Guilherme Campos
vai para os Correios após
suspensão de
nomeações
DCI
09/06/2016
O Diário Oficial da União publica nesta
quinta-feira (9) a nomeação do ex-deputado federal Guilherme Campos, presidente
interino do PSD, para o cargo de presidente da Empresa Brasileira de Correios e
Telégrafos (ECT).
O ato é assinado pelo presidente interino
Michel Temer e pelo ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações,
Gilberto Kassab, que está licenciado da presidência do PSD, e a cuja pasta
ficou vinculada a ECT.
No PSD desde a sua fundação, Campos assumiu
a presidência do partido em janeiro de 2015, quando o então líder nacional da
legenda, Kassab, foi para o Ministério das Cidades do governo Dilma Rousseff.
Guilherme Campos foi líder do PSD na Câmara
de 2011 a 2014 e responsável por dar corpo ao partido, em Brasília e no
interior paulista. Foi ele quem recrutou o pré-candidato a prefeitura de
Campinas Artur Orsi, que era do PSDB.
No entanto, ele não conseguiu se reeleger
no último pleito e ficou como suplente, com 69 mil votos. Foi deputado federal
por dois mandatos (de 2007 a 2010 e de 2011 a 2014), além de vice-prefeito de
Campinas entre 2005 e 2007, no governo do ex-prefeito cassado, Hélio de
Oliveira Santos (PDT).
Na Câmara, integrou a Frente Parlamentar do
Comércio Varejista e presidiu a Frente Parlamentar das Micro e Pequenas
Empresas. Antes de ir para o PSD, Campos era filiado ao DEM.
Estatais e fundos
Na segunda-feira passada (6), o presidente
em exercício, Michel Temer, havia anunciado a paralisação de todas as
indicações para diretoria e presidência de estatais e fundos de pensão até que
fossem aprovados dois projetos, em análise na Câmara dos Deputados: o que
altera as regras para essas nomeações e o que estabelece regras de
transparência e gerenciamento de empresas estatais.
Esses projetos já foram aprovados pelo
Senado. O primeiro visa dificultar o aparelhamento dos fundos por partidos
políticos. Uma das mudanças prevista por ele é que, para participar de
conselhos, o indicado não poderá ter exercido atividade político-partidária nos
dois anos anteriores à nomeação.
Já o segundo visa dar maior transparência
às contas das estatais e impede que ministros, secretários estaduais,
distritais e municipais ocupem cadeiras nos conselhos de administração dessas
empresas.
"Mandamos paralisar toda e qualquer
nomeação para diretoria e presidência de empresa estatal ou fundo de pensão
enquanto não for aprovado projeto que está na Câmara dos Deputados que dispõe,
de maneira muito objetiva, que só serão indicados ou nomeados pessoal com alta
qualificação técnica", declarou Temer em pronunciamento no Palácio do
Planalto, em Brasília.
Relator do projeto da Lei de
Responsabilidade das Estatais, o deputado Arthur Maia (PPS-BA) está disposto a
modificar o texto com a flexbilização das regras para a indicação de políticos
e sindicalistas a cargos em empresas públicas.
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