Nos próximos dias 17 e 18 de maio acontece o segundo turno das eleições para o Conselho Administrativo dos Correios. No primeiro turno, a candidata Tânia Munari (44), apoiada pela ADCAP e pela FINDECT, teve 3288 votos e agora, na reta final da campanha, ela está de volta para apresentar suas propostas. Na entrevista abaixo, você, que é eleitor e empregado dos Correios, terá mais uma oportunidade para conhecer melhor a plataforma da candidata que, entre outras tantas coisas, quer valorizar o seu trabalho, viabilizar novos negócios, resgatar a imagem institucional da empresa, além de fortalecer o Postalis e consolidar o Postal Saúde como um plano e assistência médica de excelência.
O cargo de membro do conselho de administração tem uma grande responsabilidade. Por que você se considera pronta encarar essa responsabilidade?
Porque a minha história nos Correios demonstra que eu tenho competência tanto técnica quanto relacional para cumprir bem esta importante missão.
Minha biografia conta com mais de 25 anos de trabalho em Superintendência Estadual e Correios Sede. Tenho também conhecimento sistêmico e estratégico da empresa por ter atuado em diversas áreas: jurídica, administrativa, recursos humanos, comercial, dentre outras. Atuei nas diversas funções técnicas e de gestão, seja como assessora de departamento, subchefe de departamento, presidente da comissão permanente de licitação, analista XI e XII, Gerente Corporativo, Chefe de 3 Departamentos (DATER, CESUP e DEFIS) e Superintendente de Licitações e Contratos Administrativos.
Ademais, já fui Conselheira do Conselho Deliberativo do Postalis, tendo sido eleita com 3.712 votos dos trabalhadores.
Já demonstrei, com sólida formação, experiência, ética e competência, a capacidade de ser conselheira negociadora, mas combativa quando se trata dos interesses dos trabalhadores dos Correios.
Para você o que é independência? Qual a importância de ser independente e de manter a independência no caso de um membro eleito para o CA?
O Conselheiro eleito tem um mandato de representação dos empregados. A independência é ser fiel aos anseios de toda a categoria, do operacional e do administrativo. E a missão é representar os anseios de mais de 87 mil empregados.
O Conselheiro eleito é um empregado que tem seu trabalho técnico de rotina, como todos os demais, o que não se confunde com a honrosa missão de representar os trabalhadores junto ao Conselho de Administração.
No Conselho, todos os Conselheiros têm a mesma importância e voz. A independência é fundamental para manter a confiança estabelecida com todos os empregados.
Eu já fui Conselheira Eleita do Conselho Deliberativo do Postalis e à época era Chefe de Departamento. Em nenhum momento minha atuação como Conselheira foi mitigada, ofuscada, suavizada, por conta de eu ter uma função.
Muito ao contrário, este fato só trouxe mais vigor para meus posicionamentos em prol dos trabalhadores e do fortalecimento do Postalis.
Minha atuação demonstra que sou do diálogo e conciliadora, mas firme, independente e intransigente quando se trata dos direitos dos trabalhadores.
E assim será minha atuação no Conselho de Administração dos Correios.
Os membros do CA, em geral, são pessoas bem preparadas, ocupantes de elevados cargos na administração dos Correios, incluindo o próprio Presidente da estatal. Como você lidaria com situações em que teria que discordar dos votos de outros membros? Você se considera independente ao ponto de votar contra o Presidente e outros membros?
O CA é formado por sete conselheiros: cinco indicados (pelos Ministérios, da Economia e das Comunicações); o Presidente dos Correios e o Conselheiro Eleito.
Sim, nosso Conselho é formado por pessoas bem preparadas e com experiência. O Presidente dos Correios é advogado muito conceituado, com grande experiência em Previdência Complementar (nosso Postalis). Eu também sou advogada (trabalhista) e, como já disse, fui Conselheira do Conselho Deliberativo do Postalis.
Eu também estou muito bem preparada: formação muito sólida (advogada com pós-graduação em Direito Público e Gestão); experiência de 25 anos em todos os setores da empresa; liderança de equipes; Conselheira eleita do Postalis. Enfim, são 25 anos vivendo o dia a dia desta empresa que é minha paixão.
