Nota - Mais um
ataque ao patrimônio
do POSTALIS
do POSTALIS
O
jornal "Folha de São Paulo" trouxe neste domingo matéria que aponta
como podem estar sendo roubados os recursos do POSTALIS. Sim, roubados porque
se o esquema reportado na matéria realmente ocorreu, tivemos, apenas nesse
episódio da Trendbank, a subtração de R$ 50 milhões de reais do fundo que
deveria assegurar nossas aposentadorias, mas que parece estar assegurando
outras coisas.
Esperamos
que a Polícia Federal, o Ministério Público e as demais instituições cumpram o
seu papel e assegurem a punição exemplar dos criminosos e organizações
envolvidas, assim como a recuperação, mesmo que parcial, do que nos foi
roubado.
A
seguir, a transcrição da matéria mencionada e nova carta enviada à PREVIC a
respeito do assunto.
Atenciosamente,
Diretoria Executiva da ADCAP Nacional.
Atenciosamente,
Diretoria Executiva da ADCAP Nacional.
PF apura elo
de tesoureiro petista com
doleiro preso
doleiro preso
Folha
SP
28/09/2014
A
Polícia Federal abriu mais uma frente de investigação na Operação Lava Jato
para apurar se investimentos feitos por fundos de pensão de estatais em
empresas ligadas ao doleiro Alberto Youssef foram negociados pelo tesoureiro do
PT, João Vaccari Neto.
Dois
fundos, o Petros, dos empregados da Petrobras, e o Postalis, dos Correios,
aplicaram R$ 73 milhões e perderam praticamente todo o investimento. Vaccari
nega ter participado desses negócios.
Segundo
a polícia, parte do dinheiro foi para uma consultoria usada por Youssef para
repassar propina de empreiteiras e fornecedores da Petrobras a políticos do PT
e de outros partidos que apoiam o governo da presidente Dilma Rousseff no
Congresso.
E-mails
encontrados pela PF em computadores de pessoas ligadas a Youssef sugerem que
Vaccari ajudou os operadores do doleiro a fazer contato com o Petros em 2012,
quando o grupo tentava captar recursos para o Trendbank, empresa que administra
fundos de investimento.
Um
desses fundos quebrou no fim do ano passado, deixando um rombo de cerca de R$
400 milhões e causando prejuízos aos fundos de pensão e a outros investidores.
Segundo
os e-mails, o elo entre Vaccari e Youssef era Enivaldo Quadrado, um operador do
mercado financeiro que foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal por ter
distribuído dinheiro do mensalão no início do governo Lula e que mais tarde
passou a trabalhar para o doleiro.
Em
fevereiro de 2012, um executivo do Trendbank, Pedro Torres, disse a Quadrado
que precisava falar sobre o Petros. Três dias depois, Quadrado respondeu por
e-mail: "Falei hoje com João Vaccari sobre Petros, vamos ter reunião com
os caras dia 28/02".
A
PF interpretou a frase como uma conquista de Quadrado: "Vale ressaltar que
houve tentativas por parte de Quadrado de trazer [...] outros fundos de
previdência, entre eles [...] o Petros" para os investimentos do doleiro,
diz um relatório.
O
Trendbank investiu boa parte do dinheiro que captou em papéis podres de
empresas fantasmas ligadas a Youssef, apontado pela PF como chefe de um
bilionário esquema de lavagem de dinheiro.Essas empresas ofereciam como
garantia aos investidores contratos de prestação de serviços com empreiteiras,
mas a PF concluiu que tudo não passou de uma fraude.
Duas
dessas empresas, a Rock Star Marketing e a JSM Engenharia e Terraplanagem, que
receberam mais de R$ 100 milhões dos recursos aplicados pelo Trendbank, repassaram
ao menos RS$ 1,5 milhão em 2010 à MO Consultoria, firma controlada por Youssef.
Segundo
o Ministério Público Federal, os recursos repassados à MO eram propina, já que
a empresa não prestava os serviços pelos quais recebia.
O
ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, que foi preso em março junto com
Youssef e há um mês passou a colaborar com as autoridades, apontou Vaccari como
um dos recebedores de propina do esquema de Youssef.
Vaccari
esteve na sede de uma empresa do doleiro, a GFD, um mês antes de a PF deflagrar
a Operação Lava Jato. A GFD era a empresa usada por Quadrado para captar
recursos dos fundos de pensão. O tesoureiro disse em agosto que conhece Youssef
e foi à GFD, mas não revelou o motivo da visita.
O
PAPEL DE CADA UM
o
doleiro Acusado de comandar um bilionário esquema de lavagem de dinheiro, o
doleiro Alberto Youssef fez negócios com fornecedores da Petrobras e se
encontrou com Vaccari pouco antes de ser preso em março o
operador Condenado por ter distribuído dinheiro do mensalão no governo Lula,
Enivaldo Quadrado virou diretor de uma empresa de Youssef e teve contato com
Vaccari o
delator Diretor da Petrobras de 2004 a 2012, foi preso e confessou ter recebido
propina de fornecedores da estatal e distribuído dinheiro a políticos ligados
ao governo o
tesoureiro Tesoureiro do PT desde 2010, João Vaccari ajudou Youssef a fazer
negócios com fundos de pensão, segundo a PF.
O
CAMINHO DO DINHEIRO
Os
passos da operação financeira que despertou as suspeitas da polícia
1–TRENDBANKA
empresa comprava papeis de empresas que ofereciam suas receitas futuras como
garantia de retorno do investimento. Para a Polícia Federal, era tudo uma
fraude
2–EMPRESAS
DE FACHADA Empresas como a Rockstar Marketing e a JSM Engenharia e Terraplanagem
receberam recursos dos fundos oferecendo como garantia contratos com
construtoras
3–A
CONSULTORIA Segundo a PF, essas empresas repassaram pelo menos R$ 1,5 milhão
para a MO Consultoria, uma firma usada por Alberto Youssef para repassar
dinheiro de propina a políticos
4–O
DESTINO O ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa disse às autoridades que
João Vaccari era um dos destinatários da propina distribuída pelo esquema. Ele
nega as acusações
5–OS
FUNDOS O Petros aplicou R$ 23 milhões e o Postalis, R$ 50 milhões no Trendbank,
uma empresa que administrava fundos de investimento.
Nenhum comentário:
Postar um comentário