quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Eleição do Postalis - uso ilegal de senhas


Prezado participante do Postalis,

A campanha eleitoral para os Conselhos Deliberativo e Fiscal do postalis está em andamento e você tem até o próximo dia 03 de março para fazer a sua escolha e votar.

Importante entender que o voto é pessoal, ou seja, somente você pode exercer o seu direito de votar. É facultativo, ou seja, você pode decidir se quer ou não votar. É secreto, somente você escolhe e decide em quem quer votar.
Quem pede e quem entrega sua senha comete várias irregularidades. Contra o regulamento da eleição, que pode levar à impugnação do candidato que assim agir. Também, contra o regulamento disciplinar da empresa por falsidade ideológica, sujeitando o empregado a processo disciplinar.
Assim, não aceite ou participe de ações fraudulentas contra o processo eleitoral do Postalis, ao contrário, denuncie qualquer pratica que tenha conhecimento para que possamos adotar as medidas necessárias.
A democracia exige vigilância de todos para que aproveitadores e espertos não usem a boa fé das pessoas em benefício próprio.

Contamos com a sua participação.


Diretoria Executiva ADCAP Nacional.

terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Pelo respeito aos trabalhadores


Temos seguidamente apontado um conjunto de medidas confusas, mal planejadas e inconsistentes adotadas pela VIGEP nos últimos anos. Estas medidas têm gerado as mais desastrosas consequências para os trabalhadores dos Correios. Infelizmente, nossas manifestações não tem merecido a atenção necessária por parte da Diretoria Executiva, no sentido de mudar o curso do desastre anunciado. 

Concurso Público 
A primeira dessas manifestações diz respeito a ausência de concurso público para reposição das vagas abertas, em especial para os cargos de agente de Correios destinados às Unidades de Distribuição, de Tratamento e de Atendimento (CDD/CEE, CTCE, Agências etc). Essa decisão da VIGEP, compartilhada pela Diretoria Executiva e pelo Conselho de Administração, gera sobrecarga aos trabalhadores, instabilidade no ambiente de trabalho, maiores custos para os Correios com horas-extras e mão-de-obra terceirizada e perda de qualidade. Somente quem não conhece e insiste em não querer conhecer como funciona uma empresa de Correios pode admitir a adoção e manutenção de uma medida como esta. 

Postal Saúde
A segunda manifestação trata da forma de implementação da mudança do plano de saúde dos trabalhadores dos Correios. A irracionalidade da implementação se refere a alterar de um dia para o outro, sem preparação prévia, um sistema que funcionou, com todas as suas imperfeições, de modo descentralizado e capitalizado por décadas, e que foi agora totalmente centralizado, com contratações de fornecedores de modo direto, em caráter de urgência, sem qualquer programação, articulação e cooperação do corpo de trabalhadores, os quais por anos atuaram na gestão e coordenação desse importante benefício para todos os trabalhadores dos Correios. Consequência? Um mar de problemas. Aumento absurdo dos gastos com o sistema, trabalhadores sem acesso aos seus benefícios, situações graves de saúde sendo tratadas por 0800 e a imagem dos Correios e dos seus trabalhadores no pior patamar possível. O que dizer a um trabalhador que procura um prestador de serviço e ouve que o convenio dos Correios foi cancelado por falta de pagamentos - numa palavra: humilhação

Postalis 
A terceira manifestação trata da total ausência, atuação e envolvimento com os problemas do Postalis, instrumento de promoção e valorização dos trabalhadores que simplesmente foi terceirizado pela VIGEP, que nem sabe informar aos trabalhadores o tamanho da conta bilionária que estarão sendo chamados a pagar.  

Total incompetência e falta de visão, denunciada em muitos os alertas ao longo desses anos. 

A última medida que a VIGEP apresentou à Diretoria Executiva, conforme informação que circula pelos corredores da Empresa é a proposta de demissão de trabalhadores aposentados e que continuam trabalhando nos Correios. Sem dúvida, milhares de trabalhadores já em tempo de se retirar para aproveitar a sua merecida aposentadoria não o fazem por várias razões: a primeira é que a aposentadoria não permite uma vida digna, a segunda é que o plano de previdência - BD saldado pelos Correios está praticamente insolvente e a terceira é que muitos esperam um plano de desligamento que faça justiça ao seu empenho e dedicação de 35, 40, 45 anos aos Correios. O que parece presente, caso sejam verdadeiras essas informações – e somente o VIGEP pode confirmar ou desmentir - é que existe um ódio, uma atuação determinada e contínua para humilhar, desprezar e descartar os trabalhadores do quadro próprio, de todos os níveis, por parte da Gestão de Pessoas nos Correios e com o consequente desrespeito para com as entidades representativas dos empregados,  seja pela cooptação de algumas; seja pelo atropelamento de outras que não comungam nem dizem amém aos desmandos e ditames da VIGEP.

Não nos parece que seja desta forma que deveriam ser tratados os trabalhadores dos Correios, que merecem, acima de tudo, RESPEITO !


Diretoria da ADCAP Nacional.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Aposentados - boatos sobre demissão


Aposentados 

Diversos associados têm indagado à ADCAP a respeito de boatos sobre demissão de aposentados.

As questões se originam do julgamento do RE 655.283, decorrente de disputa entre a FAACO e os Correios. A ação assumiu, por decisão do Ministro Marco Aurélio de Mello, caráter de repercussão geral, ou seja, a futura decisão de mérito não se aplicará apenas ao caso que provocou o julgamento mas também a outros casos idênticos em instâncias inferiores.

