segunda-feira, 27 de outubro de 2014

A ADCAP E O DIÁLOGO PARA A MUDANÇA NO
NOVO GOVERNO


 
Após o encerramento das eleições presidenciais, e conforme anunciou a Presidente da República, deve-se estabelecer o diálogo com todas as forças representativas da sociedade. No caso dos Correios, a expectativa da ADCAP é de que no novo Governo algumas questões que a associação vem levantando sejam melhor enfrentadas.
 
Referimo-nos especialmente à questão da profissionalização da gestão na Empresa, com a eliminação de indicações políticas, à situação do POSTALIS, cada vez mais preocupante, em função dos déficits gigantescos e crescentes, à gestão do Postal Saúde, que tem ocasionado suspensões de atendimentos e outros problemas para os trabalhadores que necessitam de assistência médico-hospitalar e à falta de concurso público para reposição de vagas operacionais, com reflexos sérios na qualidade dos serviços prestados pela Empresa.
 
A ECT tem grandes desafios pela frente e precisará de seus gestores e trabalhadores de todos os níveis devidamente unidos e motivados para vencê-los.
 
Esperamos que o novo Governo saiba compreender a importância disso e se disponha a corrigir essas questões que estão na agenda das mudanças e são urgentes.

   
Direção Nacional da ADCAP.

sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Resposta da ADCAP ao Primeira Hora Extra de 24/10/2014‏
24/10/2014


Esclarecimentos sobre a mensagem encaminhada pela ADCAP aos empregados dos Correios – Resposta da ADCAP ao Primeira Hora Extra
de 24/10/2014

A ADCAP reproduz ao final o teor do “Primeira Hora Extra” distribuído nesta data e apresenta seus comentários a respeito.

A ADCAP está segura quanto a seu posicionamento, expresso de forma cristalina nas inúmeras publicações e matérias já divulgadas e disponíveis no site da associação (visite http://www.adcap.org.br e leia tudo sobre as críticas relativas à realidade da gestão da Empresa).

Esta convicção se baseia na vivência e na observação prática da realidade da Empresa, materializada em fatos concretos e não em pesquisas, premiações ou proselitismo.

A posição da ADCAP é de intransigente defesa da Empresa e de seus trabalhadores.

Diferentemente do que alega a direção da Empresa, a ADCAP não enxerga melhoria na qualidade dos serviços, mas sim queda, expressa nos próprios números oficiais, em função especialmente da falta de condições de trabalho, decorrente da não realização de concurso público para reposição de vagas nas unidades operacionais, gerando sobrecarga para os trabalhadores, da falta de materiais operacionais para a correta execução dos serviços etc.

Será que a direção da Empresa não sabe desses problemas?

Será que a direção da Empresa conhece o gráfico de reclamações, cuja curva só sobe?

Será que a direção da Empresa poderá continuar negando que haja aparelhamento político-partidário na Empresa, quando as dimensões endêmicas desse problema são conhecidas na pele pelos ecetistas, que enfrentam diariamente os problemas decorrentes da atuação de chefes despreparados, mas politicamente alinhados?

Será que a direção da Empresa poderá negar que, depois de a ECT já ter obtido lucro anual de mais de um bilhão de reais, caminha agora para um resultado negativo em 2014, talvez o pior de toda a história da empresa?

Será que a direção da Empresa poderá negar que a PLR pífia de 2013, e ainda não paga, representa queda vertiginosa nos resultados econômicos e caracteriza o maior descaso com o trabalhador?

Será que a direção da Empresa poderá negar que os prejuízos do POSTALIS continuam acontecendo a cada mês sem que se perceba concreta tendência de reversão? Negará o que traz o próprio boletim do Postalis? Negará que teremos aumento nas contribuições dos trabalhadores e aposentados para cobrir os rombos ocorridos em 2013 e 2014?
Será que a direção da Empresa poderá negar que os trabalhadores estejam enfrentando hoje dificuldades para acessar o serviço médico, em função do fechamento de ambulatórios médicos em todo o Brasil e do atraso nos pagamentos dos médicos e hospitais credenciados?

A ECT possui uma enorme capacidade de resiliência. Sobreviveu ao mensalão, onde foi lançada às feras como “boi de piranha” e deu nome à CPMI instituída em 2005. Tem sobrevivido, a duras penas, ao quadro caótico da gestão atual, mas já respira com dificuldade, como demonstram seus indicadores de qualidade, que não melhoram, seus resultados econômicos, que já transitam pelo vermelho, e o clima organizacional, sempre piorando.

É nesta empresa que os ecetistas lutam diariamente para tentar dar sentido a seu trabalho e não na empresa que, por inércia, a opinião pública ainda percebe como uma referência. Mas não sabemos até quando esta reputação irá durar se o quadro atual permanecer.

A apresentação de números descontextualizados, sem a respectiva série histórica, e de declarações propagandísticas pode servir para iludir a imprensa, mas não serve para convencer os trabalhadores, que conhecem em profundidade a realidade da Empresa em que trabalham e se preocupam com seus atuais rumos.

A verdade é uma só. E os trabalhadores dos Correios a conhecem! Censura, perseguição são práticas da ditadura. Há motivos para sermos intimidados?

E, finalmente, com relação ao envio de e-mails, a ADCAP informa que utiliza ferramentas e mailings próprios para a remessa de suas comunicações, as quais sempre possuem, nos rodapés, dispositivo de opt out para os que desejarem deixar de receber mensagens da associação.

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Primeira Hora Extra - 24/10/2014

Esclarecimentos sobre mensagem encaminhada pela ADCAP aos empregados dos Correios

Com relação à mensagem enviada pela Diretoria-Executiva da Associação dos Profissionais dos Correios — ADCAP Nacional aos empregados na quinta-feira (23), os Correios esclarecem que:

1) A prestação de serviços e os resultados empresariais não estão comprometidos e os Correios continuam sendo empresa referência de qualidade de serviços públicos. Este fato é comprovado por inúmeras pesquisas, nacionais e internacionais, entre as quais citamos:

• Pesquisa CNI/Ibope em julho de 2013, em que os Correios foram o serviço público mais bem avaliado pela população brasileira (78% da população considerou a qualidade dos serviços dos Correios muito alta, alta ou adequada).

• Pesquisa internacional da Accenture, em 2013, que colocou os Correios entre os 10 melhores operadores postais do mundo.

• Prêmio de melhor empresa no setor Serviços do anuário Época Negócios 360º, da Revista Época Negócios, em 2014.

• Anuário Valor 1000, do jornal Valor Econômico, que colocou os Correios entre as 30 maiores empresas do Brasil, em 2014.

• Prêmio Marcas de Confiança, com pesquisa da Revista Seleções e Ibope Inteligência, que elegeu os Correios pela 12ª vez consecutiva como instituição mais confiável do Brasil em 2014.

