O plano da Loggi para ocupar o lugar dos Correios
Desde 2016, a startup de entregas constrói uma malha logística para atender o Brasil inteiro. Agora, em meio a uma explosão de 500% do volume de entregas, a companhia começa a transformar suas agências em centros de negócios e vai apostar no modelo de franquias. O CEO e fundador, Fabien Mendez, explica a estratégia
Neo Feed
02/09/2020
Desde que fundou a Loggi, em 2014, o empreendedor francês Fabien Mendez repete, como se fosse um mantra, que sua missão é criar o Correios do futuro, capaz de entregar qualquer coisa, em qualquer lugar, para qualquer pessoa em um ou dois dias.
Não se trata de uma missão fácil. Em especial em um país como o Brasil, que tem dimensões continentais. Além disso, a tarefa é ainda mais difícil para uma startup que está construindo tudo do zero, mesmo que altamente capitalizada, como o caso da Loggi, que levantou US$ 295 milhões de investidores como Softbank, GGV, Fifth Wall, Kaszek Ventures, Monashees, Iporanga Ventures, Velt Partners, entre outros.
Soma-se a esses fatores a concorrência de operadores logísticos internacionais, como Fedex, UPS e DHL, além do próprio Correios, que tem presença nacional, mais de 11 mil agências de atendimento, 99 mil funcionários e faturou R$ 18,3 bilhões em 2019.
Mas, em meio a pandemia do coronavírus, que fez a demanda de entregas de clientes de comércio eletrônico crescer de forma exponencial, a Loggi está dando um passo importante para ser o Correios do futuro.
A startup que vale US$ 1 bilhão está começando a fazer testes em suas agências espalhadas em 542 cidades para transformá-las em pontos que, além de fazer as entregas, possam também receber as encomendas de pessoas físicas e de pequenos negócios.
Esses pontos são minihubs que recebem as encomendas da Loggi para fazerem o trajeto da última milha. Até o fim do ano, eles vão também estar aptos para receber pacotes de consumidores, como uma agência de Correios.
"Eles vão poder conquistar clientes localmente para enviar via Loggi", afirmou Mendez, em entrevista ao NeoFeed. "Esse é o nosso terceiro movimento estratégico: oferecer a entrega de tudo para todos"
O primeiro movimento estratégico foi em 2014, quando a startup começou com entregas locais de diversos produtos, de documentos a remédios. Dois anos depois, a companhia iniciou a implantação de uma malha logística nacional.
Hoje, a Loggi está em todas as capitais brasileiras mais o Distrito Federal e conta com sete crossdocking, centros de triagens em que algoritmos de inteligência artificial e robôs fazem a roteirização da entrega, localizados em São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte, Salvador, Recife e Porto Alegre.
Desses locais, os pacotes saem por avião, caminhões e até ônibus para serem entregues nos minihubs espalhados pelo Brasil. Ao chegarem a esses destinos, motos e carros concluem a última milha até a casa do cliente.
Essa estratégia, até agora, concentrou-se no modelo B2B2C (business-to-business-to-consumer). Difícil de entender? O cliente da Loggi são grandes empresas, como varejistas e e-commercers (é o business). Mas as entregas, em geral, são feitas para os consumidores (o consumer). O terceiro movimento estratégico que a Loggi começa a concretizar agora são as entregas de encomendas para pessoas físicas.
Com os minihubs se transformando em "agências de Correios", a startup passará a atuar de forma direta com os consumidores e irá atender também pequenos comerciantes que não contam com infraestrutura logística para fazer a entrega dos produtos vendidos em seus sites.
"Todo mundo se preocupa com o last mile, mas esquece do first mile", afirma Mauro Roberto Schlüter, professor de logística do Mackenzie. "Esses minihubs podem gerar economia de escala para a Loggi."
Atualmente, aproximadamente metade dos minihubs são próprios. A outra metade são as chamadas Loggi Leve, empresas de logísticas associadas que viabilizam as entregas. "Em breve, eles vão virar franqueados", diz o CEO e fundador da Loggi, sem dar detalhes de como será o modelo.
De acordo com Mendez, a Loggi já testa o modelo e ele será lançado de forma gradativa até o fim deste ano. O fundador da startup de entregas não diz também quantas franquias pretende ter e em que localidades vão ser implantadas.
Demanda explosiva
O projeto da transformar seus minihubs em agências de negócios, e não apenas de entregas, acontece em meio a uma demanda explosiva pelos serviços da Loggi durante a pandemia do coronavírus.