De forma bem concisa, o cerne do que se discute nesse caso é a possibilidade de a Empresa desligar automaticamente os empregados que se aposentem. A FAACO tem obtido a vitória no julgamento desta questão até aqui, mas a decisão definitiva, com repercussão geral, ainda não foi proferida.

Diante do interesse de muitos associados, a ADCAP acionou seus advogados para que a associação passasse a participar do processo. O Ministro Marco Aurélio de Mello negou o pedido, como havia feito anteriormente com pedidos similares do Estado de Santa Catarina e do Postalis. A ADCAP interpôs agravo regimental que aguarda julgamento.

A ADCAP entende que, como tem decidido a justiça até aqui, a aposentadoria voluntária não pode ser tomada como motivo para a extinção automática do vínculo empregatício. 

Os associados que quiserem saber de mais detalhes sobre o assunto podem consultar o site do STF, em:
http://www.stf.jus.br/portal/processo/verProcessoAndamento.asp?incidente=4132643

Independentemente de comunicações oficiais que a Empresa venha a fazer sobre esse tema, manteremos acompanhamento do assunto para informação a nossos associados.
 

Diretoria Executiva ADCAP Nacional.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Matérias do jornal O Globo divulgadas nesta última semana trazem novamente menções ao POSTALIS
 
 
A descrição da forma grosseira com que foram feitas falsificações para desviar dinheiro do Postalis - com Liquid Paper, um corretor líquido - e o aventado envolvimento do ex-Presidente do POSTALIS causam indignação e nos levam a indagar: 
 
- Onde estão as autoridades e órgãos que deveriam fiscalizar os fundos de pensão e os crimes relacionados a essas entidades?  PREVIC, TCU, CGU, Polícia Federal, Ministério Público Federal.
 
- Por que nada de concreto, exceto suspensões e multas irrisórias, foram aplicadas aos ex-dirigentes?
 
- Por que não se buscou recuperar o dinheiro desviado ou perdido, não só junto ao banco que deveria fiscalizar as aplicações, o BNY Mellon, mas também junto aos ex-dirigentes do Postalis e da empresa que montou a desastrosa operação reportada nas matérias?
 
Será que pensam que os ecetistas vão continuar pagando indefinidamente a conta de crimes assim como esses?
 
Os ecetistas são vítimas de um estado de coisas que se materializou a partir do aparelhamento político-partidário do POSTALIS e da captura política do instituto por grupos que se locupletaram das posições de direção.
 
Queremos nosso dinheiro de volta, os bandidos na cadeia e o POSTALIS arrumado e fora das mãos de políticos que só querem se aproveitar de sua influência para levar a instituição a negócios desastrosos para os participantes e beneficiários.
 
O POSTALIS não pertence a partidos políticos, a políticos ou mesmo ao Governo Federal. Chega de desvios! 

Diretoria Executiva da ADCAP Nacional.
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Em fraude milionária, gestora do Postalis altera preço de títulos com tinta corretora
O Globo
15/02/2015

