Aumento nos
contratos entre planos de saúde e hospitais terá custo para clientes
Extra
08/12/2015
08/12/2015
Quem tem plano de saúde pode se preparar: o reajuste de
contratos entre planos e hospitais promete ter impacto direto nos aumentos
reivindicados pelas operadoras aos mais de 50 milhões de clientes em todo o
país. A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) publicou, nesta
segunda-feira, as normas que vão nortear essa negociação, que até aqui era
feita sem a interferência do órgão regulador. Pela nova regra, se não houver
acordo em 90 dias de negociação — de janeiro a março —, os serviços
hospitalares terão alta calculada pelo Índice Geral de Preços ao Consumidor
Amplo (IPCA) — que foi de 10,33% nos últimos 12 meses. Para se chegar ao
percentual, será aplicado, sobre o IPCA, um Fator de Qualidade, segundo
critério estabelecido pela ANS (veja o gráfico).
— As operadoras argumentam que o custo hospital vai
impactar no reajuste de planos coletivos e individuais. Há um temor ainda de
hospitais menores de serem descredenciados por operadoras — explica Roberto
Vellasco, diretor de Convênios da Associação dos Hospitais do Rio.
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As entidades ligadas aos planos reagiram à proposta. A
Associação Brasileira de Medicina de Grupo (Abramge), que representa as
operadoras, considera que a escolha do IPCA fragiliza o esforço pela
desindexação da economia.
— O reajuste médio, segundo informações da ANS, foi de
43% entre 2008 e 2013, índice acima da inflação no mesmo período, que ficou em
32% (IPCA) — disse Antonio Carlos Abbatepaolo, diretor executivo do Sistema
Abramge.
Já a Federação Nacional de Saúde Suplementar
(FenaSaúde) manifestou preocupação e diz que o setor vem sendo afetado pelo
crescimento das despesas assistenciais, muito acima das receitas do setor.
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