quinta-feira, 16 de abril de 2020

Adcap Net 16/04/2020 - Serviços digitais e essencialidade durante a pandemia - Veja mais!


Correios passam a oferecer serviços digitais em meio à pandemia

A partir do dia 20, será possível acessar a versão digital de contas e faturas no app, e pequenas e médias empresas poderão postar cartas sem ir à agência

Veja
15/04/2020


Para desafogar as filas nas agências e trazer mais comodidade aos consumidores em meio à pandemia do coronavírus, os Correios vão lançar três serviços digitais que podem ser solicitados pelo site ou pelo aplicativo. Será possível pequenas e médias empresas postarem cartas sem a necessidade de ir a uma agência, e os consumidores poderão acessar a versão digital de suas contas, boletos e faturas. Haverá também informações sobre o recebimento de objetos em tempo real. Os serviços, que estarão disponíveis a partir do próximo dia 20, já estavam em desenvolvimento, mas o processo de lançamento foi acelerado para suprir a necessidade das pessoas e das empresas em meio à pandemia da Covid-19.

“Em tempos difíceis como o que vivemos agora, a oferta de soluções digitais é ainda mais importante para a sociedade. Como agente de integração nacional, é dever dos Correios servir à população com agilidade e segurança, facilitando tarefas e trazendo maior conveniência ao cidadão”, afirma o presidente dos Correios, Floriano Peixoto. Os novos serviços estarão disponíveis no site e no aplicativo dos Correios, primeiramente, para celulares Android e, em breve, para iOS.

Segundo Peixoto, os serviços da companhia estão sendo prestados normalmente nessa época de isolamento devido ao coronavírus. Há alta demanda nos Correios porque diversos comerciantes recorrem ao e-commerce como forma de continuar suas atividades. “As operações e a rede de atendimento estão atuando em conformidade com as recomendações do Ministério da Saúde, obedecendo medidas preventivas para garantir a segurança de empregados e clientes.” A empresa ainda não tem disponível um balanço sobre a demanda desde a instalação da Covid-19 no país.
Confira como vai funcionar cada um dos novos serviços:

Entrega Digital: empresas, bancos, instituições públicas e privadas que precisam enviar boletos, contas, extratos, faturas, notificações (e que já façam isso fisicamente pelos Correios), poderão também disponibilizar aos clientes esses comunicados no formato digital, de forma gratuita. Por meio da nova funcionalidade “Minhas Mensagens”, no aplicativo dos Correios, o usuário poderá acessar o espelho digital do que recebe fisicamente na caixa de correio de sua residência.

e-Carta Fácil: já disponível para grandes empresas, agora as pequenas e médias também poderão realizar a postagem de cartas comerciais sem a necessidade de ir a uma agência, podendo fazer a captação dos dados da mensagem por meio do site dos Correios. Pelo mesmo custo de uma e-Carta, a postagem é realizada pela internet e impressa nos centros de digitalização e impressão dos Correios. Além de reduzir o prazo de distribuição, o serviço traz a vantagem de poder ser postado 24 horas por dia.

Aviso de Recebimento Eletrônico: é possível consultar na página de rastreamento no site dos Correios a foto da etiqueta que confirma o recebimento do objeto, imediatamente após a entrega. O serviço elimina a necessidade da lista física, uma vez que os dados passam a ser gravados em uma plataforma digital certificada. Consequentemente, a solução também reduz custos operacionais, gastos com armazenamento e recuperação de dados. O documento poderá ser utilizado para comprovações jurídicas, necessidades legais, entre outros.

Correios lançam serviço para emissão de boletos digitais

Extra
15/04/2020

Os Correios anunciaram, nesta quarta-feira (dia 15), o lançamento de um serviço de entrega digital para emissão de faturas e boletos de pagamento. Segundo a estatal, empresas, bancos, instituições públicas e privadas que precisam enviar boletos, contas, extratos, faturas e notificações — e que já fazem isso fisicamente via Correios — poderão, a partir de agora, também oferecer a seus clientes esses comunicados no formato digital. O serviço é gratuito.