2) As receitas de produtos e serviços crescem anualmente, bem como os investimentos e o índice de qualidade operacional. O lucro obtido no ano passado foi de R$ 325 milhões. Em 2013, o índice de qualidade operacional foi de 93% e o percentual de reclamações sobre objetos registrados foi de 0,018%. Em 2013 foram investidos R$ 575 milhões, valor 35% superior ao realizado em 2012 e 194% maior que o realizado em 2011.

3) Os trabalhadores são respeitados e valorizados. A empresa hoje mantém diálogo com os empregados, por meio da Mesa Nacional de Negociação Permanente. O acordo coletivo de trabalho 2014-2015 trouxe diversos benefícios para todas as categorias dos Correios. O reajuste deste ano, em forma de gratificação de incentivo à produtividade, representou um aumento de quase 20% sobre o salário base dos agentes de Correios e abrangeu 91 mil pessoas. O reajuste médio dos empregados dos Correios no período 2011-2014 foi de 36% (sendo até maior para os agentes de Correios), para uma inflação de 27,3% no mesmo período.

4) Os Correios estão tomando todas as medidas necessárias para assegurar o futuro de seus trabalhadores, como patrocinadores do Postalis. Em 2013, a direção da empresa indicou um novo diretor para a área de investimentos do fundo e tem realizado reuniões periódicas com a diretoria do fundo de pensão, para acompanhar o plano de ação de reversão de déficit. Todos os investimentos feitos pela atual diretoria do Postalis vêm obtendo retorno acima da meta atuarial — as aplicações que estavam em desacordo com a regulamentação do setor foram realizadas antes de 2011 e os procedimentos legais e regulamentares foram tomados.

5) A empresa passa hoje por um profundo processo de revitalização e diversificação de produtos e serviços, com o objetivo de ampliar o atendimento de qualidade à população brasileira e melhorar seus resultados. Este processo tem sido acompanhado por todos os trabalhadores dos Correios por meio de nossos meios internos e públicos de comunicação.

Por todo o exposto, repudiamos as afirmações emitidas pela Diretoria-Executiva da ADCAP Nacional, bem como a promoção de propaganda político-partidária com uso indevido e ilegal do mailing de empregados dos Correios e do e-mail corporativo da empresa. Os Correios já estão adotando as medidas legais cabíveis a respeito.


Atenciosamente,
Diretoria Executiva da ADCAP Nacional.

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Mensagem importante


Colega Ecetista, 

A Associação dos Profissionais dos Correios – ADCAP tem apontado sistematicamente falhas na gestão da Empresa, as quais estão comprometendo seriamente a prestação de serviços e os próprios resultados empresariais.

Deixamos de ser uma empresa referência de qualidade de serviços públicos e passamos hoje a ser uma das empresas com maior volume de reclamações dos clientes por não cumprimento dos compromissos de qualidade.

Deixamos de ser uma empresa lucrativa, que fomos por décadas, e nos transformamos numa destruidora de valor.

O respeito e valorização dos trabalhadores foi transformada em valorização de um "projeto político".

Nosso futuro nunca esteve tão comprometido face abusos cometidos em nosso Fundo de Pensão, o Postalis.

Preocupada com esse quadro, a ADCAP enviou aos candidatos da oposição, no primeiro turno das eleições à Presidência da República, um conjunto de pontos que, na opinião da associação, precisariam ser enfrentados para mudar essa situação.  Dentre os candidatos consultados, um nos enviou a "carta compromisso" abaixo, que divulgamos para o conhecimento dos ecetistas, entendendo que isso faz parte do processo democrático de acesso a toda informação, para que cada um possa fazer, da melhor forma, sua escolha pessoal. 

Para saber mais detalhes a respeito, acesse: http://adcap.org.br/doc-postalis/Carta_Aecio.pdf

Atenciosamente,
Diretoria Executiva da ADCAP Nacional.






quarta-feira, 22 de outubro de 2014





ELEIÇÕES POSTALIS - Prévias da ADCAP são decididas em primeiro turno


22/10/2014

As prévias promovidas pela ADCAP para escolher dentre os seus associados aqueles que terão o apoio institucional da associação para as eleições dos POSTALIS tiveram a participação de seis candidatos: três ao Conselho Deliberativo e três ao Conselho Fiscal. Organizada para ocorrer em dois turnos, caso nenhum candidato obtivesse 50% dos votos mais um, as prévias foram concluídas no primeiro turno sendo os candidatos abaixo escolhidos com os seguintes percentuais:

Conselho Deliberativo - Sérgio Bleasby com 56,0 % dos votos válidos;
Conselho Fiscal - Angelo Saraiva Donga com 68,6% dos votos válidos.

Queremos agradecer todos os candidatos por sua participação democrática, efetiva e respeitosa e aos nossos associados que participaram intensamente dessas prévias. O mais importante agora se refere ao processo eleitoral do POSTALIS que terá curso em fevereiro próximo, considerando o cronograma divulgado pelo Instituto.


Saiba como foi todo o processo eleitoral acessando  o site da ADCAP Nacional

www.adcap.org.br


Atenciosamente,
Comissão Eleitoral Prévias Postalis 2014.

PLR - Participação em Lucros e Resultados

21/10/2014

Depois de dezenas de reuniões, é possível que, nos próximos dias, cheguem ao final as infindáveis discussões a respeito da PLR 2013. É isso mesmo! Você não leu errado e nem houve erro de digitação. No final do mês de outubro de 2014 os Correios ainda não conseguiram estabelecer os parâmetros para pagamento da PLR de 2013 !

As notícias que circulam dão conta que os valores que os trabalhadores receberão agora (ref.2013) estarão bem aquém dos praticados no ciclo anterior (ref. 2012).

As informações ratificam que os valores a serem pagos serão proporcionalmente decrescentes percentualmente em função das remunerações, ou seja, quanto maior for a remuneração do trabalhador menor será o percentual que receberá como PLR. É um critério com o qual a ADCAP não concorda, já que os valores praticados na PLR deveriam ser suficientes para estimular a todos na busca de melhorias de resultados. Além disso, o que se pratica nas demais estatais é, também neste caso, diferente do que se busca fazer nos Correios; nessas, embora haja uma parcela fixa, a parcela variável de acordo com o salário é sempre bem significativa.

Outra situação  que diferencia, negativamente, os Correios das demais estatais é a distância entre o valor da PLR paga aos trabalhadores e a paga aos dirigentes. Seria importante que a Diretoria revelasse aos demais trabalhadores quanto receberam o Presidente e os Vice-Presidentes nesse ano de RVA alusiva a 2013 (RVA é o nome da PLR dos dirigentes), para que todos soubessem e pudessem refletir a respeito.

Você não acha que seria justo saber disso?