BRASÍLIA — Uma das maiores fraudes de fundos de pensão no país foi montada até com a falsificação de documentos de forma grosseira. Relatórios da Securities and Exchange Comission (SEC, a xerife do mercado financeiro americano) obtidos pelo GLOBO mostram que ao menos seis papéis de instituições financeiras na carteira do Postalis (fundo de pensão dos Correios) tiveram o valor adulterado com tinta corretora ou com um simples “corta e cola” nos processos digitalizados. A fraude, feita entre 2006 e 2009, detalhada nos relatórios da SEC, chega a US$ 24 milhões (R$ 68 milhões). Os responsáveis são sócios da Atlântica Asset Managment, gestora contratada pelo Postalis para investir o dinheiro dos carteiros em títulos da dívida brasileira no exterior.
As fraudes geraram prejuízos milionários ao fundo de pensão e começaram a ser desvendadas no ano passado. O caso ganha contorno ainda mais complexo, já que o Postalis havia contratado o Bank of New York Mellon para exercer a função de administrador e fiscalizar o trabalho de gestores, entre eles, a Atlântica. Agora, cobra o banco americano na Justiça pelas perdas.
O Postalis é o maior fundo de pensão em número de participantes do país — 196 mil. E contrata gestores para decidir como investir os recursos dos contribuintes. Um deles foi a Atlântica Asset Managment, que passou a aplicar recursos em notas estruturadas, um papel bem mais arriscado do que os títulos soberanos. Além disso, a gestora fraudou as notas de forma primária, para elevar os valores e desviar recursos do Postalis.
LIQUIDAÇÃO DE GRANDES OPERAÇÕES POR FAX
O uso do líquido corretor escolar só foi possível porque o sistema financeiro americano não é tão eficiente quanto o brasileiro: até grandes operações são fechadas e liquidadas por fax. À Justiça da Flórida, a SEC explicou o artifício criado pela Atlântica e detalhou as ações do responsável pela empresa, Fabrízio Neves, e de seu parceiro José Luna. Os papéis eram vendidos para a LatAm, outra empresa controlada pelos dois, remarcados (às vezes em mais de 60%) e revendidos a empresas em paraísos fiscais. Entre elas, a offshore Spectra, que tinha como beneficiário Alexej Predtechensky (conhecido como Russo), então presidente do Postalis. A fraude ocorria no trajeto dos papéis.
“Em pelo menos seis casos, Neves e Luna esconderam o esquema (...) alterando os term sheets (documento-base com os principais termos e condições para efetivar uma transação) entregues para a LatAm por emitentes das notas, seja inflando o preço original, ou removendo informação do preço. Neves dizia a Luna quais preços usar, verificava o preço do term sheet alterado, e aprovava as alterações antes de Luna enviá-las aos representantes dos fundos brasileiros. Luna usou líquido corretor escolar ou o eletrônico ‘corta e cola’ para mudar ou omitir as informações sobre o preço original dos term sheet”, diz o texto da SEC. O GLOBO não conseguiu entrar em contato com Neves e Luna.
Após as fraudes virem à tona, o Postalis interpelou o BNY Mellon na Justiça para rever os valores, com o argumento que o banco é o responsável pela fiscalização dos investimentos. O GLOBO teve acesso ao contrato fechado entre o banco e o fundo de pensão. No documento, o BNY Mellon diz ter métodos eficientes de controle das transações feitas com recursos de clientes. Com base nessa premissa, o fundo dos carteiros conseguiu na Justiça o bloqueio de R$ 250 milhões do patrimônio do banco americano. O BNY Mellon é acusado pelo Postalis de gerir de forma “ruinosa” o dinheiro dos aposentados da estatal. Ao todo, o fundo teve perdas de nada menos que R$ 2 bilhões nos últimos dois anos.
FUNDO PASSA POR AUDITORIA
Para a Justiça brasileira, o banco argumentou que não teria como evitar a fraude, porque ela foi promovida pela ex-diretoria do Postalis, que conhecia mecanismos para burlar o sistema e evitar o controle da administradora. Ao GLOBO, o BNY Mellon disse que detectar ações fraudulentas desta natureza vai além do escopo de suas responsabilidades, especialmente quando foram propositalmente escondidas. “O fato de o gestor do fundo em questão ter saído do mercado local desta maneira e usar uma terceira parte para esconder suas ações indica que nós não fomos cúmplices ou responsáveis de forma alguma pela alegada fraude”, disse, em nota.
O BNY se refere à Atlântica. O escritório foi fechado, segundo fontes a par das investigações, e Fabrízio Neves vive, hoje, fora do país. O banco lembra que o ex-presidente do Postalis Alexej Predtechensky é apontado por autoridades americanas como um dos responsáveis pelos crimes. Ele presidiu o fundo por seis anos e deixou o cargo em 2012. Procurado pelo GLOBO, não retornou as ligações.
Para o Postalis, o BNY Mellon foi omisso. O fundo insiste que o banco tinha condições de detectar a fraude. E alega que não participou diretamente das operações, “cuja legalidade, autenticidade e confiabilidade estavam a cargo da BNY Mellon”.
Mesmo com os ânimos acirrados na Justiça, o banco americano detém o poder sobre os investimentos do Postalis. Na segunda cláusula do contrato com o fundo, o texto diz que a instituição tem exclusividade no serviços de negociação dos ativos do Postalis. A cláusula é considerada usual por integrantes do mercado, mas foi a primeira vez que o Postalis assinou esse tipo de contrato. O banco deveria avisar o Postalis em 48 horas em caso de risco excessivo. Se os gestores não atendessem às notificações, o banco tinha de liquidar as operações que não estavam de acordo com as regras. Pelos serviços, o banco recebeu R$ 11,9 milhões desde 2011.
Acionado pelo Postalis, o Banco Central não concluiu a fiscalização sobre a responsabilidade do BNY Mellon nas fraudes. Procurada pelo GLOBO, a SEC não se manifestou. A Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc) promove uma auditoria no Postalis e cogitou intervir no fundo, mas, segundo fontes, desistiu por ver sinais de que a nova diretoria está empenhada em recuperar as perdas. Em nota ao GLOBO, a Previc ressaltou que a responsabilidade pela gestão dos planos é dos dirigentes das entidades e a contratação de serviços especializados não os exime de suas responsabilidades.
 
http://oglobo.globo.com/economia/em-fraude-milionaria-gestora-do-postalis-altera-preco-de-titulos-com-tinta-corretora-15343193

Postalis cobra dinheiro na Justiça de fraude com papéis de alto risco
O Globo
15/02/2015
BRASÍLIA — Fabrízio Neves, dono da Atlântica Asset Managment, e a então diretoria do Postalis criaram em 2006 o fundo Brasil Sovereign para negociar títulos da dívida pública brasileira no mercado americano. Esse fundo deveria ter 80% de papéis soberanos. Neves deixou de investir em papéis soberanos e passou a trabalhar com papéis de risco: notas estruturadas de bancos americanos como o Lehman Brothers, que quebrou em 2008 e provocou um efeito dominó que mergulhou o mundo em grande crise.
Os papéis eram negociadas por uma corretora com sede em Miami: a LatAm, controlada por Fabrízio Neves. Os valores eram fraudados no início da operação, alterados com tinta corretora.
Parte do dinheiro era desviado para contas em paraísos fiscais. Uma das beneficiárias era a Spectra Trust, de Alexej Predtechensky, presidente do Postalis na época. O BNY Mellon, contratado pelo Postalis, deveria fiscalizar e administrar as transações. O Postalis cobra o dinheiro na Justiça e abriu processo no Banco Central por gestão ruinosa. O BNY Mellon diz que a fraude foi feita pelo presidente do Postalis com a Atlântica de forma a esconder da supervisão. 
http://oglobo.globo.com/economia/postalis-cobra-dinheiro-na-justica-de-fraude-com-papeis-de-alto-risco-15343262

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

13/02/2015 - Notícias sobre os Correios

Doleiro contradiz contadora e diz que não conseguiu se reunir com Renan

Folha.com
12/02/2015

Trecho de um dos depoimentos sigilosos prestados pelo doleiro Alberto Youssef na Operação Lava Jato indica que o presidente do Congresso, o senador Renan Calheiros (PMDB-AL), foi procurado para facilitar um negócio com papéis do fundo de pensão dos Correios, o Postalis, mas o doleiro não conseguiu acesso ao parlamentar e o negócio não saiu do papel.

