Justiça decreta prisão preventiva de responsável por gerir recursos do Postalis
G1
01/02/2018
01/02/2018
Justiça Federal do Distrito Federal autorizou
a prisão preventiva do ex-presidente do BNY Mellon José Carlos Lopes Xavier de
Oliveira. Ele é apontado por investigadores da Polícia Federal (PF) como um dos
principais responsáveis pela operação que gerou desvios no Postalis, fundo de
pensão dos Correios, e prejuízo aos funcionários da estatal. A
BNY Mellon é uma companhia de investimentos.
Ainda não há informações sobre o cumprimento
do mandado de prisão. Investigadores afirmaram que Oliveira pode estar fora do
país. Até a última atualização dessa reportagem, o G1 buscava contato com a
defesa de Oliveira.
A assessoria de imprensa da BNY Mellon disse
que está "cooperando integralmente com as autoridades".
O BNY Mellon administrava os investimentos do
Postalis e foi contratado pelo fundo justamente para proteger suas aplicações.
A suspeita é que Oliveira autorizava e viabilizava operações consideradas
criminosas para beneficiar empresas como a de seu ex-sócio, Arthur Mario
Pinheiro Machado. Os investigadores não descartam que Machado possa ter
repassado propina ao ex-presidente do BNY Mellon.
As investigações apontam que o Postalis
aplicou em empresas geridas pelo próprio BNY Mellon, em valores superestimados
ao mesmo tempo que controlava os investimentos.
Fraude no Postalis
A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira (1º) operação para esclarecer suposta atuação de uma organização criminosa especializada no desvio de recursos previdenciários do Postalis (Instituto de Seguridade Social dos Correios e Telégrafos), fundo de pensão dos funcionários dos Correios.
A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira (1º) operação para esclarecer suposta atuação de uma organização criminosa especializada no desvio de recursos previdenciários do Postalis (Instituto de Seguridade Social dos Correios e Telégrafos), fundo de pensão dos funcionários dos Correios.
Segundo a Polícia Federal, a má gestão dos
recursos e os desvios investigados geraram déficit de aproximadamente R$ 6
bilhões.
Milton Lyra, apontado como operador político
de senadores do PMDB, é alvo de busca, além de ex-gestores do Postalis.
Ex-líder do governo Dilma Rousseff no Senado, o senador cassado Delcídio do
Amaral afirmou aos investigadores, em sua delação premiada, que Milton Lyra era
o operador de diversos políticos do PMDB e que tinha influência no Postalis.
Milton Lyra afirma que "não é e nunca foi intermediário do repasse de
qualquer quantia a congressistas".
A PF programou ações para durarem 48 horas, a partir da deflagração da operação, em São Paulo, Rio de Janeiro, Distrito Federal e Alagoas. A previsão é de cumprimento de 100 mandados judiciais de busca e apreensão, por 62 equipes policiais. Não houve prisões.
A PF programou ações para durarem 48 horas, a partir da deflagração da operação, em São Paulo, Rio de Janeiro, Distrito Federal e Alagoas. A previsão é de cumprimento de 100 mandados judiciais de busca e apreensão, por 62 equipes policiais. Não houve prisões.
Entre os alvos das medidas judiciais há
empresários em suposta articulação com gestores do fundo de pensão, além de
dirigentes de instituição financeira internacional. Também serão alvos dos
policiais federais empresas com títulos em bolsas de valores e instituições de
avaliação de risco.
A Operação Pausare é resultado de um conjunto
de auditorias de órgãos de controle. As fiscalizações, enviadas ao Ministério
Público Federal, identificaram má gestão, irregularidades e impropriedades na
aplicação dos recursos do Postalis. A PF investiga agora as repercussões
criminais da atuação desse grupo de pessoas no desvio de recursos do fundo.
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