Fechamento de
Agências - Posição da ADCAP
Em
função de matéria publicada ontem (05/05), no site do jornal O Estado de São
Paulo, tratando de decisão da direção dos Correios de fechamento de agências,
informamos o seguinte:
- Notificação Extrajudicial
Em respeito ao direito de Acesso a Informação constitucionalmente previsto (art. 5º, XXXIII; art. 37, §3º, II; e, art. 216, §2º), em 11/04/18, a ADCAP encaminhou à direção da empresa uma notificação extrajudicial requerendo a disponibilização de cópia completa do Relatório VICAN -002/2018 (pareceres técnicos acostados, parecer jurídico que deu suporte à proposta, relação de agências a serem fechadas, cronograma etc.), sob as penas da lei, mormente em observância ao art. 7º, §4º c/c 32 da Lei nº 12.527/2011.
Em respeito ao direito de Acesso a Informação constitucionalmente previsto (art. 5º, XXXIII; art. 37, §3º, II; e, art. 216, §2º), em 11/04/18, a ADCAP encaminhou à direção da empresa uma notificação extrajudicial requerendo a disponibilização de cópia completa do Relatório VICAN -002/2018 (pareceres técnicos acostados, parecer jurídico que deu suporte à proposta, relação de agências a serem fechadas, cronograma etc.), sob as penas da lei, mormente em observância ao art. 7º, §4º c/c 32 da Lei nº 12.527/2011.
Até
este momento a direção da Empresa não forneceu à ADCAP qualquer resposta sobre
o assunto.
A
ADCAP ratifica a sua não concordância com o fechamento de agências próprias
pretendido pela direção da Empresa, porque:
- Infraestrutura a serviço
dos cidadãos
Correios levaram centenas de anos para construir e consolidar uma rede de atendimento que alcança todo o Brasil. É o serviço público federal mais próximo dos cidadãos, podendo exercer relevante influência no crescimento e desenvolvimento do País, ao tempo em que proporciona à população brasileira, distribuída nos 5.570 municípios do país, acesso aos serviços postais e aos serviços financeiros.
Trata-se de um ativo que deveria ser protegido e fortalecido, bem ao contrário do que estão sinalizando nas intenções em curso.
Seria muito mais coerente que o Governo Federal utilizasse melhor essa infraestrutura, que é dele, para levar mais serviço aos cidadãos.
Correios levaram centenas de anos para construir e consolidar uma rede de atendimento que alcança todo o Brasil. É o serviço público federal mais próximo dos cidadãos, podendo exercer relevante influência no crescimento e desenvolvimento do País, ao tempo em que proporciona à população brasileira, distribuída nos 5.570 municípios do país, acesso aos serviços postais e aos serviços financeiros.
Trata-se de um ativo que deveria ser protegido e fortalecido, bem ao contrário do que estão sinalizando nas intenções em curso.
Seria muito mais coerente que o Governo Federal utilizasse melhor essa infraestrutura, que é dele, para levar mais serviço aos cidadãos.
- Interesses privados não
podem determinar o futuro dos Correios
A estrutura da Rede de Agências dos Correios possui particularidades que exigem definições estratégicas para otimizar esse canal de vendas e estabelecer sinergia que melhore a sua competitividade. Ao longo dos últimos anos, a falta de competência das diversas diretorias (indicadas politicamente), com sua míope visão empresarial, ignorou a inovação e competitividade em qualquer planejamento, afetando, por consequência, o funcionamento da organização, incluindo sua rede de agências, que se vê hoje com um portfólio de produtos e serviços desatualizado. Precisamos, urgentemente, de uma gestão competente, responsável e interessada em gerar receita de forma sustentável e não apenas em reduzir custos com medidas levianas. Fechar agências próprias e demitir concursados para beneficiar franqueados? Até quando interesses assim serão defendidos nos Correios por indicados políticos, inclusive com matrícula? Queremos uma gestão profissionalizada, com transparência e, principalmente, comprometida com o futuro dos Correios.
