Adcap Net 01/06/2020 - Medicamentos em casa via Correios, carga da China, qualidade no RJ e efeitos da pandemia nos fundos de pensão - Veja mais!
Pacientes de doenças crônicas
receberão medicamentos em casa
Toda Bahia
30/05/2020
30/05/2020
A partir desta sexta-feira (29), cerca de 5
mil pacientes com doenças crônicas residentes na Região Metropolitana de
Salvador (RMS) passarão a receber em casa, por meio dos Correios,
os medicamentos de uso contínuo que fazem parte do Componente Especializado da
Assistência Farmacêutica (CEAF). A iniciativa da Secretaria da Saúde do Estado
da Bahia (Sesab) foi publicada no Diário Oficial desta sexta-feira (29).
De acordo com o secretário da Saúde do Estado
da Bahia, Fábio Vilas-Boas, “a iniciativa contempla pacientes cadastrados no
Sistema Único de Saúde (SUS) portadores de transplantes, insuficiência renal
crônica, asma, doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), hipertensão pulmonar
e lúpus”, afirma o secretário.
Proteção
A diretora da Assistência Farmacêutica
(Dasf), Renata Mundim, explica que “o objetivo da medida é diminuir ao máximo
possível o fluxo de pacientes crônicos nas unidades de saúde de Salvador e
Região Metropolitana e, assim reduzir a vulnerabilidade da exposição ao novo
coronavírus”, destaca a diretora.
Em condições normais, esses medicamentos
seriam retirados pelos pacientes ou seus procuradores legais devidamente
cadastrados, nas farmácias de quatro unidades: Hospital Ana Nery, Hospital das
Clínicas (Hupes), Hospital Especializado Octávio Mangabeira (Heom) e na
Farmácia Integrada de Medicamentos da Atenção Especializada (FIMAE).
Inicialmente, o projeto vai alcançar
pacientes cadastrados nas unidades farmacêuticas do Hospital Ana Nery e da
FIMAE. Os Correios terão um prazo de 48 horas para efetivar a entrega da
medicação, que é monitorada pela Sesab desde a sua expedição. Importante
ressaltar que medicamentos que precisam de refrigeração não vão poder ser
entregues.
Interior
Os pacientes crônicos cadastrados no SUS e
residentes no interior da Bahia, não vão ficar desassistidos. O Estado possui
28 bases em cidades estratégicas, que continuarão fazendo a dispensação de
medicamentos para os municípios.
O superintendente da Assistência
Farmacêutica, Luiz Henrique d’Utra, ressalta que os pacientes receberão
medicamentos suficientes para dois meses. “Em virtude da Pandemia da Covid-19,
foi necessário tomar diversas medidas no sentido de reduzir o risco de contágio
nas nossas farmácias de dispensação. Entre as medidas adotadas, essa ação é
voltada, sobretudo, aos pacientes mais vulneráveis”, enfatiza o
superintendente.
Covid-19: Correios fazem acordo com China para receber encomenda por navio
Devido à restrição de voos, objetos postados
no país asiático com destino ao Brasil estavam represados; brasileiro é grande
cliente do e-commerce chinês
Veja
30/05/2020
30/05/2020
Além de ocasionar uma parada súbita da
economia global, a pandemia do coronavírus suspendeu voos, fechou aeroportos e
fronteiras, em decorrência das medidas para reduzir a disseminação da Covid-19.
A restrição do transporte aéreo tem levado à retenção de encomendas e
correspondências postais com destino ao Brasil em diversos países, diante da
queda do número de voos internacionais e, consequentemente, do limite de volume
para embarque. Diante desse impasse, os correios brasileiro e chinês firmaram
acordo para viabilizar o transporte de encomendas e documentos vindos da China
por meio marítimo. A decisão atende solicitação da União Postal Universal (UPU)
– agência especializada das Nações Unidas que coordena o sistema postal
internacional – para os países flexibilizarem os modais de encaminhamento e
desburocratizar a entrada de cargas postais pelas alfândegas mundiais.
Um volume considerável de objetos postados na
China com destino ao Brasil estava retido no país asiático, sem perspectiva de
envio. “Devido à grande quantidade de carga represada dos sites de e-commerce
chineses, o correio daquele país foi um dos primeiros a optar pelo encaminhamento
marítimo. Com o acordo, queremos garantir a continuidade do serviço postal e,
assim, atender às expectativas dos consumidores brasileiros”, afirma o
presidente dos Correios, Floriano Peixoto. A
chegada dos primeiros carregamentos ao Terminal de Contêineres de Paranaguá
(TCP), no Paraná, está prevista para este sábado, 30. Segundo a companhia, a
escolha do porto paranaense se deve à proximidade do centro internacional da
empresa em Pinhais, na região metropolitana de Curitiba. A unidade é responsável
pelo recebimento e desembaraço de grande parte das encomendas internacionais
que chegam ao Brasil. Outras duas remessas de objetos vindas da China por meio
marítimo estão previstas para chegar no porto de Paranaguá em meados de junho e
em julho.