Por meio da nova funcionalidade “Minhas Mensagens”, no aplicativo dos Correios, o usuário poderá acessar o espelho digital do que recebe fisicamente na caixa de correio da sua casa.

Além disso, a empresa implementou o Aviso de Recebimento (AR) Eletrônico. Com ele, é possível consultar, na página de rastreamento de entrega de encomendas no site dos Correios, a foto da etiqueta que confirma o recebimento do objeto, imediatamente após a entrega.

O serviço elimina a necessidade da lista física, uma vez que os dados passam a ser gravados em uma plataforma digital certificada.

A estatal também começou a operar a chamada e-Carta Fácil para o envio de cartas comerciais para pequenas e médias empresas de todo o país. Pelo mesmo custo de uma e-Carta, a postagem é realizada pela internet e impressa nos centros de digitalização e impressão dos Correios. Além de reduzir o prazo de distribuição, o serviço poderá ser mais rápido por ser postado 24 horas por dia.

Os novos serviços estarão disponíveis no site e no aplicativo dos Correios, para celulares Android e, em breve, para iOS.

Ryan Reynolds envia mensagem de gratidão ao funcionário dos correios

O Vício
15/04/2020


A pandemia de coronavírus em curso teve um impacto significativo em todas as facetas da vida americana, resultando em um grande impacto econômico, praticamente sem indústria intocada. No entanto, em meio à situação sempre em desenvolvimento, o Serviço Postal dos Estados Unidos continua fornecendo não apenas os itens comuns que a maioria das pessoas espera receber pelo correio, mas também pacotes e outros itens, ajudando a manter um aspecto importante da execução.

No Twitter, na terça-feira, Ryan Reynolds twittou uma mensagem de gratidão ao funcionário dos correios, um simples reconhecimento de seus esforços.

É um gesto gentil, agradecendo aos funcionários dos correios por seu trabalho essencial durante esses tempos difíceis, mas é uma importante mensagem de apoio por outro motivo. O USPS está atualmente em crise financeira devido à pandemia de coronavírus. Desde o início da pandemia, o Serviço Postal sofreu grandes perdas financeiras, uma vez que o volume de correio sofreu uma queda significativa.

Correios. Carla não pode distribuir abraços agora. Só cartas e encomendas

Sapo
16/04/2020


A pandemia levou a uma adaptação na distribuição da correspondência e das encomendas. O i acompanhou esta quarta-feira Carla, a carteira da Bica – neste bairro típico, algumas chaves continuam a cair das janelas e outras estão nos bolsos da carteira. Apesar de o número de pessoas nas ruas ter diminuído, há ainda muitos idosos, conta esta funcionária dos CTT.

Numa das travessas do Bairro da Bica, em Lisboa, cai uma chave. Segurando com uma mão o saco que carrega ao ombro, Carla Figueiredo apanha a chave da calçada, ainda húmida das gotas de chuva que caíram minutos antes. De luvas azuis, a carteira abre a porta, deixa a correspondência e segue com as entregas. “É tudo confiança”, explica, enquanto procura no molho de chaves que traz consigo aquela que vai abrir a porta à sua frente. Carla Figueiredo, que entrega cartas e encomendas naquela zona há “sete ou oito anos”, explica que ter chaves que não são as de sua casa é algo habitual, já que, por norma, as pessoas não estão em casa para receber as encomendas à hora a que ela passa por ali.

Apesar de o seu dia de trabalho começar às 8h00 no centro de distribuição dos CTT, onde organiza o material, Carla Figueiredo começa a distribuir a correspondência na zona da Bica duas horas mais tarde. Agora, devido à pandemia causada pela covid-19, distribui também no Chiado, uma das zonas vizinhas. “Mas é muito diferente. Este é o meu berço”, afirma, enquanto vai cumprimentado as pessoas por quem vai passando nas travessas que se cruzam com a Rua do Poço dos Negros.