Para se ter uma ideia, o volume de entregas em julho deste ano foi 500% maior do que o mesmo mês do ano passado. Atualmente, a empresa está fazendo 300 mil entregas diárias. E a meta é chegar em novembro, durante a Black Friday, com capacidade de entregar 500 mil itens por dia.
"Ela teve uma curva de crescimento bastante acentuada e eles conseguiram absorver essa expansão" afirma Guilherme Assis, do fundo Iporanga Ventures, um dos primeiros a apostar na startup, e que faz parte do conselho da Loggi. "Poderia ter vindo essa demanda e eles explodirem, por não conseguirem atender. Mas eles tiveram capacidade de escalar."
É claro que essa demanda explosiva de uma hora para outra teve um custo – não que Mendez reclame dele. A companhia tinha a meta de chegar a todas 5.570 cidades brasileiras em 2020. Agora, o plano é atingir a cobertura nacional só em 2021.
"Tivemos de correr para construir mais capacidade para atender as necessidades atuais", afirma Mendez. "E, em vez de expandir a qualquer custo, pausamos os esforços de expansão geográfica."
Isso não significa que a Loggi tenha ficado estagnada nesse quesito. Ao contrário. Em vez de uma expansão para milhares de cidades, o crescimento foi na casa das centenas. A companhia chegou a 475 novos municípios em 2020 – ela estava em menos de 100 no ano passado.
Essa expansão acelerada fez a Loggi voltar a contratar. Em fevereiro, a startup demitiu 120 funcionários nas áreas de venda e marketing. Mas com o crescimento da demanda, a companhia já conta com mais funcionários do que antes dos cortes – atualmente são 1,5 mil pessoas.
Mas o grande batalhão de pessoas que trabalham na empresa não é formado por seus funcionários. Hoje, a companhia, que adota um modelo baseado na Uber e na Rappi para seus entregadores, conta com 35 mil profissionais autônomos e centenas de empresas que ajudam na entrega final.
Com isso, a Loggi consegue ter a seu favor um componente que faz parte da economia do compartilhamento: contar com uma frota de aviões, caminhões, carros, motos e até ônibus, que ajudam a startup a fazer as entregas aos seus clientes, sem ser dona de um único veículo.
Mas apesar de não ser dona da frota, a companhia faz com que todos eles usem sua tecnologia no processo de entrega. "A tecnologia é onipresente. Usamos em todas as etapas do processo logístico", afirma Mendez.
Desde a retirada dos produtos até a entrega ao consumidor final, tudo é rastreado. As rotas são definidas por algoritmos de inteligência artificial e os profissionais autônomos e das agências de atendimento usam aplicativos de celular para acompanhar todo o processo.
Clientes e concorrentes
O desafio da Loggi é que, ao mesmo tempo que cresce de forma acelerada, atendendo principalmente e-commerces e varejistas, os seus clientes estão se transformando em seus concorrentes. Pior: eles estão avançando rapidamente na área de logística à medida que focam seus esforços no crescimento de seus marketplaces.
No Mercado Livre, por exemplo, 96% das vendas totais do marketplace, no segundo trimestre de 2020, passaram pelo Mercado Envios, braço de logística da companhia. Dessa fatia, 51% foram feitas pela Melinet, a estrutura que oferece coleta, entrega e armazenagem de mercadorias.
Nesta semana, o Mercado Livre anunciou também a aquisição de uma participação minoritária na Kangu, startup que habita pequenos comércios de bairro interessados em operar como minihubs de produtos comprados via e-commerce. Em troca, esses lojistas recebem uma comissão por cada pacote estocado em suas lojas.
O Magazine Luiza tem investido na formação de uma estrutura própria de entregas na última milha, com o apoio da Logbee, startup de logística comprada em 2018. Hoje, essa rede conta com 4 mil micro transportadores e motoristas.
A estratégia da B2W, dona das marcas Submarino e Americanas.com, passa pela LET's, plataforma de logística e distribuição que inclui 17 operações no formato de fulfillment, além de alternativas como clique e retire, que envolvem os pontos de venda da Lojas Americanas.
E até mesmo a Via Varejo, que conta com as marcas Casas Bahia e Ponto Frio, que era considerada a retardatária nessa área, está se mexendo. Em abril, a companhia comandada por Roberto Fulcherberguer comprou a ASAP Log, empresa de tecnologia que conecta lojas e entregadores.