A China representa um mercado crescente no
segmento do e-commerce internacional e, consequentemente, está atraindo uma boa
parcela dos consumidores brasileiros. O modal marítimo sempre esteve disponível
como uma via de transporte na malha postal internacional, porém nunca foi
utilizado regularmente devido à grande oferta de voos. A continuidade do novo
serviço no pós-pandemia ainda é uma decisão a ser avaliada pelos Correios. De
qualquer maneira, a modalidade se mostra atrativa, dado o volume envolvido e os
custos operacionais e de transporte quando comparados ao modal aéreo. A
principal desvantagem é o tempo que a mercadoria demora para chegar ao destino.
O período do transporte em si, sem levar em consideração o tempo antes e depois
do embarque, da China até o Brasil é de sete dias por via aérea, prazo bem
inferior aos cerca de 45 dias por via marítima.
O fechamento de novas parcerias com outros
países está no radar dos Correios, principalmente devido ao aumento no fluxo
postal no e-commerce. Porém, segundo a empresa, para haver uma mudança de
plataforma de encaminhamento, é necessária uma demanda contínua e considerável
para compensar a operação. E isso, por enquanto, só acontece no gigantesco
mercado chinês.
Correios – Ações de melhorias no Rio de Janeiro
Diário de Petrópolis
01/06/2020
01/06/2020
Tendo em vista o esclarecimento das
manifestações a respeito dos serviços dos Correios no
Rio de Janeiro, convém ressaltar que, no momento, o país enfrenta uma pandemia.
Logo, não há distinção entre serviços afetados ou não: o que se constata é um
quadro de desaceleração geral das atividades. Ademais, o referido Estado figura
entre os mais acometidos pelo Coronavírus, demandando das autoridades medidas
mais austeras para conter a disseminação do vírus.
Em atenção à saúde de seus empregados, uma
das medidas adotadas pelos Correios foi a instituição de trabalho remoto para
aqueles classificados como grupo de risco – conforme parâmetros estabelecidos
pelas autoridades de saúde –, bem como para os que coabitam com pessoas nessas
condições. Naturalmente, houve significativo decréscimo no efetivo da empresa
e, consequentemente, dificuldades para a execução de suas operações.
Ao mesmo tempo, desde a instituição das
medidas de isolamento social, observou-se um expressivo aumento do tráfego de
encomendas. Dessa forma, a já elevada carga diária que transita pelas
instalações dos Correios no Estado passou a demandar ainda mais do reduzido
contingente operacional.
Para solucionar as dificuldades enfrentadas
no Rio de Janeiro, a empresa formulou um novo plano de ações. Dentre as medidas
previstas, destacam-se:
- a contratação de quase 2 mil empregados
terceirizados;
- a realização de mais de 7 mil horas extras;
- a locação de mais de 70 linhas de
transporte de carga;
- tratamento especial de encomendas oriundas
de transações eletrônicas.
De acordo com as previsões da área
operacional, a partir da segunda quinzena de junho será possível observar uma
nítida melhora dos serviços dos Correios no Rio de Janeiro.
Pandemia afeta metas de fundos de pensão
Com rentabilidade negativa, alguns planos
podem exigir aportes extras de participantes
Estadão
01/06/2020
01/06/2020
Os fundos de pensão foram pegos no contrapé
pela pandemia do coronavírus. Com um patrimônio equivalente a 13% do Produto
Interno Bruto (PIB) e pagamentos anuais de R$ 60 bilhões aos participantes,
eles vinham reduzindo de forma significante seus déficits, que, no agregado,
passaram de R$ 76 milhões em 2015 para R$ R$ 26 milhões no ano passado. Com a
queda na Bolsa decorrente da pandemia – o Ibovespa recuou 26% no acumulado do
ano -–, no entanto, o sinal de alerta se acendeu e alguns voltaram a verificar
resultados negativos.
Maior fundo de pensão do País, o Previ, dos
funcionários do Banco do Brasil, teve retorno negativo de 12,4% em um de seus
planos no primeiro trimestre, com déficit de R$ 23,6 bilhões. Em entrevista
recente ao Estadão, o diretor de investimentos do fundo, Marcelo Wagner,
admitiu a possibilidade de fechar o ano sem bater a meta de rentabilidade. “É
possível que isso aconteça com todo o segmento (de fundos de pensão)”, disse.
