terça-feira, 29 de novembro de 2016

Greve em dezembro se os Correios não pagarem dívida com convênio médico


Blog Correios do Brasil
27 novembro 2016

Os Correios devem honrar imediatamente o pagamento da parte que lhe cabe no convênio médico (plano de saúde) de seus empregados,. A dívida sobe a R$ 500 milhões e está  impedindo que os credenciados sejam pagos em dia.

O ultimato foi dado pela SINTECT-SP  (Sindicato dos Trabalhadores  em Correios e Telégrafos de São Paulo). O não atendimento implicará  chamamento pelo Sindicato de uma greve emergencial em dezembro, mês em que as agência se entopem de usuários para expedir correspondências e encomendas de Natal.

A relutância da diretoria dos Correios poderá causar colapso financeiro ao convênio médico, com o que a categoria dos empregados segurados ficaria sem atendimento já no mês de dezembro. As informações são do site Carta Polis.

Elevam-se os riscos


O ESTADO DE S. PAULO
27/11

O governo encerra a semana envolto numa crise política de boas proporções. Na verdade, é inacreditável que o Palácio do Planalto e o Congresso ainda não tenham se dado conta da revolta da população com a corrupção e os maus costumes dos políticos. Estes parecem mesmo viver numa torre de marfim e achar que não tem nada demais votar leis exclusivamente voltadas a seus interesses pessoais ou “quebrar o galho” do apartamento de um ex-ministro. Não será surpresa se os movimentos de rua voltarem com força.

Do ponto de vista econômico, a crise política enfraquece o governo num momento decisivo das reformas e se somam a duas outras surpresas negativas dos últimos 40 dias: a espetacular quebra das finanças do Rio de Janeiro e a eleição de Trump nos EUA. Como resultado, a incerteza voltou a se elevar, as expectativas dos agentes a piorar e o risco de se travar a modesta recuperação econômica subiu.

Para evitar o pior só temos duas coisas que podem ajudar: aprovar rapidamente a PEC dos gastos e que o Banco Central assuma uma postura mais ativa, tendo pelo menos firmeza em sua comunicação, sinalizando quedas mais efetivas nos juros nos próximos meses, tendo em vista a redução efetiva da inflação corrente e suas projeções e o chamado hiato do produto.

Afinal, uma taxa real de juros na casa de 8% numa recessão deste tamanho é algo que desafia o simples bom senso, o teste final das políticas econômicas.

Crise dupla. Existem duas crises muito agudas em andamento: a verdadeira implosão de alguns fundos de pensão de empresas estatais e a difícil situação das finanças dos estados.O Postalis, o fundo dos Correios, tem um déficit a ser equacionado da ordem de R$ 4 bilhões, número que chama a atenção quando comparado com seu ativo atual de R$ 10 bilhões. Este furo é o resultado de uma gestão calamitosa nos últimos anos e que é objeto de muitas investigações.

Quero chamar atenção que, como resultado destes fatos, os beneficiários do fundo começaram a pagar uma contribuição extraordinária, desde 2013, de aproximadamente 4% do seu benefício, que se somou a outra contribuição da mesma natureza instituída nos últimos meses da ordem de 14%. Este ajuste vai, pasmem, até julho de 2039! O caso do Postalis e de outros fundos de pensão estatais revelam que os esquemas de previdência não podem ser contas abertas. Dependendo do tamanho dos benefícios, mesmo uma gestão austera não conseguirá entregar o previsto para os clientes. O resultado sempre acabará machucando os participantes, como nos Correios.

O mesmo vale para a Previdência Social e para a previdência dos servidores públicos. Esquemas estruturalmente desequilibrados, como os que temos, acabam ou em calote e sofrimento para os participantes ou em emissões e inflação.

A falência das finanças estaduais está levando à percepção de que as folhas de ativos e inativos dos Estados são insustentáveis e que um ajuste doloroso vai ser necessário.

O Rio saiu na frente, mas muitos outros Estados o seguirão. Em boa parte deles, e mesmo contando com algum auxílio federal, a situação é tão ruim que várias folhas de pagamento não serão pagas em 2017, especialmente, com a atual fraqueza da economia. Não existe horizonte de melhora, a menos que ajustes CORREIOS sérios sejam feitos.

Os funcionários pagarão um elevado preço e a população também. Haverá queda na produção e na qualidade dos serviços públicos.Esses fatos mostram que a necessidade do ajuste fiscal não é conversa fiada de economista com pouca ocupação, mas sim um grave exemplo do que significa uma restrição orçamentária intertemporal. Os Estados não podem mais jogar esse ajuste nem para o governo federal, que não tem os recursos, nem para o endividamento, pois não tem mais crédito para tanto. É simplesmente necessário reduzir o déficit de forma
estrutural.

Até os mais céticos estão se rendendo a esta evidência. A PEC do teto de gastos deverá passar no Senado.

O governo enviará ao Congresso seu projeto de Previdência Social, que será o centro da pauta no início de 2017.

Não será surpresa se os movimentos de rua voltarem com força.

Justiça invisível


FOLHA DE S. PAULO
27/11

Num país em que a precariedade dos serviços de saúde pública é obstáculo para a prestação de um atendimento digno à população, as negociações conduzidas no Tribunal Superior do Trabalho (TST) conseguiram cessar uma greve, em 18 Estados, de empregados dos hospitais universitários.

A Olimpíada de 2016, sob o risco da greve dos trabalhadores do setor elétrico, foi beneficiada com o afastamento de tal ameaça após negociações envolvendo todas as partes.

Esses casos recentes são emblemáticos da importância da Justiça do Trabalho na sua função de conciliadora e pacificadora social, papel pouco percebido pela população.

Tal função tem sido exercida com sucesso em conflitos coletivos de outras categorias nacionais que envolvem empresas de importância vital no cotidiano da população, a exemplo dos Correios, da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) -responsável por transportar milhares de pessoas todos os dias- e das companhias aéreas. 

Podemos citar, ainda, a Casa da Moeda do Brasil, cuja ameaça de greve poderia comprometer a confecção dos passaportes e das medalhas dos Jogos Olímpicos. Mais recentemente, foi celebrado acordo entre a Embrapa e seus servidores, garantindo a continuidade dos serviços.