O doleiro afirmou que "tentou agendar uma reunião", mas não se encontrou com o senador por "desencontro de agendas".

O depoimento contradiz um ponto importante das informações prestadas à CPI da Petrobras pela contadora de Youssef, Meire Poza. Ela havia dito, em sessão da CPI no Congresso Nacional, que tomara conhecimento de que o doleiro havia se reunido com o senador, por volta de março de 2013, para negociar uma compra, pelo Postalis, de R$ 25 milhões em cotas de um fundo de investimento de interesse do doleiro.

Ouvido na época pela Folha, Renan negou a reunião e disse que a chance de que ela tivesse ocorrido era "absolutamente zero".

O doleiro prestou depoimento sigiloso em 15 de outubro passado, mas o documento foi mantido em sigilo na PGR (Procuradoria Geral da República) e no STF (Supremo Tribunal Federal). Nesta quinta-feira (12), por decisão do juiz Sergio Moro, foi anexado aos autos da Operação Lava Jato um total de 63 depoimentos prestados por Youssef e pelo ex-diretor de Abastecimento Paulo Roberto Costa.

Youssef disse que procurou Renan Calheiros porque pretendia obter um aval político para conseguir convencer o Postalis a comprar cotas do Fundo Máxima, ligado a uma agência de viagens do doleiro. Youssef afirmou que "todo fundo [de pensão] tem seu mando político".

"O declarante [Youssef] tem conhecimento que os fundos de previdência no Brasil como um todo 'tem um mando político, e que se não fizer a tratativa política, as coisas não fluem da maneira como tem que fluir, talvez não se concretize'", disse o doleiro, segundo o termo de depoimento prestado à Polícia Federal.

Youssef disse que sua procura por Renan fracassou e que o Postalis não adquiriu nenhuma cota do Fundo Máxima, com qual ele pretendia alavancar entre R$ 50 milhões e R$ 60 milhões. Youssef também não teve sucesso ao tentar vender cotas do fundo para Petros, o fundo de pensão da Petrobras, e Funcef, da Caixa Econômica Federal.

Por outro lado, Youssef conseguiu vender os papéis a outros institutos de previdência social de servidores municipais e estaduais pagando uma alta taxa de 10% de "comissão" a seus corretores. Com exceção de um caso, que envolveu o instituto de previdência do Estado do Tocantins, o doleiro não soube dizer se agentes públicos acabaram corrompidos com o dinheiro que repassou aos corretores.

Para conseguir R$ 2 milhões em investimentos do instituto da Prefeitura de Holambra (SP), por exemplo, Youssef disse ter pago R$ 200 mil a um corretor. Em Petrolina (PE), o corretor ficou com R$ 100 mil, "pagos em dinheiro nas mãos".

Região de Campinas tem 2,5 milhões de entregas paradas nos Correios

G1
12/02/2015

Dois milhões e meio de correspondências estão paradas nos centros de distribuição dos Correios na região de Campinas (SP), segundo o Sindicato dos Trabalhadores dos Correios. Cerca de 1,5 milhão estão na central que fica em Valinhos (SP), responsável por 200 municípios.

O motivo seria a falta de concurso público para completar o quadro de funcionários da empresa. O déficit seria de cerca de 2 mil trabalhadores, segundo o sindicato. Na avaliação dos sindicalistas, seriam necessários 1,4 mil carteiros.

“Estamos fazendo duas horas-extras diárias e trabalhando aos sábados e domingos, mesmo assim não estamos dando conta de escoar todas as correspondências”, disse o diretor do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios, José Ivaldo da Silva.

Ainda segundo o dirigente sindical, 450 profissionais terceirizados foram demitidos e os cargos não foram preenchidos. 

O professor Clóvis Queiroz, de Paulínia (SP), não recebe as contas há semanas. A última havia vencido no dia 20 de dezembro de 2014. “Tudo temos que ficar pedindo pela internet  para pagar”, explica Queiroz.

Moradores das cidades de Indaiatuba (SP), Jaguariúna (SP), Monte Mor (SP), Santa Bárbara d´Oeste e Sumaré (SP) também reclamam da mesma situação.

A artesã Elisabeth Alves disse que só recebe cartas e contas em casa de 15 em 15 dias. Ela e o marido enviaram um e-mail para a empresa federal. Na resposta, o órgão informa que o atraso está ligado a falta de efetivo.

A Direção de Recursos Humanos dos Correios reconheceu a falta de funcionários. Isso teria ocorrido desde que a Justiça impediu a renovação de trabalhadores de empresas terceirizadas em dezembro de 2014.

Para enfrentar o problema, os Correios disseram que servidores estão sendo remanejados e trabalhando aos finais de semana. A resolução do problema só deve ocorrer após um concurso público ainda neste primeiro semestre.

Segundo o superintendente de gestão de pessoas dos Correios, Afonso Oliveira de Almeida, o déficit na região de Campinas é de 468 profissionais. O órgão vai analisar os dados do déficit para publicar depois o edital do concurso público. Reclamações para o órgão federal de entregas de encomendas podem ser feitas pelo telefone 0800-725-0100.

