terça-feira, 25 de setembro de 2018


Correios conseguem zerar prejuízo em agosto

VALOR ECONÔMICO
24/9/18

Brasília - A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) conseguiu praticamente zerar o prejuízo bilionário que vem acometendo a estatal nos últimos anos. O balanço de agosto registrou lucro líquido de R$ 163 milhões, deixando o resultado acumulado nos oito primeiros meses deste ano com um pequeno déficit, em torno de R$ 1 milhão.

No mesmo período do ano passado, o rombo havia alcançado R$ 1,7 bilhão. Para o presidente dos Correios, Carlos Fortner, isso mostra uma tendência de reversão nos números da empresa, "com melhoria da eficiência, ganho de qualidade e adequação da política comercial".

Segundo ele, as receitas da companhia postal subiram R$ 800 milhões na comparação anual e foram decisivas para a "guinada" no balanço. "Os recentes ajustes promovidos pela diretoria da empresa favoreceram esse resultado. Ao contrário do que previa o mercado, não houve queda no volume trafegado, nem na receita operacional", disse Fortner.

Do lado das despesas, os Correios obtiveram economia de quase R$ 1 bilhão entre um ano e outro. Em 2017, a estatal havia gasto R$ 13,8 bilhões até agosto. Em 2018, as despesas ficaram em R$ 12,9 bilhões no acumulado dos oito primeiros meses do ano. Essa redução foi ajudada pelos programas de demissões incentivadas e pelo início da cobrança de mensalidade e coparticipação na Postal Saúde, o plano médico dos empregados, após decisão favorável do Tribunal Superior do Trabalho (TST). Até a sentença, a estatal precisava arcar sozinha com mais de R$ 90 de cada R$ 100 em gastos com consultas, exames, internações e cirurgias.

Fortner chama a atenção, ainda, para melhoria nos indicadores de qualidade na prestação de serviços. O Índice de Entrega no Prazo de Encomendas (IEPe), acompanhando diariamente pelos Correios, aumento dos 88,27% verificados em agosto de 2017 para 96,83% no mês passado. Isso significa que menos de quatro em cada 100 encomendas não é entregue no prazo.

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