Mais que julgar processos e garantir os direitos dos trabalhadores, a Justiça do Trabalho atua na pacificação das relações de trabalho, dirimindo conflitos e garantindo um ambiente propício não só para o trabalhador, mas para a população e para o setor produtivo.Considerando apenas o ano de 2016, as negociações coletivas mediadas pelo TST envolveram mais de 200 mil empregados, evidência de que a conciliação tem se mostrado eficiente instrumento para aliviar a escalada desmedida de processos no Judiciário.

Segundo o relatório "Justiça em Números" de 2016, elaborado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), 25,3% das sentenças e decisões na Justiça do Trabalho resultaram em acordo, índice que corresponde a mais do dobro apresentado pela Justiça Estadual.

A política de conciliação, já arraigada na cultura da Justiça do Trabalho, pode igualmente explicar o sucesso da última Semana Nacional da Conciliação Trabalhista, organizada pela vice-presidência do TST e pelo Conselho Superior da Justiça do Trabalho (CJST).

Em apenas cinco dias, mais de 160 mil pessoas foram atendidas em 1.061 audiências que culminaram com a solução de 27.475 processos e R$ 627 milhões em acordos celebrados.

Vivemos uma era em que a Justiça do Trabalho tem obstinadamente empenhado esforços para ultrapassar o fosso existente entre o Judiciário, o cidadão trabalhador e o cidadão empregador. Há muito o trabalho deixou de significar submissão de homens a outros homens.

O efetivo cumprimento dessa honrosa função, que busca resgatar os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa numa sociedade discriminatória e extremamente desigual, implica a afirmação da importância da Justiça do Trabalho.

De forma silenciosa e resoluta, tem contribuído para a aplicação dos direitos sociais e a valorização da cidadania e da paz social.

Emmanoel Pereira é é vice-presidente do Tribunal Superior do Trabalho e gestor da Política Nacional de Conciliação Trabalhista.

Infraero e Correios estudam vender as folhas de pagamentos dos empregados


Blog Correios do Brasil
23 novembro 2016

Com prejuízos bilionários que terão que ser cobertos pelo Tesouro Nacional, a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) e os Correios estudam vender as folhas de pagamentos dos empregados.

Se concretizada, a medida traria alguma fonte de recursos para o caixa combalido das estatais e alívio para o governo, que já avisou que usará parte do recurso de repatriação para pagar esse déficit.

Pagamentos atrasados

Quem acompanha de perto os fluxos de pagamentos dos Correios e da Infraero ficou espantado com o tamanho da redução dos recursos destinados a honrar os compromissos com os fornecedores. A justificativa é que não há dinheiro em caixa. Sem alternativas, a empresa de serviços postais já anunciou um programa de demissão voluntária e a companhia que administra os aeroportos deve se desfazer de sua participação em alguns dos terminais concedidos a iniciativa privada. A noticia foi divulgada na intranet SPM em 18/11/2016.

Terceirizados dos Correios interditam rua durante protesto no Centro do Rio


G1
21/11/2016

Uma manifestação de funcionários terceirizados dos Correios interdita uma faixa da Rua Visconde de Inhaúma, na altura da rua Alcântara Machado, no Centro do Rio de Janeiro, na manhã de segunda-feira (21).

Segundo um dos funcionários, pelo menos 200 pessoas estão no local. Os manifestantes pedem o pagamento do salário atrasado. Segundo eles, a empresa terceirizada alega que o correio não fez o depósito para o pagamento.

"Já estamos há dois meses sem receber salário. Nós vamos caminhar até a sede dos Correios na Presidente Vargas ", disse um funcionário da empresa. O G1 entrou em contato com os Correios, mas até a publicação desta reportagem não tinha obtido resposta.

O Centro de Operações da Prefeitura do Rio informou que, em função do protesto, foram  bloqueadas as seguintes vias: acesso para a R. Visconde de Inhaúma na altura da Av. Rio Branco. As vias já foram liberadas.

Em nota, os Correios informam que estão em dia com os pagamentos referentes aos atuais contratos junto ao Grupo Empreza (EMPZ), que fornece serviços de mão-de-obra temporária. Com base nas cláusulas contratuais, a estatal está avaliando as medidas administrativas cabíveis para solucionar o caso.

segunda-feira, 28 de novembro de 2016

LOBO EM PELE DE CORDEIRO


Com a nova estrutura organizacional, implantada a partir de julho/2015, as Unidades Estratégicas de Negócio – UEN, VIPOS e VIENC viram-se diante o seguinte cenário:

Situação Problema: Queda na qualidade, perda de competitividade, aumento de reclamações e valores de indenizações e redução do market share de encomendas e no volume de negócios de mensagens, com reflexos negativos na receita de vendas.

Causas: Multifatoriais. Uma delas: desalinhamento do perfil de gestores operacionais ao novo contexto empresarial, de produção e de gestão de pessoas, com impacto direto nos resultados e na satisfação dos clientes e da sociedade.

Necessidade Identificada: Seleção de gestores mais alinhada ao valores organizacionais, estratégias do negócio e baseada em resultados.

Diante disso, profissionais da VIPOS e da VIENC desenvolveram - com base nas práticas de sucesso já adotadas para a força de vendas e também pelas vendas no varejo – o Modelo de Gestão da Carreira de Funções Operacionais que consiste em um conjunto integrado de mecanismos de designação e dispensa das funções, capacitação e desenvolvimento, avaliação de desempenho e reconhecimento dos gestores operacionais vinculados às respectivas Unidades de Negócios.

Em 10/05/2016 foi aprovado na REDIR-018/2016 de 10/05/2016 o Relatório/VIENC-005/2016 que trata das Regras dos Mecanismos de Provimento e Dispensa aplicáveis à Carreira de Funções Operacionais da e VIPOS e da VIENC.

O Modelo de Gestão foi amplamente divulgado na empresa por meio de Memorandos encaminhados às Vice-Presidências e Diretores Regionais, bem como nas publicações oficiais do Primeira Hora e Rede Gerentes ao público Geral.

Em julho/16 foi implantado a primeira etapa do Modelo – O Mecanismo de Provimento e Dispensa de Função, que consiste na habilitação automática dos gestores (e profissionais especializados) para concorrerem a uma função vaga da carreira operacional, observando-se a classificação, no Ranking de Resultados, da unidade operacional de sua lotação.

