sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

06/02/2015 - Notícias sobre os Correios

Funcionários dos Correios protestam contra a falta de segurança em Maceió

G1
06/02/2015

Cerca de 35 funcionários dos Correios que trabalham com encomendas em Alagoas paralisaram as atividades nesta sexta-feira (6), em forma de protesto devido à insegurança que estão sofrendo. Eles realizaram um ato em frente à sede da empresa, localizada no centro de Maceió.

Segundo o presidente do sindicato dos trabalhadores dos Correios, Altanes Holanda, desde o mês de dezembro do ano passado, foram registrados dez assaltos. “os carteiros não aguentam mais a falta de segurança na profissão. Nós queremos uma audiência com o secretário da Defesa Social, Alfredo Gaspar e o comandante da Polícia Militar”, afirma.

Holanda diz ainda que muitos trabalhadores estão deixando a profissão. "Toda semana temos dois a três assaltos com a categoria que faz esse tipo de entrega como o Sedex. Estamos perdendo nossos trabalhadores porque eles têm medo de continuar o trabalho", frisa.

A assessoria de comunicação dos Correios em alagoas informou que a paralisação não causou prejuízo ao trabalho e distribuição. Ainda segundo a assessoria, uma reunião entre a diretoria dos Correios e comando da Polícia Militar, na quinta-feira (5), discutiu o problema dos assaltos a funcionários.

O comando da PM se comprometeu, segundo a assessoria dos Correios, a fazer um levantamento dos locais onde são registrados mais casos e traçar uma estratégia para reforçar a segurança dos funcionários.

Correios demite dois acusados de fraudes no plano de saúde da estatal

O Globo
05/02/2015

O ex-assessor técnico da direção do Correios no Rio João Maurício Gomes da Silva, conhecido como Janjão, e o ex-gerente de Saúde da estatal Marcos Esteves foram demitidos do serviço público por justa causa. Indiciados pela Polícia Federal e denunciados pelo Ministério Público Federal (MPF) por fraudes no plano de saúde da empresa, eles são acusados de desviar mais de R$ 7 milhões dos cofres do Correios, entre agosto de 2011 e abril de 2013.

No dia 1º de dezembro, após processo administrativo, Janjão e Esteves foram desligados do Correios por terem cometido “ato de improbidade e indisciplina”, informou a estatal.

O esquema de fraudes, revelado pelo EXTRA em agosto de 2013, além de superfaturar o pagamento de cirurgias, elevou os valores das tabelas de diárias e taxas pagas a alguns hospitais, bem como pagou por serviços não prestados, que eram lançados como se fossem devoluções de valores estornados pelo plano de saúde dos Correios.

Além de Janjão e Esteves, o MPF denunciou também Omar de Assis Moreira — diretor regional da estatal do Rio, atualmente afastado por decisão judicial —, Daniel de Melo Nunes (funcionário da Cedae, lotado na Ouvidoria da empresa), Luciano Sampaio Balbino (representante do Hospital Balbino), Paulo Maurício Fernandes de Oliveira, Arnaldo Gama Arzua Alves Barbosa, Júlio Teixeira Ramos (representante do Hospital Espanhol), Carlos Alberto Alonso Filho e Nivaldo Lopes de Oliveira Neto. Janjão revelou que cada uma das pessoas que participavam das fraudes recebiam até R$ 100 mil por mês de propina.

A política de pagamento de dividendos das estatais

O ESTADO DE S.PAULO
05 Fevereiro 2015

Os dividendos das empresas estatais não só contribuíram para aumentar o superávit primário até 2013, como para evitar um déficit maior das contas públicas em 2014. Mas a situação poderá mudar em 2015, com as mudanças previstas na política fiscal.

No ano passado, as estatais pagaram ao Tesouro dividendos de R$ 18,9 bilhões, montante superior ao de 2013 (R$ 17,1 bilhões), mas inferior ao previsto pelo governo há um ano. Só em novembro, o governo cortou de R$ 24,5 bilhões para R$ 18,5 bilhões a estimativa de dividendos das estatais relativa a 2014.

Entre janeiro e abril de 2014, foram pagos dividendos de R$ 8 bilhões, que ajudaram a "salvar" as metas de superávit primário do período. Mas essa política foi considerada "sem transparência" pelo Tribunal de Contas da União. A distribuição poderá ser menor neste ano, dada a estagnação que afeta o lucro das companhias e a crise da Petrobrás, que não sabe se terá recursos suficientes para executar seus planos. Distribuir ou não dividendos neste ano dependerá da "situação da companhia", admitiu seu diretor financeiro, Almir Barbassa.

