Adcap Net 17/02/2020 - Contratação de escritório para defender assessores inconstitucionais, julgamento do TST e situação dos maiores fundos de pensão - Veja mais!
Correios contratam ex-CGU de Lula para defender comissionados
Contrato tem duração de cinco anos e prevê o
pagamento de 200 mil reais ao escritório para atuar em ações na Justiça do
Trabalho nas quais a estatal defende que sejam mantidos em seus quadros
assessores comissionados sem concurso público
Correios do Brasil
16/02/2020
16/02/2020
Os Correios contrataram sem
licitação o escritório de advocacia do ex-ministro da Controladoria-Geral
da União dos governos Lula e Dilma, Jorge Hage.
Fechado no último dia 7, o contrato tem
duração de cinco anos e prevê o pagamento de 200 mil reais ao escritório
para atuar em ações na Justiça do Trabalho nas quais a estatal defende que
sejam mantidos em seus quadros assessores comissionados sem concurso público.
Hage foi ministro da CGU entre 2006 e 2014,
durante as gestões petistas, e atualmente tem um escritório em sociedade
com outro ex-ministro da pasta, Luiz Navarro. A banca atua nas áreas de
direito constitucional, direito administrativo, compliance, direito civil
e penal.
Atualmente os Correios são presididos pelo
general Floriano Peixoto, que chegou a ocupar o cargo de ministro da
Secretaria-Geral da Presidência do governo Bolsonaro entre fevereiro e
junho do ano passado, antes de ir para a estatal. Questionado sobre como
se deu a contratação, Hage disse que ficou sabendo que os Correios estavam procurando
escritórios para atuar na causa por meio de um sócio, mas que não
sabe quem fez o primeiro contato com sua banca.
A contratação do escritório do ex-ministro
foi fechada no mesmo dia em que a estatal conseguiu uma decisão na Justiça
do Trabalho que autorizou a empresa a manter no cargo oito assessores
especiais indicados por Floriano. A iniciativa marcou uma reviravolta em
um antigo imbróglio que se arrasta na Justiça do Trabalho.
Após uma ação civil do Ministério Público do
Trabalho que questionava as indicações de pessoas sem relação com a
estatal para cargos comissionados, os Correios firmaram um acordo com o
órgão em 2018 que previa o desligamento desses assessores especiais até março
deste ano. A nova gestão da estatal, contudo, decidiu recorrer à Justiça para
rever os termos do acordo com base em uma jurisprudência do Tribunal
Superior do Trabalho e garantir a permanência dos comissionados no cargo.
As ações foram movidas pelos advogados da própria estatal, que conseguiram
a decisão liminar favorável antes mesmo da contratação do escritório de
Hage.
Um dos critérios para a contratação de
escritórios de advocacia sem licitação é justamente a “notória
especialização” para atuar nos casos. Hage afirma que somente os Correios
podem explicar o motivo da escolha de seu escritório mesmo com advogados
da empresa já atuando no processo. “A avaliação que eles fazem da
necessidade de contratação externa de escritório é feita em cada caso”, diz
o ex-ministro.
Apesar de o escritório não ter experiência de
atuação na Justiça do Trabalho, Hage argumenta que a discussão sobre os
cargos comissionados está ligada ao direito público e administrativo. “Apenas
isso está na Justiça do Trabalho, o que eu acho até estranho, mas a
Justiça do Trabalho assumiu como sendo de competência dela esse tipo de
ação, a ação civil pública (movida pelo MPT)”, afirma.
Sobre o motivo de acionar um escritório de
fora quando já havia advogados da própria empresa atuando, os Correios
afirmaram por meio de nota que a contratação “obedeceu todos os trâmites
legais e teve pareceres internos favoráveis, inclusive do jurídico”.
A estatal, porém, não informou em quais
processos o escritório de Hage atua. O próprio ex-ministro, porém,
informou os processos em que seu escritório vai trabalhar. Disse ainda que
pode até entrar com novos recursos e defendeu a tese de que qualquer
estatal pode ter cargos comissionados, desde que sejam em número
“razoável”. Com informações do site Cruzoé.
Associação comenta auditoria que avalia situação dos Correios
Rádio 94 FM
14/02/2020
14/02/2020
A pedido do Congresso Nacional, o Tribunal de
Contas da União realizou uma auditoria, para verificar a situação dos Correios.
O parecer foi emitido pela ministra Ana Arraes.