O Ranking de Resultados é composto de um conjunto de Indicadores relacionados à Satisfação do Cliente, Padronização do Processo e Qualidade Operacional, onde os Gestores são avaliados periodicamente e ao final do Ciclo (1 ano) são classificados como OURO, PRATA, BRONZE ou NÃO CLASSIFICADOS, definindo assim uma Gestão por Resultados.

A forma anterior de escolhas dos gestores, por indicação, não traduzia a valorização dos empregados por seus conhecimentos e competências e os resultados decorrentes da atuação das lideranças, notadamente operacionais, não garantia satisfatoriamente o cumprimento do compromisso de eficiência na prestação de serviços aos clientes. As regras existentes à época não valorizavam os resultados alcançados, nem estabeleciam uma política de consequências eficaz.

Entretanto, recentemente, um  certo Vice-Presidente resolveu comandar o sepultamento do citado modelo. Pelo que se sabe, teria recebido a autorização para designar gestores operacionais, atribuição esta fora da sua competência,  sobretudo em um determinado Estado que lhe é de interesse especial e pessoal e encontrou, no programa implantado, um óbice às suas pretensões. Assim, contando com a omissão de alguns Dirigentes da área de negócios, estaria sendo levado à REDIR o cancelamento do referido Programa.

Portanto, enquanto o Presidente da ECT manifesta o seu discurso no sentido de que a sua gestão será orientada para resultados e que todos os gestores da Empresa devem ter compromissos com as metas estabelecidas, as práticas adotadas caminham justamente no sentido contrário. 

Somem-se a isso a aprovação sequenciada de prorrogações da "flexibilização" dos requisitos mínimos para acesso às funções técnicas e gerenciais e, mais recentemente, a prorrogação da medida "transitória" de designação "interina" de empregados para as funções de Assistente Comercial I, II, III e Gerente de Contas Especais, sem a abertura de recrutamento interno.

Diante do exposto, a Diretoria Executiva da ADCAP Nacional já solicitou à sua Consultoria Jurídica a elaboração de um pedido de providências para os órgãos de controle, ao tempo em que manterá acompanhamento permanente da situação e das designações realizadas por esse lobo em pele de cordeiro.




Direção Nacional da ADCAP.

sexta-feira, 25 de novembro de 2016

NOVEMBRO AZUL - A ADCAP APOIA ESSA CAUSA





Chegou a vez dos homens. A ADCAP marcou presença ontem, 24, no Edifício Sede dos Correios e UniCorreios, em Brasília, para divulgar também a importante campanha do Novembro Azul. Apoio de pessoas, personalidades, instituições e entidades lembram a importância da realização de exames preventivos. Vale lembrar ainda, que o novembro azul hoje é a maior campanha de combate ao câncer de próstata do Brasil.

A Diretoria da Associação distribuiu um lindo lápis como lembrança desse importante movimento.

Acesse o site da campanha e fique por dentro de toda a história.

Conheça e acompanhe: http://www.ladoaladopelavida.org.br/campanha/novembro-azul


Compartilhe também a mensagem do Novembro Azul!


CVM rejeita proposta do BNY Mellon


Importante decisão da CVM foi proferida recentemente, sedimentando o entendimento de responsabilidade do BNY Mellon, conforme nota transcrita a seguir.

A ADCAP sempre apontou o BNY Mellon como um dos responsáveis pelos imensos prejuízos imputados ao POSTALIS a partir de investimentos tecnicamente inexplicáveis.

Com a decisão da CVM, a ADCAP espera que se acelere o processo de cobrança ao BNY de suas responsabilidades assumidas contratualmente com o POSTALIS.

Direção Nacional da ADCAP.

CVM rejeita proposta do BNY Mellon referente a processo do fundo Pacific do Postalis


AGÊNCIA INVESTIDOR ONLINE 
16 Novembro 2016

O Colegiado da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) rejeitou proposta de celebração de termo de compromisso de R$ 700 mil feita pelo BNY Mellon Serviços Financeiros Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários S.A. e pelo BNY Mellon Administração de Ativos Ltda por conta de irregularidades cometidas com o Pacific Fundo de Investimento Renda Fixa Crédito Privado, que tinha o Postalis como único cotista. O processo se originou em supervisão de rotina realizada pela Superintendência de Relações com Investidores Institucionais (SIN), que verificou que o Pacific adquiriu debêntures de emissão da RO Participações S.A. O fundo exclusivo tinha como único cotista o São Bento Fundo de Investimento em Cotas de Fundos de Investimento Multimercado, pertencente ao Postalis – Instituto de Seguridade Social dos Correios e Telégrafos, e era administrado pela BNY Mellon DTVM e gerido pela BNY Mellon Administração de Ativos.

Risk Office – O fundo investiu R$ 72 milhões na aquisição das debêntures, dentre os quais R$ 60 milhões seriam destinados à aquisição de 30% do capital social da Risk Office Consultoria Financeira Ltda. e R$ 12 milhões ao pagamento das despesas incorridas na emissão. Durante inspeção, ao comparar as opções de investimento disponíveis no momento da aquisição, a Superintendência de Fiscalização Externa (SFI) concluiu que havia debêntures listadas pela Anbima que ofereciam remunerações semelhantes, ou até melhores, que apresentavam prazos mais curtos e condições de risco mais vantajosas. Ao examinar os fatos, a SIN concluiu que, ao analisar o investimento relativo às debêntures de emissão da RO Participações, a BNY Mellon Administração de Ativos se limitou a descrever a operação e analisar superficialmente o spread pago pelas debêntures, sem verificar detalhadamente os riscos, as garantias e as características da operação. Além disso, a SIN destacou também que, apesar de afirmarem que o upside proporcionado pela participação de até 10% nos lucros da Risk Office seria compatível com o risco da operação, em nenhum momento a BNY Mellon Administração de Ativos e a BNY Mellon DTVM apresentaram qualquer estudo que mostrasse que esse fato teria levado à conclusão de que o retorno das debêntures era superior às demais opções disponíveis no mercado.