O maior pagador de dividendos é o BNDES, que remeteu R$ 6,99 bilhões para o Tesouro em 2013 e R$ 9,07 bilhões no ano passado (48% do total). Mas uma parte do lucro do banco vem da renda dos títulos que recebe do Tesouro e ficam em carteira. Se deixasse de repassar recursos ao Tesouro, o BNDES teria recursos para se capitalizar. Em 2014, o banco recebeu R$ 60 bilhões em papéis públicos. E os critérios de administração do BNDES estão sendo reavaliados pela Fazenda.

A Caixa Econômica Federal (CEF) pagou dividendos de R$ 4 bilhões em 2013 e de R$ 4,35 bilhões em 2014. Também a CEF precisaria de capital para manter suas operações.
O Banco do Brasil cortou os dividendos pagos ao Tesouro, de R$ 3,45 bilhões em 2013 para R$ 2,41 bilhões em 2014. Nos mesmos anos, a Petrobrás aumentou o pagamento de dividendos de R$ 1,01 bilhão para R$ 2,01 bilhões. Se a Petrobrás não distribuir dividendos, fará como os Correios, que pagaram R$ 401,1 milhões em 2013 e nada em 2014. Também a Eletrobrás e o Banco do Nordeste do Brasil reduziram a distribuição em 2014.

Sem os dividendos, o déficit do governo central teria sido muito maior. Mas a ajuda não deveria ser obtida à custa de lucros como os apresentados pelo BNDES, que só foram alcançados graças à carteira de títulos recebidos do Tesouro.

Esgrima é incluída no Bolsa Pódio e deve receber dinheiro de estatal

Estadão
Blog Demétrio Vecchioli
05 fevereiro 2015

A nova lista de contemplados no Bolsa Pódio, divulgada pelo ministério do Esporte nesta quinta-feira, traz uma novidade importante: a entrada de Renzo Agresta na relação. Não que o esgrimista tenha se tornado, de uma hora para outra, um potencial medalhista olímpico. Nada disso. Mas o governo passou a aceitar que a esgrima faça parte do Plano Brasil Medalhas.

Na prática, isso vai permitir que a Confederação Brasileira de Esgrima (CBE) passe a contar com um patrocínio estatal – a empresa ainda não foi divulgada. Afinal, são as estatais que bancam metade dos custos do Plano. Banco do Brasil, Correios, BNB, BNDES, Petrobras, Caixa (principalmente), Eletrobras e Infraero já fazem parte do projeto, cada uma apoiando pelo menos uma confederação. Com Renzo no Bolsa Pódio, a CBE finalmente sai do hall das entidades “pobres”. Canoagem (BNDES) e Ciclismo (Caixa) foram as mais beneficiadas neste processo.

Renzo atualmente é o número 19 do ranking mundial do sabre, de longe o melhor esgrimista do País. Desde meados do ano passado ele vinha reclamando não ter acesso à Bolsa Pódio, alegando que havia chegado ao top20 do mundo. O governo respondia que o ranking é critério para que ele pudesse requerer a bolsa, mas que ela apenas seria destinada para atletas que tivessem o plano esportivo aprovado, o que não era o caso dele.
EDIT: Tirei uns comentários extras sobre outras modalidades, porque as informações eram imprecisas. O ministério do Esporte não informou que, no tae kwon do, por exemplo, a presença apenas de Guilherme Dias na lista não significa que os outros atletas não sigam no Bolsa Pódio. Eles foram contemplados em momentos diferentes e, por isso, a renovação (após 12 meses) também acontece em fases diferentes do ano. A assessoria de imprensa do Esporte me corrigiu hoje pelo telefone, pelo que agradeço.

Correio nada elegante

Diário do Poder
Bronca
04/02/2015

Enquanto centram-se as atenções nas altíssimas falcatruas na Petrobrás, outros setores da vida administrativa e econômica do país ficam esquecidos. Necessário e indispensável pedir uma CPI ou CPMI para apurar as gravíssimas irregularidades imputadas a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos e seu fundo de pensão o Postalis, que se acha com um rombo de 1,9 bilhão. O presidente dos Correios, Wagner Pinheiro e o ex-presidente do Postalis, Alexj Prtedtechevsky, são atribuídos graves irregularidades naquelas entidades. Ademais, a CPI deverá apurar o uso da instituição, funcionários e material de expediente na campanha eleitoral da presidente Dilma Rousseff, durante a última eleição, fartamente documentada em fotos, filmes e testemunhos. Responsabilizar a Justiça Eleitoral pela omissão e posição de vista grossa ante estas contundentes irregularidades e desrespeito à lei e a decência. Finalmente, não deverá passar despercebidas essas transgressões legais.

