Carteiros querem
gratificação por pilotarem
motos no AC, diz
sindicato
G1
25/08/2016
25/08/2016
Para cobrar
gratificação a carteiros que utilizam motocicletas no trabalho, o Sindicato dos
Trabalhadores dos Correios
(Sintect) diz que vai acionar a empresa na Justiça do Acre.
A categoria alega
não receber a gratificação, prevista em lei, de 30% por periculosidade para
todo trabalhador que utiliza motocicleta. A lei federal 12.997, de 18 de junho
de 2014, beneficia quem utiliza motocicleta ou motoneta no serviço.
Ao G1, os Correios
alegam que foi feito um acordo com representantes dos trabalhadores em 2008 em
que foi acertado o pagamento do adicional de Atividade de Distribuição e Coleta
(AADC) em substituição ao adicional de periculosidade. A empresa ressalta ainda
que a gratificação AADC tem a mesma natureza da de periculosidade e que o
acordo foi decorrente das negociações realizadas diretamente com as
representações dos empregados.
De acordo com a
Federação dos Trabalhadores dos Correios (Fentect), atualmente existem 375
trabalhadores nos Correios do Acre. Destes, 180 são carteiros, sendo que apenas
50 trabalham com motocicletas.
Diretora da Fentect
no estado, Suzy Cristiny confirma que os trabalhadores recebem uma gratificação
de 30% por Atividade de Distribuição e Coleta (AADC), porém, o adicional para
os trabalhadores que utilizam moto, seria um benefício diferente.
"A empresa
está alegando que não vai pagar os 30% para os motociclistas porque já paga os
outros 30%. Um é para carteiros, independente se estão a pé, de bicicleta ou
carro. Já o outro é específico para quem trabalha de moto. Ultimamente a
empresa tem feito muitos ataques contra os direitos dos trabalhadores", afirma
a diretora.
Suzy diz ainda que
está juntando toda a documentação necessária para, até o início da próxima
semana, acionar a empresa. Ela diz que Os Correios alegam que não teriam
recursos para pagar devido à crise financeira. Para Suzy, a justificativa seria
uma manobra da instituição.
“É um número
pequeno, que não justifica não pagar. A empresa alega um déficit e diz que não
pode pagar seus empregados. Isso é uma argumentação que estamos rebatendo.
Fizemos alguns estudos técnicos, a empresa não tem esse déficit que está
alegando. Estão jogando para o trabalhador a culpa da crise financeira a qual a
própria gestão da empresa é responsável", rebate.
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