Entendo que poderei contribuir muito com os demais conselheiros para o fortalecimento da empresa porque conheço bem a nossa missão, o nosso negócio e os nossos desafios.
Vivenciei os tempos da segurança do monopólio postal e vivo esta era da forte concorrência logística.
Vivi os áureos tempos dos direitos conquistados pelos trabalhadores e os últimos tempos de perda de muitos dos nossos direitos. Os tempos do Postalis saudável e o atual do Plano BD em situação crítica; o período de plano de saúde para todos e o de agora, quando poucos podem permanecer no plano. Enfim, penso reunir a ética, formação, experiência e vivência, além da energia e entusiasmo para o exercício desta nobre missão.
Penso que o Conselho deverá trabalhar em conjunto para o fortalecimento e modernização dos Correios e a valorização de todos os empregados. Entendo que esta é a visão de todos. Mas, se em algum momento, os interesses dos trabalhadores não se coadunam com alguma decisão submetida ao Conselho, fiquem certos que meu voto sempre será em prol dos interesses dos trabalhadores. Até porque eu serei sua representante. Por vezes, divergir nos leva mais longe. Isto é a democracia.
Como você planeja comunicar aos empregados seus posicionamentos e votos no conselho de administração dos Correios?
Pretendo manter alguns canais de comunicação:
- o blog que já está ativo – https://taniamunarinoconselho.blogspot.com/
- lista de WhatsApp
Além disso, também está prevista a realização de “live” com a Conselheira.
Uma Conselheira eleita tem que ouvir seu público para que todos fiquem cientes das matérias que são discutidas no CA e toda a atuação da Conselheira.
Não se preocupem, a Conselheira e os mais de 87 mil trabalhadores dos Correios estarão sempre conectados.
Quais desafios você enxerga para o futuro dos Correios? De que maneira você pretende colaborar para ajudar a vencê-los?
Antes de mais nada, nunca podemos perder o maior sentido de nossa existência de ser público e promover a inclusão postal de todos os cidadãos deste país, estejam eles nas cidades, nas comunidades urbanas e regiões periféricas, rurais e ribeirinhas. Enfim, em todos os recantos onde eles estiverem.
Todos os cidadãos merecem um endereço. A falta de um CEP segrega a população, social e financeiramente, porque restringe a oportunidade de um emprego ou a possibilidade de um empreendimento.
Esta é a missão que nos distancia dos privados e nos torna verdadeiramente públicos.
Ademais, com certeza, precisamos inovar e nos modernizar para nos sermos fortes no mercado comercial e no mantermos autônomos, independentes do tesouro.
Minha atuação será no apoio às iniciativas estratégicas que visam um Correios forte e público.
A proximidade de candidatos com entidades representativas dos trabalhadores não tira a independência do candidato? Por quê?
Não percebo desta maneira. Aliás, sou uma incentivadora do associativismo e sindicalismo. Acho que os trabalhadores unidos têm mais força que iniciativas individuais.
Você foi para o segundo turno da eleição do CA. Qual a expectativa agora nessa reta final?
A expectativa é permanecer fazendo uma campanha de esclarecimento e propositiva. Veja que em nenhum momento fiquei impugnando as eleições ou desfazendo de algum candidato. Isto não é do meu feitio.
Quero discutir as melhores propostas para a empresa e seus empregados, ampliar a base de votação, ouvir a todos, inclusive os candidatos que não participarão do segundo turno. Todos têm propostas valiosas e vamos trabalhar juntos. Estejam certos, no Conselho vou atuar na defesa permanente de todos os mais de 87 mil empregados.
Qual mensagem você gostaria de deixar para os trabalhadores dos Correios?
Gostaria de agradecer aos colegas pelo apoio recebido e reafirmar minha firme disposição de exercer na plenitude o mandato de conselheira no conselho de administração dos Correios.
Estou muito honrada e feliz com a possibilidade de contribuir para a construção de um futuro de sucesso para a nossa empresa, com respeito e valorização dos empregados.
Conto com a participação de todos os colegas no segundo turno das eleições, que ocorrerá nos dias 17 e 18 de maio.
Quero ser a voz dos trabalhadores no conselho de administração.
Vamos juntos construir essa vitória.
Direção Nacional da ADCAP.
Nenhum comentário:
Postar um comentário