Atenciosamente,
Diretoria Executiva da ADCAP Nacional.
A ADCAP e o aparelhamento político-partidário nos Correios


20/10/2014

A ADCAP – Associação dos Profissionais dos Correios, em diversos momentos, tem se posicionado contra o aparelhamento político-partidário dos Correios. Na opinião da ADCAP, trata-se de um problema hoje endêmico nos Correios e responsável por um quadro geral de queda em resultados, qualidade operacional e clima organizacional.

Este posicionamento da ADCAP está detalhadamente expresso nas inúmeras notas e correspondências já divulgadas pela associação em seu site – http://www.adcap.org.br, especialmente em quatro publicações recentes, com comentários a uma nota emitida pela Empresa em resposta à Nota Pública divulgada pela ADCAP:

- Nota Pública da ADCAP – http://adcap.org.br/noticias.php?id=869&pagina
- Nota de Esclarecimento dos Correios – http://blog.correios.com.br/correios/?p=11459
- Comentários da ADCAP I – http://adcap.org.br/noticias.php?id=884&pagina=1
- Comentários da ADCAP II – http://adcap.org.br/noticias.php?id=886&pagina=1
- Comentários da ADCAP III – http://adcap.org.br/noticias.php?id=889&pagina=
- Comentários da ADCAP IV -  http://adcap.org.br/noticias.php?id=899&pagina=

Assim, apesar dos desmentidos e das declarações em contrário da atual direção dos Correios, a ADCAP reafirma seu posicionamento e espera confiante que um próximo Governo enfrente esse problema, profissionalize a gestão da Empresa e, com isso, possibilite a retomada da história de sucesso do serviço postal no Brasil.


Atenciosamente,
Diretoria Executiva da ADCAP Nacional.
Nota de Esclarecimentos dos Correios
Parte IV

16/10/2014 

Concluindo os comentários à Nota de Esclarecimentos dos Correios, publicada em http://blog.correios.com.br/correios/?p=11459 , a ADCAP hoje abordará a questão relativa ao Acordo Coletivo de Trabalho 2014/2015.

Em sua Nota Pública, a ADCAP informou que “como exemplos desse aparelhamento, registre-se que enquanto mais de 50.000 mil Carteiros labutam diariamente em condições muitas vezes desfavoráveis por uma remuneração mensal de cerca de R$ 1.500 (hum mil e quinhentos reais), outros Carteiros ligados à burocracia sindical e partidária ocupam elevadas funções em Brasília e nos diversos estados, alguns deles com remunerações superiores a R$ 20.000 (vinte mil reais)”.

Em resposta, a Nota de Esclarecimentos da ECT aborda a realização de investimentos em infraestrutura e a contratação de trabalhadores, mas propositadamente não faz referência à nossa afirmação da existência de Carteiros ligados à burocracia sindical e filiados ao PT que exercem elevadas funções na ECT.

Desviando-se da questão central do aparelhamento, como é da natureza de quem não tem argumentos, a Nota de Esclarecimentos trata do Acordo Coletivo de Trabalho 2014/2015:

“Sobre a remuneração dos carteiros, esclarecemos que pela primeira vez em muitos anos a empresa conseguiu, em 2014, firmar um acordo coletivo de trabalho com as representações sindicais e que o aumento para carteiros, em forma de gratificação de incentivo à produtividade, chegou a até 18%, ou seja, aproximadamente 11% acima da inflação do período negociado”.

Aqui, uma imensa contradição da ECT. Primeiro porque, de acordo com a Ata da Reunião – ACT 2014/2015, realizada no dia 3/9/2014, com a participação da Comissão de Negociação da ECT e de representantes da FENTECT e da FINDECT, os representantes da ECT assim se manifestaram:

“[...] fez a sua proposta de reajuste para assinatura do Acordo Coletivo de Trabalho 2014/2015, de 6,502315%, o que representa um acréscimo na folha de pagamento no total de 567.741.525,13 milhões (sic) no período de vigência do Acordo Coletivo de Trabalho 2014/2015. Informou, ainda, que o percentual apresentado foi baseado no capítulo 9.3.3 – Revisão Geral a Remuneração dos Servidores Públicos, da cartilha de orientações – Condutas Vedadas aos agentes públicos federais em eleições – da Advocacia Geral da União e Subchefia para Assuntos Jurídicos da Casa Civil da Presidência da República, onde transcrevo: ‘fazer, na circunscrição do pleito, revisão geral da remuneração dos servidores públicos que exceda a recomposição da perda de seu poder aquisitivo ao longo do ano da eleição (cf. art. 73, inciso VII, da Lei n°9.504, de 1997; e art. 50, VIII, da Resolução TSE n° 23.404, de 27/02/14, relator Min. Dias Toffoli)”.

Com imensa clareza, a ECT se manifesta dizendo-se IMPEDIDA de conceder aos empregados um percentual de reajuste superior à inflação do período. Já na Nota de Esclarecimentos vangloria-se de ter supostamente concedido reajuste de 11% acima da inflação do período.

Seria o reconhecimento de que a criação da GIP – Gratificação de Incentivo à Produtividade foi uma forma de burlar as vedações impostas pela legislação eleitoral?

A criação da GIP, na verdade, foi também uma forma perversa de dividir os trabalhadores, estabelecendo que os ganhos de uns necessariamente impliquem perdas para outros. Ou, para que o Carteiro ganhe uma justa melhoria salarial, o Engenheiro terá que receber um reajuste abaixo da inflação do período.

Assim, como a GIP só incide sobre o salário-base, outras rubricas como anuênios, ITF, IGQP etc. não sofreram impactos, pelo que, em muitos casos, trabalhadores tiveram neste ano reajuste de apenas 2 ou 3% sobre a sua remuneração.

No caso da ITF e das Incorporações Judiciais, a situação é ainda mais grave, visto que o percentual de 6,5% não está sendo aplicado sobre essas rubricas, mesmo quando houver a total incorporação da GIP ao salário-base, sabe lá quando. Ou seja, o Acordo Coletivo de Trabalho promove o congelamento das vantagens pessoais dos empregados.

Como resultado dessa prática perversa, teremos uma nova enxurrada de ações judiciais e mais uma relevante produção de passivos trabalhistas.

Esse é o resultado da terceirização da área de gestão de pessoas da ECT, onde até mesmo o Departamento de Relações do Trabalho é conduzido por pessoa estranha aos quadros dos Correios.
A ADCAP, em conjunto com outras entidades, está adotando as medidas administrativas e judiciais cabíveis na defesa dos interesses dos seus associados.

Você, leitor, acha justo que diversos trabalhadores recebam apenas 2 ou 3% de reajuste salarial?

Você, leitor, acha correto que a área de gestão de pessoas da ECT seja conduzida por pessoas estranhas aos quadros da Empresa?

