TST aprova aumento de 3% para trabalhadores dos Correios
Telesintese
3 de outubro de 2019
3 de outubro de 2019
O Tribunal Superior do Trabalho (TST) decidiu nesta quarta-feira, 2, que os Correios devem dar um reajuste salarial de 3% para os trabalhadores, podendo descontar em três parcelas mensais os sete dias de trabalhadores que aderiram à greve no mês passado. Durante o julgamento do dissídio da categoria, o TST decidiu também pela exclusão de pais e mães dos funcionários do plano de saúde da empresa.
Em nota, a estatal afirmou que vai cumprir integralmente a
decisão. Disse que o aumento deve ter impacto no balanço financeiro, uma
vez que os custos com funcionários são 62% dos gastos da estatal, que prevê
prejuízo de R$ 1 bilhão em 2019. Desde agosto, a ECT está inserida na lista de
estatais a serem privatizadas, mas o governo precisa do aval do Congresso
Nacional.
A decisão foi considerada como uma vitória dos empregados, pois a
proposta da empresa era de aumento inferior a 1%. Agora, eles querem aumentar a
mobilização para manter a empresa como estatal. “Superada
essa questão das negociações trabalhistas, o foco agora é tratar da questão da
intenção de privatização dos Correios”, afirma Marcos César Alves Silva,
vice-presidente da Associação dos Profissionais dos Correios (ADCAP).
A permanência de pais e mães no plano de saúde era a principal
divergência entre empresa e trabalhadores. O relator do processo, ministro
Maurício Godinho Delgado propôs a manutenção de pais e mães no plano, mas seu
voto foi derrotado. Segundo os Correios, a manutenção no plano de saúde da
empresa custaria cerca de R$ 500 milhões por ano.
O TST também decidiu que as outras cláusulas econômicas e sociais
do atual acordo de trabalho da categoria devem ser mantidas pela empresa por
dois anos.
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