Correios ficará dois dias sem fazer entregas durante o carnaval no TO

G1
10/02/2015

O serviço de entrega dos Correios vai ser suspenso durante dois dias no período de Carnaval, segundo informações divulgadas pela estatal nesta terça-feira (10). Segundo os Correios, no próximo sábado (14) haverá entrega de correspondências e encomendas na capital, em Araguaína e Gurupi. Nos dias 16 e 17 de fevereiro não haverá serviço de entrega no Tocantins.

Ainda de acordo com os Correios, as agências vão ficar fechadas entre os dias 14 e 17. Os trabalhos só retornam no dia 18, após o meio-dia, em todo o estado.

Ao contrário do que muitas pessoas pensam, o período de Carnaval não é considerado feriado segundo a legislação federal e estadual. No Tocantins há apenas três feriados estaduais: 18 de março - Dia da Autonomia do Estado; 8 de setembro - Dia de Nossa Senhora da Natividade, a Padroeira do Estado e 5 de outubro - Dia da Criação do Estado.

Funcionários dos Correios protestam contra a falta de segurança em Maceió

G1
06/02/2015

Cerca de 35 funcionários dos Correios que trabalham com encomendas em Alagoas paralisaram as atividades na sexta-feira (6), em forma de protesto devido à insegurança que estão sofrendo. Eles realizaram um ato em frente à sede da empresa, localizada no centro de Maceió.

Segundo o presidente do sindicato dos trabalhadores dos Correios, Altanes Holanda, desde o mês de dezembro do ano passado, foram registrados dez assaltos. “os carteiros não aguentam mais a falta de segurança na profissão. Nós queremos uma audiência com o secretário da Defesa Social, Alfredo Gaspar e o comandante da Polícia Militar”, afirma.

Holanda diz ainda que muitos trabalhadores estão deixando a profissão. "Toda semana temos dois a três assaltos com a categoria que faz esse tipo de entrega como o Sedex. Estamos perdendo nossos trabalhadores porque eles têm medo de continuar o trabalho", frisa.

A assessoria de comunicação dos Correios em alagoas informou que a paralisação não causou prejuízo ao trabalho e distribuição. Ainda segundo a assessoria, uma reunião entre a diretoria dos Correios e comando da Polícia Militar, na quinta-feira (5), discutiu o problema dos assaltos a funcionários.


O comando da PM se comprometeu, segundo a assessoria dos Correios, a fazer um levantamento dos locais onde são registrados mais casos e traçar uma estratégia para reforçar a segurança dos funcionários.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Eleição Postalis 2015

HOJE SE INICIA A ELEIÇÃO DO POSTALIS PARA A ESCOLHA DE DOIS  CONSELHEIROS, DELIBETATIVO E FISCAL.

ESSA ELEIÇÃO TEM UM SIGNIFICADO ESPECIAL PARA TODOS OS APOSENTADOS E EMPREGADOS DOS CORREIOS EM ATIVIDADE: DIZER NÃO MOSTRA QUE NÃO CONCORDA COM O QUE ESTÁ ACONTECENDO NA NOSSA EMPRESA.

VAMOS VOTAR:


SÉRGIO BLEASBY – Nº 21
Conselho Deliberativo

ÂNGELO DONGA – Nº 03
Conselho Fiscal


VOCÊ VAI FICAR PARADO AÍ ENQUANTO
SEU DINHEIRO VAI PARA O RALO?


3 MOTIVOS PARA VOCÊ VOTAR
NAS ELEIÇÕES DO POSTALIS


1)       Garantir uma gestão competente e comprometida com você
2)       Garantir a transparência e o uso responsável de seu dinheiro
3)       Garantir um futuro seguro para você e sua família


O futuro se faz agora!


Chega de incompetência na administração do nosso Fundo de Pensão, sobretudo por pessoas sem qualquer compromisso com você e com os Correios.

Vamos acabar com a Caixa Preta do Postalis, onde nosso dinheiro é aplicado em investimentos podres e depois todos nós pagamos o prejuízo durante muitos anos.

Lutemos agora por um futuro tranquilo e seguro para todos os trabalhadores dos Correios e seus familiares.

Juntos, avançaremos mais!

De 9 de fevereiro a 3 de março de 2015, os empregados da Diretoria Regional de Pernambuco vão votar na eleição do Postalis nos candidatos que estão realmente comprometidos com os empregados dos Correios.



Para o POSTALIS vote:


sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

06/02/2015 - Notícias sobre os Correios

Funcionários dos Correios protestam contra a falta de segurança em Maceió

G1
06/02/2015

Cerca de 35 funcionários dos Correios que trabalham com encomendas em Alagoas paralisaram as atividades nesta sexta-feira (6), em forma de protesto devido à insegurança que estão sofrendo. Eles realizaram um ato em frente à sede da empresa, localizada no centro de Maceió.

Segundo o presidente do sindicato dos trabalhadores dos Correios, Altanes Holanda, desde o mês de dezembro do ano passado, foram registrados dez assaltos. “os carteiros não aguentam mais a falta de segurança na profissão. Nós queremos uma audiência com o secretário da Defesa Social, Alfredo Gaspar e o comandante da Polícia Militar”, afirma.

Holanda diz ainda que muitos trabalhadores estão deixando a profissão. "Toda semana temos dois a três assaltos com a categoria que faz esse tipo de entrega como o Sedex. Estamos perdendo nossos trabalhadores porque eles têm medo de continuar o trabalho", frisa.