Faça como outros colegas: escreva-nos a respeito para o e-mail adcapnacional@adcap.org.br

Você pode ler a Nota Pública da ADCAP, a Nota de Esclarecimentos dos Correios e os comentários anteriores da ADCAP nos seguintes links:

- Nota Pública – http://adcap.org.br/noticias.php?id=869&pagina
- Nota de Esclarecimento – http://blog.correios.com.br/correios/?p=11459
- Comentários da ADCAP I – http://adcap.org.br/noticias.php?id=884&pagina=1
- Comentários da ADCAP II – http://adcap.org.br/noticias.php?id=886&pagina=1
- Comentários da ADCAP III – http://adcap.org.br/noticias.php?id=889&pagina=
Nota de Esclarecimentos dos Correios
Parte III

15/10/2014

Prosseguindo com os comentários à Nota de Esclarecimentos dos Correios, publicada em http://blog.correios.com.br/correios/?p=11459 , a ADCAP hoje abordará a questão relativa ao Postalis.

Segundo a Nota de Esclarecimento da ECT: “ Não existe aparelhamento no fundo de pensão. A indicação de membros para a diretoria do Postalis é prerrogativa dos Correios como patrocinador, prevista nos normativos. Todos os indicados cumprem os requisitos exigidos pela legislação e pelo estatuto do Postalis”

A imprensa tem noticiado, de modo extensivo, a divisão dos cargos de direção do Postalis entre PT e PMBD. O Presidente do Postalis, por exemplo, é filiado ao PT/SP. A Diretoria-Executiva dos Correios, no uso de sua prerrogativa (o que implica sua consequente responsabilidade), tem indicado pessoas sempre estranhas aos quadros da empresa, sem processo algum de seleção que permita identificar busca pelos melhores profissionais. 

Ressalte-se, ainda, que dentre os 3 (três) membros indicados pela ECT para o Conselho Deliberativo, na condição de Patrocinadora, 2 (dois) deles são filiados ao Partido dos Trabalhadores, sendo que um deles exerce a Presidência do referido Conselho e anteriormente foi membro da Diretoria-Executiva do Postalis, igualmente mediante indicação da Patrocinadora. Como afastar-se da sua responsabilidade?

Todos sabemos de onde partem as indicações. O resultado do uso dessa prerrogativa (e de sua responsabilidade) pela ECT tem sido sentido por todos participantes e pela própria empresa, no aumento das contribuições decorrentes dos déficits crescentes.

Em seguida, a Nota informa que a Diretoria da ECT “tem realizado reuniões periódicas com a diretoria do Postalis, para acompanhar o plano de ação de reversão de déficit”. Ora, se essas reuniões estão sendo realizadas, em nada produziram resultados, visto que o déficit atuarial do Plano BD é crescente e somente aparecem informações de novos investimentos que resultaram em prejuízos para o Instituto.

Se consultarmos os dados do Postalis (Postalis em Números), observamos que os investimentos do BD, só neste ano, resultaram em 8,71% NEGATIVOS até julho/14. Como o fundo deveria atingir a meta atuarial, teria que alcançar um rendimento em torno de 8% POSITIVOS. Assim a projeção de NOVO déficit é de mais de 16%. Esse déficit deverá ser somado ao déficit já obtido em 2013, de R$ 936 milhões, e que não foi equacionado (decisão do Conselho, dominado pela empresa, que preferiu adiar essa decisão). Assim teremos mais um déficit a ser equacionado (mais contribuição EXTRA de um PLANO SALDADO pelo Correios), cuja necessidade já foi reconhecida pela diretoria do Postalis.

No plano Postalprev, o resultado dos investimentos neste ano (acumulado até julho) foi de MEROS 1,93%. A meta atuarial para se garantir os benefícios é bem maior que isso: 8%. Ou seja, o rendimento deste plano também está abaixo da meta. Neste plano não há déficit, ficando o insuficiente rendimento refletido na conta do participante, que terá, como consequência, seus benefícios reduzidos quando se aposentar, sem que a empresa participe com qualquer correção (neste caso o prejuízo é todo do empregado). Há que se destacar ainda que o rendimento acumulado de nossas contribuições ao PostalPrev está inferior à inflação do período.

A atual diretoria dos Correios está à frente da empresa há mais de três anos. Ainda, essa diretoria contratou como Assessor Especial, cargo de alta confiança do Presidente, um ex-diretor do Postalis, que recém havia deixado o Instituto depois de mais de 6 anos de mandato,  portanto conhecedor profundo do Postalis e da diretoria que lá estava. Ainda, designou este Assessor Especial como Presidente do Conselho Deliberativo do Postalis (conselheiro que representa os Correios e tem o voto de qualidade). É neste Conselho que são aprovadas as políticas de investimento, que permitem à diretoria do Postalis a menor ou maior liberdade da gestão dos fundos. Portanto, fica difícil compreender que o problema seja simplesmente transferido para a diretoria do Postalis no passado, quando a gestão do instituto sempre esteve sobre o “acompanhamento e controle” dessa diretoria dos Correios que aí está.

Assim, a ECT designa TODOS os DIRETORES do Postalis, com os critérios que já vimos, indica a METADE dos Conselheiros – dois deles filiados ao PT – conta com o VOTO DE QUALIDADE do Presidente do Conselho Deliberativo e, depois, divide mensalmente com os  empregados e aposentados a conta da má gestão do Fundo. É justo?

Por fim uma pérola de sofisma: “Não houve redução de salários e benefícios de 500 mil pessoas. A contribuição para equilíbrio do déficit é rateada mensalmente entre a empresa e por cerca de 80 mil participantes do plano BD já saldado. Para cada um deles, o valor equivale a 3,94% sobre aposentadoria, pensão ou benefício saldado a que fará jus quando se aposentar. Ressaltamos que essa contribuição não é descontada dos outros 45 mil trabalhadores dos Correios, pois são vinculados a outro plano, o PostalPrev”.

Ora, a Nota da ADCAP em nenhum momento disse que houve a redução de salários e benefícios de 500 mil pessoas, mas sim que a redução de salários e benefícios atingirá 500 mil pessoas, equivalente ao total de empregados, beneficiários e respectivos dependentes.  Esse é o número de pessoas atingidas pelos efeitos da má gestão do Instituto, em especial se houver a sua liquidação.

Quem recebe benefícios do plano BD do Postalis (aqueles que se encontram aposentados por esse plano) teve sim redução de seus benefícios, uma vez que estão descontando de suas aposentadorias a contribuição extra para cobrir os déficits provocados pela má gestão dos recursos do Postalis. Essa contribuição EXTRA deverá ser aumentada em 2015 com novo equacionamento de déficit. Essa necessidade já foi reconhecida pela diretoria do Postalis, em reunião no mês de setembro junto a algumas entidades representativas. O valor ainda não foi divulgado, mas, em função dos déficits de 2013 e 2014, muito superiores ao já equacionado, deverá ser significativamente maior que a atual, afetando aqueles que atualmente se encontram em inatividade e dependem desses benefícios. Serão afetadas mais de 19 mil pessoas e suas famílias.

