Planos terão que
oferecer teste rápido de dengue, determina ANS
G1
31/12/2015
31/12/2015
ANS
incluiu os testes rápidos na lista de procedimentos de cobertura obrigatória.
Determinação vale a partir de 2 de janeiro. A partir de sábado (2), 50 milhões
de clientes de planos de saúde vão poder saber em minutos se estão ou não com
dengue. A Agência Nacional de Saúde Suplementar incluiu os testes rápidos na
lista de procedimentos de cobertura obrigatória.
A
ideia é dificultar os avanços do mosquito Aedes aegypti contra a saúde do
brasileiro. Desde o ano 2000, os planos de saúde têm que oferecer exames para
detectar a dengue. Mas só agora, a partir de 2 de janeiro, terão que fazer
também os testes rápidos, que confirmam a doença em até meia hora.
A
Agência Nacional de Saúde Suplementar também incluiu na lista de procedimentos
obrigatórios o teste para detectar o vírus chikungunya.
A
Marilene Costa Silva fez os dois exames. “Eu estava me coçando muito e com o corpo
todo empelotado. Eu comecei isso numa terça, quando foi um sábado, eu fiquei
com muitas dores nos ossos, parecia que meus ossos estavam todos se quebrando”,
conta a auxiliar de produção.
Os
exames deram negativo para dengue e para chikungunya. E assim, por exclusão, o
médico descobriu que ela estava com zika. Em poucos dias, se recuperou.
Um
laboratório desenvolveu uma técnica para fazer as duas análises juntas. O
médico vai distribuir o sangue coletado da paciente em duas lâminas semelhantes
a uma que você confere no vídeo acima, que estão dentro dos saquinhos. Em uma
das lâminas, será feito o teste para ver se tem a dengue e no outro o teste
para ver se tem chikungunya. E o tempo de duração dos dois testes que acontecem
ao mesmo tempo vai ser marcado em um reloginho.
Em
vinte minutos, o aparelho confirma se o paciente tem ou não uma das doenças.
Mas até para esse tipo de teste, é preciso ter o pedido médico antes de
procurar o laboratório ou a clínica. E só o profissional de saúde pode
confirmar a doença.
“Porque
o médico, ele faz uma associação rapidíssima mental de tudo que ele tem de
informações, entre sintomas, o que o paciente fala, a sorologia, os exames, ele
dá um diagnóstico”, conta o clínico-geral Marco Collovati.
Quem
tiver problemas para conseguir fazer o exame pelo plano deve procurar a ANS. “O
usuário então faz essa denúncia na agência, essa denúncia vai ser investigada e
se confirmar a negativa de cobertura, a operadora será multada”, afirma a
representante da ANS.
A
Federação Nacional de Saúde Suplementar e a Associação Brasileira de Medicina
de Grupo, que representam os planos de saúde informaram que vão cumprir a
determinação da ANS. Essas regras valem para os contratos a partir de 1999.
Clique
aqui para ver a lista de novos procedimentos de cobertura obrigatória pelos
planos de saúde.
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