Entre os pontos em destaque feito pelo
tribunal, a ministra ilustrou o aumento de reclamações registradas nos Procons
de todo o País, entre 2009 e 2018, quando atingiu um recorde negativo superior
a DEZ MIL reclamações. Também afirma, que em virtude da melhora na gestão da
empresa e a realização de investimentos na ordem de 600 MILHÕES DE REAIS, em
2019 esse número caiu mais de 50%.
O vice-presidente da Associação dos
Profissionais dos Correios, Marcos César Alves Silva, falou
sobre o relatório do TCU.
Em outubro de 2017, o Postalis (Fundo de
Previdência dos funcionários dos Correios), maior fundo de pensão do país,
sofreu intervenção da Superintendência Nacional de Previdência Complementar,
sob denúncias de corrupção, além de rombo de mais de SETE BILHÕES DE REAIS e
contas rejeitadas. Essa intervenção foi encerrada em 23 de dezembro do ano
passado.
Ouça AQUI o
bloco de 14/02/2020.
"Petrobras, BB, Correios, Caixa: a situação dos maiores fundos de pensão do país"
Gazeta do Povo
16/02/2020
16/02/2020
"Protesto de 2017
de aposentados da Caixa contra plano de equacionamento do Funcef: déficits dos
fundos de pensão foram cobertos, em parte, por descontos maiores dos
funcionários ativos e inativos.| Foto: Aniele Nascimento/Gazeta do Povo/Arquivo
Os maiores fundos de pensão fechados brasileiros são de estatais: quatro deles representam 41% de todo montante investido em previdência complementar por esse segmento de mercado. Até outubro, os investimentos da Previ (Banco do Brasil), Petros (Petrobras), Funcef (Caixa Econômica Federal) e Postalis (Correios) somavam R$ 375,9 bilhões, de um universo estimado em R$ 926,1 bilhões, de acordo com o consolidado estatístico da Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (Abrapp)."
"Justamente esses quatro fundos já
estiveram associados a investigações sobre esquemas de corrupção e desvios de
recursos, que motivaram inclusive a CPI dos Fundos de Pensão, entre 2015 e 2016
– a operação Greenfield foi a mais recente. Mas, em 2019, eles estão superando
as metas atuariais, conforme mostram os indicativos parciais compilados pela
Abrapp. Apesar desse resultado, alguns ainda precisam equacionar déficits, que
pesam na saúde financeira dos fundos – e a solução é aumentar os percentuais
descontados dos participantes dos planos, sejam trabalhadores da ativa ou
aposentados."
"Entenda a seguir como está a situação
dos maiores fundos de pensão do Brasil:"
"Previ (Banco do Brasil)
Maior plano da América Latina, a Previ, instituído para funcionários do Banco do Brasil, tinha investimentos de R$ 207,9 bilhões em outubro de 2019, com 88,5 mil participantes ativos, 244 mil dependentes e 104,8 mil assistidos, de acordo com os dados da Abrapp. O presidente da entidade, Luís Ricardo Martins, reforça que a Previ está em uma situação confortável, porque tem 100% de solvência. “Todas as obrigações assumidas são cumpridas”, reforça.
Maior plano da América Latina, a Previ, instituído para funcionários do Banco do Brasil, tinha investimentos de R$ 207,9 bilhões em outubro de 2019, com 88,5 mil participantes ativos, 244 mil dependentes e 104,8 mil assistidos, de acordo com os dados da Abrapp. O presidente da entidade, Luís Ricardo Martins, reforça que a Previ está em uma situação confortável, porque tem 100% de solvência. “Todas as obrigações assumidas são cumpridas”, reforça.
O fundo de pensão tem dois planos. O mais
antigo, o Plano 1, atende aos funcionários que foram admitidos até dezembro de
1997. Para as novas adesões, foi criado o Previ Futuro.
Informações da própria Previ mostram que o
Plano 1 atendia a 112,4 mil pessoas em setembro de 2019, sendo 82,4 mil
aposentados e 21,4 mil pensionistas – apenas 8,5 mil ainda seguem na ativa.
Nessa modalidade, o valor médio da aposentadoria era de R$ 9,5 mil e a pensão
ficava na faixa de R$ 6,4 mil. Para a carteira desse plano, os investimentos em
renda fixa compunham a maior parte do portfólio. Em 2019, a meta atuarial era
de 6,45%. Até o terceiro trimestre, o plano havia alcançado rentabilidade de
5,65%."