Fundo de pensão foge do risco e privilegia renda fixa

Fonte: Valor Econômico
03 Fev. 2015

Conservadorismo e maior liquidez são as palavras de ordem das políticas de investimentos dos fundos de pensão para este ano. Taxa de juros local alta, escândalos políticos e empresariais e ajustes da economia brasileira desenham um cenário favorável à renda fixa e desinteressante para bolsa e investimentos alternativos.

Para as grandes fundações, que têm planos enormes de benefício definido (BD), entra em cena também a maturidade dos planos. Criados há cerca de 30 anos, esses fundos têm agora a maioria de seus participantes já aposentados, o que aumenta o volume de pagamento de benefícios.

A Previ, por exemplo, planeja reduzir a aplicação em ações e aumentar em renda fixa nos próximos sete anos. Já a Petros pretende diminuir a fatia aplicada em participações acionárias relevantes de empresas e migrar para posições mais líquidas na bolsa e para títulos públicos.

“A alta da inflação e, por consequência dos juros, sugere a alocação em NTN­B como principal segmento de aplicação das fundações [este ano]. O prêmio pago atualmente cria conforto e um ‘hedge natural’ para as carteiras”, diz Guilherme Velloso Leão, diretor executivo da Abrapp, associação que reúne os fundos de pensão.

Os títulos públicos de longo prazo indexados ao IPCA estão pagando atualmente taxa de juros real de 6% ao ano. O boletim Focus divulgado ontem pelo Banco Central prevê uma Selic de 12,5% e IPCA em 7,01% ao fim de 2015.

“O risco não compensa”, diz Lauro Araújo, da Las Consultoria, especializada em fundos de pensão, ao pesar a relação entre risco e retorno dos ativos na atual conjuntura. Segundo ele, o prêmio pago pela renda fixa é muito alto para que os fundos de pensão busquem risco em outro lugar. “Investimento no exterior, em infraestrutura, energia alternativa, florestas, entre outros, perdem a atratividade neste momento”, avalia o consultor.

Na bolsa local, o escândalo da Petrobras e o risco de racionamento de água e energia devem garantir volatilidade ao mercado. Araújo, porém, vê oportunidade de compra com o Ibovespa abaixo de 44 mil pontos, caso não haja novos escândalos políticos e empresariais. “Ainda que o caso Petrobras azede, tudo isso já está no preço”, avalia.

Desde o ano passado, os fundos de pensão maiores estão vendo a aplicação em fundos de ações no exterior como uma alternativa à renda variável local. A Fundação Cesp aumentou o limite para aplicação no exterior, de 2% para 6% dos ativos, na política de investimento de 2015.

No ano passado, a fundação aplicou R$ 22 milhões fora do país, o que representa 0,1% do patrimônio de R$ 23,2 bilhões da Funcesp. “A ideia é que a gente chegue a 2% este ano e, à medida que o cenário evolua, ultrapassar isso”, conta Jorge Simino, diretor de investimentos do fundo de pensão.

Ele se refere à conjuntura da economia doméstica, que, além do ajuste fiscal e inflação pressionada, ainda deve enfrentar os efeitos do racionamento. “É um complicador a mais”, diz. Por conta das variáveis econômicas internas e externas, a Funcesp tem aumentado o seu caixa além do necessário para o pagamento de benefícios de curto prazo. “Temos que ter em caixa para pagar folha, mas a posição que temos é um tanto maior por conta do cenário.”

Já para a Previ, maior fundo de pensão da América Latina, a questão de liquidez está mais ligada à maturidade de seu maior plano de benefícios, que dentro de sete anos deve ter todos os seus participantes aposentados. Por conta disso, a fundação, que tem R$ 170 bilhões em patrimônio, terá apetite menor para novos investimentos em infraestrutura daqui para frente.

“Temos que conjugar a gestão da carteira com o fluxo de pagamento de benefícios. Pela maturidade do Plano 1, o apetite para grandes projetos diminui”, disse Marcio Hamilton Ferreira, diretor de investimentos da Previ, em entrevista recente ao Valor.