Falta de cuidado – O órgão de fiscalização da CVM notou ainda que o relatório de análise elaborado à época concluía pela não recomendação do investimento, e outro relatório teria sido elaborado somente em outubro de 2013, ou seja, um ano após o investimento, para atendimento de solicitação do Postalis. “Ficou evidente a falta de cuidado na aquisição das debêntures que representavam cerca de 60% do patrimônio do fundo, sem maiores preocupações com os riscos e garantias, evidenciando o descumprimento dos deveres de fidúcia e lealdade inerentes às atividades da gestora para com o cotista do fundo”, diz o documento da CVM. A SIN avaliou que a BNY Mellon Administração de Ativos, na qualidade de gestora, não atuou com o cuidado e com a diligência necessários, ao adquirir debêntures com retorno financeiro similar ou inferior a outras opções de investimento com riscos e prazos mais favoráveis, sem que tenha sido elaborada análise de forma ampla e completa, induzindo o fundo a riscos desnecessários. O órgão lembra também que, considerando a relevância do investimento, seria também de se esperar que a BNY Mellon DTVM, como administradora, adotasse medidas para se assegurar que a decisão estava embasada por critérios técnicos de avaliação da relação risco/retorno, das características do ativo e da emissora, de suas garantias etc.

Responsabilização – Diante do exposto, a SIN propôs a responsabilização do BNY Mellon Serviços Financeiros DTVM S.A. e do BNY Mellon Administração de Ativos Ltda. por infração ao disposto no art. 65-A, inciso I, da Instrução CVM 409. Antes de serem intimados, os investigados apresentaram proposta conjunta de celebração de termo de compromisso de pagamento à CVM de R$ 700 mil. Após apreciar os aspectos legais da proposta, a Procuradoria Federal Especializada junto à Autarquia (PFE/CVM) identificou impedimento jurídico à sua aceitação, uma vez que ela não contemplava a indenização dos prejuízos causados ao fundo, correspondentes aos excessivos custos de emissão das debêntures da RO Participações. Conforme alegado pelos investigados, as debêntures foram substituídas, posteriormente, por títulos da XNice. No entendimento da PFE, a iniciativa não tem o condão de sanar integralmente o prejuízo potencialmente sofrido pelo fundo. Além disso, pelas características das operações objeto do processo, a eventual celebração de termo de compromisso dependeria de oitiva do Postalis, na forma do art. 10 da Deliberação CVM 390, em razão da existência de ações judiciais propostas contra as proponentes.

O Comitê de Termo de Compromisso acompanhou o entendimento da PFE/CVM e destacou que, mesmo que o impedimento jurídico pudesse ser superado, o caso deveria ser levado a julgamento pelo Colegiado. Nesse sentido, o Comitê apontou, como fundamentos de sua decisão, a natureza e a gravidade das questões do caso concreto, e o fato de a BNY Mellon Serviços Financeiros já ter sido punida anteriormente pela CVM em processos sancionadores. Assim, o Comitê concluiu que seria inoportuna e inconveniente a aceitação da proposta apresentada. Diante disso, o Colegiado, acompanhando o entendimento do Comitê, deliberou a rejeição da proposta conjunta de BNY Mellon Serviços Financeiros Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários S.A. e BNY Mellon Administração de Ativos Ltda.


Postal Saúde - ADCAP pede providências


Informamos aos associados que, em função dos graves problemas provocados pelos insuficientes repasses de recursos por parte da diretoria dos Correios, pagamentos estes que são de sua competência e responsabilidade, a ADCAP protocolou hoje, na Procuradoria Geral do Trabalho, em Brasília, denúncia contra a ECT, referente o descumprimento da cláusula 28 do ACT.  

Face mais essa atitude irresponsável da Empresa, colocando em risco e comprometendo nossa assistência médica/hospitalar e odontológica, estamos prestes a sofrer mais um golpe: a intervenção e suspensão, pela ANS, do nosso maior benefício. 

Desrespeito aos trabalhadores, até quando?????



Direção Nacional da ADCAP.

quinta-feira, 24 de novembro de 2016

Infraero e Correios estudam vender as folhas de pagamentos dos empregados


Correiosdo Brasil - Funcionários
23 novembro 2016

Com prejuízos bilionários que terão que ser cobertos pelo Tesouro Nacional, a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) e os Correios estudam vender as folhas de pagamentos dos empregados.

Se concretizada, a medida traria alguma fonte de recursos para o caixa combalido das estatais e alívio para o governo, que já avisou que usará parte do recurso de repatriação para pagar esse déficit.

Pagamentos atrasados

Quem acompanha de perto os fluxos de pagamentos dos Correios e da Infraero ficou espantado com o tamanho da redução dos recursos destinados a honrar os compromissos com os fornecedores. A justificativa é que não há dinheiro em caixa. Sem alternativas, a empresa de serviços postais já anunciou um programa de demissão voluntária e a companhia que administra os aeroportos deve se desfazer de sua participação em alguns dos terminais concedidos a iniciativa privada. A noticia foi divulgada na intranet SPM em 18/11/2016.

Por falta de patrocínio, Brasil terá só oito atletas no Mundial


O ESTADO DE S. PAULO
23/11/16

CBDA não sabe se Correios irá renovar contrato com a confederação


A indefinição sobre a renovação do patrocínio dos Correios, que dá suporte à Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA) desde 1981, fez a entidade anunciar que apenas oito atletas brasileiros participarão das provas de natação do Mundial de Desportos Aquáticos do ano que vem, em Budapeste, na Hungria. Como comparação, 25 nadadores do País foram convocados para o Mundial de Kazan, na Rússia, em 2015.

Para explicar a decisão, a confederação divulgou boletim na última segunda-feira onde culpa a “indefinição, até o momento, do orçamento para 2017, visto que nosso principal patrocinador acenou com uma drástica contenção e, até o momento, não foi renovado o contrato de patrocínio.”

O boletim com a definição dos tempos de classificação para o Mundial deveria ser divulgado até esta ontem, uma vez que hoje começa em Palhoça (SC) o Campeonato Brasileiro Sênior/Torneio Open, primeira seletiva para Budapeste.

Com a restrição no número de vagas, não serão adotados índices mínimos por prova, como de costume. Os convocados serão definidos a partir dos oito melhores índices técnicos obtidos no Brasileiro/Open e no Troféu Maria Lenk do ano que vem. Esses índices são apontados a partir de uma tabela universal, da Federação Internacional, que determina um numeral para cada tempo feito em cada prova.

O corte orçamentário também atinge outras competições, como o Mundial Júnior, que será disputado em Indianápolis, nos EUA. Os critérios de classificação serão os mesmos do Mundial de Esportes Aquáticos, com apenas oito vagas disponíveis. Em Cingapura, em 2015, participaram das provas do torneio 20 nadadores brasileiros. 