"O Previ Futuro somava 85,5 mil
participantes, sendo que 83,5 mil estão na ativa – apenas 1,1 mil já se
aposentaram e há 868 pensionistas. Neste caso, o valor médio da aposentadoria é
de R$ 5,9 mil e a pensão média é de R$ 726. Essa modalidade tem uma carteira
mais variada, com foco em renda variável. A meta atuarial para 2019 era de
6,45% e até o terceiro trimestre do ano a rentabilidade foi de 14,97%.
A Previ teve superávits de 2007 a 2013. Entre
2013 e 2015, os dois planos tiveram resultados de rentabilidade inferiores às
metas atuariais, e em 2015 foi registrado déficit de R$ 16 bilhões – a situação
foi equacionada no começo de 2018. Desde 2016, estão conseguindo manter essa
tendência de alta em relação a rentabilidade."
"Petros (Petrobras)
O fundo de pensão dos servidores da Petrobras tem uma particularidade: também administra 39 planos de previdência de outras empresas, entidades e associações de classe, o que faz com que ele seja o maior fundo de pensão multipatrocinado do Brasil. Dados da Abrapp mostram que até outubro de 2019, o investimento do Petros somava R$ 88,9 bilhões, com 71,3 mil participantes ativos, 305,4 mil dependentes e 73,3 mil assistidos.
O fundo de pensão dos servidores da Petrobras tem uma particularidade: também administra 39 planos de previdência de outras empresas, entidades e associações de classe, o que faz com que ele seja o maior fundo de pensão multipatrocinado do Brasil. Dados da Abrapp mostram que até outubro de 2019, o investimento do Petros somava R$ 88,9 bilhões, com 71,3 mil participantes ativos, 305,4 mil dependentes e 73,3 mil assistidos.
A Petros disponibiliza dados até o mês de
novembro do ano passado. O patrimônio gerido é de R$ 101,8 bilhões, com 143,5
mil participantes, entre ativos e assistidos.
Na última edição da Carta Mensal de
Investimentos do fundo, datada de janeiro deste ano, a Petros trouxe os
resultados dos seus três principais planos em 2019. O Plano Petros do Sistema
Petrobras-Repactuados (PPSP-R), que tem 56,1 mil participantes ao todo, tinha
meta atuarial de 9,8% e fechou o ano com rentabilidade de 23,06% e investimento
total de R$ 46,1 bilhões.
O Plano Petros do Sistema Petrobras-Não
Repactuados (PPSP-NR), que tem 18,5 mil participantes, também tinha meta
atuarial de 9,8%, mas fechou 2019 com rentabilidade de 22,32% e investimento
total de R$ 11,9 bilhões. O Plano Petros-2 (PP-2), com 50,6 mil participantes,
também superou a meta: a previsão atuarial era de 9,9%, e a rentabilidade anual
foi de 14,63% e investimento total, de R$ 27,1 bilhões.
Apesar dos bons resultados atuais, o Petros
precisa equacionar déficits anteriores. Entre 2013 e 2015, o Plano Petros do
Sistema Petrobras (PPSP), de benefício definido, acumulou déficits que somaram
R$ 22,6 bilhões. Para equacionar esse rombo, o fundo de pensão elaborou um
plano de equacionamento, que envolve maiores contribuições dos participantes.
Entre os servidores na ativa, por exemplo, essas alíquotas de contribuição
extraordinária eram de 3,2%, 6,63% e 24,34%, a depender da faixa
salarial."
"Em outubro de 2019, um novo plano de
equacionamento foi apresentado, com previsão de redução de benefícios – como
uma mordida de até 30% do 13.º salário e diminuição em valores de pecúlio e
pensões – para que as contribuições extras sejam menores e por um período mais
longo.
Funcef (Caixa Econômica Federal)
Terceiro maior fundo de pensão do Brasil, o Funcef, da Caixa, teve investimento total de R$ 70,9 bilhões até outubro de 2019, com 100,8 mil participantes ativos, 202,6 mil dependentes e 57 mil assistidos, de acordo com a Abrapp.
Terceiro maior fundo de pensão do Brasil, o Funcef, da Caixa, teve investimento total de R$ 70,9 bilhões até outubro de 2019, com 100,8 mil participantes ativos, 202,6 mil dependentes e 57 mil assistidos, de acordo com a Abrapp.
A situação desse fundo é um pouco mais
delicada, porque há déficit acumulado – que chegou a R$ 6,4 bilhões levando em
conta os resultados parciais até o novembro de 2019. A Federação Nacional das
Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae) registra que o
déficit apenas no exercício de 2019 somava R$ 780 milhões em nove meses de
2019. “O baixo desempenho da Funcef não pode ser mais justificado pela atual
gestão como erros do passado. Os déficits de 2014, 2015 e 2016 já foram
equacionados e ainda assim a fundação segue, ano após ano, gerando déficit e o
aprofundando”, questiona a Federação.