A assessoria de comunicação dos Correios em alagoas informou que a paralisação não causou prejuízo ao trabalho e distribuição. Ainda segundo a assessoria, uma reunião entre a diretoria dos Correios e comando da Polícia Militar, na quinta-feira (5), discutiu o problema dos assaltos a funcionários.

O comando da PM se comprometeu, segundo a assessoria dos Correios, a fazer um levantamento dos locais onde são registrados mais casos e traçar uma estratégia para reforçar a segurança dos funcionários.

Correios demite dois acusados de fraudes no plano de saúde da estatal

O Globo
05/02/2015

O ex-assessor técnico da direção do Correios no Rio João Maurício Gomes da Silva, conhecido como Janjão, e o ex-gerente de Saúde da estatal Marcos Esteves foram demitidos do serviço público por justa causa. Indiciados pela Polícia Federal e denunciados pelo Ministério Público Federal (MPF) por fraudes no plano de saúde da empresa, eles são acusados de desviar mais de R$ 7 milhões dos cofres do Correios, entre agosto de 2011 e abril de 2013.

No dia 1º de dezembro, após processo administrativo, Janjão e Esteves foram desligados do Correios por terem cometido “ato de improbidade e indisciplina”, informou a estatal.

O esquema de fraudes, revelado pelo EXTRA em agosto de 2013, além de superfaturar o pagamento de cirurgias, elevou os valores das tabelas de diárias e taxas pagas a alguns hospitais, bem como pagou por serviços não prestados, que eram lançados como se fossem devoluções de valores estornados pelo plano de saúde dos Correios.

Além de Janjão e Esteves, o MPF denunciou também Omar de Assis Moreira — diretor regional da estatal do Rio, atualmente afastado por decisão judicial —, Daniel de Melo Nunes (funcionário da Cedae, lotado na Ouvidoria da empresa), Luciano Sampaio Balbino (representante do Hospital Balbino), Paulo Maurício Fernandes de Oliveira, Arnaldo Gama Arzua Alves Barbosa, Júlio Teixeira Ramos (representante do Hospital Espanhol), Carlos Alberto Alonso Filho e Nivaldo Lopes de Oliveira Neto. Janjão revelou que cada uma das pessoas que participavam das fraudes recebiam até R$ 100 mil por mês de propina.

A política de pagamento de dividendos das estatais

O ESTADO DE S.PAULO
05 Fevereiro 2015

Os dividendos das empresas estatais não só contribuíram para aumentar o superávit primário até 2013, como para evitar um déficit maior das contas públicas em 2014. Mas a situação poderá mudar em 2015, com as mudanças previstas na política fiscal.

No ano passado, as estatais pagaram ao Tesouro dividendos de R$ 18,9 bilhões, montante superior ao de 2013 (R$ 17,1 bilhões), mas inferior ao previsto pelo governo há um ano. Só em novembro, o governo cortou de R$ 24,5 bilhões para R$ 18,5 bilhões a estimativa de dividendos das estatais relativa a 2014.

Entre janeiro e abril de 2014, foram pagos dividendos de R$ 8 bilhões, que ajudaram a "salvar" as metas de superávit primário do período. Mas essa política foi considerada "sem transparência" pelo Tribunal de Contas da União. A distribuição poderá ser menor neste ano, dada a estagnação que afeta o lucro das companhias e a crise da Petrobrás, que não sabe se terá recursos suficientes para executar seus planos. Distribuir ou não dividendos neste ano dependerá da "situação da companhia", admitiu seu diretor financeiro, Almir Barbassa.

O maior pagador de dividendos é o BNDES, que remeteu R$ 6,99 bilhões para o Tesouro em 2013 e R$ 9,07 bilhões no ano passado (48% do total). Mas uma parte do lucro do banco vem da renda dos títulos que recebe do Tesouro e ficam em carteira. Se deixasse de repassar recursos ao Tesouro, o BNDES teria recursos para se capitalizar. Em 2014, o banco recebeu R$ 60 bilhões em papéis públicos. E os critérios de administração do BNDES estão sendo reavaliados pela Fazenda.

A Caixa Econômica Federal (CEF) pagou dividendos de R$ 4 bilhões em 2013 e de R$ 4,35 bilhões em 2014. Também a CEF precisaria de capital para manter suas operações.
O Banco do Brasil cortou os dividendos pagos ao Tesouro, de R$ 3,45 bilhões em 2013 para R$ 2,41 bilhões em 2014. Nos mesmos anos, a Petrobrás aumentou o pagamento de dividendos de R$ 1,01 bilhão para R$ 2,01 bilhões. Se a Petrobrás não distribuir dividendos, fará como os Correios, que pagaram R$ 401,1 milhões em 2013 e nada em 2014. Também a Eletrobrás e o Banco do Nordeste do Brasil reduziram a distribuição em 2014.

Sem os dividendos, o déficit do governo central teria sido muito maior. Mas a ajuda não deveria ser obtida à custa de lucros como os apresentados pelo BNDES, que só foram alcançados graças à carteira de títulos recebidos do Tesouro.

Esgrima é incluída no Bolsa Pódio e deve receber dinheiro de estatal

Estadão
Blog Demétrio Vecchioli
05 fevereiro 2015

A nova lista de contemplados no Bolsa Pódio, divulgada pelo ministério do Esporte nesta quinta-feira, traz uma novidade importante: a entrada de Renzo Agresta na relação. Não que o esgrimista tenha se tornado, de uma hora para outra, um potencial medalhista olímpico. Nada disso. Mas o governo passou a aceitar que a esgrima faça parte do Plano Brasil Medalhas.

