Trabalhadores dos Correios suspendem a paralisação
Fentect
17 de Setembro de 2019
17 de Setembro de 2019
Os trabalhadores dos Correios
de todo o Brasil decidiram pela suspensão da greve. No entanto, seguindo a
orientação da FENTECT, Findect e do Comando Nacional de Negociação, a categoria
também decidiu manter o Estado de Greve.
A unidade da categoria ecetista
tem sido fundamental para a construção desta que é a maior greve da história
recente dos trabalhadores dos Correios. A mobilização da categoria e a
responsabilidade na condução da Campanha Salarial, com o cumprimento dos prazos
e a busca do diálogo para aprovar um Acordo Coletivo que não admita
retrocessos, reafirmam a importância de um movimento sindical forte e
organizado.
Os trabalhadores e trabalhadoras
dos Correios demonstraram a força da categoria, lotando as assembleias em todas
suas bases, decidindo coletivamente e de forma unânime em todo país pela
aprovação de uma das maiores greves que a categoria já fez. Com essa gigantesca
mobilização nacional e com a repercussão da greve, conseguiram fazer a direção
dos Correios e Governo Federal recuarem da intransigência assumida nas negociações,
mas ainda há muito a ser feito.
No último dia 12, as Federações
(FENTECT e Findect) participaram da audiência de conciliação convocada pelo
Tribunal Superior do Trabalho após a ECT ingressar com o pedido de Dissídio
Coletivo de Greve diante da grande mobilização da categoria em todo o país. Os
representantes da ECT insistiram na proposta de retirada de direitos da
categoria, já rechaçada pela categoria em assembleias. Com o impasse gerado, o
Ministro do TST Mauricio Godinho Delgado apresentou uma proposta de prorrogação
do atual Acordo Coletivo até a data do julgamento do dissídio, marcado para 02
de outubro.
Neste momento, com a negociação já ajuizada e sem garantias de novos acordos
até a data do julgamento, é necessário manter o diálogo e intensificar os
movimentos e atos públicos na defesa dos Correios e na luta contra a
privatização. Portanto, a FENTECT orienta que os sindicatos se mantenham alerta
e continuem a mobilizar contra a venda dos Correios e contra a tentativa de
retirada de direitos da classe trabalhadora.
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