Expertise não
é desculpa!
Expertise
pode ser conceituada como:
-
competência ou qualidade de especialista;
-
característica ou particularidade de especialista.
A
"ausência de expertise" nos quadros próprios tem sido usada como
argumentação para a contratação de pessoas sem concurso público pela ECT.
É o caso dos Assessores Especiais, cuja remuneração só é inferior à de
Superintendentes Executivos.
A
mesma argumentação – falta de expertise - deve ser usada também para trazer
servidores de órgãos da administração direta “cedidos”. É o caso dos técnicos
que são importados de diversos órgãos nada relacionados à atividade postal,
para aqui ocuparem elevadas posições de assessoria e até de chefia executiva,
multiplicando por várias vezes seus vencimentos da origem. Que expertises
inexistentes entre os 120.000 trabalhadores dos quadros próprios um professor
universitário ou um técnico de nível médio de Ministério, por exemplo,
aportariam à ECT? A direção da Empresa não responde, certamente porque entende
que não precisa explicar a acomodação por aqui de "amigos do poder".
A
argumentação da “falta de expertise” não resiste a um sopro, pois a ECT dispõe
em seu quadro próprio de milhares de profissionais qualificados nas mais
diferentes especialidades, sem contar a experiência nos negócios e operações
postais. E muitos desses profissionais estão subaproveitados, porque foram
“encostados” em atividades de menor relevância para “dar espaço” à designação
de outros trabalhadores “mais alinhados”. Essa, aliás, deve ser uma das
principais razões do aumento das despesas com pessoal, o que seria comprovado
se fosse devidamente analisado.
Cada
assessor especial ou servidor cedido que ocupa uma alta posição na Empresa nos
custa perto de meio milhão de reais por ano, desnecessariamente.
Assim,
em vez de economizar protelando um mais que necessário concurso público para
repor vagas que são abertas, a direção da Empresa deveria olhar para o quanto
economizaria se soubesse utilizar a expertise dos trabalhadores do quadro
próprio e não precisasse importar assessores especiais e cedidos, para montar
verdadeiros feudos como os que existem em algumas vice-presidências, com
destaque para a que jamais deveria dar esse mau exemplo.
Se
a direção da Empresa quer economizar com pessoal, que comece a dar o exemplo e
não culpe os trabalhadores pelo aumento das despesas com pessoal e nem os faça
pagar pelo que se gasta a mais desnecessariamente com assessores especiais ou
cedidos.
Diretoria
Executiva da ADCAP Nacional.
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