Na prática, isso vai permitir que a Confederação Brasileira de Esgrima (CBE) passe a contar com um patrocínio estatal – a empresa ainda não foi divulgada. Afinal, são as estatais que bancam metade dos custos do Plano. Banco do Brasil, Correios, BNB, BNDES, Petrobras, Caixa (principalmente), Eletrobras e Infraero já fazem parte do projeto, cada uma apoiando pelo menos uma confederação. Com Renzo no Bolsa Pódio, a CBE finalmente sai do hall das entidades “pobres”. Canoagem (BNDES) e Ciclismo (Caixa) foram as mais beneficiadas neste processo.

Renzo atualmente é o número 19 do ranking mundial do sabre, de longe o melhor esgrimista do País. Desde meados do ano passado ele vinha reclamando não ter acesso à Bolsa Pódio, alegando que havia chegado ao top20 do mundo. O governo respondia que o ranking é critério para que ele pudesse requerer a bolsa, mas que ela apenas seria destinada para atletas que tivessem o plano esportivo aprovado, o que não era o caso dele.
EDIT: Tirei uns comentários extras sobre outras modalidades, porque as informações eram imprecisas. O ministério do Esporte não informou que, no tae kwon do, por exemplo, a presença apenas de Guilherme Dias na lista não significa que os outros atletas não sigam no Bolsa Pódio. Eles foram contemplados em momentos diferentes e, por isso, a renovação (após 12 meses) também acontece em fases diferentes do ano. A assessoria de imprensa do Esporte me corrigiu hoje pelo telefone, pelo que agradeço.

Correio nada elegante

Diário do Poder
Bronca
04/02/2015

Enquanto centram-se as atenções nas altíssimas falcatruas na Petrobrás, outros setores da vida administrativa e econômica do país ficam esquecidos. Necessário e indispensável pedir uma CPI ou CPMI para apurar as gravíssimas irregularidades imputadas a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos e seu fundo de pensão o Postalis, que se acha com um rombo de 1,9 bilhão. O presidente dos Correios, Wagner Pinheiro e o ex-presidente do Postalis, Alexj Prtedtechevsky, são atribuídos graves irregularidades naquelas entidades. Ademais, a CPI deverá apurar o uso da instituição, funcionários e material de expediente na campanha eleitoral da presidente Dilma Rousseff, durante a última eleição, fartamente documentada em fotos, filmes e testemunhos. Responsabilizar a Justiça Eleitoral pela omissão e posição de vista grossa ante estas contundentes irregularidades e desrespeito à lei e a decência. Finalmente, não deverá passar despercebidas essas transgressões legais.

Fundo de pensão foge do risco e privilegia renda fixa

Fonte: Valor Econômico
03 Fev. 2015

Conservadorismo e maior liquidez são as palavras de ordem das políticas de investimentos dos fundos de pensão para este ano. Taxa de juros local alta, escândalos políticos e empresariais e ajustes da economia brasileira desenham um cenário favorável à renda fixa e desinteressante para bolsa e investimentos alternativos.

Para as grandes fundações, que têm planos enormes de benefício definido (BD), entra em cena também a maturidade dos planos. Criados há cerca de 30 anos, esses fundos têm agora a maioria de seus participantes já aposentados, o que aumenta o volume de pagamento de benefícios.

A Previ, por exemplo, planeja reduzir a aplicação em ações e aumentar em renda fixa nos próximos sete anos. Já a Petros pretende diminuir a fatia aplicada em participações acionárias relevantes de empresas e migrar para posições mais líquidas na bolsa e para títulos públicos.

“A alta da inflação e, por consequência dos juros, sugere a alocação em NTN­B como principal segmento de aplicação das fundações [este ano]. O prêmio pago atualmente cria conforto e um ‘hedge natural’ para as carteiras”, diz Guilherme Velloso Leão, diretor executivo da Abrapp, associação que reúne os fundos de pensão.

Os títulos públicos de longo prazo indexados ao IPCA estão pagando atualmente taxa de juros real de 6% ao ano. O boletim Focus divulgado ontem pelo Banco Central prevê uma Selic de 12,5% e IPCA em 7,01% ao fim de 2015.

“O risco não compensa”, diz Lauro Araújo, da Las Consultoria, especializada em fundos de pensão, ao pesar a relação entre risco e retorno dos ativos na atual conjuntura. Segundo ele, o prêmio pago pela renda fixa é muito alto para que os fundos de pensão busquem risco em outro lugar. “Investimento no exterior, em infraestrutura, energia alternativa, florestas, entre outros, perdem a atratividade neste momento”, avalia o consultor.

Na bolsa local, o escândalo da Petrobras e o risco de racionamento de água e energia devem garantir volatilidade ao mercado. Araújo, porém, vê oportunidade de compra com o Ibovespa abaixo de 44 mil pontos, caso não haja novos escândalos políticos e empresariais. “Ainda que o caso Petrobras azede, tudo isso já está no preço”, avalia.

Desde o ano passado, os fundos de pensão maiores estão vendo a aplicação em fundos de ações no exterior como uma alternativa à renda variável local. A Fundação Cesp aumentou o limite para aplicação no exterior, de 2% para 6% dos ativos, na política de investimento de 2015.