Esses não são os únicos desafios da Loggi. "A privatização dos Correios pode criar um grande competidor", diz uma fonte do setor de logística. "E sempre há os riscos regulatórios dessa área."
Mas é apenas isso. "Dá para montar uma capilaridade igual a dos Correios, mas leva tempo e tem um custo altíssimo, principalmente para operar nos rincões do Brasil", diz Schlüter, do Mackenzie. "Os Correios são hoje o maior operador de e-commerce do Brasil."
Mendez sabe das ameaças. Mas se apega a exemplos internacionais para assegurar que há muito espaço ainda para todos os competidores. De acordo com ele, na China e nos Estados Unidos, os grandes varejistas online como Tencent, Alibaba e Amazon não deram conta de 100% de seus volumes de entregas.
"Esses grandes players conseguiram internalizar 50% do volume de entregas. E deixaram o restante para outros players", afirma Mendez.
Além disso, o empreendedor diz que existe um mundo a ser explorado além das grandes empresas de comércio eletrônico e de varejo. "São milhões de indivíduos que precisam enviar bens e pacotes todos os dias", afirma Mendez. "E esse mercado é três vezes maior."
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Mercado Livre, Alibaba e Amazon: a quem interessa a privatização dos Correios?
Diário Carioca
02/09/2020
Enquanto os trabalhadores e trabalhadoras dos Correios seguem em greve por garantia de direitos, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) avança com a privatização da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) em meio à pandemia do novo coronavírus.
Mas, a quem interessa a entrega da estatal? Responsável a logística de entrega das mercadorias, os Correios desempenham uma atividade importante para a sociedade como um todo, mas especialmente para o setor de comércio eletrônico.
A movimentação do governo acendeu o interesse em nomes de peso desse segmento de mercado como a estadunidense Amazon, a chinesa Alibaba e a argentina Mercado Livre.
"Por parte das empresas que estão tanto no mercado de entregas, a UPS dos Estados Unidos já manifestou interesse, quanto para as empresas que são gigantes do comércio eletrônico, como é o caso da Amazon, que domina hoje mais ou menos 50% é a maior do mundo, e a Alibaba, que é a principal empresa de comércio eletrônico na China", analisa o doutor em sociologia da tecnologia, pesquisador e professor da Faculdade de Comunicação da Universidade de Brasília (UnB), Jonas Valente.
A união da Amazon e Alibaba para a compra dos Correios são especuladas pela imprensa nacional desde o passado e o portal E-commerce apontou nesta terça-feira (1) que a argentina Mercado Livre, que teve grande crescimento durante a pandemia, também já demonstrou interesse em comprar os Correios.
Segundo a Federação Nacional dos Trabalhdores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect), os dados dos Correios mostram que, só no ano passado, 48% da receita corresponde ao monopólio postal de envio de cartas e os outros 52% a entrega de encomendas, aberta à livre concorrência.
Além das lojas varejistas, o mercado brasileiro de comércio eletrônico é comandado atualmente pelo Mercado Livre, Magazine Luiza, Via Varejo, responsável pelas redes de lojas Casas Bahia, Pontofrio e B2W, que é a fusão das Americanas e Submarino.
Valente também ressalta que, com a vantagem de poder entrar no país pelos Correios, "todas essas empresas brasileiras estariam em risco caso uma gigante norte-americana ou chinesa viesse competir vendendo os mesmos produtos".
Privatização em andamento
Embora o argumento da direção da estatal para o corte de 70 dos 79 pontos do acordo coletivo seja a crise econômica e a sustentabilidade da empresa, na semana passada o governo fechou um estudo para a privatização dos serviços postais por R$ 7.89 milhões, segundo o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
O consórcio selecionado foi o Postar formado por Accenture do Brasil Ltda e Machado, Meyer, Sendacz, Opice e Falcão Advogados.
De acordo com o Ministério da Economia, a previsão é de que os estudos "tenham início imediatamente e que a primeira fase seja entregue até o final deste ano". A alteração na Constituição, que define o serviço postal de cartas como dever do Estado e que deve ser enviada para o Congresso, também está em estudo pela pasta.
O professor do Instituto de Economia da Universidade de Campinas (Unicamp), Marco Antônio Rocha considera uma "irresponsabilidade imensa" o governo tentar promover uma privatização dos Correios nesse momento de pandemia no país.
Para o economista a administração federal está induzindo a greve dos trabalhadores com o corte unilateral dos direitos no acordo coletivo para criar um constrangimento da população em relação a esse serviço.
