Por isso, a atual equipe sugere a continuação dos PDVs, a venda da participação acionária da Infraero em aeroportos para o setor privado e a separação da atividade de navegação aérea (que inclui serviços de gerenciamento de tráfego aéreo, telecomunicações e meteorologia), que ficaria sob responsabilidade de uma nova empresa não dependente.
Já no caso do Infraero, o documento ressalta que o excesso de funcionários e o comprometimento da geração de receitas após a privatização dos aeroportos mais rentáveis acabou ameaçando a sustentabilidade econômico-financeira da empresa. Por isso, a atual equipe sugere a continuação dos PDVs, a venda da participação acionária da Infraero em aeroportos para o setor privado e a separação da atividade de navegação aérea (que inclui serviços de gerenciamento de tráfego aéreo, telecomunicações e meteorologia), que ficaria sob responsabilidade de uma nova empresa não dependente.
A nova equipe econômica também precisa adotar
medidas para conter a expansão do custo das estatais que dependem dos recursos
do Tesouro Nacional. O aumento dessas subvenções compete com outros gastos para
bancar políticas públicas e compromete o cumprimento do teto de gastos
públicos.
O governo tem hoje 138 empresas estatais,
sendo 47 de controle direto e 91 subsidiárias. Das empresas controladas
diretamente pela União, 18 dependem dos recursos do Tesouro. As subvenções para
as estatais dependentes saiu de R$ 4,7 bilhões em 2009 para R$ 14,6 bilhões no
ano passado.
"O crescimento da subvenção impacta o
orçamento dos ministérios aos quais estão vinculadas, podendo reduzir a
capacidade financeira para a execução de outras iniciativas de políticas
públicas prioritárias desses órgãos, como Saúde, Educação e Segurança",
diz o documento preparado para a transição de governo.
Para ajudar nessa tarefa, a atual equipe
recomenda ao novo governo trabalhar pela aprovação do projeto de lei que cria o
Programa de Recuperação e Melhoria das Estatais (PRME), uma espécie de
recuperação judicial das empresas do governo.
Entre as estatais dependentes, a Empresa
Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) é a que mais demandará atenção do
novo governo. Vinculada ao Ministério da Educação, ela é responsável pela
gestão dos hospitais universitários. Do aumento de R$ 9,9 bilhões no custo
anual das empresas dependentes entre 2009 e 2017, parte substancial (R$ 3,6
bilhões) se deve à criação da Ebserh a partir de 2011.
O atual governo sugere a elaboração de um
estudo junto ao MEC para avaliar os resultados econômico-financeiros, de
produtividade e de qualidade no atendimento decorrentes da incorporação dos
hospitais universitários pela Ebersh. O objetivo é comparar o quadro à situação
anterior, quando a administração era atribuição das universidades federais.
A equipe também propôs a avaliação do impacto
orçamentário decorrente da incorporação dos hospitais universitários pela
Ebserh e das limitações impostas pelo teto de gastos. Todas as medidas devem
ser adotadas nos primeiros 100 dias de governo.
Qual o problema deste governo, além de não saber governar, quer dar palpites no novo governo?
ResponderExcluirAgora será a inteligência a serviço do povo.