A estrutura da Rede de Agências dos Correios possui particularidades que exigem definições estratégicas para otimizar esse canal de vendas e estabelecer sinergia que melhore a sua competitividade. Ao longo dos últimos anos, a falta de competência das diversas diretorias (indicadas politicamente), com sua míope visão empresarial, ignorou a inovação e competitividade em qualquer planejamento, afetando, por consequência, o funcionamento da organização, incluindo sua rede de agências, que se vê hoje com um portfólio de produtos e serviços desatualizado. Precisamos, urgentemente, de uma gestão competente, responsável e interessada em gerar receita de forma sustentável e não apenas em reduzir custos com medidas levianas. Fechar agências próprias e demitir concursados para beneficiar franqueados? Até quando interesses assim serão defendidos nos Correios por indicados políticos, inclusive com matrícula? Queremos uma gestão profissionalizada, com transparência e, principalmente, comprometida com o futuro dos Correios.
A
decisão que é anunciada pela imprensa, se efetivamente implantada, na verdade só
elevará indevidamente ainda mais os lucros da rede terceirizada, que hoje já
comemora ganhos de comissionamento, sem esforço, com a simples migração de
clientes/ receita da rede própria, viabilizada com a abertura de possibilidade
de vinculação dos contratos pessoa jurídica e órgãos públicos a unidades
franqueadas.
Que
equação econômica é essa que se constrói enfraquecendo a rede própria de
agências, paralisando sua modernização como tem sido feito pela atual gestão, e
agora eliminando a própria rede? Quem ganha com isso? Não é o cidadão e nem a
Empresa.
- A desmontagem da Empresa não interessa à sociedade
Produzir lucro piorando o atendimento à sociedade e demitindo pessoas não é o melhor caminho. Já tivemos recentemente quase 10.000 demissões, estamos sem aumento real de salário, pagando muito mais pelo plano de saúde e, mesmo assim, a direção da Empresa continua tentando desmontar a Empresa. Essa estratégia está equivocada. Fechar unidades não interessa à sociedade, que só quer ser bem servida por uma instituição que existe para isso.
- A desmontagem da Empresa não interessa à sociedade
Produzir lucro piorando o atendimento à sociedade e demitindo pessoas não é o melhor caminho. Já tivemos recentemente quase 10.000 demissões, estamos sem aumento real de salário, pagando muito mais pelo plano de saúde e, mesmo assim, a direção da Empresa continua tentando desmontar a Empresa. Essa estratégia está equivocada. Fechar unidades não interessa à sociedade, que só quer ser bem servida por uma instituição que existe para isso.
- Transparência e respeito
às pessoas
Decisões
que envolvam o atendimento a milhões de pessoas e a demissão de milhares de
trabalhadores concursados não podem ser tomadas com uma simples canetada. É
preciso transparência. É preciso consulta prévia à sociedade, debates de
alternativas, etc. Nada disso foi feito. Ao contrário, a preocupação foi com o
não vazamento das intenções para assim garantir o golpe.
- Empregos
Criar bons e produtivos empregos deveria ser a preocupação de um Governo sério e não o contrário. Trabalhadores concursados, muitos dos quais atuando em agências bem movimentadas e lucrativas, não podem simplesmente serem demitidos assim. Que sentido haveria nisso? Aumentar as estatísticas de demissões em estatais nas lâminas de apresentações da Secretaria de Estatais do Ministério do Planejamento?
Criar bons e produtivos empregos deveria ser a preocupação de um Governo sério e não o contrário. Trabalhadores concursados, muitos dos quais atuando em agências bem movimentadas e lucrativas, não podem simplesmente serem demitidos assim. Que sentido haveria nisso? Aumentar as estatísticas de demissões em estatais nas lâminas de apresentações da Secretaria de Estatais do Ministério do Planejamento?
Com
ou sem a resposta oficial da direção da Empresa, a ADCAP já estuda medidas
complementares para impedir que mais uma decisão descabida como essa seja
colocada em marcha, em desfavor da sociedade e dos trabalhadores dos Correios.
Direção Nacional da ADCAP.
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