A Funcef escolheu outros dados para destacar
nos fatos relevantes referentes ao terceiro trimestre de 2019, como os
investimentos de R$ 4,5 bilhões e rentabilidade média de 6,84% ante 6,07% de
meta atuarial.
O equacionamento dos déficits no Funcef não é
novidade. Em 2016, o fundo de pensão conseguiu equilibrar as contas, que tinham
um rombo de R$ 5,4 bilhões. Para isso, contou com contribuições
extraordinárias. Esse novo déficit, que está no material consolidado do fundo de
pensão referente a 11 meses de 2019, engloba prejuízos acumulados entre 2017 e
2019."
"Em junho de 2019, um debate na Comissão
de Direitos Humanos do Senado, reuniu representantes dos fundos e dos
participantes. Na ocasião, Giocoeli Terezinha de Avila Reis, ativista em defesa
dos beneficiários da Funcef, questionou as regras de equacionamento.
"Aposentados chegam a pagar 38% dos benefícios. Pagamos o equacionamento,
e em cima dele incide o Imposto de Renda", declarou.
Para equacionar o déficit, do Funcef, foi
determinada uma cobrança de 7,86% ao mês, sobre os vencimentos dos
participantes do plano de benefício definido, por 141 meses. Muitos estão
questionando a medida judicialmente, pois alegam que houve má gestão dos
fundos.
No mesmo evento da Câmara, o diretor de
Administração da Funcef, Antonio Augusto de Miranda e Souza, chegou a lamentar
a “insuficiência patrimonial” da Funcef causada por “equivocadas decisões de
investimento” nos anos anteriores às investigações da CPI dos fundos de pensão
e da operação Greenfield.
Postalis (Correios)
O fundo de pensão dos Correios está na 15.ª colocação entre os maiores fundos de pensão do país, de acordo com a Abrapp. Em 2019, até outubro, tinha investimento de R$ 8,4 bilhões, com 95,8 mil participantes ativos, 106 mil dependentes e 37,9 mil assistidos.
O fundo de pensão dos Correios está na 15.ª colocação entre os maiores fundos de pensão do país, de acordo com a Abrapp. Em 2019, até outubro, tinha investimento de R$ 8,4 bilhões, com 95,8 mil participantes ativos, 106 mil dependentes e 37,9 mil assistidos.
O Postalis também oferece dois planos: o
PostalPrev e o BD, que já foi saldado e fechado para novas adesões, mas
enfrenta dois equacionamentos de déficit em curso e ainda tem mais um déficit a
equacionar. Esse rombo é estimado em R$ 12 bilhões."
"Dados do próprio Postalis mostram que,
até novembro de 2019, a rentabilidade do plano BD estava em 11,48%, ante meta
atuarial de 7,87%. Nesse plano, são 50,2 mil participantes ativos, 27,7 mil
assistidos e 6,4 mil pensionistas. Os benefícios médios são de R$ 2 mil para
assistidos e R$ 986 para pensionistas. O ativo líquido do plano era de R$ 2,94
bilhões, mas a provisão matemática seria de R$ 9,29 bilhões.
O PostalPrev teve rentabilidade de 11,92% nos
11 primeiros meses de 2019, ante meta atuarial de 7,92%. Esse novo plano tem
86,9 mil participantes ativos – são 4,7 mil assistidos e 1,5 mil pensionistas.
Os benefícios médios são baixos: R$ 968,94 para assistidos e R$ 369,74 para
pensionistas. O ativo líquido é de R$ 4,61 bilhões ante provisão matemática de
R$ 4,67 bilhões.
A situação desse fundo é mais delicada, pois
está sob intervenção da Superintendência Nacional de Previdência Complementar
(Previc) desde outubro de 2017, com quatro prorrogações desde então – a
intervenção só foi encerrada em dezembro do ano passado. O interventor, Walter
de Carvalho Parente, declarou, também na CDH do Senado, que dizer que o
Postalis foi submetido a uma gestão temerária é "eufemismo".
Ainda assim, ele ponderou que o fundo agiu
corretamente dentro das possibilidades em meio à investigação da operação
Greenfield e às ações na Justiça, mas argumenta que há regras questionáveis
para a cobertura de déficits. "Se a gente for equacionar isso no Postalis,
os aposentados pagarão 49% cento em contribuições extraordinárias. Isso é
proibitivo", declarou.
