Correios conseguem zerar prejuízo em agosto
VALOR ECONÔMICO
24/9/18
Brasília - A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) conseguiu
praticamente zerar o prejuízo bilionário que vem acometendo a estatal nos
últimos anos. O balanço de agosto registrou lucro líquido de R$ 163
milhões, deixando o resultado acumulado nos oito primeiros meses deste ano
com um pequeno déficit, em torno de R$ 1 milhão.
No mesmo período do ano passado, o rombo havia alcançado R$ 1,7 bilhão. Para o
presidente dos Correios, Carlos Fortner, isso mostra uma tendência de
reversão nos números da empresa, "com melhoria da eficiência, ganho
de qualidade e adequação da política comercial".
Segundo ele, as receitas da companhia postal subiram R$ 800 milhões na
comparação anual e foram decisivas para a "guinada" no balanço.
"Os recentes ajustes promovidos pela diretoria da empresa favoreceram
esse resultado. Ao contrário do que previa o mercado, não houve queda
no volume trafegado, nem na receita operacional", disse Fortner.
Do lado das despesas, os Correios obtiveram economia de quase R$ 1 bilhão entre
um ano e outro. Em 2017, a estatal havia gasto R$ 13,8 bilhões até agosto.
Em 2018, as despesas ficaram em R$ 12,9 bilhões no acumulado dos oito
primeiros meses do ano. Essa redução foi ajudada pelos programas de
demissões incentivadas e pelo início da cobrança de mensalidade
e coparticipação na Postal Saúde, o plano médico dos empregados, após
decisão favorável do Tribunal Superior do Trabalho (TST). Até a sentença,
a estatal precisava arcar sozinha com mais de R$ 90 de cada R$ 100 em
gastos com consultas, exames, internações e cirurgias.
Fortner chama a atenção, ainda, para melhoria nos indicadores de qualidade na
prestação de serviços. O Índice de Entrega no Prazo de Encomendas (IEPe),
acompanhando diariamente pelos Correios, aumento dos 88,27% verificados em
agosto de 2017 para 96,83% no mês passado. Isso significa que menos de
quatro em cada 100 encomendas não é entregue no prazo.
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