quarta-feira, 12 de julho de 2017

Postal Saúde - Atendimentos médicos e odontológicos suspensos

POSTAL SAÚDE

        
A Postal Saúde está devendo, hoje, R$ 472 milhões para os credenciados (profissionais autônomos, hospitais e clínicas) que, por sua vez,  seguem suspendendo o atendimento dos serviços médicos e odontológicos. 

Dessa dívida, R$ 154 milhões são gerados pela irresponsabilidade e inconsequência dos Correios.

Ao descumprir o Termo de Assunção de Obrigações Econômicas e Financeiras firmado com a ANS, cujo compromisso era de repassar R$ 160 milhões/mês à Postal Saúde, os Correios vêm contribuindo para uma crescente dívida com o repasse apenas de R$ 138 milhões. A cada mês a Postal Sáude se depara com uma desfasagem de R$ 22 milhões que, somada à defasagem dos anos anteriores (2013 a 2016), atingiu o patamar atual de R$ 472 milhões de dívida.

Diante desse cenário caótico, o prejuízo maior fica com os beneficiários, pois os profissionais credenciados afirmam que só irão reativar os seus serviços após o pagamento dos valores devidos. O que resta, em muitos casos,  é buscar Postos de Saúde e/ou o SUS, na situação precária que se encontram, para o atendimento necessário. Ou até mesmo ficar sem o atendimento ...

A atual administração dos Correios, liderada pelo presidente Guilherme Campos, decretou como uma das "bandeiras da crise dos Correios" o Plano de Saúde dos trabalhadores. Praticamente está proclamando que cuidar da saúde dos seus quase 120.000 empregados não é prioridade da empresa. Fala em recuperar capacidade operacional e produtividade dos Correios e ao mesmo tempo ameaça com a eliminação de benefício concedido pela própria empresa, constante em Acordo Coletivo de Trabalho. Mecanismo de motivação este bastante inapropriado.

Esquece, o Presidente, que quem também provocou o crescimento absurdo dos custos com esse benefício foi a própria empresa ao criar  a Caixa de Assistência e Saúde dos Empregados dos Correios - Postal Saúde, que desde  1º de janeiro de 2014 opera o Plano de Assistência Médico-Hospitalar e Odontológica dos Correios. O discurso para a sua criação era dar sustentabilidade ao nosso plano de saúde com a geração de significativa economia. O que vimos foi justamente o oposto. E agora, mais uma vez, a solução da empresa é "cortar na carne", só do trabalhador!

A ADCAP já adotou as providências judiciais cabíveis para que a empresa cumpra a cláusula 28 do ACT-2016/2017. Compromisso negociado e assumido com as entidades sindicais e devidamente homologado pelo TST.


Direção Nacional da ADCAP.

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