O problema é que sucessivos anos de déficits
foram gerando novos planos de equacionamento, que foram sobrepostos. Um exemplo
é que havia contribuições extras para equacionar os resultados de 2011 e 2012,
ao mesmo tempo em que foi aprovado um plano para arrumar as contas de 2013 e
2014 – só nesses casos, as contribuições extraordinárias somavam 17,92% sobre
os vencimentos. Depois, em 2017, o Postalis começou a cobrar contribuições pelo
déficit de 2015, com alíquota de 2,73% sobre os vencimentos de funcionários da
ativa e aposentados."
"Mudanças na gestão dos fundos de pensão
Em dezembro do ano passado, o ministro da Economia, Paulo Guedes, baixou uma nova norma que acaba com as eleições para o comando de fundos de pensão. A mudança, determinada em reunião extraordinária do Conselho Nacional de Previdência Complementar (CNPC), determina que o presidente dessas entidades e os outros integrantes das diretorias-executivas precisam ser selecionados no mercado por recrutamento independente. O objetivo é acabar com as indicações políticas para comandar as fundações.
Em dezembro do ano passado, o ministro da Economia, Paulo Guedes, baixou uma nova norma que acaba com as eleições para o comando de fundos de pensão. A mudança, determinada em reunião extraordinária do Conselho Nacional de Previdência Complementar (CNPC), determina que o presidente dessas entidades e os outros integrantes das diretorias-executivas precisam ser selecionados no mercado por recrutamento independente. O objetivo é acabar com as indicações políticas para comandar as fundações.
TST vai julgar plano de saúde dos carteiros no dia 17
Correio Braziliense
14/02/2020
14/02/2020
No próximo dia 17, o TST vai julgar os
recursos do dissídio coletivo dos Correios. A principal questão se
refere ao plano de saúde dos carteiros. No acórdão do dissídio, julgado em
outubro pelo TST, foi estabelecido que seria mantida a proporção de
participação de 70% para a empresa e 30% para os trabalhadores nas despesas do
plano.
A Diretoria dos Correios, porém, a partir de
brecha aberta por uma liminar expedida pelo presidente do STF, modificou
unilateralmente a participação para 50% para a empresa e 50% para os
trabalhadores, o que representou, em muitos casos, aumentos de 100% nas
mensalidades.
O resultado da mudança: 9.000 trabalhadores
dos Correios já tiveram que sair do plano de saúde porque não tinham como pagar
as novas mensalidades e esse número aumenta a cada dia.
De acordo com a ADCAP,
a Diretoria da Empresa age seguindo orientação do Ministério da Economia,
responsável pela Resolução 23 da CGPAR, usada como argumento pela direção dos
Correios.
Para a ADCAP, a resolução é ilegal, pois foi
emitida por uma comissão (CGPAR) cujo decreto de criação (Decreto 6021) não
previa este tipo de atribuição para o órgão, havendo até mesmo um Projeto de
Decreto Legislativo de Sustação de Atos Normativos do Poder Executivo (PDC), o
PDC 956/2018, de autoria da deputada Erika Kokay (PT/DF), sustando os efeitos
dessa resolução.
A expectativa dos trabalhadores é de que o
TST mantenha sua decisão original, que foi fruto de meses de estudos e de
negociações, o que evitaria que outros trabalhadores tivessem que desistir do
plano de saúde por absoluta falta de condições de arcar com as novas
mensalidades.
O julgamento dos embargos de declaração está marcado para hoje, na SDC do TST, com início previsto para às 13:30
Link ao vivo da transmissão
https://www.youtube.com/watch?v=MmSjsgfzz3I
https://www.youtube.com/watch?v=MmSjsgfzz3I
Link do Processo
http://aplicacao4.tst.jus.br/consultaProcessual/resumoForm.do?consulta=1&numeroInt=276126&anoInt=2019
http://aplicacao4.tst.jus.br/consultaProcessual/resumoForm.do?consulta=1&numeroInt=276126&anoInt=2019
------------------------------------------------
Ao se analisar o período entre 2015 e 2019, foi possível visualizar uma evolução considerável da qualidade dos serviços prestados pela ECT, principalmente a partir do segundo semestre de 2018, com melhorias no que se refere à tempestividade da entrega, à universalização dos serviços, a perdas e extravios, bem como no tocante à satisfação dos clientes.
” Privatizar não tem explicação. Manter os Correios
tem.
Digite no seu navegador: http://bit.ly/pesquisaTCU
#TodosPelosCorreios
Direção Nacional da
ADCAP.
Nenhum comentário:
Postar um comentário