Nova empresa de logística dos Correios deverá melhorar serviço de entrega para e-commerce
Exame
8 jan 2018
8 jan 2018
Anunciada recentemente, a criação de uma nova
empresa de transportes de carga, unindo Correios e Azul, traz boas
expectativas para o setor de e-commerce em 2018. Com a nova empresa, os
Correios serão capazes de aproveitar a malha aérea e capacidade de carga livre
dos voos comerciais da Azul, para transportar com maior eficiência e economia
as encomendas enviadas diariamente.
Atualmente o prazo e valor de frete é um dos
mais importantes fatores para conversão no e-commerce, com consumidores
chegando a desistir de fechar uma compra por considerar o frete caro ou por
necessitar do produto com maior urgência. Para Anderson Martins, da loja
virtual OfficeTotalShop, especializada em artigos profissionais para impressão,
um prazo de entrega muito longo pode fazer com que o cliente decida buscar pelo
produto em uma loja física, pagando até um valor superior para ter acesso
“imediato” à mercadoria desejada.
A exceção das grandes lojas, a maioria do
e-commerce nacional utiliza o serviço dos Correios para realizar a entrega de
seus produtos, sendo que os próprios Correios utilizam empresas de logística
terceirizadas para conseguir atender a crescente demanda vinda do setor. Logo,
o esperado é que a nova empresa dos Correios seja capaz de atender o atual
volume de carga, estimado em 70 mil toneladas por ano, sem a necessidade de
empresas terceiras, o que reduziria os custos operacionais entre 35% a
40%.“Dentro de um mercado competitivo, qualquer redução no valor final do frete
ou no prazo de entrega será um grande benefício para o e-commerce, que poderá
oferecer opções realmente vantajosas para seus clientes, oferecendo a
comodidade que o consumidor deste tipo de loja espera”, explica Anderson.
A nova empresa, formada pelos Correios e a
Azul, tem como previsão o início das operações no próximo mês de Março, porém a
união ainda deverá passar por análise do Tribunal de Contas da União e do
Ministério da Transparência e Controladoria-Geral da União (CGU), além do
Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).
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