União gasta R$ 1,5 bi com
propaganda em 2016; estatais puxam queda de
27%
PODER 360
5/7/17
Governo e ministérios cortam apenas 9% 71% dos gastos são de empresas públicas
No 3º ano consecutivo de redução na verba, o governo federal gastou R$ 1,5 bilhão em propaganda. O corte em relação a 2015 foi de 27%.
O resultado deve-se principalmente às empresas estatais, que tradicionalmente respondem pelo maior volume de despesas da União com publicidade.
Em 2016, as empresas públicas reduziram em 32% seus gastos com propaganda –de R$ 1,58 bilhão em 2015 para R$ 1,07 bilhão. Como correspondem a 71% da verba, puxaram o valor total do governo federal para baixo.
A administração direta (Planalto e ministérios), também reduziu a verba publicitária, mas em proporção muito menor: 9%. Em 2015, os gastos foram de R$ 477 milhões e em 2016, R$ 432 milhões.
Enquanto nas estatais os gastos caíram em todos os meios de divulgação, o governo expandiu as verbas para jornais impressos, revistas e mídia exterior, que engloba outdoors e exibição em TVs em ônibus e metrô, por exemplo.
Procurada para comentar os números, a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, responsável por coordenar a publicidade do governo federal, respondeu que os gastos diminuíram em função da queda da arrecadação e da diminuição dos lucros das estatais.
Os dados são inéditos. Foram obtidos pelo Poder360 por meio da Lei de Acesso à Informação.
Essas informações sobre propaganda da União eram coletadas e organizadas pelo IAP (Instituto de Acompanhamento da Publicidade). O órgão paraestatal teve seu financiamento interrompido em março. Em atividade desde 1999 (começou a divulgar os dados em 2000), o IAP compilava todos os gastos com propaganda na esfera pública federal. A partir deste ano de 2017, não haverá mais essa estatística disponível.
Uma cifra que nunca foi divulgada de maneira consolidada é o custo com produção das peças publicitárias e também os gastos com publicação de balanços. É consenso no mercado que essas despesas aumentariam o valor total da propaganda estatal federal em cerca de 30%, pelo menos.
Queda nas estatais
Descontados da administração indireta os órgãos administrativos, como a Suframa (Superintendência da Zona Franca de Manaus), restam as estatais que concorrem no mercado. São essas empresas e suas subsidiárias que detêm as maiores contas de publicidade da administração federal.
Em 2016, a única empresa a expandir seus gastos com propaganda foi o Banco da Amazônia (Basa), justamente o dono da menor conta entre as estatais. Passou de R$ 3,5 milhões para R$ 3,7 milhões (+6,5%).
A Caixa, que ostenta o maior gasto com publicidade da administração federal, reduziu de R$ 511 milhões em 2015 para R$ 498 milhões. Uma queda mínima, de 2,6%.
Todas as demais grandes contas sofreram reduções expressivas de 2015 para 2016. Eis 1 resumo em tópicos e a tabela completa: Banco do Brasil: cortou 22,2%, de R$ 347,7 milhões para R$ 270,4 milhões. Petrobras: cortou 42,5%, de R$ 242,6 milhões para R$ 139,6 milhões. Correios: cortou 67,9%, de R$ 198,9 milhões para R$ 63,8 milhões. BR Distribuidora: cortou 66,7%, de R$ 123 milhões para R$ 41 milhões. BNDES: cortou 66,4%, de R$ 66,0 milhões para R$ 22,2 milhões.
5/7/17
Governo e ministérios cortam apenas 9% 71% dos gastos são de empresas públicas
No 3º ano consecutivo de redução na verba, o governo federal gastou R$ 1,5 bilhão em propaganda. O corte em relação a 2015 foi de 27%.
O resultado deve-se principalmente às empresas estatais, que tradicionalmente respondem pelo maior volume de despesas da União com publicidade.
Em 2016, as empresas públicas reduziram em 32% seus gastos com propaganda –de R$ 1,58 bilhão em 2015 para R$ 1,07 bilhão. Como correspondem a 71% da verba, puxaram o valor total do governo federal para baixo.
A administração direta (Planalto e ministérios), também reduziu a verba publicitária, mas em proporção muito menor: 9%. Em 2015, os gastos foram de R$ 477 milhões e em 2016, R$ 432 milhões.
Enquanto nas estatais os gastos caíram em todos os meios de divulgação, o governo expandiu as verbas para jornais impressos, revistas e mídia exterior, que engloba outdoors e exibição em TVs em ônibus e metrô, por exemplo.
Procurada para comentar os números, a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, responsável por coordenar a publicidade do governo federal, respondeu que os gastos diminuíram em função da queda da arrecadação e da diminuição dos lucros das estatais.
Os dados são inéditos. Foram obtidos pelo Poder360 por meio da Lei de Acesso à Informação.
Essas informações sobre propaganda da União eram coletadas e organizadas pelo IAP (Instituto de Acompanhamento da Publicidade). O órgão paraestatal teve seu financiamento interrompido em março. Em atividade desde 1999 (começou a divulgar os dados em 2000), o IAP compilava todos os gastos com propaganda na esfera pública federal. A partir deste ano de 2017, não haverá mais essa estatística disponível.
Uma cifra que nunca foi divulgada de maneira consolidada é o custo com produção das peças publicitárias e também os gastos com publicação de balanços. É consenso no mercado que essas despesas aumentariam o valor total da propaganda estatal federal em cerca de 30%, pelo menos.
Queda nas estatais
Descontados da administração indireta os órgãos administrativos, como a Suframa (Superintendência da Zona Franca de Manaus), restam as estatais que concorrem no mercado. São essas empresas e suas subsidiárias que detêm as maiores contas de publicidade da administração federal.
Em 2016, a única empresa a expandir seus gastos com propaganda foi o Banco da Amazônia (Basa), justamente o dono da menor conta entre as estatais. Passou de R$ 3,5 milhões para R$ 3,7 milhões (+6,5%).
A Caixa, que ostenta o maior gasto com publicidade da administração federal, reduziu de R$ 511 milhões em 2015 para R$ 498 milhões. Uma queda mínima, de 2,6%.
Todas as demais grandes contas sofreram reduções expressivas de 2015 para 2016. Eis 1 resumo em tópicos e a tabela completa: Banco do Brasil: cortou 22,2%, de R$ 347,7 milhões para R$ 270,4 milhões. Petrobras: cortou 42,5%, de R$ 242,6 milhões para R$ 139,6 milhões. Correios: cortou 67,9%, de R$ 198,9 milhões para R$ 63,8 milhões. BR Distribuidora: cortou 66,7%, de R$ 123 milhões para R$ 41 milhões. BNDES: cortou 66,4%, de R$ 66,0 milhões para R$ 22,2 milhões.
Nenhum comentário:
Postar um comentário