quinta-feira, 19 de outubro de 2017

Insegurança faz Correios não entregarem encomendas em bairros de PG


A Tribuna
19/10/2017

Mais um ano vai chegando ao fim, e os moradores de parte dos bairros da Praia Grande continuam sem receber correspondências e encomendas em casa, devido à insegurança dos bairros em que residem. O problema, segundo os munícipes, persiste há dois anos. 

Desta forma, mesmo pagando frete para a entrega, muita gente precisa se dirigir até o Centro de Distribuição Domiciliar (CDD) dos Correios para retirar as compras feitas virtualmente. No CDD da Mirim, por exemplo, há reclamações diariamente. 

Na manhã de ontem, o eletricista Evandro Belle, de 45 anos, que mora na Vila Mirim, foi à unidade buscar o radiador automotivo que comprou na internet.

“Só de frete gastei R$ 26,45. Era para receber em casa, que fica na Rua Ator Jorge Doria. Como sei que eles não entregam, tenho que ficar acompanhando o produto no site pra vir buscar. No final, gasto dinheiro com o frete e com a gasolina do meu carro”, queixa-se Evandro.

Investe menos
A comerciante Thais Carvalho, de 32 anos, que reside no Quietude, tem um prejuízo muito maior. Dona de uma loja de roupas, ela gasta R$ 60,00 em frete toda semana. 

“Para entregar as minhas correspondências, o carteiro vai. Mas deixar as minhas encomendas, não tem jeito. Uma vez por semana preciso vir (ao CDD da Mirim) retirar os produtos. Com o dinheiro que gasto à toa com o frete, poderia comprar mais mercadorias para minha loja. Mas não. Infelizmente”, comenta. 

Sem solução
Questionados sobre o transtorno, os Correios, por meio de sua assessoria de imprensa, alegam que, nos locais considerados áreas de risco, o destinatário é realmente orientado a retirar a encomenda na unidade de entrega mais próxima. Isso é feito para garantir a segurança dos seus funcionários. 

A Prefeitura de Praia Grande afirma que a Guarda Municipal tenta coibir a violência com rondas nas áreas de risco, e a Administração investe “em câmeras de monitoramento e modernos softwares para auxiliar na investigação dos eventuais crimes cometidos contra os carteiros”. Até a publicação desta matéria, a PM não havia se pronunciado.

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