General que preside Correios terá que demitir assessores, alguns militares
Veja/Radar
27/01/2020
27/01/2020
Os Correios terão
que demitir todos os assessores especiais de diretores. Hoje são 9, com
salários de 20 mil. Já foram 16. Do total, 5 são militares, nomeados pelo atual
presidente, o general Floriano Peixoto.
As demissões, que precisam
ocorrer até 5 de março, se darão porque, em 2018, provocado por associação de
servidores, o Ministério Público do Trabalho (MPT) fez um Termo de Conciliação
Judicial com a empresa para, primeiro, ir diminuindo esses cargos ao longo dos
anos e, agora, em 5 de março de 2020, acabar de vez.
O argumento é que, por ser uma
empresa estatal, e não da administração direta, não aceita esse tipo de cargo
e, principalmente, ingresso sem concurso. Em dezembro, o general Floriano,
atual presidente dos Correios, entrou com uma ação rescisória para rever isso,
e requereu uma liminar para manter os apaniguados nos cargos, mas o TRT
rejeitou.
No pedido, a direção dos Correios
argumentou que uma lei de 2016 garante à diretoria o direito das nomeações em
cargos de comissão, mesmo sem o nomeado ter vínculo com a empresa – concursado
– e por tempo indeterminado.
E que o estatuto da empresa
também admite essas contratações desde 2013. A contratação de assessores
especiais não começou agora, no governo Bolsonaro. Ocorre desde as gestões do
PT à frente do governo.
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Sobre esta matéria da Veja, a ADCAP espera que a Empresa
finalmente cumpra a Constituição e a Lei, deixando de ter em seu quadro pessoas
admitidas sem concurso público, escolhidas por amizade ou afinidade
político-partidário-ideológica.
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