A fundação dos funcionários do Banco do Brasil também planeja reduzir em 10 pontos percentuais a alocação em ações, que hoje é de 60% dos ativos, até 2021. A Previ desembolsa R$ 9,5 bilhões por ano em aposentadorias e pensões.

A Abrapp ainda não divulgou o desempenho médio dos fundos de pensão em 2014, mas a expectativa é que as fundações não tenham atingido suas metas de rentabilidade. A meta do setor, que tem patrimônio de aproximadamente R$ 670 bilhões, é de cerca de 12% em 2014, equivalente a IPCA mais 5,5%. A associação estima que o setor fique aquém desse alvo em cerca de 1,5 ponto percentual.

Com isso, 2014 será o segundo ano consecutivo em que o setor não bate suas metas ­ em 2013, a rentabilidade foi de 3,28%, ante meta de 11,63%. Isso piora ainda mais a situação de fundações que têm déficit, casos da Petros (Petrobras), Funcef (Caixa Econômica Federal), Fapes (BNDES) e Postalis (Correios).

Área militar é considerada insegura pelos Correios e não recebe entregas

O Dia
03/02/2015

Rio - Roberto Pires, de 49 anos, é militar da Aeronáutica e mora no condomínio Portal do Bosque, da Força Armada, em Sulacap. Na vizinhança, ele tem o Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Praças (Cfap) da Polícia Militar, onde também funciona a Academia Dom João VI, que forma os oficiais da PM. Cerca de 600 metros depois da entrada do condomínio, fica a 33ª DP (Realengo). Nenhum desses detalhes, porém, foi suficiente para que os Correios voltassem a entregar as compras que Roberto fez pela Internet. As remessas foram suspensas em outubro passado com um argumento insólito: “O local tem restrições de segurança.”

“Aqui não tem comunidade perto, não tem nem registros com toda essa movimentação policial. Eles (Correios) poderiam usar outro argumento para me obrigar a ir até o depósito deles, em Campo Grande, a cada compra que quero fazer. Já desisti de comprar mercadorias com preços ótimos por causa disso”, reclamou Roberto, que guarda os e-mails trocados com os Correios. No último deles, a empresa informa que a área está liberada.

“Tentei comprar em dois sites diferentes e em ambos vieram as mensagens alertando que os Correios não fazem entregas no CEP indicado. Acho que os Correios pensam que eu e os outros 180 moradores daqui somos idiotas”, criticou.

Em nota, os Correios informaram que o problema estaria no caminho entre o local de distribuição e o apartamento de Roberto. “A rota que atende a Avenida Alberico Dinis (onde fica o condomínio do militar) encontra-se em área de restrição de entrega. Essas áreas são estabelecidas com base em levantamentos realizados pelo setor de segurança dos Correios. Essa medida é temporária e reavaliada periodicamente. A restrição tem o objetivo de garantir a segurança dos trabalhadores, dos clientes e das encomendas postais.”

Sem receber produtos, clientes desistem de compras já realizadas

Outro morador de área militar, mas em Bangu, o auxiliar administrativo Jorge Rodrigues, de 38 anos, vive experiência semelhante à de Roberto Pires na falta de entrega, mas com transtornos ainda maiores.

“Comprei em agosto um pisca-pisca acionado por energia solar pela Internet. Achei muito interessante enfeitar a casa no Natal sem gastar eletricidade, mas a peça só chegou em janeiro e ainda assim, ficou no depósito dos Correios em Campo Grande. Peregrinei por três dias para conseguir pegar. Lá em casa, eles não entregam mais nada, dizem que é perigoso, mas garanto que não é”, lamentou Jorge.

Ele está prestes a desistir de uma outra compra, feita também em agosto, e que até agora não conseguiu resgatar, pois o depósito dos Correios abre às 9h, mas às 10h, já não havia mais senha de atendimento. “Na última vez, fiquei até meio-dia e não fui atendido. No dia seguinte, tentei uma folga no trabalho e não consegui. Vou tentar devolver a mercadoria”, ralata o auxiliar administrativo.


O militar Roberto Pires também já deixou de comprar tênis, roupas e aparelhos eletrônicos. “Perdi um chuveiro. Tive que entrar em contato com o site, que me devolveu o valor no cartão, mas demorou muito para resolver o problema.”

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