sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

Plano de saúde individual pode ter reajuste de até 20% em 2016

Extra
14/01/16

A julgar pela inflação médica, o reajuste de planos de saúde este ano poderá variar de 17,1% a 20%. Um estudo encomendado pela Confederação Nacional de Saúde (CNS) aponta para o índice mais elevado, puxado pela alta do dólar, já que medicamentos, insumos e equipamentos são comprados em moeda estrangeira. A data-base do aumento para os consumidores é maio.

— Com o aumento, empresas e médicos repassarão parte dos custos para consultas, exames e tratamentos. Não haverá escapatória — disse o presidente da CNS, Tércio Kasten.

Já o custo das operadoras de planos de saúde com o pagamento de consultas, exames, terapias e internações, apurado pelo Índice de Variação de Custos Médico-Hospitalares do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS), teve alta de 17,1%, nos 12 meses encerrados em junho de 2015, crescimento superior à inflação oficial do país, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

O último aumento do setor autorizado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) foi de 13,55%, em junho de 2015, enquanto o índice que mede a alta do custo de vida estava em 8,17%. O problema é que a inflação encerrou o ano passado em 10,67%.

A variação de custos médicos é um dos principais fatores que compõem a base de cálculos para pedidos de reajuste de planos individuais à ANS.

O IESS afirma que o principal componente da alta do custo médico é o gasto com internações, que responde por 59% das despesas médico-hospitalares. O montante reservado a consultas corresponde a 11% do total. Os custos de exames e terapias, a 15% e 6%, respectivamente.


A Abramge, associação que representa os planos, afirma que, nos últimos anos, os reajustes das operadoras estão abaixo da inflação médica, que representa o impacto das despesas agregadas dos procedimentos, das internações e dos exames.

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