Conjunturas: Parlamentares debatem futuro dos Correios diante de crise no serviço
Tribuna do Ceará
11 de setembro de 2017
11 de setembro de 2017
A crise nos Correios, a
empresa de serviço postal público do País, é o tema do Conjunturas desta
segunda-feira (11). Os deputados federal Cabo Sabino (PR), estadual Carlos
Matos (PSDB) e o vereador de Fortaleza Guilherme Sampaio (PT) discutiram sobre
a precarização dos serviços e o futuro da estatal.
O programa Conjunturas vai ao ar às segundas,
quartas e sextas-feiras, pela manhã, na rádio Tribuna BandNews FM. Em grave
crise, os Correios acumulam prejuízo de mais de R$ 4 bilhões nos últimos dois
anos, além de atrasos na entrega e falta de servidores.Para Carlos Matos, é
necessário discutir o papel do Estado em administrar empresas. Ele criticou a
inexistência de concorrência oficial aos Correios e pontuou a abertura de
franquias do serviço com custos menores de pagamento de funcionários.
O deputado Cabo Sabino acredita que o futuro
dos Correios seja o fechamento. Ele ressaltou o projeto de reestruturação da
empresa com Plano de Desligamento Incentivado (PDI).
“O modelo faliu, o mundo se modernizou. O
mundo globalizado e o mundo digitalizado contribuiu para a crise. Não temos
mais cartas hoje, só os românticos que querem relembrar 20, 30 anos mandam uma
carta; as empresas não mandam mais suas faturas, quando você abre o site tem a
opção da conta eletrônica; o e-mail é o meio de comunicação, as transportadoras
estão no mercado competindo”, destacou Cabo Sabino.
Para Guilherme Sampaio, é estratégica a
existência de um serviço público para a entrega de produtos no Brasil. Ele
ressaltou que não se pode defender a redução dos custos do serviço como
resultado da precarização e baixos salários dos funcionários.
“Considero que é fundamental que haja uma
empresa pública operando nesse setor de cargas e encomendas. Se não houvesse
empresa pública operando nesse setor, quem garantiria a entrega de produtos
para o interior de Roraima, para o interior do Acre, para regiões mais
afastadas dos grandes centros se ali não houve uma grande atividade econômica
que atraísse o investimento da iniciativa privada?”, questionou Guilherme.
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