terça-feira, 9 de janeiro de 2018

Nova empresa de logística dos Correios deverá melhorar serviço de entrega para e-commerce

Exame
8 jan 2018

Anunciada recentemente, a criação de uma nova empresa de transportes de carga, unindo Correios e Azul, traz boas expectativas para o setor de e-commerce em 2018. Com a nova empresa, os Correios serão capazes de aproveitar a malha aérea e capacidade de carga livre dos voos comerciais da Azul, para transportar com maior eficiência e economia as encomendas enviadas diariamente.

Atualmente o prazo e valor de frete é um dos mais importantes fatores para conversão no e-commerce, com consumidores chegando a desistir de fechar uma compra por considerar o frete caro ou por necessitar do produto com maior urgência. Para Anderson Martins, da loja virtual OfficeTotalShop, especializada em artigos profissionais para impressão, um prazo de entrega muito longo pode fazer com que o cliente decida buscar pelo produto em uma loja física, pagando até um valor superior para ter acesso “imediato” à mercadoria desejada.

A exceção das grandes lojas, a maioria do e-commerce nacional utiliza o serviço dos Correios para realizar a entrega de seus produtos, sendo que os próprios Correios utilizam empresas de logística terceirizadas para conseguir atender a crescente demanda vinda do setor. Logo, o esperado é que a nova empresa dos Correios seja capaz de atender o atual volume de carga, estimado em 70 mil toneladas por ano, sem a necessidade de empresas terceiras, o que reduziria os custos operacionais entre 35% a 40%.“Dentro de um mercado competitivo, qualquer redução no valor final do frete ou no prazo de entrega será um grande benefício para o e-commerce, que poderá oferecer opções realmente vantajosas para seus clientes, oferecendo a comodidade que o consumidor deste tipo de loja espera”, explica Anderson.


A nova empresa, formada pelos Correios e a Azul, tem como previsão o início das operações no próximo mês de Março, porém a união ainda deverá passar por análise do Tribunal de Contas da União e do Ministério da Transparência e Controladoria-Geral da União (CGU), além do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

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