Para aqueles que estão na ativa e vinculados ao plano BD serão os mesmos efeitos. Portanto, a aplicação do desconto nos salários, relativos à contribuição EXTRA, de um plano já saldado, reduz sim os ganhos do trabalhador. Com o novo equacionamento, o desconto será ainda maior e salário líquido menor. Para aqueles trabalhadores que não receberam nem a reposição da inflação em sua remuneração, fruto do acordo coletivo deste ano, as diferenças serão bastante significativas. Os efeitos desse desconto, contribuição EXTRA,  impõem prejuízos a mais de 80 mil empregados, e suas respectivas famílias.

E quanto à contribuição adicional de 3,94% sobre a aposentadoria, pensão ou benefício saldado, pago pelos empregados na ativa, aposentados e pensionistas, a Nota OMITE que se refere exclusivamente ao déficit acumulado até 2012. Para o déficit acumulado em 2013 e 2014, estima-se nova contribuição extraordinária de cerca de 15%, a ser paga a partir de janeiro de 2015. Sobre isso, nenhuma palavra da ECT.

Há também outro risco de extrema gravidade a considerar. Os Correios, por decisão UNILATERAL, saldaram o plano BD em 2008, absorvendo na época todos os custos referentes a sua decisão. Ao invés de pagar essa dívida à vista, os Correios optaram por um pagamento parcelado junto ao Postalis. Essa informação foi amplamente noticiada à época do saldamento. Agora, quebrando o pacto junto aos trabalhadores, suspendeu os pagamentos de sua dívida, reconhecida por sua diretoria à época. Esta suspensão, se mantida, será revertida em mais déficit, agravando ainda mais os problemas de solvência do plano BD, e comprometendo a economia de todos os empregados e aposentados. Esta decisão da diretoria dos Correios poderá gerar maiores contribuições EXTRAS, ou até a insolvência do plano. E até agora a Diretoria da Empresa nada declarou a seus empregados a respeito de sua decisão.

Você, leitor, acha justo que a ECT indique os dirigentes do Postalis por motivação política e que os empregados e aposentados tenham que pagar a conta da má gestão do Instituto?

Faça como outros colegas: escreva-nos a respeito para o e-mail adcapnacional@adcap.org.br

Amanhã continuaremos com os nossos comentários e falaremos sobre o Acordo Coletivo de Trabalho 2014/2015. 

Atenciosamente,
Diretoria Executiva da ADCAP Nacional. 
Nota de Esclarecimentos dos Correios
Parte II

14/10/2014

Prosseguindo com os comentários à Nota de Esclarecimentos dos Correios, a ADCAP hoje abordará a questão relativa às pessoas estranhas aos quadros da ECT.

Segundo a Nota de Esclarecimento da ECT: “sobre as pessoas estranhas ao quadro de pessoal da empresa, informamos que se tratam de servidores concursados, cedidos pela administração pública.”.

Inicialmente, cumpre esclarecer que algumas dessas pessoas estranhas ao quadro de pessoal da ECT, embora sejam oriundas de outros órgãos da administração pública, nem sequer lograram aprovação em concursos públicos de provas e títulos para cargos de nível superior em seus órgãos de origem e são cedidas para os Correios, onde passam a exercer as mais elevadas funções gerenciais da carreira da Empresa, com remunerações que chegam a superar os R$ 20.000 (vinte mil reais).  Certamente, por mera coincidência, muitas dessas pessoas são filiadas ao Partido dos Trabalhadores...

Como exemplo, cita-se a existência, dentre os servidores cedidos, de Auxiliar Administrativo do INSS, Técnico em Assuntos Educacionais do Ministério da Educação, Técnico de Nível Médio do Ministério da Educação e Técnico do Seguro Social do INSS. Sem demérito para os ocupantes desses cargos, os citados servidores, como se observa, não dispõem de nenhuma expertise no setor postal, tratando-se, em sua maioria absoluta, de profissionais da burocracia da administração direta, sem vivência na gestão de uma empresa estatal e de seus dilemas.

Afirma ainda a Nota que “alteração equiparou os Correios a outros órgãos da administração pública, onde a cessão de funcionários é normal. Hoje os Correios, como outros órgãos da administração direta e indireta, podem receber trabalhadores cedidos, da mesma forma que cedem empregados para trabalhar em outros órgãos. Os Correios cedem hoje 360 empregados para outros órgãos e possuem 21 servidores públicos cedidos de outros órgãos em seu quadro”.

Aqui, a Nota escorrega em sofismas e impropriedades. Primeiro, que a requisição de servidores para a ECT  já existia, porém limitada em número e exclusivamente para funções de Assessoramento da Diretoria. Mas temos que atualmente os servidores cedidos ocupam as mais relevantes funções gerenciais dos Correios, como Superintendente Executivo e Chefe de Departamento,  o que não ocorre em outras empresas estatais.

Quanto à afirmação de que existem 360 (trezentos e sessenta) empregados dos Correios cedidos para outros órgãos, DESAFIAMOS a Direção da ECT a apresentar ALGUNS que estejam cedidos para a CAIXA, para o BANCO DO BRASIL ou para a PETROBRAS, exercendo função gerencial equivalente a Chefe de Departamento ou Superintendente Executivo.

Portanto, diferentemente do que afirma a Nota de Esclarecimento da ECT, o exercício de funções gerenciais por pessoas estranhas ao quadro próprio NÃO É UMA PRÁTICA COMUM NA ADMINISTRAÇÃO INDIRETA, em especial nas empresas estatais.

Quanto à afirmação de que existem 21 (vinte e um) servidores cedidos, registre-se que todos ocupam as maiores funções técnicas (Analistas XI, XII e XIII) e gerenciais (Chefe de Departamento e Superintendente Executivo) da ECT. Além disso, a Nota omite a existência de 13 (treze) Assessores Especiais, pessoas sem nenhum vínculo com a administração pública, contratadas sem concurso público e designadas para atuarem na Presidência e nas Vice-Presidências, com remunerações superiores a R$ 19.000 (dezenove mil reais), constituindo uma aberração jurídica – a criação de cargos em comissão na empresa estatal – o que já foi objeto de ação judicial movida pelo Ministério Público do Trabalho e resultou no compromisso da ECT em efetuar o desligamento dos “comissionados”.

Você, leitor, acha justo que pessoas estranhas ao quadro de pessoal da ECT sejam requisitadas ou contratadas sem concurso público para a ocupação das mais altas funções técnicas e gerenciais da Empresa, em detrimento do oferecimento de oportunidades aos empregados dos Correios com melhor formação acadêmica e experiência profissional?

Faça como outros colegas: escreva-nos a respeito para o e-mail adcapnacional@adcap.org.br

Amanhã continuaremos com os nossos comentários.

