Plano de saúde
individual pode ter reajuste de até 20% em 2016
Extra
14/01/16
14/01/16
A julgar pela inflação médica, o reajuste de planos de
saúde este ano poderá variar de 17,1% a 20%. Um estudo encomendado pela
Confederação Nacional de Saúde (CNS) aponta para o índice mais elevado, puxado
pela alta do dólar, já que medicamentos, insumos e equipamentos são comprados em
moeda estrangeira. A data-base do aumento para os consumidores é maio.
— Com o aumento, empresas e médicos repassarão parte
dos custos para consultas, exames e tratamentos. Não haverá escapatória — disse
o presidente da CNS, Tércio Kasten.
Já o custo das operadoras de planos de saúde com o
pagamento de consultas, exames, terapias e internações, apurado pelo Índice de
Variação de Custos Médico-Hospitalares do Instituto de Estudos de Saúde
Suplementar (IESS), teve alta de 17,1%, nos 12 meses encerrados em junho de
2015, crescimento superior à inflação oficial do país, medida pelo Índice de
Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
O último aumento do setor autorizado pela Agência
Nacional de Saúde Suplementar (ANS) foi de 13,55%, em junho de 2015, enquanto o
índice que mede a alta do custo de vida estava em 8,17%. O problema é que a
inflação encerrou o ano passado em 10,67%.
A variação de custos médicos é um dos principais
fatores que compõem a base de cálculos para pedidos de reajuste de planos
individuais à ANS.
O IESS afirma que o principal componente da alta do
custo médico é o gasto com internações, que responde por 59% das despesas
médico-hospitalares. O montante reservado a consultas corresponde a 11% do
total. Os custos de exames e terapias, a 15% e 6%, respectivamente.
A Abramge, associação que representa os planos, afirma
que, nos últimos anos, os reajustes das operadoras estão abaixo da inflação
médica, que representa o impacto das despesas agregadas dos procedimentos, das
internações e dos exames.
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