Acif e Correios se unem para dar Natal a crianças


GCN
23/11/2016

A Acif (Associação do Comércio e Indústria de Franca) e os Correios anunciaram, ontem, a formação de uma parceria para garantir um Natal mais feliz para centenas de crianças e adolescentes em Franca. A ideia é estimular as pessoas a realizarem os sonhos dos mais carentes.

Todos os anos, os Correios recebem centenas de cartas direcionadas ao Papai Noel com pedidos que vão desde alimentos e roupas até brinquedos e games. Essas cartas ficam disponíveis para quem quiser ajudar comprando os presentes pedidos. 

Neste ano, além dos Correios, a Acif também ajudará a realizar os sonhos. Todo material enviado para o Papai Noel passará por uma triagem. As cartas escritas por crianças com até 10 anos e que não tenham pedidos relacionados a alimentos serão encaminhadas aos Correios. As escritas por crianças e adolescentes com mais de 10 anos ou que peçam alimentos serão encaminhadas à Acif.

“Vamos trabalhar juntos para reduzir ao máximo o número de cartinhas não adotadas”, disse o presidente do Gafa (Grêmio Amizade dos Funcionários da Acif), Jaider Alexandre da Silva. Para estimular as adoções das cartinhas, a Acif deve convidar estudantes de escolas particulares a participarem. Além disso, serão montados postos em estabelecimentos de grande fluxo, onde será possível retirar uma carta para ajudar.

Quem quiser participar pode procurar a Acif até o dia 23 de dezembro. Nos Correios, a agência participante é a do Centro, que funciona de segunda a sexta-feira, das 9 às 11 horas e das 13 às 17 horas. O prazo nos Correios termina no dia 16.

Na Acif
Esta não é a primeira vez que a Acif recebe pedidos de Natal. No ano passado, a associação recebeu cerca de 2 mil cartas destinadas ao Papai Noel. Elas são lidas e separadas conforme os pedidos. “Colocamos em caixas separadas as cartinhas que solicitam material escolar, alimento, brinquedos e roupas. Assim, as pessoas têm melhores condições de avaliar como podem ajudar”, disse Jaider. Ele ressaltou que qualquer um pode colaborar. “Há crianças cujo sonho é receber um simples iogurte. Por isso, acredito que todo mundo pode ajudar”, disse ele.

Estatais planejam cortar mais de 50 mil funcionários para enfrentar crise


ISTO É DINHEIRO ON-LINE
22/11/16

Caixa, Banco do Brasil, Petrobras, Eletrobras, Correios e a Infraero são as empresas públicas que divulgaram planos de demissões voluntárias ou de aposentadoria antecipada O emprego público é o mais seguro do mundo, pois o funcionário não pode ser demitido, a não ser por justa causa. Certo?

Nos dias atuais, isso não é necessariamente verdade. As principais estatais brasileiras estão anunciando Planos de Demissão Voluntárias (PDVs) ou de antecipação de aposentadorias que podem cortar quase 50 mil empregos de seus quadros.

Caixa, Banco do Brasil, Petrobras, Eletrobras, os Correios e a Infraero são as estatais que até agora divulgaram planos para cortar na própria carne e reduzir o custo da folha de pagamento.

Confira os planos dessas estatais:

- Caixa Econômica Federal
O presidente da Caixa Econômica Federal (CEF), Gilberto Occhi, declarou nesta terça-feira, 22, que está em análise um plano de demissão ou de aposentadoria incentivada que será oferecido a 10 mil funcionários.

Para Occhi, o principal desafio de 2017 é melhorar a eficiência, reduzindo despesas e aumentando a geração de receitas. No último ano, a Caixa cortou o número de funcionários de 100,3 mil para 97 mil.

- Banco do Brasil
O Banco do Brasil (BB) anunciou, no último domingo 20, um plano no qual 379 agências serão transformadas em postos de atendimento e 402 serão desativadas a partir de 2017.

Além disso, a instituição financeira divulgou também um plano de aposentadoria incentivada, com período de adesão voluntária até 9 de dezembro, destinado a 18 mil funcionários.

O plano prevê pagamento correspondente a 12 salários, além de indenização por tempo de serviço, que varia de um a três salários, dependendo do tempo de empresa.

- Petrobras
No dia 2 de novembro, a Petrobras informou que 11.704 empregados aderiram a seu Plano de Incentivo a Demissão Voluntária (PIDV), o equivalente a 97,5% das 12 mil adesões planejadas pela companhia. O custo será de cerca de R$ 4 bilhões e poderá gerar uma economia de R$ 33 bilhões até 2020.

"Cada trabalhador recebe uma incentivo para deixar a empresa, que começa em pouco mais de R$ 200 mil para os que têm menos tempo de casa", afirmou o diretor do Sindipetro RJ, José Maria.

Desde 2014, a estatal já abriu dois planos de demissão voluntária. O primeiro PDV da Petrobras teve a adesão de 6.200 empregados.

- Eletrobras
No dia 18 de novembro, a estatal do setor elétrico informou que pretende cortar em cerca de 30% seu quadro de pessoal, para 13 mil funcionários, a partir dos programas de incentivo ao desligamento e aposentadoria até 2018.

A estimativa é de que esses dois programas contem com a adesão de 5,6 mil trabalhadores, o que resultará na economia de R$ 1,5 bilhão ao ano.

O Plano de Aposentadoria Incentivada (PAI), como foi batizado pela Eletrobras, deve atingir cerca de 2.500 empregados já aposentados pelo Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) e empregadosaposentáveis.

- Correios
A estatal vai iniciar até dezembro o PDV, com estimativa de economia entre R$ 800 milhões e R$ 1 bilhão por ano. No dia 10 de novembro, o presidente dos Correios, Guilherme Campos, informou que a empresa deve ter seu quarto prejuízo anual seguido em 2016, com um déficit de quase R$ 2 bilhões.

Em março, os Correios informaram que o rombo acumulado do Postalis (fundo de pensão dos funcionários dos Correios) atingiu R$ 7 bilhões em 2015 e já representa mais da metade dos recursos necessários para honrar todas as aposentadorias atuais e futuras.

- Infraero
A companhia que administra os aeroportos no País planeja dispensar pelo menos quatro mil funcionários em seu PDV. Em junho deste ano, a empresa informou que havia desligado 1.564 funcionários no Programa em curso.

