Correios esperam salto de 25% com a Black Friday
Diário do Nordeste
16.11.2017
16.11.2017
Ceará
deverá ser responsável por cerca de R$ 45 milhões em compras no varejo durante
a promoção
A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (Correios)
aguarda grande movimentação do comércio eletrônico na Black Friday e festas de
fim de ano em 2017. A expectativa é que a demanda supere o ano passado em cerca
de 25% tanto graças ao evento de liquidação do comércio na última sexta-feira
de novembro quanto pelo período natalino, em dezembro.
De acordo com os Correios, para atender ao crescimento da demanda estimada para
este ano, serão necessários cerca de 100 mil empregados entre próprios e
temporários.
Além disso, a empresa informou que dispõe de 1.600 linhas terrestres e 11
linhas aéreas para realizar as entregas. Por fim, caso ainda não seja
suficiente, foram firmados cinco contratos de linhas extras que, segundo
especifiou os Correios, "serão utilizadas na medida da necessidade,
abrangendo os principais mercados".
A empresa ressaltou que, para chegar a tais números e confiar que conseguirá
dar conta da alta demanda deste ano- são realizados estudos com alguns meses de
antecedência aos eventos, visando a operação de fim de ano para as entregas.
"Para atender o aumento de volume pela Black Friday e pelo Natal, os
Correios realizam todos os anos uma operação especial de fim de ano, cuja
preparação se inicia em julho. São mapeadas as necessidades de aumento de
volume dos clientes para o dimensionamento de todos os recursos, como mão de
obra, insumos, frota, entre outros. A partir desse dimensionamento, são
elaborados os esquemas de operação, que contam com turnos extras, aquisição de
materiais, contratação de mão de obra temporária, aumento nas linhas de
transporte e intensficação das ações de gerenciamento de risco", disse a
empresa, através de nota.
Categorias
A operação dos Correios no fim do ano tem, ainda, o foco em cinco categorias,
tidas como as mais vendidas do comércio eletrônico (ecommerce).
A empresa afirmou que levou em consideração para traçar sua estratégia neste
ano o último relatório Webshoppers, da Ebit, que listou as principais
categorias vendidas no comércio eletrônico, com base em volume de pedidos
realizados.
De acordo com a pesquisa, os principais itens entregues são de moda e
acessórios; saúde, cosméticos e perfumaria; casa e decoração; eletrodomésticos;
e telefonia/celulares.
A Black Friday, que neste ano ocorrerá em 24 de novembro, estima arrecadação de
R$ 2,2 bilhões em todo o País, crescimento aproximado de 19% em relação ao ano
passado, recorde absoluto dentre todas as edições do evento no Brasil, conforme
o portal BlackFriday.Com.Br, ligado ao idealizado do evento, o portal Busca
Descontos.
De acordo com a Ebit, o Ceará, deverá ser responsável por R$ 44,9 milhões em
compras no varejo durante o evento deste ano. A estimativa corresponde a 1,4%
do total esperado para todo o Brasil.
Conforme estudo realizado pela página BlackFriday.Com.Br, a maioria dos que
pretendem aproveitar os descontos estimam gastar cerca de R$ 1 mil,
representando 59% dos entusiasmados com a sexta-feira de liquidação. As compras
acima de R$ 500 vêm a seguir, com 23% das intenções.
Evento
Com origem nos Estados Unidos, a Black Friday marca a troca de estoques do
comércio visando o Natal. No Brasil, a primeira edição ocorreu em 2011.
Diferentemente do evento na América do Norte, aqui, começou exclusivamente
online e passou para o varejo físico.
Atualmente, atinge desde o pequeno até o grande varejista. No ano passado, as
vendas online durante a Black Friday cresceram 17% em comparação com o ano de
2015, atingindo R$ 1,9 bilhão. Ao todo, foram 2,23 milhões de compras,
crescimento de 5% ante o ano anterior. O comércio de rua e os shoppings
registraram aumento de 11% nas vendas, em todo o País, conforme a Ebit.
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