segunda-feira, 8 de junho de 2015

APARELHAMENTO POLÍTICO-PARTIDÁRIO – LIÇÃO NÃO APRENDIDA

APARELHAMENTO POLÍTICO-PARTIDÁRIO – LIÇÃO NÃO APRENDIDA

O aparelhamento político-partidário dos Correios é a principal causa da queda de resultados que a Empresa vem apresentando nos últimos anos.

Quando posições de liderança são distribuídas a apadrinhados políticos tem-se um duplo problema. Primeiro, os apadrinhados em geral não estão preparados para o exercício da função e acabam desempenhando muito mal suas atribuições. Segundo, os demais trabalhadores perdem o estímulo de trabalhar, pois veem que, para fazer carreira na empresa, conta mais “quem indica” do que o mérito, o esforço pessoal ou as qualidades próprias.

E quando o apadrinhado vem de fora dos quadros da Empresa, há também um gasto adicional, expressivo e desnecessário. Um assessor especial, por exemplo, custa, em salários, encargos e benefícios, algo como meio de milhão de reais por ano. Dezoito deles e se consome os parcos R$ 9 milhões de lucro que a Empresa conseguiu produzir em 2014.

O que fazem de especial na gestão dos Correios dentistas, professores, bancários e políticos sem mandato, custando meio milhão de reais por ano cada um, além de agravar ainda mais o quadro de desempenho da Empresa?

Que expertises especiais possuem que possam fazer diferença na gestão da Empresa ou que justifiquem sua contratação sem concurso público para o segundo maior salário da Empresa abaixo dos dirigentes?

São perguntas sem respostas, para uma direção e um governo que parecem se preocupar mais com a distribuição de bons cargos para os alinhados e apadrinhados do que com a Empresa e com os resultados oferecidos aos clientes e à população.

E a lição não aprendida prossegue, com a contratação de mais um assessor especial, como relata a matéria trazida a seguir.

Derrotado nas urnas, ex-deputado vira assessor especial
Campo Grande News  |  5 de junho de 2015  18h05d
oorreios
Derrotado nas urnas nas eleições do ano passado, o ex-deputado federal Antônio Carlos Biffi (PT) começa, na próxima segunda-feira (8), carreira nos Correios, como assessor especial da presidência. A indicação, segundo ele, é o primeiro passo para assumir a vice-presidência do órgão.
“O Berzoini (ministro das Comunicações) e o presidente dos Correios me ligaram e começo na segunda-feira”, anunciou Biffi. “O pleito inicial era uma das oito vice-presidências”, completou, ressaltando que o cargo ainda virá.
O assessor especial, segundo o petista, é abaixo do presidente. “É um coringa para atuar em várias frentes, principalmente, neste período de reforma interna dos Correios para tornar a empresa mais eficiente”, detalhou.
“É um cargo de muita responsabilidade e vou usar minha experiência de secretário estadual de administração e de educação, além dos 12 anos como deputado federal para ajudar”, completou Biffi.
Ele frisou ainda que a nomeação é independente da bancada federal e atende pleito do PT e do seu grupo político. “É uma discussão que se arrasta desde janeiro”, comentou.
Após quase seis meses de governo da presidente Dilma Rousseff (PT), parlamentares sul-mato-grossenses manifestam insatisfação com a demora em nomear aliados para ocupar cargos federais no Estado.
Até agora, só o PDT ganhou o comando da Superintendência do Trabalho. Biffi é o segundo de Mato Grosso do Sul a receber uma função no Governo Federal.

Boa Leitura!


Diretoria Adcap Nacional

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