No ano passado, a fundação aplicou R$ 22 milhões fora do país, o que representa 0,1% do patrimônio de R$ 23,2 bilhões da Funcesp. “A ideia é que a gente chegue a 2% este ano e, à medida que o cenário evolua, ultrapassar isso”, conta Jorge Simino, diretor de investimentos do fundo de pensão.

Ele se refere à conjuntura da economia doméstica, que, além do ajuste fiscal e inflação pressionada, ainda deve enfrentar os efeitos do racionamento. “É um complicador a mais”, diz. Por conta das variáveis econômicas internas e externas, a Funcesp tem aumentado o seu caixa além do necessário para o pagamento de benefícios de curto prazo. “Temos que ter em caixa para pagar folha, mas a posição que temos é um tanto maior por conta do cenário.”

Já para a Previ, maior fundo de pensão da América Latina, a questão de liquidez está mais ligada à maturidade de seu maior plano de benefícios, que dentro de sete anos deve ter todos os seus participantes aposentados. Por conta disso, a fundação, que tem R$ 170 bilhões em patrimônio, terá apetite menor para novos investimentos em infraestrutura daqui para frente.

“Temos que conjugar a gestão da carteira com o fluxo de pagamento de benefícios. Pela maturidade do Plano 1, o apetite para grandes projetos diminui”, disse Marcio Hamilton Ferreira, diretor de investimentos da Previ, em entrevista recente ao Valor.

A fundação dos funcionários do Banco do Brasil também planeja reduzir em 10 pontos percentuais a alocação em ações, que hoje é de 60% dos ativos, até 2021. A Previ desembolsa R$ 9,5 bilhões por ano em aposentadorias e pensões.

A Abrapp ainda não divulgou o desempenho médio dos fundos de pensão em 2014, mas a expectativa é que as fundações não tenham atingido suas metas de rentabilidade. A meta do setor, que tem patrimônio de aproximadamente R$ 670 bilhões, é de cerca de 12% em 2014, equivalente a IPCA mais 5,5%. A associação estima que o setor fique aquém desse alvo em cerca de 1,5 ponto percentual.

Com isso, 2014 será o segundo ano consecutivo em que o setor não bate suas metas ­ em 2013, a rentabilidade foi de 3,28%, ante meta de 11,63%. Isso piora ainda mais a situação de fundações que têm déficit, casos da Petros (Petrobras), Funcef (Caixa Econômica Federal), Fapes (BNDES) e Postalis (Correios).

Área militar é considerada insegura pelos Correios e não recebe entregas

O Dia
03/02/2015

Rio - Roberto Pires, de 49 anos, é militar da Aeronáutica e mora no condomínio Portal do Bosque, da Força Armada, em Sulacap. Na vizinhança, ele tem o Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Praças (Cfap) da Polícia Militar, onde também funciona a Academia Dom João VI, que forma os oficiais da PM. Cerca de 600 metros depois da entrada do condomínio, fica a 33ª DP (Realengo). Nenhum desses detalhes, porém, foi suficiente para que os Correios voltassem a entregar as compras que Roberto fez pela Internet. As remessas foram suspensas em outubro passado com um argumento insólito: “O local tem restrições de segurança.”

“Aqui não tem comunidade perto, não tem nem registros com toda essa movimentação policial. Eles (Correios) poderiam usar outro argumento para me obrigar a ir até o depósito deles, em Campo Grande, a cada compra que quero fazer. Já desisti de comprar mercadorias com preços ótimos por causa disso”, reclamou Roberto, que guarda os e-mails trocados com os Correios. No último deles, a empresa informa que a área está liberada.

“Tentei comprar em dois sites diferentes e em ambos vieram as mensagens alertando que os Correios não fazem entregas no CEP indicado. Acho que os Correios pensam que eu e os outros 180 moradores daqui somos idiotas”, criticou.

Em nota, os Correios informaram que o problema estaria no caminho entre o local de distribuição e o apartamento de Roberto. “A rota que atende a Avenida Alberico Dinis (onde fica o condomínio do militar) encontra-se em área de restrição de entrega. Essas áreas são estabelecidas com base em levantamentos realizados pelo setor de segurança dos Correios. Essa medida é temporária e reavaliada periodicamente. A restrição tem o objetivo de garantir a segurança dos trabalhadores, dos clientes e das encomendas postais.”

Sem receber produtos, clientes desistem de compras já realizadas

Outro morador de área militar, mas em Bangu, o auxiliar administrativo Jorge Rodrigues, de 38 anos, vive experiência semelhante à de Roberto Pires na falta de entrega, mas com transtornos ainda maiores.

“Comprei em agosto um pisca-pisca acionado por energia solar pela Internet. Achei muito interessante enfeitar a casa no Natal sem gastar eletricidade, mas a peça só chegou em janeiro e ainda assim, ficou no depósito dos Correios em Campo Grande. Peregrinei por três dias para conseguir pegar. Lá em casa, eles não entregam mais nada, dizem que é perigoso, mas garanto que não é”, lamentou Jorge.

Ele está prestes a desistir de uma outra compra, feita também em agosto, e que até agora não conseguiu resgatar, pois o depósito dos Correios abre às 9h, mas às 10h, já não havia mais senha de atendimento. “Na última vez, fiquei até meio-dia e não fui atendido. No dia seguinte, tentei uma folga no trabalho e não consegui. Vou tentar devolver a mercadoria”, ralata o auxiliar administrativo.


O militar Roberto Pires também já deixou de comprar tênis, roupas e aparelhos eletrônicos. “Perdi um chuveiro. Tive que entrar em contato com o site, que me devolveu o valor no cartão, mas demorou muito para resolver o problema.”