Esta nota complementa a publicada em 13/10/2014, disponível no endereço:

http://adcap.org.br/noticias.php?id=884&pagina=
NOTA DE ESCLARECIMENTOS DOS CORREIOS - PARTE I

13/10/2014

Em relação à Nota Pública emitida pela ADCAP (http://adcap.org.br/noticias.php?id=869&pagina), em 03/10/2014, acerca do aparelhamento político-partidário dos Correios, recebemos da ECT um pedido de publicação da sua Nota de Esclarecimento, que segue abaixo:

Esclarecimentos sobre a nota pública da ADCAP

Publicado em 10 de outubro de 2014 por Correios

As informações divulgadas na nota pública da ADCAP, no dia 3 de outubro, não procedem. Seguem esclarecimentos dos Correios a cada ponto enumerado na nota:

a) Não existe aparelhamento político na empresa. As designações para funções técnicas e gerenciais ocorrem conforme critérios previstos nos normativos internos e atendem requisitos de educação formal, experiência, desempenho e análise de perfil.

A principal mudança nos normativos em 2011 foi a inclusão de critérios também para a nomeação de membros da Diretoria-Executiva empresa, o que antes não existia. Agora, para designação, é preciso ter reputação ilibada e formação em nível superior em instituição de ensino reconhecida pelo Ministério da Educação ou ter exercido, comprovadamente, função compatível.

Sobre pessoas estranhas ao quadro de pessoal da empresa, informamos que se tratam de servidores concursados, cedidos pela administração pública. A alteração equiparou os Correios a outros órgãos da administração pública, onde a cessão de funcionários é normal. Hoje os Correios, como outros órgãos da administração direta e indireta, podem receber trabalhadores cedidos, da mesma forma que cedem empregados para trabalhar em outros órgãos. Os Correios cedem hoje 360 empregados para outros órgãos e possuem 21 servidores públicos cedidos de outros órgãos em seu quadro.

b) Todos os Diretores Regionais dos Correios são empregados de carreira da empresa e as designações ocorreram conforme critérios previstos nos normativos internos, atendendo requisitos de educação formal, experiência, desempenho e análise de perfil. Filiação partidária não é um critério para designação — essa informação sequer consta da ficha funcional dos empregados.

c)  As designações para funções técnicas e gerenciais ocorrem conforme critérios previstos nos normativos internos e atendem requisitos de educação formal, experiência, desempenho e análise de perfil.

d)  As designações para funções técnicas e gerenciais ocorrem conforme critérios previstos nos normativos internos e atendem requisitos de educação formal, experiência, desempenho e análise de perfil.

Sobre as condições de trabalho dos carteiros, esclarecemos nos últimos três anos o investimento total na infraestrutura foi superior a R$ 1,18 bilhão (compra de novos veículos e equipamentos e reforma de unidades, principalmente). Nesse período também foram contratados mais de 20 mil trabalhadores.
Sobre a remuneração dos carteiros, esclarecemos que pela primeira vez em muitos anos a empresa conseguiu, em 2014, firmar um acordo coletivo de trabalho com as representações sindicais e que o aumento para carteiros, em forma de gratificação de incentivo à produtividade, chegou a até 18%, ou seja, aproximadamente 11% acima da inflação do período negociado.

e)  Não existe aparelhamento no fundo de pensão. A indicação de membros para a diretoria do Postalis é prerrogativa dos Correios como patrocinador, prevista nos normativos. Todos os indicados cumprem os requisitos exigidos pela legislação e pelo estatuto do Postalis.

Em 2013 os Correios indicaram um novo diretor para a área de investimentos do fundo e a diretoria da estatal tem realizado reuniões periódicas com a diretoria do Postalis, para acompanhar o plano de ação de reversão de déficit. Ressaltamos que as aplicações que estavam em desacordo com a regulamentação do setor foram realizadas há mais de três anos e os procedimentos legais e regulamentares foram tomados. Todos os investimentos feitos pela atual diretoria do Postalis vêm obtendo retorno acima da meta atuarial.

f)  Ressaltamos que as aplicações que estavam em desacordo com a regulamentação do setor foram realizadas há mais de três anos e os procedimentos legais e regulamentares foram tomados. Todos os investimentos feitos pela atual diretoria do Postalis vêm obtendo retorno acima da meta atuarial.

Não houve redução de salários e benefícios de 500 mil pessoas. A contribuição para equilíbrio do défict é rateada mensalmente entre a empresa e por cerca de 80 mil participantes do plano BD já saldado. Para cada um deles, o valor equivale a 3,94% sobre aposentadoria, pensão ou benefício saldado a que fará jus quando se aposentar. Ressaltamos que essa contribuição não é descontada dos outros 45 mil trabalhadores dos Correios, pois são vinculados a outro plano, o PostalPrev.

As autuações efetuadas pela Previc não tratavam de prejuízos ao fundo e sim de desenquadramentos dos investimentos em relação aos limites legais.

( http://blog.correios.com.br/correios/#sthash.460057bs.dpuf )



COMENTÁRIOS DA ADCAP:


A Nota assegura que, no caso dos Diretores Regionais, “as designações ocorreram conforme critérios previstos nos normativos internos, atendendo requisitos de educação formal, experiência, desempenho e análise de perfil. Filiação partidária não é um critério para designação — essa informação sequer consta da ficha funcional dos empregados”.

Aqui, é preciso inicialmente definir com clareza o que significa “critério” e o que significa “requisito”.

“Requisito”, nos mais diversos dicionários, significa “condição que se deve satisfazer para alcançar certo fim”, “condição necessária, exigência”.

“Critério” é um padrão que serve de base para comparação e que permite fundamentar uma escolha ou uma decisão.

Assim, no caso dos Diretores Regionais, os requisitos mínimos de acesso estabelecidos nos MANPES preveem 7 (sete) pontos em Educação e 54 (cinquenta e quatro) pontos em Experiência.

Os citados requisitos - mínimos, ressalve-se - podem ser atingidos por qualquer empregado com dois anos de empresa e com diploma de ensino superior, mesmo sem aprovação em concurso público para cargo de nível superior.

Portanto, dentre os milhares de empregados que preenchem os referidos requisitos, quais os critérios de escolha dos Diretores Regionais?

Quais os critérios adotados para escolher como Diretor Regional um empregado que possui somente a formação de nível superior e parca experiência profissional, em detrimento de outros, por exemplo, com sólida formação acadêmica (especialização, mestrado e doutorado), larga experiência técnica e gerencial, inclusive com participação em consultorias internacionais patrocinadas pela UPU? Quais os critérios adotados para escolher um empregado com 54 pontos de experiência em detrimento de outros com mais de 500 pontos?

Que critérios senão a sua orientação política, a sua filiação partidária ou a sua atuação sindical?

É o que se extrai do cruzamento de dados públicos dos ocupantes de funções técnicas e gerenciais da ECT (publicados no sítio dos Correios: www.correios.com.br) com os dados públicos dos eleitores filiados ao Partido dos Trabalhadores (publicados no sítio do TSE: www.tse.jus.br).

