Adcap Net 06/04/2020 - Impacto da pandemia no correio americano e os super heróis dos tempos atuais - Veja mais!
Serviço Postal dos EUA pode fechar devido a Coronavírus
Durante toda a pandemia de coronavírus, os funcionários dos correios estiveram na linha...
Brazilian Times
04/04/2020
04/04/2020
Durante toda a pandemia de coronavírus, os
funcionários dos correios estiveram na linha de
frente, considerados "trabalhadores essenciais" que devem continuar
fazendo o seu trabalho normalmente, enquanto outros ficam em casa. Mas alguns
parlamentares estão alertando que, sem mais apoio, o Serviço Postal dos EUA
(USPS, sigla em inglês) poderá ser encerrado completamente nos próximos meses, ameaçando
os meios de subsistência de centenas de milhares de americanos.
Na semana passada, as deputadas Carolyn B.
Maloney, presidente do Comitê de Supervisão e Reforma, e Gerry Connolly,
presidente do Subcomitê de Operações Governamentais, disseram em uma carta ao
líder da maioria do Senado, Mitch McConnell, que a crise do COVID-19 está
ameaçando a futuro do serviço postal no país.
"O Serviço Postal precisa de ajuda
urgente como resultado direto da crise do coronavírus", disseram os
legisladores. "Com base em vários dados e alertas nesta semana sobre uma
queda crítica no uso deste serviço em todo o país, ficou claro que o Serviço
Postal não sobreviverá ao verão sem a ajuda imediata do Congresso e da Casa
Branca. Todas as comunidades confiam no Serviço Postal para fornecer bens e
serviços vitais, incluindo medicamentos que salvam vidas".
Os legisladores disseram que o USPS, que é
uma agência quase governamental que depende de taxas e não de impostos, pode
ser forçada a fechar a porta em junho. "O Serviço Postal precisa da ajuda
da América, e devemos atender a esse chamado", disseram eles. "Esses
efeitos negativos podem ser ainda mais terríveis nas áreas rurais, onde milhões
de americanos estão abrigados e dependem do Serviço Postal para receberem itens
essenciais", alertaram os parlamentares.
Os norte-americanos também contam com
funcionários dos serviços postais para entregar os milhões de cheques que serão
enviados para o alívio proposto pelo governo Trump no combate ao coronavírus -
um processo que não começará até o final de abril.
Maloney e Connelly propuseram um projeto de
lei que forneceria US $ 25 bilhões em financiamento de emergência para o
serviço postal, eliminando sua dívida e estipulando que agência priorize
entregas médicas durante a crise. Eles disseram que o financiamento salvaria os
empregos de mais de 600 mil norte-americanos.
Um porta-voz do USPS disse à CBS News, na
sexta-feira: "O Serviço Postal dos Estados Unidos aprecia a inclusão de
uma possibilidade limitada de empréstimos de emergência durante esta pandemia
do COVID-19. No entanto, o Serviço Postal continua preocupado com o fato de que
essa medida será insuficiente para permitir que a agência possa suportar a
desaceleração significativa em nossos negócios resultado direto da pandemia".
A declaração continuou: "No pior
cenário, essa desaceleração pode resultar o Serviço Postal tendo dificuldades
para continuar as operações".
Os super-heróis
Diário do Nordeste
05/04/2020
05/04/2020
Quando meus netos eram pequenos, num país
distante, vi que na sala de aula deles ficava uma arara com fantasias
penduradas nos cabides. Mas não eram fantasias de fada, Batman, bailarina,
Homem Aranha, nada disso. Eram fantasias de enfermeiro, bombeiro, policial,
lixeiro, médico, entregador dos correios, motorista de ônibus etc.
Observei, entendi o que era aquilo. Mas depois esqueci. Sempre acabamos
esquecendo essas lições sutis, mas elas ficam no fundo da nossa memória, e um
dia qualquer elas retornam, como um velho amigo sábio que não vemos faz muito
tempo.
Hoje, na situação de risco em que vivemos, me
volta à lembrança a arara de fantasias. Uma memória vaga, mas ainda repleta de
ternura. As fardas saíram dançando nas nuvens, como pequeninas entidades
protetoras, e vestiram as crianças.
São estas as figuras que estão cuidando de nós, agora vemos como são vitais,
e talvez nunca tenhamos percebido isso tão claramente.
Médicos, enfermeiros, policiais, garis, bombeiros afadigam-se
nos nichos dos nossos sofrimentos.
Bateu forte o meu coração quando vi o neto fantasiado de enfermeiro a tirar a temperatura de um urso de pelúcia, e um menino de bombeiro a empurrar o caminhão vermelho com escada fazendo o som de emergência, e uma menina de policial pintando uma casa com guache. Ali estava uma pequena sociedade em potencial. Uma aulinha de espírito público. Bem na hora da descoberta das coisas do mundo, e da descoberta das coisas que vão ser importantes na hora das nossas alegrias, lutas e lágrimas.
Ouço uns barulhos como de abelhas girando nas
flores, e vou até a varanda. Vejo uns homens de farda laranja a aparar a grama
que teima em crescer quando chove na praça deserta. Horas mais tarde os
zumbidos param. Vou novamente olhar. Eles estão almoçando à sombra de uma
castanhola frondosa e bonita. Conversam, riem, descansam sentados no chão.
Depois voltam ao trabalho, como se o mundo fosse feito de muitos mundos e não
existissem os perigos invisíveis. Tudo deserto. Parece que o mundo vai acabar,
ou já acabou, e aguardamos seu renascer. Há uma melancolia no ar, mas também
uma esperança.
À meia-noite ainda não dormi, e me socorro
mais uma vez da liberdade descortinada na varanda, vejo os garis varrerem a
rua, passa um caminhão de lixo que arrecada os nossos despejos tão descuidados
por nós. Dois policiais, em pé, vão ficar ali horas seguidas; passa um carro
girando luzes vermelhas que parecem olhos de gato. Motoqueiros cruzam o
silêncio, levam na garupa a caixa colorida com tudo o que as pessoas pedem,
pizzas, bifes com batatas fritas, aspirinas, cervejas... Uma lua tímida, luzes
nas janelas.
Esse é o mundo que vejo, porém há um mundo
que não vejo, mas sei de sua existência, e me vem novamente à lembrança a arara
de fantasias, e os médicos, enfermeiros, faxineiros, atendentes a postos, que
ajudam pessoas desesperadas, e as balconistas na farmácia, o porteiro da
garagem, o moço que entrega vegetais de um sítio... Bem-aventurados os que
trabalham para todos. Desde crianças deveríamos aprender, decorar, recitar como
recitávamos a tabuada: bem-aventurados os médicos, enfermeiros, lixeiros,
bombeiros, policiais, agentes de correio, médicos, enfermeiros...
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Neste momento crítico da pandemia no país, é importante que cada brasileiro cuide bem de sua saúde e de seus familiares, obedecendo as recomendações da OMS e do Ministério da Saúde. O uso de máscaras e de álcool gel, assim como que se evitem aglomerados de pessoas, por exemplo, são medidas simples que podem salvar muitas vidas. E, para transporte de medicamentos e de outros itens que sejam necessários, você pode usar os Correios, um serviço essencial que permanece operando para seu conforto. Faça sua parte. E conte sempre com os Correios.
Direção Nacional da
ADCAP.
Excelente texto. Muito verdadeiro. Não só no Brasil, mas no mundo inteiro estes serviços são essenciais. Os Correios não podem parar assim como nenhum dos outros.
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