quarta-feira, 20 de maio de 2020

Adcap Net 20/05/2020 - Pandemia: Parceria dos Correios com diversas empresas - Veja mais!


Natural Kingdom, a história de sucesso cuja receita foi uma grande ideia e uma boa parceria com os Correios

Marcio Allemand (marcio.allemand@adcap.org.br)

BRASÍLIA – Quem diria que uma empresa pequena, que abriu suas portas há apenas quatro anos na Chácara das Pedras, bairro da Zona Norte de Porto Alegre, pudesse, em tão pouco tempo, vender seus produtos para o país inteiro? Pois foi assim mesmo que aconteceu com a Natural Kingdom (www.naturalkingdom.com.br), uma pet shop que, diferente das outras que conhecemos por aí, tem como principal propósito a preocupação e o cuidado com o meio ambiente.


Thiago Pereira de Vargas, sócio-diretor da empresa, conta que as coisas não foram tão fáceis assim, apesar de não ter demorado para que tudo mudasse de figura. Em 2016, quando ele resolveu abrir a pet, só outras duas pet shops no Brasil todo ofereciam mais ou menos os mesmos tipos de produtos. Em Porto Alegre, portanto, era novidade.

– Nossa loja tinha um diferencial. Além dos produtos convencionais, encontrados em qualquer pet shop, a nossa oferecia produtos orgânicos, biodegradáveis e até mesmo uma linha de brinquedos sustentáveis. Queríamos oferecer algo bom para a sociedade e tudo foi pensado com muito carinho e responsabilidade com o meio ambiente, explica Thiago.

O empresário, de apenas 31 anos, pertence a uma família de produtores rurais. Durante dois anos, antes de abrir a Natural Kingdom, Thiago trabalhou na área de compras da fazenda da família e já naquela época tinha um olhar atento às demandas do pessoal do campo. Mas mesmo essa experiência não foi suficiente para que a vizinhança da loja comprasse a ideia.

– O movimento estava aquém das nossas expectativas, diz ele.

Mas por acreditar que tinha um projeto promissor nas mãos, Thiago comprou a briga e foi à luta. Não desistiu do sonho um só instante, botou a cabeça para pensar e se perguntou onde é que os moradores daquele bairro gastavam seu dinheiro. No shopping de bacanas mais próximo, claro.

– Minha ideia foi agregar minha marca às lojas daquele shopping. Entrei em contato com várias delas e ofereci um voucher para que a clientela daquelas lojas conhecessem os produtos da Natural Kingdom e vice-versa.


Dez empresas das que ele entrou em contato toparam e, empolgado com o retorno positivo, o empresário resolveu também que iria vender em parceria com lojas on-line. Tomou nove nãos de cara, até que o Grupo B2W (Shoptime, Americanas, Submarino)topou o desafio e a partir dali, entraram firme no e-commerce.

A parceria com os Correios

Com as vendas on-line só aumentando de volume, Thiago resolveu fechar a lojinha de bairro e focou em vendas maiores. Tanto que hoje a sua empresa não vende produtos apenas para animais de pequeno porte, mas atende a criadores de cavalos, ovelhas, cabras, porcos e até mesmo pássaros. E são vendas para todo o país. Aí é que entram os Correios.

A parceria, na verdade, deveria ter começado em março, um pouco antes do início da quarentena, mas houve um atraso operacional e a parceria só começou de fato mesmo em abril, já no meio da pandemia e com o comércio praticamente todo fechado.

– Em abril já operamos totalmente dentro dos Correios e mesmo assustados com a pandemia e com as consequências da quarentena, sabíamos que tínhamos tomado a atitude certa. Antes, o produto era enviado de Porto Alegre. Agora, nós ganhamos agilidade com o Correios Log Mais, temos uma tabela competitiva de preços e atendemos todas as regiões do país com custos bem menores. O grande desafio hoje é ajustar o estoque com a demanda, que não para de crescer, já que temos um mercado muito promissor aliado ao comportamento dos consumidores, que vem mudando rapidamente nesses últimos meses.

Thiago não esconde sua satisfação com os Correios:

– A Natural Kingdom é uma micro empresa e foram os Correios que abriram as portas para que pudéssemos ser competitivos em todo o Brasil. Aos Correios fica o nosso agradecimento por permitir que os sonhos de muitos micro empresários possam se realizar.

O papel da Caixa durante a crise causada pelo coronavírus

O Globo
14/05/2020

Embora subordinado ao ministro da Economia, Paulo Guedes, o presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, é visto com frequência ao lado do presidente Jair Bolsonaro. Não é à toa. O banco estatal virou o principal instrumento para oferecer alguma resposta às agruras financeiras dos brasileiros mais pobres e de classe média por um governo cujo chefe se vale dos efeitos na economia para criticar o isolamento necessário para conter a Covid-19.

Nesta quinta-feira, logo após ligar para Guimarães, Bolsonaro anunciou que a Caixa vai ampliar para quatro meses a possibilidade de suspensão de prestações da casa própria. Para os que estão na informalidade, a Caixa operacionaliza o auxílio emergencial de R$ 600 a serem pagos por três meses, o que tem se mostrado a medida econômica do governo que teve maior eficácia até agora.

Enquanto o benefício para empregados com carteira assinada que tiveram contratos suspensos ou salários e jornadas reduzidos em até 70% não restituiu toda a renda perdida na crise, a ajuda aos informais supera, em muitos casos, o que pessoas à margem da rede de proteção social ganhavam antes da pandemia.

Em três meses, o programa distribuirá R$ 124 bilhões — quatro vezes o orçamento anual do Bolsa Família. Apesar das cenas de longas filas e de aglomerações nas agências, queixas de dificuldades para fazer o cadastro e burocracias imprevistas.

O BNDES, desidratado pelo fim das taxas subsidiadas e desmoralizado pela narrativa da “caixa-preta” de operações irregulares, não confirmada pelos fatos, tem dificuldades para socorrer as empresas, como mostra o caso das companhias aéreas. Enquanto isso, a Caixa usa a grande capilaridade de sua rede de agências e o auxílio emergencial já se consolida como um trunfo político de Bolsonaro. Integrantes do governo já consideram que ele provavelmente será prorrogado. 

 
Direção Nacional da ADCAP.

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