"O governo criar um conflito com os trabalhadores dos Correios e da Caixa Econômica Federal em meio à pandemia, onde a gente está precisando muito dessas instituições, é de uma irresponsabilidade imensa", avalia.
Mercado brasileiro
Outra consequência prejudicial da privatização dos Correios apontada pelo economista se dá no comércio que passou a funcionar por meio das entregas de encomendas dos Correios. "Pode significar uma perda de clientela ou certos sacrifícios da margem de lucro para absorver o preço para a distribuição do produto", pontua.
Desde o início da pandemia, houve um grande incremento nas vendas online no Brasil. De acordo com a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), houve um aumento de 400% no número de lojas online por mês. Ou seja, os Correios passaram a entregar muito mais pacotes e encomendas.
O aumento da abertura de empresas gerou empregos e renda dentro do Brasil. De acordo com a pesquisa da ABComm houve a abertura de 50 mil empresas por mês.
Em relação aos setores, os que mais registraram aumentos nas vendas online foram calçados (99,44%), bebidas (78,90%), eletrodomésticos (49,29%), autopeças (44,64%) e supermercados (38,92%).
Amazon
De acordo com Jonas Valente, a empresa estadunidense Amazon "entrou pesado no Brasil" e vem buscando ampliar fatias de mercado por aqui.
Sob esse ponto de vista, a compra dos Correios pode ser uma estratégia de entrada nessa área, pois possibilitaria um ganho na escala para operar de forma nacional no país, com a utilização de uma infraestrutura logística já articulada.
O especialista ressalta que a "capilaridade gigantesca" é o atrativo de compra da estatal e ressalta a importância de ter uma empresa pública que cumpra a função social de chegar a todos municípios "com preços mais baratos, inclusive".
"Há uma questão de alcance, de cumprimento de função social, de preço mais barato. Se os Correios forem de fato arrematados por uma Amazon ou Alibaba, a gente vai ter plataformas digitais muito poderosas com atuação em outros segmentos e que vão se fazer valer dessa capacidade de logística exatamente para conseguir crescer ainda mais no Brasil", analisa.
O especialista em comércio eletrônico avalia que o impacto não se restringe a esse segmento. A Amazon, por exemplo, oferece desde serviços de stream, como o serviço corporativos de nuvem com a AWS, ou até mesmo uma plataforma de trabalho, que é o Amazon Mechanical Turk.
"O crescimento da Amazon pode representar uma maior desnacionalização, mais um grande agente estadunidense com muita força dentro do país, o que pode prejudicar tanto do ponto de vista econômico os concorrentes nacionais, como do ponto de vista político e cultural pelo reforço e peso que esse agente vai ganhar também na área de cultura e informação", calcula.
Uso de dados
A compra da estatal pode trazer também um acesso a informações de bilhões de cidadãos brasileiros hoje exclusivo dos Correios, alerta Valente. A lógica de empresas como Amazon é utilizar o máximo de dados que consegue coletar para ofertar cada vez mais serviços.
"Se a Amazon comprar os Correios, terá muito mais dados sobre as pessoas, como endereços e correspondências. Certamente estes dados serão utilizados pela empresa para turbinar seus outros serviços", explica.
Ele também aponta que a compra pela Amazon representa um grande risco de uso indevido desses informações. Nos Estados Unidos, a empresa já foi investigada por práticas predatórias de dados.
Em meados de março, o senador republicano Josh Hawley pediu a abertura de um a investigação sobre a Amazon pelo uso ilegal de dados de vendedores externos para obter vantagens na criação ou precificação de produtos de sua marca própria. De acordo com Hawley, essa é uma prática que levaria ao monopólio.
Monopólio privado?
O economista Marco Antônio Rocha alerta que a venda da infraestrutura dos Correios "não é uma regulação do setor" e não deve gerar um ambiente competitivo. Pelo contrário, pode representar um oligopólio no segmento de postais e encomendas no Brasil, em que há tem três, quatro grandes empresas que dominam o poder de mercado, o que considera "muito pior" do que parte do monopólio estar com a estatal.
"Você vai cair num oligopólio de poucas empresas privadas com grande poder de mercado, um sistema extremamente perverso para o consumidor, porque terá duas ou três empresas que operam basicamente como se fossem monopolistas. Você acaba caindo numa situação onde o serviço não é bom, mas é muito mais caro do que o público", explica.
O especialista relembra o exemplo da venda da empresa brasileira de telefonia, em que houve uma quebra do monopólio estatal que não resultou em aumento da concorrência no setor que beneficiasse o consumidor, pois o segmento passou a ser controlado por três empresas com grande poder de mercado.