O Governo Federal informou que os quatro aeroportos incluídos na próxima rodada de privatização no setor (Fortaleza, Salvador, Porto Alegre e Florianópolis) pagarão R$ 334 milhões, valor que corresponde às despesas com o PDV.

terça-feira, 22 de novembro de 2016

Falta de agência bancária e Correios gera queixas em distrito de São Carlos


G1
22/11/2016

Moradores de Santa Eudóxia, em São Carlos (SP), reclamam do abandono do distrito. Segundo eles, faz uma semana que vários serviços foram interrompidos.

O comerciante Elias Nascimento contou que está com sete boletos atrasados porque o único banco no distrito parou de atender na semana passada. Agora o comerciante tem que fazer os cálculos para ver se compensa viajar quase 40 quilômetros toda vez que chega perto de um vencimento ou se é melhor esperar para pagar tudo de uma vez.Sem atendimento no distrito, quem precisa de algum serviço bancário só consegue em São Carlos. “Já era difícil porque o banco funcionava duas vezes por semana. Agora a gente gasta, em média, R$ 50 de combustível para pagar as contas”, disse.

Vazamentos
Quem precisa de algum serviço na rede de água ou de esgoto também não encontra. Os moradores dizem que o posto de atendimento Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae) fechou há mais de uma semana por falta de funcionários. O posto mais perto fica a 38 km.

Na frente da casa da dona Rosivalda Pereira de Andrade tem um vazamento de água, mas ela disse que não sabe onde reclamar. “Dois meses essa enxurrada de água e ninguém vem consertar”, disse.Correspondências.

Para piorar a situação, os Correios não estão distribuindo correspondências e encomendas no distrito. Os moradores dizem que o único carteiro que faz a região entrou de férias e não tem ninguém para substituí-lo.

Além disso, o posto de atendimento do bairro não está funcionando. A conta de telefone da dona de casa Maria Aparecida Rufina venceu no dia 15, e até agora não chegou.
“É arriscado até sujar o nome da gente porque não chega para pagar”, disse.

O comerciante César da Silva ainda não recebeu as contas de energia e de telefone. Para não pagar com atraso, teve que pedir os boletos pela internet. “Acho que precisa tomar uma providência, colocar alguém no lugar, porque a gente não pode ficar sem um serviço que é de extrema importância”, disse.Sem comunicado.

Os Correios informaram que não receberam nenhum comunicado da prefeitura de que o funcionário responsável pelo atendimento estaria de férias.

A empresa afirmou que vai notificar o município por descumprimento do contrato e a previsão é de que o atendimento seja retomado nesta sexta-feira (25). A assessoria de imprensa da prefeitura informou que aguarda ser notificada para se manifestar.

Já o Saae, apesar do vazamento e da reclamação dos moradores, não admitiu o problema e afirmou que o posto está funcionando normalmente duas vezes por semana.


O Banco do Brasil afirmou que o atendimento no distrito será retomado nesta terça-feira (22).

Estatais federais incentivaram dispensa de mais de 21.500 em 2 anos


O Globo
21/11/2016

A grave crise econômica levou as estatais federais a demitirem, por meio de Planos de Demissão Voluntária (PDV), pelo menos 21.570 pessoas nos últimos dois anos. Preocupado com a sustentabilidade dessas empresas, o governo tem estimulado esse tipo de programa e planos de aposentadoria incentivada, como alternativa para enxugar a folha e, assim, aliviar o caixa. Segundo dados do Boletim Estatístico de Pessoal do Ministério do Planejamento, do fim de 2014 até setembro de 2016, o saldo líquido de funcionários de estatais (que contabiliza contratações menos demissões) ficou negativo em 13 mil. E as dispensas incentivadas vão continuar. A Petrobras anunciou que pretende cortar mais 8 mil — já despediu 7.961 — a Eletrobras quer cortar 5.662 e os Correios outros 8 mil. O Banco do Brasil anunciou ontem que pretende incentivar a aposentadoria de mais 18 mil.De acordo com o relatório do Planejamento, o número de funcionários caiu de 494.370 há dois anos, antes da onda de PDVs, para 481.460 até setembro de 2016. Segundo a Secretaria de Gestão e Governança das Empresas Estatais (Sest) do Planejamento, só entre 2015 e 2016, quando o arrocho fiscal ficou mais forte, foram aprovados PDVs autorizando demissões de 21.300 funcionários, sem incluir as dispensas da Petrobras, que não precisa do aval do Planejamento para tomar essas medidas.Para Fernando Soares, secretário da Sest, as estatais também têm que contribuir para o ajuste fiscal. Nas empresas que estão em situação financeira mais complicada, diz, o PDV é uma alternativa de enxugamento, para melhorar o caixa:

— Para estatais que estão em situação muito complexa, se tomamos medidas necessárias de enxugamento, seja por PDV, seja por limite na criação de cargos ou funções, isso pode melhorar a situação da empresa e tornar desnecessário que, num futuro próximo, fale-se em um aporte de capital. Estamos, sim, estimulando os PDVs. E as empresas só podem recompor em medida necessariamente menor do que aquela dos que saíram, de modo que isso implique redução dos custos fixos com mão de obra.

Os maiores planos autorizados nos últimos dois anos foram o do Banco do Brasil (BB), com autorização para demissão de até 7.100 empregados; Serpro (4.373); e Caixa Econômica Federal (2.816 em 2015 e 2.544 em 2016). Em vários desses casos, como no BB, na Caixa e no Serpro, o que foi instaurado, na prática, foi um plano de aposentadoria incentivada. Segundo o BB, no banco, o plano consiste em promover “por livre decisão do funcionário, o desligamento dos profissionais que, em 19 de maio de 2015, já estavam aposentados pelo INSS por tempo de contribuição ou idade, ou que possuíam, 50 anos de idade e 15 de empresa”.

RISCO PARA EFICIÊNCIA, DIZ ESPECIALISTA

O Banco do Brasil conseguiu, efetivamente, 4.992 adesões, o que permitirá uma economia de R$ 511 milhões em todo este ano, segundo o banco. Na Caixa, 5.263 empregados aderiram ao plano. O Serpro teve 532 adesões. A Infraero, que está na lista, encerrou um programa que obteve 2.582 adesões. O Banco da Amazônia, 240.

