Adcap Net 21/01/2020 - Da série "as mentiras do Secretário" – Cartas - Veja mais!
Da
série "as mentiras do Secretário" – Cartas
Salim Mattar, em sua cruzada para tentar justificar a intenção de privatização dos Correios, tem repetido sistematicamente que ninguém mais escreve cartas.
O secretário sabe que
isso não é verdade, afinal quem entrega as faturas e os cartões de crédito de
sua locadora? Os Correios, claro.
Além disso, os dados
de tráfego dos Correios são públicos – quase 6 bilhões de cartas entregues em
2018. Mais de 20 milhões de cartas distribuídas por dia não é pouco e o
Ministério da Economia sabe bem disso.
Mattar e outras
autoridades do governo têm recorrido a artifícios matreiros para tentar
convencer a audiência das mentiras que pregam. No caso das cartas, mencionam
que ninguém mais escreve cartas, ignorando propositalmente o fato de que há
décadas as cartas no planeta são quase todas comerciais.
A atitude do
Secretário não é só eticamente condenável; é também criminosa, pois deprecia um
ativo que é de todos os brasileiros e que o governo diz ter intenção de vender.
Ao mentir sistematicamente para depreciar a empresa, Mattar favorece os
eventuais interessados privados numa hipotética compra dos Correios.
TCU, CGU e Comissão
de Ética Pública deveriam fazer seu papel e cobrar lisura de autoridades
públicas, que não podem sair por aí proferindo deslavadas mentiras para
sustentar suas teses, sejam eles quem forem.
Congresso é muito sensato e responsável para privatizar Correios, diz secretário
IstoÉ Dinheiro
21/01/20
21/01/20
O secretário especial de Desestatização,
Desinvestimento e Mercados do Ministério da Economia, Salim Mattar, acredita
que o “o Congresso brasileiro é muito sensato e responsável” para conseguir
concretizar a privatização dos Correios. “Não faz sentido mais
ter uma empresa para entregar cartas se ninguém mais escreve cartas”, afirmou o
secretário em entrevista à Record TV.
Na entrevista, na segunda-feira, 20, Mattar
elencou, entre as razões pela privatização dos Correios, o aumento no número de
funcionários, a perda de eficiência e o déficit com o plano de saúde dos
funcionários de R$ 3,9 bilhões e no fundo de pensão Postalis de R$ 11 bilhões.
“Vai chegar uma hora em que não terá mais condições de continuar funcionando”.
Ainda segundo o secretário, sobre os
critérios de desestatização, “a coisa mais estratégica em um país é educação,
saúde, segurança e saneamento. Isso é que é estratégico” e citou como exemplos
em que o interesse estatal é discutível casos como o da Embraer e do Banco do
Brasil. “Estratégico em um país é a qualidade de vida do cidadão.”
Entre as metas da secretaria para 2020, o
secretário disse também que espera vender cerca de 300 ativos, entre
controladas, subsidiárias, coligadas e participações do governo, e arrecadar em
torno de R$ 150 bilhões.
Investimentos em energia
Na manhã desta terça-feira, 21, em entrevista
à Rádio Gaúcha, Mattar defendeu que o governo deve privatizar suas empresas
geradoras e transmissoras de energia. Segundo Mattar, há US$ 1,5 trilhão para
investimentos disponíveis no mundo, sobretudo em infraestrutura, que abarca os
setores de energia, onde seriam destinados boa parte desses recursos. “Se
existe US$ 1,5 que pode construir geradoras e distribuidoras de energia, não há
motivo para o Estado manter esse tipo de negócio”, disse.
Concessões no PPI
Perguntado sobre o andamento das concessões
de estatais que estão no Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) e no
Programa Nacional de Desestatização (PND), Mattar afirmou que o governo
pretende vender as subsidiárias ligadas ao Banco do Brasil, Caixa e Petrobrás.
Segundo Mattar, as concessões das
subsidiárias não precisam de aval do Congresso e, portanto, devem caminhar mais
rapidamente.
Já as companhias que precisam passar pelo
Congresso, como a Casa da Moeda e os Correios, “podem atrasar”. A previsão do
secretário é de que a Casa da Moeda seja concedida à iniciativa privada neste
ano, mas ponderou que a concessão dos Correios deve ocorrer apenas em 2021, por
se tratar de “uma empresa maior”, de acordo com o secretário.
Secretário defende venda dos Correios: ‘ninguém escreve cartas’
R7
21/01/2020
21/01/2020
Responsável pela área de desestatização do
governo federal, Salim Mattar diz que os Correios acumulam dívidas e se
tornaram insustentáveis
Salim Mattar, secretário de Desestatização,
pasta vinculada ao Ministério da Economia, defende a privatização dos Correios.
Para ele, não faz sentido manter uma empresa
pública “para entregar cartas, se ninguém escreve mais cartas".
Segundo ele, só com plano de saúde e o fundo
de pensão dos funcionários, o rombo chega a perto de R$ 15 bilhões.
“Os Correios se tornaram uma empresa muito
grande, perderam eficiência e estão comendo caixa disponível. Então vai chegar
uma hora que não vai ter mais condições de continuar funcionando”, disse
Mattar.
Assista à entrevista exclusiva na íntegra: Aqui
CTT: A volta do correio que tarda e falha
Expresso
19.01.2020
19.01.2020
Atrasos de meses na entrega de cartas,
moradas trocadas e encomendas perdidas fizeram dos CTT a marca com mais
reclamações em 2019. Falta de funcionários obriga a deixar para trás o correio
normal, como as contas da luz ou água, para distribuir o que é mais urgente.
Mas nem esse chega sempre a tempo. Empresa admite falhas e dificuldade em
contratar carteiros.
Uma carta enviada por correio azul em
Alenquer demorou cinco meses a chegar a Ourique, outra levou um mês de Sintra a
Lisboa. Os avisos de corte da água ou luz estão a ser recebidos antes da
própria conta, as marcações de consultas aparecem depois da data de ida ao
médico, os vales para pagamento de pensões entram nas caixas do correio com
vários dias de atraso, os cupões dos supermercados chegam quando os descontos
já acabaram e há quem espere semanas por cartões bancários, documentos do carro
ou vales cirúrgicos que os remetentes garantem ter enviado. Ainda que muitos
destes problemas não sejam sequer reportados, as queixas registadas contra os
CTT dispararam. Só nos primeiros seis meses do ano passado chegaram cerca de 10
mil reclamações à Anacom e à Deco. O Portal da Queixa registou outras seis mil
durante todo o ano, numa média de 17 por dia, um número recorde que levou os
CTT a ser a marca com mais queixas em 2019, ultrapassando, pela primeira vez,
as telecomunicações.
Mais de metade dos utilizadores dos correios
em Lisboa, Porto, Braga e Coimbra admite ter tido pelo menos um problema com os
serviços e quase um quinto queixa-se de uma carta que nunca chegou ou que foi
parar a uma morada errada, embora o endereço estivesse certo, concluiu um
estudo da Deco Proteste realizado naquelas regiões.
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"Atrasos de
meses na entrega de cartas, moradas trocadas e encomendas perdidas fizeram dos
CTT a marca com mais reclamações em 2019. Falta de funcionários obriga a deixar
para trás o correio normal, como as contas da luz ou água, para distribuir o
que é mais urgente. Mas nem esse chega sempre a tempo. Empresa admite falhas e
dificuldade em contratar carteiros."
É isso que o governo
federal quer para o Brasil?
O correio português
foi o último a ser totalmente privatizado. Um dos 8 correios totalmente
privados no mundo. (ADCAP)
Direção Nacional da
ADCAP.
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