quarta-feira, 26 de junho de 2019


Por reforma, venda dos Correios fica para depois

O ESTADO DE S.PAULO
26/6/19

Para evitar atritos que possam atrasar a reforma da Previdência, o governo vai colocar a privatização dos Correios em banho-maria até a aprovação no Senado. A empresa tem cerca de 105 mil funcionários, boa parte resistente à venda. Uma greve de carteiros neste momento poderia prejudicar o clima favorável à reforma na população e tumultuar o debate. O cálculo explica o fato de Jair Bolsonaro ter tirado o pé do acelerador sobre o assunto. Em coletiva na última sexta-feira, o presidente disse haver intenção de privatizar a estatal, mas não haver prazo.

Novos tempos. O ex-presidente dos Correios general Juarez Aparecido conseguiu evitar a greve. 

Mas nem o governo acredita que Floriano Peixoto teria o mesmo sucesso, já que está lá justamente porque o antecessor era contra a venda. Corrida de obstáculos. O presidente da Comissão Especial, Marcelo Ramos (PL-AM) sinalizou à oposição que pode ceder e adiar por três sessões a votação do relatório da Nova Previdência, objeto de cinco requerimentos. Em troca, a oposição não obstruiria a sessão.

No limite. Se fecharem um acordo, o texto aprovado chega ao Plenário a menos de 10 dias do início do recesso parlamentar.

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