Além de 18 (dezoito) Diretores Regionais filados ao PT, existem centenas de Coordenadores, Assessores, Gerentes, Subgerentes e ocupantes de outras funções filiados ao mesmo partido, conforme identificado no cruzamento que foi realizado.  E aí, querem fazer-nos acreditar que a filiação partidária não é critério, apenas mera coincidência?!...

É relevante destacar que em algumas situações os Diretores Regionais escolhidos nem sequer preenchiam os requisitos mínimos exigidos para o exercício da função (por ausência de formação de nível superior, por exemplo, não atingiam a pontuação mínima em Educação), mas foram designados “excepcionalmente”, o que significa que não são as escolhas que se submetem aos requisitos, mas os requisitos que se submetem às escolhas.

Em resumo, a Nota afirma que não existe aparelhamento na ECT. De acordo com o Dicionário Houaiss, “aparelhamento” significa “a tomada de controle de órgãos ou setores da administração pública por representantes de grupo de interesses corporativos ou partidários, mediante a ocupação de postos estratégicos das organizações do Estado, de modo a colocá-las a serviço dos interesses do grupo”.

Vamos deixar que você, leitor, forme o seu próprio juízo de valor: existe ou não existe aparelhamento político nos Correios?

Como já fizeram diversos associados, se quiser, escreva-nos a respeito, para o e-mail adcapnacional@adcap.org.br

Amanhã daremos continuidade aos comentários, abordando outros tópicos. 




ADCAP participa de novas ações relativas ao POSTALIS


07/10/2014

A ADCAP participou, no dia 02/10/2104,  de dois encontros que objetivaram conhecer melhor a situação do POSTALIS, debater as alternativas para o saneamento dos Planos de Benefícios - BD e CD e manter o diálogo com a PREVIC no sentido de agilizar as medidas do órgão regulador do sistema de previdência complementar.

O primeiro encontro ocorreu na PREVIC e constou de reunião com a Diretoria de Fiscalização daquela entidade. Também participaram dessa reunião representantes da ANAPOST e da FAACO. Em resumo a reunião serviu para ratificar a preocupação das entidades de participantes e beneficiários com a situação do POSTALIS, em especial com relação ao Plano BD saldado e com as reiteradas notícias de perdas milionárias e seus efeitos para os participantes.

Os representantes da PREVIC manifestaram mais uma vez a sua preocupação com as informações divulgadas pela imprensa e por suas auditorias, renovando a informação que está em processo de fiscalização especial, objetivando confirmar se a Administração do POSTALIS adotou medidas para resolver os problemas já identificados e avaliar as perspectivas dos respectivos planos de benefícios.

O segundo encontro foi um workshop com o título de "Qual o Futuro do POSTALIS ?" que contou com a coordenação geral da ANAPAR na pessoa da Sra. Claudia Ricaldone e com o apoio e participação da ADCAP, ANAPOST, FAACO e FENTECT. Ocorreram duas apresentações que trataram dos seguintes temas: Intervenções e Liquidações Extra-judiciais nos Fundos de Pensão e suas consequências para os participantes,  palestra proferida pela Dra. Marceli Azevedo, advogada especialista em Previdência Complementar e Análise da situação do Plano BD POSTALIS - Diagnóstico,  tema conduzido pelo Sr.  Luciano Fázio, Consultor/ANAPAR. 

As apresentações foram de excelente nível, em especial a apresentação realizada pelo Consultor Sr. Luciano sobre a situação do Plano BD saldado, com informações qualificadas e bastante conclusivas sobre as causas dos repetitivos déficits e a grave situação de perdas do plano.

Estamos planejando a melhor forma de divulgação desse conhecimento e nos organizando para a continuidade da agenda de reuniões entre as entidades e a ANAPAR para colocarmos em marcha ações conjuntas e decisivas para a melhoria da gestão do POSTALIS, em defesa de seus participantes e beneficiários.

Atenciosamente,
Diretoria Executiva da ADCAP Nacional.

NOTA PÚBLICA

03/10/2014

A Associação dos Profissionais dos Correios - ADCAP, entidade sem fins lucrativos fundada em 20/12/1986, sem vinculação a qualquer partido político, em virtude das últimas notícias divulgadas acerca do aparelhamento político da ECT, vem a público manifestar o que se segue: 

a) Nos últimos anos o aparelhamento político da ECT se acentuou com as mudanças introduzidas no Manual de Pessoal em 2011, que permitiram o acesso às funções técnicas e gerenciais por empregados e pessoas estranhas aos quadros de pessoal da Empresa sem a observância dos imperativos de competência técnica e capacidade gerencial;

b) Em decorrência dessas alterações, 18 (dezoito) dos 27 (vinte e sete) Diretores Regionais da ECT são filiados ao Partido dos Trabalhadores;

c) Além disso, muitas outras funções são ocupadas por critérios políticos nas Diretorias Regionais e na Administração Central da Empresa;

d) Como exemplos desse aparelhamento, registre-se que enquanto mais de 50.000 mil Carteiros labutam diariamente em condições muitas vezes desfavoráveis por uma remuneração mensal de cerca de R$ 1.500 (hum mil e quinhentos reais), outros Carteiros ligados à burocracia sindical e partidária ocupam elevadas funções em Brasília e nos diversos estados, alguns deles com remunerações superiores a R$ 20.000 (vinte mil reais);

e) O citado aparelhamento afeta também o Fundo de Pensão dos empregados dos Correios, o Postalis, frequentemente citado em notícias veiculadas pela imprensa contendo suspeitas de investimentos duvidosos e de operações fraudulentas;

f) O Postalis já acumula um déficit atuarial superior a R$ 2,2 bilhões em 2013/214, levando em breve a uma drástica redução dos salários e benefícios dos empregados e aposentados dos Correios e atingindo cerca de 500 mil pessoal, o que levou a ADCAP a solicitar à PREVIC, junto com outras entidades representativas de empregados, a intervenção no Postalis;

Diante do exposto, a ADCAP comunica que está avaliando as medidas judiciais cabíveis e que oportunamente se manifestará novamente sobre o assunto.


Atenciosamente,
Diretoria Executiva da ADCAP Nacional.
Nosso candidato se chama “CORREIOS”

03/10/2014

Nos últimos dias, a imprensa tem trazido matérias sobre condutas inadequadas na Empresa relacionadas às eleições. A Empresa tem procurado se defender, mas inúmeros fatos reportados por nossos núcleos regionais nos mostram que, infelizmente, a prioridade de muitos parece não ser mais hoje a sustentabilidade da organização, sua melhoria contínua e o bom atendimento de nossos clientes. Para esses, o importante é a manutenção do “status quo”, das promoções para posições de gestão ocorridas sem merecimento e produzidas a partir de indicações políticas, dos critérios flexibilizados e dos acréscimos salarias produzidos nesse processo. Nesse contexto, os temas técnicos passam para segundo plano e o grande objetivo passa a ser “vencer a eleição”. 

