Funcionários e políticos debatem o futuro dos Correios no RS
Encontro discutiu possibilidade de privatização dos Correios nesta
segunda-feira
Foto: Fabiano do Amaral
09/09/2019
Eduardo do Amaral
Eduardo do Amaral
Às vésperas de os funcionários
dos Empresa Pública de Correios e Telégrafos (ECT) decidirem se entram em
greve, representantes de diversas entidades ligadas à estatal estiveram
reunidos na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul. Durante o encontro,
que teve a presença de deputados estaduais e federais de partidos de esquerda,
foi debatido o futuro da empresa.
No centro do debate estava a
possibilidade de privatização dos Correios, já que a estatal é uma das que está
na mira do Governo Federal para ser vendida. De maneira uníssona, os
participantes defenderam a manutenção da ECT como estatal, apresentando números
e afirmando que o serviço prestado é eficiente.
Uma das participantes que
utilizou o microfone para apresentar dados relacionados aos Correios foi a
presidente da Associação dos Profissionais dos Correios (ADCAP),
Maria Inês Capelli. Entre os argumentos apresentados por ela
para manter o caráter estatal da empresa, Maria Inês afirmou que os Correios
não dependem financeiramente do Governo Federal. Segundo ela, o Tesouro
Nacional não injeta dinheiro na ECT, mas pelo contrário, recorre aos cofres
dela para poder sanar algumas contas. Na avaliação da presidente da ADCAP, os
déficits registrados nos últimos são “consequência de ações temerárias do
governo”, o que na avaliação dela gerou a falta de recursos. Maria Inês afirmou
que 99,4% das encomendas de responsabilidade dos Correios são entregues no
prazo, e de acordo com ela a estatal foi “boi de piranha” quando o assunto foi
corrupção, especialmente no caso do Mensalão.
Entre os políticos que estiveram
presentes na mesa do evento estavam os deputados estaduais Valdeci Oliveira
(PT) e Luciana Genro (PSOL), além dos federais Maria do Rosário (PT) e Fernanda
Melchionna (PSOL). Maria do Rosário foi uma das primeiras a usar a palavra e
garantir que defenderá a permanência da ECT como pública. “Não permitiremos que
o patrimônio público seja destruído”, afirmou a parlamentar que ainda afirmou
que apenas com a pressão vinda das ruas a privatização poderá ser impedida.
Parabéns pela sensatez da sua bordagem Maria Inês um abraço
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