A Sest ainda analisa outros pedidos para realização de PDV. Estão na lista, por exemplo, a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT), que espera que de 6 mil a 8 mil pessoas possam aderir ao plano, e a Eletrobras, que quer desligar mais de 5 mil. Após passar por uma política conturbada no comando da instituição, a Empresa Brasil de Comunicação (EBC) também já sinalizou que quer adotar um programa de demissões incentivadas.

A Sest é responsável pela determinação do quadro máximo de empregados nas estatais. Ela também autoriza os planos de demissão. As autorizações dadas pelo Planejamento são uma estimativa para os desligamentos, ou seja, as estatais podem optar por não demitir exatamente nessa proporção.

“Estabelecido o limite, cabe à própria estatal gerenciar seu quadro de pessoal, em vista de seus objetivos estratégicos, planos de negócios e perspectivas para o curto, médio e longo prazos”, informou a secretaria. A recomposição de pessoal quase sempre é inferior às demissões. O Sest pode enxugar o quadro máximo de pessoal permitido no futuro.

A especialista em contas públicas Margarida Gutierrez, da UFRJ, acredita que os PDVs são uma estratégia válida para as estatais se adequarem ao momento econômico. Ela pondera, no entanto, que a eficiência de algumas empresas pode ser prejudicada por um corte grande de pessoal:

— Há pessoal excessivo, porque tivemos um crescimento da economia nos últimos anos e mais contratações. Como na estatal você não pode demitir, o quadro dos últimos anos ficou, mas a produção não é mais a mesma. É uma estratégia para se ajustar ao novo momento, mas há preocupação com a eficiência que deve ser analisada caso a caso.

NOS ESTADOS, MAIS INCENTIVOS

Os PDVs também têm sido utilizados como estratégia por estados brasileiros que querem diminuir a conta com pessoal. É o caso, por exemplo, do Distrito Federal e de Santa Catarina. O DF estima que pelo menos 500 pessoas já aderiram ao plano de demissões. Um novo PDV foi implantado na Sociedade de Abastecimento de Brasília (SAB), que tem 327 funcionários em exercício e 287 empregados que se encaixam no perfil estabelecido pelo plano, que fixa idade mínima de 50 anos. Já Santa Catarina prevê plano de demissão para 144 empregados.

A Petrobras e a Eletrobras estão com planos de incentivo ao desligamento que prevê uma redução de pessoal nas duas estatais de cerca de 13.600 empregados. A meta da Petrobras é reduzir em mais 10% o quadro de pessoal até o ano que vem, enquanto a Eletrobras pretender cortar em torno de 30% seu quadro de pessoal.


Ao fim do terceiro trimestre do ano, a Petrobras tinha 71.152 empregados, incluindo suas subsidiárias, contra 79.113 no mesmo período do ano passado, um corte de 10%, com demissão de 7.961. A dispensa foi resultado de dois programas de demissão. Num primeiro PDV, foram demitidos cerca de 4 mil. No mais recente Plano de Incentivo ao Desligamento Voluntário (PIDV), foram mais 4 mil. Porém, 12 mil funcionários aderiram ao programa, portanto a estatal espera que mais 8 mil sejam dispensados até o próximo ano, em mais um corte de 10% do pessoal. Para os custos com o PIDV, a Petrobras provisionou R$ 2,4 bilhões. A Eletrobras lançou dois planos e pretende reduzir o quadro do grupo dos atuais 18.702 funcionários para 13.044.

Pesquisa mostra rejeição a corte de gastos públicos com saúde e educação


Folha SP
21/11

Uma pesquisa coordenada por professores da Unifesp e da USP mostra rejeição em São Paulo à ideia de que o governo pode cortar gastos com saúde e educação em momentos de crise. Cerca de 85% das pessoas são contra a medida, tanto entre mais pobres (com renda de até R$ 1.760) quanto entre mais ricos (renda superior a R$ 17.600).

Termômetro

"Quisemos medir o consenso sobre medidas privatizantes, de Estado mínimo e cortes sociais que estão na agenda do governo de Michel Temer", diz a socióloga Esther Solano (Unifesp), que conduziu o levantamento, com 1.058 entrevistas em toda a cidade, ao lado de Marcio Moretto Ribeiro e Pablo Ortellado (ambos da USP). As perguntas eram ligadas a temas como PEC do Teto e reforma da Previdência.

Dois lados
Segundo o estudo, o "consenso não liberal" é maior entre os entrevistados mais pobres. A eventual privatização de estatais como os Correios, por exemplo, é repudiada por 48% das pessoas na faixa salarial mais baixa. Na mais alta, o percentual cai para 26%.

Veja bem

O governo Temer diz que o projeto de congelamento dos gastos federais não significa corte de verbas para saúde e educação, que seriam mantidas no orçamento.

Terceirizados dos Correios interditam rua durante protesto no Centro do Rio


G1
21/11/2016

Uma manifestação de funcionários terceirizados dos Correios interdita uma faixa da Rua Visconde de Inhaúma, na altura da rua Alcântara Machado, no Centro do Rio de Janeiro, na manhã desta segunda-feira (21).

Segundo um dos funcionários, pelo menos 200 pessoas estão no local. Os manifestantes pedem o pagamento do salário atrasado. Segundo eles, a empresa terceirizada alega que o correio não fez o depósito para o pagamento.

"Já estamos há dois meses sem receber salário. Nós vamos caminhar até a sede dos Correios na Presidente Vargas ", disse um funcionário da empresa. O G1 entrou em contato com os Correios, mas até a publicação desta reportagem não tinha obtido resposta.

O Centro de Operações da Prefeitura do Rio informou que, em função do protesto, foram  bloqueadas as seguintes vias: acesso para a R. Visconde de Inhaúma na altura da Av. Rio Branco. As vias já foram liberadas.


Em nota, os Correios informam que estão em dia com os pagamentos referentes aos atuais contratos junto ao Grupo Empreza (EMPZ), que fornece serviços de mão-de-obra temporária. Com base nas cláusulas contratuais, a estatal está avaliando as medidas administrativas cabíveis para solucionar o caso.

BB diz que tem interesse no Banco Postal, se condições mudarem e preço cair


IstoÉ
21/11/2016

O Banco do Brasil respondeu na sexta-feira, 18, aos questionamentos dos Correios sobre os motivos que levaram a instituição a não fazer um lance pelo Banco Postal. Além do BB, Bradesco e Itaú Unibanco também retiraram o edital e foram questionados pela estatal sobre o fracasso do leilão.