"Deixou o consumidor numa situação difícil em relação à troca dessas empresas. É possível migrar de uma empresa para outra, mas há um leque muito pequeno de opções e, no fundo, todas tem o mesmo problema, todas são campeãs de reclamações no Procon" afirma Rocha.
Associação dos Correios em Minas Gerais se defende de assuntos polêmicos que circulam pelo país
Sou Notícia
31/08/2020
A Associação dos Profissionais dos Correios Regional Minas Gerais – ADCAP Minas, rebateu através de uma publicação divulgada na manhã desta segunda-feira (31) de agosto, algumas críticas que estão circulando em território nacional sobre os Correios.
A empresa se defende e afirma que os assuntos que circulam são Fake News e citar assuntos polêmicos como: Os Correios dão prejuízo ao País? e entre outros. (mais abaixo)
De acordo com a publicação, as possíveis informações falsas visam denegrir a imagem da empresa. Porquanto, defende que os assuntos são mentiras, e são emanadas por integrantes do próprio governo.
Veja a publicação na íntegra:
"As fake news sobre os Correios
Algumas mentiras circulam no país, emanadas de integrantes do próprio governo e disseminadas por apoiadores que, por desconhecimento ou propósito ideológico, repercutem tais informações fazendo um desserviço à sociedade.
E, como a direção da Empresa, para não desagradar o seu chefe, não se defende, não se comunica e não mostra a realidade à sociedade, a ADCAP aponta a seguir algumas das principais FAKE NEWS que andam espalhando por aí:
Os Correios dão prejuízo ao PaísÉ FAKE NEWS! Para comprovar, basta levantar os repasses feitos pelos Correios para o governo federal (dividendos) e os recebidos de lá nos últimos anos. Um repórter ou parlamentar que queira os detalhes pode pedir essas informações ao Tesouro Nacional e constatará que o saldo é bilionário e favorável aos Correios, que injetaram bilhões no Estado e não o contrário.
Os Correios cobram caro por seus serviços
É FAKE NEWS! Basta uma simples comparação nas opções de fretes oferecidas no comércio eletrônico e se constatará que, apesar de a entrega de encomendas ser totalmente liberada no país, os preços praticados pelos Correios em geral são bem menores que os das empresas privadas.
Os serviços dos Correios não têm qualidade
É FAKE NEWS! O volume de ocorrências de problemas de qualidade nos Correios não é diferente do que ocorre no mercado, onde as transportadoras privadas também enfrentam problemas para concluir bem seus serviços. A diferença é a escala: nos Correios são bilhões de objetos transportados e entregues.
Na realidade, os brasileiros, incluindo governantes, parlamentares e imprensa, poderiam se orgulhar de haver no Brasil uma empresa pública de Correios que consegue, com seus próprios recursos, chegar a todos os municípios, levando os benefícios da comunicação escrita e do comércio eletrônico aonde nenhuma outra empresa quer ir.
Direção Nacional da ADCAP"
O que as empresas estão fazendo para driblar os impactos?
O Correio parou. Essa é uma notícia que ninguém gosta de saber. Logo surgem as preocupações sobre aquela compra feita pela internet. "Será que vou receber minhas encomendas? Quanto tempo vai demorar? E as contas, ainda vão chegar em casa? Eu pago juros se atrasar o pagamento?"
A Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas dos Correios e Similares (Fentect) informou no dia 17 de agosto que a categoria estava entrando em greve.
De acordo com a organização, 70% dos trabalhadores dos Correios no país aderiram à paralisação, que não tem data para acabar. Já os Correios dizem que 83% dos funcionários estão trabalhando normalmente e que o sistema de distribuição não foi afetado.
Por outro lado, o que as empresas de e-commerce estão fazendo para driblar os impactos da greve? Desde o início da pandemia, as vendas online tiveram alta de 70% no segundo trimestre, o que pressionou a cadeia logística de entregas.
Algumas empresas buscaram se preparar para momentos como esse. Nos últimos anos, as gigantes varejistas desenvolveram a própria estrutura logística e sistemas de entregas.
Alexandre Garcia comenta sobre a greve, após saber nossa realidade
Mundo Sindical dos Correios
02/09/2020
Assista AQUI.
Direção Nacional da ADCAP.
Pior e ver os dirigentes da estatal jogando contra e não aplicando um plano de contigencia eficiente para a operacionalização de toda a malha de serviços
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