A meio da manhã, a rua não está vazia. “Ao início, as pessoas fugiam um bocadinho de mim”, conta, explicando que, apesar de não se verem tantas pessoas na rua como há dois meses – quando os primeiros casos de covid-19 estavam longe de ser detetados em Portugal –, ainda se veem muitas. “Vejo um bocadinho menos. Aquelas pessoas que têm problemas de saúde resguardam-se, mas há outras que não têm cuidado nenhum”, afirma, dando o exemplo dos mais velhos, “que andam sempre na rua”.

“Hoje não há nada para si”, diz Carla Figueiredo a um homem que apareceu à janela quando a carteira passava. “Aqui estou em casa”, desabafa, explicando que inicia sempre o seu trajeto com a distribuição de encomendas – que, durante a pandemia, têm vindo em maior número. Segundo fonte oficial dos CTT, tem sido registado durante este período excecional “um forte crescimento nos produtos essenciais”, de que são exemplo os produtos de higiene, saúde e alimentação, mas também “consumíveis, material informático e livros”.

Trabalhar para REaprender Apesar de agora ter mais encomendas para entregar, Carla Figueiredo continua a cumprir o horário que fazia antes da pandemia, mas confessa que o novo método de trabalho não é fácil e que, no início, lhe fez confusão o uso do material de proteção individual. Embora as luvas azuis lhe deem mais segurança quando apanha as chaves que lhe confiam pela janela, este material também “atrapalha”. “Temos de reaprender a trabalhar com elas”, confessa, explicando que ao longo do dia vai trocando as luvas pelas que tem guardadas na mala que traz ao ombro e nos bolsos da farda cinzenta. 

Por trás da viseira, onde está inscrito o seu nome, Carla Figueiredo não tem nada a esconder. “Eu sou sincera”, diz, antes de confessar que nunca usou máscara. Apesar de o álcool-gel ter sido usado sempre desde o início da pandemia, só começou a proteger o rosto quando chegaram as viseiras, há cerca de três semanas. A solução é melhor para Carla Figueiredo. “A única coisa chata é quando está a chover. Temos de andar com um paninho a limpar”, brinca.

Apesar de o uso de luvas e da viseira estar destinado ao horário de trabalho, não é apenas quando abre portas na Bica que Carla Figueiredo tem cuidado. As precauções mantêm-se ao rodar a chave da sua fechadura e ao entrar em sua casa, onde os filhos, de dez e 16 anos, passam os dias. “Não estamos afastados, mas é diferente. Tenho mais cuidado e, quando chego a casa, desinfeto as mãos”, diz, explicando que não há “tantos abraços”.

As demonstrações de afeto, que hoje têm de ser cuidadosamente pensadas, não mudaram apenas nesta casa. Nas travessas da Bica há quem mantenha o afeto entre quatro paredes e não abra sequer a porta para receber as encomendas feitas. 

“Meta na porta”, foi uma das frases que esta carteira já chegou a ouvir. Mas há também quem não abandone os hábitos antigos e, à sua passagem, deixe as portas escancaradas. “As pessoas mais idosas é exatamente o contrário. Querem-nos à porta. Querem conversar”, conta, explicando que esta é uma questão intemporal. “Só aos fins de semana é que veem os familiares, e então, no dia-a-dia, apanham o carteiro para desabafar”, diz, confessando que “é essa parte” que adora no seu trabalho.

Na última semana, por exemplo, uma mulher esperava-a “ao fundo das suas escadas” e pediu-lhe um abraço. “Agora não pode ser”, foi o que lhe respondeu Carla. Há dois meses, o encontro teria sido diferente e o abraço não teria ficado por distribuir.


 
Direção Nacional da ADCAP.

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