O presidente do BB, Paulo Caffarelli, disse nesta segunda-feira, 21, que o banco só tem interesse em continuar com o negócio se as condições forem revistas e o preço adequado para gerar resultados.


Os bancos afirmam que os Correios pediram um preço muito alto pelo Banco Postal: R$ 600 milhões iniciais e outros R$ 600 milhões no começo do sexto ano da operação. Pela utilização da rede e participação nas tarifas bancárias, os Correios pediram outros R$ 2,4 bilhões ao longo dos primeiros dez anos do contrato.

Campanha dos Correios já recebeu 5 mil cartas com pedidos de presentes


G1
21/11/2016

Com a proximidade do período natalino, as crianças de baixa renda que vivem em Pernambuco podem ter alguns dos seus desejos realizados. Pelo 27º ano consecutivo, acontece no Recife a tradicional campanha das cartas do Papai Noel dos Correios. Segundo o órgão, foram enviadas até agora 5 mil cartas.

Todas elas estão sendo expostas na Agência Central da Avenida Guararapes, no bairro de Santo Antônio, no Centro da capital pernambucana. Os pedidos devem ser feitos até o dia 9 de dezembro.Para receber a doação, é preciso que o remetente seja uma criança de até 10 anos, que deve escrever uma carta à mão pedindo brinquedo, roupa, calçado ou material escolar. Depois, a carta deve ser enviada pelos Correios à Agência Central do Recife, que reúne os presentes os presentes doados.

Os doadores, chamados de padrinhos e madrinhas, devem 'adotar' uma das cartas e precisam entregar o presente à mesma agência até o dia 23 de dezembro, para que as crianças possam receber as doações no dia do Natal. Por segurança, o endereço delas não é divulgado aos voluntários.


Desde 2010, a ação conta com uma parceria com escolas, creches e abrigos públicos, o que ajuda a alcançar mais crianças em condições de vulnerabilidade social. No ano passado, foram entregues aproximadamente 8 mil presentes em Pernambuco. Os interessados em participar da campanha devem acessar o site dos Correios.

Raí assume novo papel e quer influenciar políticas públicas


O Estado de S.Paulo
18 Novembro 2016

Se Sócrates foi o líder da Democracia Corintiana, seu irmão Raí agora é o expoente de uma nova forma de fazer política. Eleito presidente da Atletas pelo Brasil, ele substitui a ex-jogadora de vôlei Ana Moser em uma instituição que traz um novo conceito ao esporte brasileiro: o advocacy. Como sintetiza o ex-craque, "influenciar as políticas públicas é o nosso principal objetivo".

Não trata-se exatamente de lobby, ainda que esta seja uma etapa desse processo. "Advocacy é escolher a meta, levantar os indicadores e a partir daí traçar uma estratégia. O lobby, a conversa de antessala, é parte dessa estratégia. Até chegar a ele você tem uma estratégia de comunicação, de mobilização da sociedade civil como um todo", explica Raí, que chegou a ser presidente da mesma ONG em seus primórdios, há 10 anos, quando ela ainda se chamava Atletas pela Cidadania e tinha como foco não o esporte, mas novas oportunidades para a juventude, especialmente pelo Jovem Aprendiz.Agora, Raí volta ao comando da ONG que tem mais de 70 atletas e ex-atletas filiados, gente do calibre de Clodoaldo Silva, Lars Grael, Patrícia Medrado, Paulo André, Gustavo Borges e Marcel de Souza, só para ficar entre diretores e conselheiros fiscais. Boa parte deles, como Raí, têm seus próprios projetos sociais. A Atletas pelo Brasil, que ganhou esse nome em 2011, vai muito além.

Há três anos, a grande conquista da entidade foi a introdução do Artigo 18-A na Lei Pelé, que, entre outras coisas, limita a uma a reeleição de dirigentes de entidades esportivas que recebem recursos públicos. Presidente da  Atletas pelo Brasil à época, Ana Moser se reuniu com os líderes partidários para que a emenda fosse aprovada na Câmara e no Senado.Agora, caberá a Raí liderar o movimento, que atualmente tem três metas principais: dobrar o nível de atividade física na população em geral, ampliar o espaço do esporte dentro das escolas e repensar o Sistema Nacional de Esporte, que vai definir a responsabilidade de cada ente do estado no esporte.

"A gente quer que seja debatido, seja democrático, tenha a ver com as nossas metas. Hoje você tem programas municipais de esporte, estaduais, ligados ao ministério, que não se conversam, se repetem, e não têm integração com saúde e educação", critica Raí.

O grande trunfo da Atletas pelo Esporte para os próximos anos, entretanto, é o Pacto pelo Esporte, auto-regulamentação criada em 2015 e que vai efetivamente entrar em prática em outubro de 2017. As empresas signatárias - gigantes como Banco do Brasil, P&G, Bradesco, Correios e Itaú - se comprometem a só firmar novos contratos de patrocínios com entes esportivos que cumpram determinados padrões de governança e transparência.

A ação não vai se restringir às confederações esportivas, tanto que uma comissão foi criada com patrocinadores ligados ao futebol. A ideia é que os clubes também adotem esses padrões para serem aptos a receber patrocínios das empresas signatárias.

"O Flamengo, por exemplo, já está com uma conduta de gestão bem mais transparente, exemplar diria, até. O presidente (Eduardo Bandeira de Melo) faz questão de dizer: pode vir aqui, já estou cumprindo tudo que foi escrito por vocês. O Pacto já está tendo influência no futebol. Outros clubes nos procuraram", conta Raí.

A um semestre de terminar um curso de mestrado exclusivo a ex-atletas, que tem módulos na França e na Inglaterra, Raí se prepara para um novo momento da vida. Ainda sob a presidência de Ana Moser, a Atletas pelo Brasil se posicionou contra as indicações de George Hilton e Leonardo Picciani para o Ministério do Esporte. A própria ex-jogadora, aliás, chegou a ser cogitada para o cargo.

Agora, é de Raí esse papel de liderança. "Estou muito motivado porque temos avançado, nossa voz está sendo mais ouvida, estamos sendo mais respeitados", avalia o ex-jogador, que tem mandato até 2018.