terça-feira, 12 de setembro de 2017

Conjunturas: Parlamentares debatem futuro dos Correios diante de crise no serviço

Tribuna do Ceará
11 de setembro de 2017

A crise nos Correios, a empresa de serviço postal público do País, é o tema do Conjunturas desta segunda-feira (11). Os deputados federal Cabo Sabino (PR), estadual Carlos Matos (PSDB) e o vereador de Fortaleza Guilherme Sampaio (PT) discutiram sobre a precarização dos serviços e o futuro da estatal.

O programa Conjunturas vai ao ar às segundas, quartas e sextas-feiras, pela manhã, na rádio Tribuna BandNews FM. Em grave crise, os Correios acumulam prejuízo de mais de R$ 4 bilhões nos últimos dois anos, além de atrasos na entrega e falta de servidores.Para Carlos Matos, é necessário discutir o papel do Estado em administrar empresas. Ele criticou a inexistência de concorrência oficial aos Correios e pontuou a abertura de franquias do serviço com custos menores de pagamento de funcionários.

O deputado Cabo Sabino acredita que o futuro dos Correios seja o fechamento. Ele ressaltou o projeto de reestruturação da empresa com Plano de Desligamento Incentivado (PDI).

“O modelo faliu, o mundo se modernizou. O mundo globalizado e o mundo digitalizado contribuiu para a crise. Não temos mais cartas hoje, só os românticos que querem relembrar 20, 30 anos mandam uma carta; as empresas não mandam mais suas faturas, quando você abre o site tem a opção da conta eletrônica; o e-mail é o meio de comunicação, as transportadoras estão no mercado competindo”, destacou Cabo Sabino.

Para Guilherme Sampaio, é estratégica a existência de um serviço público para a entrega de produtos no Brasil. Ele ressaltou que não se pode defender a redução dos custos do serviço como resultado da precarização e baixos salários dos funcionários.

“Considero que é fundamental que haja uma empresa pública operando nesse setor de cargas e encomendas. Se não houvesse empresa pública operando nesse setor, quem garantiria a entrega de produtos para o interior de Roraima, para o interior do Acre, para regiões mais afastadas dos grandes centros se ali não houve uma grande atividade econômica que atraísse o investimento da iniciativa privada?”, questionou Guilherme.


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