A ADCAP repudia veemente esse comportamento, pois, se por um lado é certo que cada um pode e até deve ter suas próprias convicções políticas, por outro é evidente que o ambiente empresarial demanda neutralidade, já que os Correios são também uma importante infraestrutura estatal de suporte às próprias eleições. 

A ADCAP espera que cada um de seus associados compartilhe dessa visão e que aqueles que exercem posições de liderança estejam sempre conscientes de que sua missão na organização não passa por servir a interesses de partidos ou correntes políticas, mas sim, tão somente, aos interesses da sociedade brasileira e da ECT, como instituição.  

Com relação aos diversos associados que se candidataram a mandatos eletivos, a ADCAP espera que tenham sucesso em suas empreitadas, independentemente do partido a que estejam filiados, e conta que, se eleitos, defenderão nas respectivas posições, no executivo ou no legislativo, temas que produzam efetivas melhorias para o País. 

Boas eleições!


Atenciosamente,
Diretoria Executiva da ADCAP Nacional.

quinta-feira, 2 de outubro de 2014


Carta de compromisso Aécio Neves



Prezado Associado,

Reportando ao News “Carta para os candidatos na eleição presidencial” publicado dia 22 de setembro, que divulgou correspondência encaminhada aos comitês eleitorais dos candidatos presidenciáveis, divulgamos, a seguir, resposta do candidato Aécio Neves, por meio da qual assume compromissos com os funcionários dos Correios, com a recuperação da empresa o saneamento do Postalis.



Atenciosamente,
Diretoria Executiva da ADCA
P Nacional.



quarta-feira, 1 de outubro de 2014

Em vídeo, deputado diz que 'tem dedo forte dos petistas dos Correios' na campanha de Dilma
Estadão
30/09/2014
- Numa reunião com dirigentes dos Correios em Minas Gerais, com a presença do presidente da empresa pública, Wagner Pinheiro, o deputado estadual Durval Ângelo (PT-MG) afirmou que a presidente Dilma Rousseff só chegou a "40%" das intenções de votos em Minas Gerais porque "tem dedo forte dos petistas dos Correios". Um trecho gravado da reunião, realizada na última quinta-feira, foi obtido pelo Estado. "..Se hoje nós temos a capilaridade da campanha do Pimentel [candidato do PT ao governo de Minas] e da Dilma em toda Minas Gerais, isso é graças a essa equipe dos Correios." O deputado diz, ainda, que "a prestação de contas dos petistas dos Correios será com a vitória do Fernando Pimentel a governador e com a vitória da DilmaTodo discurso é acompanhado pelo presidente dos Correios, Wagner Pinheiro, que não se manifesta no trecho ao qual o Estado teve acesso.
Pinheiro está sentado à mesa ao lado do deputado Durval Ângelo e não o interrompe. O parlamentar, que integra o Diretório Nacional do PT e é coordenador político da campanha de Pimentel, pede ao presidente dos Correios que informe à direção nacional do partido sobre "a grande contribuição que os Correios estão fazendo" nas campanhas.
"... A Dilma tinha em Minas Gerais, em alguns momentos, menos de 30%. Se hoje nós estamos com 40% em Minas Gerais tem dedo forte dos petistas dos Correios. Então, queremos que você leve à direção nacional do PT, que eu também faço parte do diretório, mas também à direção nacional da campanha da Dilma, a grande contribuição que os Correios estão fazendo." E prossegue: "Muitos companheiros tiraram férias, licença, que têm como direito, ao invés de estarem com suas famílias passeando, estão acreditando no projeto." 

Clique para assistir o vídeo:


O deputado diz, na gravação, ter uma "parceria antiga com gigantes que representam os Correios" e cita nominalmente o diretor regional dos Correios em Minas Gerais,Pedro Amengol, o assessor do gabinete da diretoria, Lino Francisco da Silva, e o gerente regional de vendas dos Correios, Fábio Heládio, os três ligados ao PT. '"...No dia da reunião que nós tivemos no hotel [da qual participou Pimentel], o Helvécio [Magalhães, coordenador da campanha do petista] falou: "Vou reunir com a equipe ainda esta semana e vamos liberar a infraestrutura. E, se hoje nós temos a capilaridade da campanha do Pimentel e da Dilma em toda Minas Gerais, isso é graças a essa equipe dos Correios.""
O deputado contou que várias reuniões foram realizadas no Estado por funcionários dos Correios para trabalhar pelas campanhas: "Os Correios trabalharam com as 66 mesorregiões [de Minas]. Fizemos reuniões em todas e nas macrorregiões, regiões assim como Governador Valadares, com 40 cidades, assim como 30 cidades do Sul, em Viçosa tinha 70 cidades. Onde eu tive perna eu fui acompanhando."
Na última semana, o Estado revelou que os Correios abriram uma exceção para entregar, sem chancela, 4,8 milhões de folders da campanha de Dilma Rousseff no interior de São Paulo. A chancela ou estampa digital serve como comprovação de que o material entregue pelos carteiros foi realmente postado nos Correios e distribuído de forma regular, mediante pagamento. Dez partidos de oposição também foram beneficiados com a exceção para enviar 927,7 mil unidades sem Outro lado. O presidente dos Correios afirmou, por meio da assessoria, que "os Correios não estão contribuindo com a campanha de qualquer candidato". Ele confirmou que participou da reunião em Minas Gerais, na última quinta-feira, após cumprir agenda de trabalho na capital mineira - a sede dos Correios fica em Brasília. "A reunião não ocorreu durante o expediente e a empresa não custeou despesas relacionadas a ela." A assessoria informou que "durante o período da tarde, o presidente participou de reuniões de trabalho na Diretoria Regional dos Correios de Minas Gerais e de evento do Plano de Demissão Incentivada para Aposentado dos Correios."O deputado Durval Angêlo não respondeu aos telefonemas do Estado. A assessoria de campanha da presidente Dilma Rousseff, procurada, afirmou: "A campanha não mobiliza funcionários da empresa. A única relação da campanha com os Correios ocorre mediante prestação de serviços pagos, como já informado anteriormente ao Estado de S. Paulo".
A campanha de Pimentel afirmou que ele tem se reunido e recebido apoio de vários segmentos de servidores em Minas Gerais, incluindo dos Correios. "É algo corriqueiro na campanha", afirmou a assessoria. Na última semana, por exemplo, o didato esteve com funcionários da estatal num encontro organizado pelo diretor dos Correios em Minas, Pedro Amengol. "Demonstramos o apoio do coletivo de trabalhadores e trabalhadoras dos Correios que está organizado há mais de dez anos no estado", afirmou Amengol, conforme noticiado no site da campanha. Procurado, Amengol não ligou de volta para o Estado.