No Postalis, dos funcionários dos Correios,
um dos dois planos de previdência não conseguiu bater a meta de rentabilidade
nos quatro primeiros meses do ano. Nesse período, o plano deveria ter
apresentado rentabilidade de 1,85%, mas o número ficou em -2,4%.
O diretor de investimentos do fundo,
Alexandre Miguel, destaca, porém, que “não está no radar” ficar aquém da meta
anual. “Março foi traumático para quem está na Bolsa, mas, se houver uma
estabilização nesse cenário de notícias mais animadoras vindas do exterior, com
a economia reabrindo, nossos dois planos devem bater a meta.”
Na Petros, dos empregados da Petrobrás, os
três maiores planos registraram a pior rentabilidade do setor no primeiro
trimestre, entre -13,3% e -15,3%. A meta variava de 1,61% a 1,83%. Em nota, o
fundo afirmou que fez mudanças em seu portfólio nos meses seguintes e que deve
conseguir superar as metas em abril e maio. Destacou ainda que Petros esclarece
que “investimentos de planos de previdência devem ser observados sob a ótica de
longo prazo. Por isso, ainda é cedo para falar sobre a rentabilidade do fim do
ano e o resultado dos planos”.
Se déficit não for revertido, participantes
podem ter de fazer aporte extra
Se não revertidos, os déficits podem fazer com que alguns planos tenham de exigir aportes extras de seus participantes, como ocorreu com frequência nos anos 2010. O presidente da Associação Nacional dos Participantes de Fundos de Pensão e dos Beneficiários de Saúde Suplementar de Autogestão (Anapar), Antonio Bráulio de Carvalho, afirma estar preparando algumas propostas para levar ao governo.
Se não revertidos, os déficits podem fazer com que alguns planos tenham de exigir aportes extras de seus participantes, como ocorreu com frequência nos anos 2010. O presidente da Associação Nacional dos Participantes de Fundos de Pensão e dos Beneficiários de Saúde Suplementar de Autogestão (Anapar), Antonio Bráulio de Carvalho, afirma estar preparando algumas propostas para levar ao governo.
Na modalidade de benefício definido, em que o
valor a ser recebido pelo aposentado é estabelecido em regulamento, a sugestão
é que, se houver a necessidade de um plano para equacionar o déficit, ele seja
aplicado apenas em 2023. Pela lei, os fundos têm de fazer esse ajuste
anualmente para assegurar o valor do benefício. Nesses casos, os trabalhadores
na ativa precisam contribuir com valores mais elevados e o benefício dos
aposentados reduz.
“Muitos contribuintes ainda estão pagando
contribuições extras de anos anteriores (para compensar prejuízos passados).
Então, excepcionalmente, estamos pedindo para que os resultados de 2019, 2020 e
2021 sejam aplicados apenas em 2023.”
Na modalidade de contribuição definida, em
que as cotas são corrigidas mensalmente e o valor a receber no futuro
dependente do montante acumulado, a proposta é aplicar apenas 50% do prejuízo
agora. O restante seria aplicado apenas quando a economia voltasse a se
recuperar. Nessa modalidade, os ajustes podem afetar os aposentados, que teriam
seus benefícios reduzidos. As propostas serão apresentadas à Superintendência
Nacional de Previdência Complementar (Previc) e ao Conselho Nacional de
Previdência Complementar (CNPC).
Segundo o superintendente da Previc, Lucio
Rodrigues Capelletto, os impactos da pandemia foram “significativos” nos fundos
de pensão, mas todos têm capacidade para pagar as obrigações nos próximos 18
meses. “Se vai ter déficit no fim do ano, não sei. Tudo dependerá da
recuperação econômica. Já houve recuperação em abril e maio”, destacou.
Para Luis Ricardo Martins, da Abrapp, também
é cedo para falar em equacionamento. “É preciso lembrar que estamos vivendo uma
crise conjuntural. Em crises anteriores, a recuperação foi rápida. Na do
subprime (2008), por exemplo, a recuperação ocorreu já em 2009, quando os
fundos obtiveram uma rentabilidade equivalente ao dobro da necessidade
atuarial.” Ele destaca que instalou um grupo de trabalho para avaliar a
possibilidade de adoção de regras conjunturais para travessia da crise,
evitando aportes adicionais.
Direção Nacional da
ADCAP.
Nenhum comentário:
Postar um comentário